pegada

Multiplicam-se os que acham que os filhos dos poderosos ou influentes ou lá o que seja só podem ter chegado onde quer que tenham chegado por cunha dos pais. O raciocínio deles deve partir de algo tão básico como: “seria assim se fosse comigo”. Vai daí e porrada no que eles julgam ser um mero filhote de gente, coisa sem identidade própria — alguém que, por ser filho de quem é, devia ter o recato de não tentar ser ele mesmo alguém.

Tendo em conta as vozes de burro que por aí tenho ouvido, duma coisa estou certo: nunca nenhum energúmeno se vai poder referir aos filhos destes que ora vociferam nos mesmos moldes em que estes se referem aos filhos dos outros. Por uma razão excessivamente óbvia.

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