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A dignidade ensinada aos cristãos

por Luís Grave Rodrigues, em 18.04.14
              
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publicado às 19:19


Gabo diz que morreu – a minha vida com pardais

por Rogério Costa Pereira, em 17.04.14

Gabo,

Não era suposto sentir-me assim. Chamaste a um dos teus livros “Crónica de uma Morte Anunciada”. Pego apenas no título que escolheste para o livro, não no que nele dizias. Quem não o leu que o leia ou que não o leia, como prova de que continuas vivo. Adiante.

Quando há dois anos te esqueceste, eu sabia que continuavas a anunciar a tua morte. Continuavas a anunciar, sim; porque já antes havias dito ao mundo que não mais escreverias.

Sacana. Tu és sacana. Quiseste morrer-te, ou descansar-te do mundo, mas não nos morreste. Assim como – lamento – não nos morreste hoje. Tenho um milhão de palavras guardadas que o gritam. São a tua prova de vida.

Mas há mais.

Tenho mais provas. Provas de que vives e não morrerás. És culpado. Eternamente culpado. Condenado a fazer magia. Parte de mim veio de ti. Essa magia que punhas nalguma da tua escrita, aquela magia que eu faço por fazer todos os dias com o Francisco, com o meu filho.

Quando me lembro de desistir, olho-te e faço o contrário. Insisto. E estico a corda ainda mais além. Um metro mais além. Cem metros mais além. Um mundo mais além. E, como que por magia – essa tua magia –, ela nunca rebenta. E tem um milímetro, ela. Não lhe inventas mais um metro, à corda. Mas ela não rebenta... E quando a solidão trepa por mim abaixo, lembro-me do nosso cigano. Lembro-me de trechos de ti. E eis-te de volta. E eis-me de volta.

Não era suposto sentir-me assim. Tu já tinhas anunciado a tua hora. Amarraste-te àquela árvore e disseste que dali não saías mais. E dali não saíste. Mula teimosa.

E hoje, estava eu a esticar as pernas, antes de jantar…

E hoje, estava eu a esticar as pernas, antes de jantar. A Nina veio dizer-me. “O Gabriel García Márquez morreu”. Acho que respondi nada. Também não era uma pergunta. Que morreste. “O Gabriel García Márquez morreu”. Fiz muito de conta que era nada comigo. Para mim. Morreu? Qual Gabriel García Márquez? Ele há tantos com esse nome.   

Não era suposto sentir-me assim.

Mas sinto. E senti. E chorei. E depois ri-me a pensar na puta da árvore a que te prendeste. Que imagino a mesma onde prendeste "o outro". E a seguir chorei de novo. E consegui rir e chorar ao mesmo tempo. Sempre fizeste de mim o que querias. E não tenho como te agradecer por isso. Ensinaste-me que o impossível se reduz ao tamanho de uma frase mal imaginada. Uma frase sem magia. Um acto sem magia. Uma vida sem vida. Sou o teu pombo-correio para o meu filho.

Magia.

Agora paro.

Não tenho mais ganas, por hoje. Com ou sem magia, hoje morreu-me um amigo. Quando o Saramago se foi, escrevi uma coisa a que chamei Saramago morreu – a minha vida sem pardais.

A esta tua crónica, dei outro título.  

E, agora que escrevi... Não era suposto sentir-me assim. E já não me sinto assim. 

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publicado às 23:59


A História da Páscoa

por Luís Grave Rodrigues, em 17.04.14
        

       

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publicado às 00:15

Um inimigo simplesmente derrotado nunca se submete. Tem que ser dominado pelo terror, até que a própria ideia de resistência se lhe torne inconcebível.
Genghis Khan, em carta a um dos seus filhos, censurando-o por não ter exercido represálias sobre a população duma cidade que tinha resistido à conquista.

Os biólogos chamam-lhe Haplogrupo C-M217 (Y). O 'Y' significa que faz parte do cromossoma Y, pelo que só se transmite por via patrilinear. Está presente no genoma de cerca de 0,5% de todos os homens actualmente vivos, mas sendo as leis da estatística aquilo que são, serão mais ou menos outras tantas as mulheres com a mesma ascendência. Terá ocorrido naturalmente por mutação, algures pelas estepes da Mongólia, uns 10 000 anos atrás, pelo que não chegou a fazer parte do genoma das populações que povoaram as Américas. Há uns 1 000 anos, a sua incidência explodiu e hoje está presente em cerca de 8% dos homens nascidos algures entre Nizhny Novgorod e o Pacífico. Os biólogos chamam-lhe 'Factor G' (de Genghis Khan). O comentário anterior a respeito da população feminina aplica-se, mas avancemos no tempo.


O diplomata americano George Kennan, escreveu nas suas memórias, a respeito dos últimos meses da Segunda Guerra, que «Os Russos [...] fizeram uma limpeza total das populações nativas de uma forma que não tem paralelo desde o tempo das hordas asiáticas.» Kennan não tinha, na altura, conhecimento de coisas como o plano da fome, ou do "plano geral para o Leste" (Generalplan Ost), mas a sua reminiscência era adequada. «As principais vítimas foram os homens adultos (no caso de restarem alguns) e as mulheres de todas as idades. As clínicas e os médicos relataram que, após a chegada do Exército Vermelho à cidade, 87 000 mulheres de Viena foram violadas pelos soldados soviéticos. Em Berlim, foram violadas mulheres em número ainda um pouco superior durante o avanço soviético pela cidade, a maioria delas entre 2 e 7 de Maio, precisamente uma semana antes da rendição alemã. Estes números estão certamente subestimados. Aliás, neles não se incluem os incontáveis ataques às mulheres das aldeias e vilas que se encontravam no caminho das forças soviéticas no seu avanço pela Áustria e pela Polónia Ocidental em direcção à Alemanha.
O comportamento do Exército Vermelho não foi segredo para ninguém. Milovan Djilas, colaborador próximo de Tito no exército de partisans e que era, nesse tempo, um fervoroso comunista, falou mesmo do assunto a Estaline. A resposta, tal como Djilas a registou, é reveladora: "Saberá Djilas, ele mesmo um escritor, o que são o sofrimento e o coração humano? Não poderá ele compreender o soldado que passou pelo sangue, fogo e morte, se se divertir com uma mulher ou com qualquer ninharia?"»
Tony Judt, Pós-Guerra.

Em 2003, um grupo de investigadores que trabalhavam no mapeamento do genoma humano, reportou aqueles resultados incríveis que referi inicialmente: «Identificámos uma linhagem do cromossoma Y com diversas características fora do comum. Foi encontrada em 16 populações numa grande área da Ásia, desde o Pacífico até ao Mar Cáspio, estando presente com uma frequência elevada: ~8% dos homens desta região têm-na e forma cerca de ~0,5% do total mundial. O padrão da variação dentro da própria linhagem, sugere que teve origem na Mongólia, ~1 000 anos atrás. Um desenvolvimento tão rápido não pode ter ocorrido por acaso; tem que ser um resultado de selecção. A linhagem está presente em prováveis descendentes masculinos de Genghis Khan, e nós propomos que se disseminou por uma nova forma de selecção social, resultante dos seus comportamentos.», pode ler-se na sinopse. Regressemos ao passado recente da Europa.


«No seu caminho para oeste, o Exército Vermelho violou e pilhou (a expressão, neste caso, é brutalmente adequada) na Hungria, na Roménia, na Eslováquia e na Jugoslávia, mas foram as mulheres alemãs as que mais sofreram. Nasceram entre 150 000 e 200 000 "bebés russos", em 1945-1946, na zona alemã ocupada pelos soviéticos, e estes dados não consideram a enorme quantidade de abortos, em resultado dos quais, a par dos seus fetos não desejados, muitas mulheres morreram. Muitos dos bebés que sobreviveram juntaram-se ao número cada vez maior de crianças órfãs e sem lar: os destroços humanos da guerra»ibidem. Desde sempre que os assassinos se convenceram que os seus crimes não iam deixar rasto, mas enganaram-se. Vejamos as provas.

«Este aumento de frequência, se espalhado uniformemente ao longo de ~34 gerações, iria necessitar de um aumento médio por um factor de ~1,36 por geração, isto para ser compatível com os eventos selectivos mais extremos observados em populações naturais, tais como a disseminação de mariposas melânicas [?? melanic moths (*)] no século 19 na Inglaterra, em resposta à poluição industrial ... Avaliámos as probabilidades desta disseminação poder ter ocorrido por acaso. [...] Mesmo com o modelo demográfico mais susceptível de conduzir a uma disseminação rápida da linhagem, crescimento exponencial duplo, a probabilidade seria inferior a 10 —237; se a mutação fosse 10 vezes mais lenta, a probabilidade seria ainda assim inferior a 10 —10. Logo, o acaso pode ser excluído: a selecção [social] tem que ter intervido neste haplotipo.» — op. cit.. Veja-se que "selecção social" é o eufemismo da linguagem académica para os factos relatados pelo Tony Judt, ou como o follow-up daquele artigo o colocou, «[...]Este efeito seria ampliado pela eliminação de machos não pertencentes à linhagem principal».


Na Ucrânia, os europeus estão hoje a assistir, atónitos, na sua vasta maioria (com uma minoria cada vez mais asquerosa de deliciados), ao regresso da expansão mongol. Não há grandes mistérios no contorno geral da situação. A Crimeia tem uma maioria de "russo-falantes", porque os seus pais e avós foram colonizar os territórios deixado vagos pela população tártara, deportada para a Ásia Central; a Ucrânia, no seu conjunto, tem uma percentagem elevada de "russo-falantes", porque as terras despovoadas pelo assassínio em massa do Holodomor, foram povoadas por russos. E ainda assim, muitos desses russo-falantes dizem claramente "Pushkin, not Putin!". E nós, dizemos o quê? "Ai, o meu umbigo, tão redondinho que ele é..."? Era o que os franceses e os ingleses diziam, enquanto Varsóvia se desmoronava sob as bombas. Não vai ficar por aqui, veja-se o mapa da BBC: ainda não existe contiguidade territorial entre o território russo e a península anexada.

There was a saviour
Rarer than radium,
Commoner than water, crueller than truth;
Children kept from the sun
Assembled at his tongue
To hear the golden note turn in a groove,
Prisoners of wishes locked their eyes
In the jails and studies of his keyless smiles.
[...]
For the drooping of homes
That did not nurse our bones,
Brave deaths of only ones but never found,
Now see, alone in us,
Our own true strangers' dust
Ride through the doors of our unentered house.
Exiled in us we arouse the soft,
Unclenched, armless, silk and rough love that breaks all rocks.
Dylan Thomas


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publicado às 17:06

Amigos 

Maiores que o orçamento 

Para a austeridade amigo vem 

Para a austeridade amigo vem 

Não percas tempo que o parceiro da PPP

É meu amigo também 

Não percas tempo que o parceiro da PPP

É meu amigo também

 

Enterras

Em todas as fronteiras

Seja bem ido quem emigra, e bem.

Se alguém houver que não queira

Leva-o contigo também.

 

Aqueles

Aqueles que ficarem

(Em toda a parte todo o mundo tem)

Em sonhos se ambicionarem

Traz outro amigo pró call-center  também

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publicado às 14:30

Os crimes de Stalin teriam sido justificados se tivessem produzido a Revolução Mundial.
Eric Hobsbawm
Quando Joachim von Ribbentrop aterrou no aeroporto de Moscovo engalanado com cruzes suásticas, a 23 de Agosto de 1939, houve quem tivesse percebido que tinha sido criada uma nova realidade geopolítica. A revista Time chamou-lhe "O Pacto comunazi", e repetiu-o durante quase dois anos, até que pelo Verão de 1941, a traição de Hitler ao seu parceiro soviético tornou o assunto nulo. Depois, a partir de Dezembro desse ano, Stalin passou a ser "...o nosso filho da puta..." e a narrativa da memória da Europa durante os cinquenta anos seguintes ficou traçada, nos seus contornos gerais. Nessa narrativa já não havia lugar para aquela realidade, nem, em boa medida, para as centenas de milhões de seres humanos que seriam marcados por ela. Entre esses milhões, um chamava-se Chiune Sempo Sugihara; outro chamava-se Andrey Sheptytsky.


Foi naquela Europa de Molotov-Ribbentrop — o mapa acima diz respeito ao acordo final — que ocorreram a vasta maioria dos assassínios em massa, antes, durante e após a 2ª Guerra; de 1933 a 1950. Foi naquela faixa que vai desde o Báltico até ao Mar Negro que os nazis fuzilaram, mataram pela fome e gasearam as suas vítimas; foi ali que os soviéticos mataram pela fome, fuzilaram, violaram e deportaram as suas. Foi ali que as populações civis foram sujeitas a duas, na maior parte, a três ocupações sucessivas. Foi ali que soviéticos e nazis efectuaram as suas paradas militares de vitória, três pelo menos, em Brest, Lublin e Lvow (hoje Lviv).

Hoje, mais de vinte anos após a abertura dos arquivos de Leste, a narrativa bastarda do "nosso filho da puta" começa, finalmente a esboroar-se, sem deixar de persistir em muitos aspectos da nossa mente colectiva. Em meados da década passada, um grupo de artistas plásticos austríacos lançou uma campanha com o propósito de chamar a atenção para o crescimento do movimento de extrema-direita do sr. Georg Haider. O símbolo dessa campanha era uma suástica amarrotada e rasgada. Foram acusados e condenados ao abrigo da lei austríaca que proíbe terminantemente a utilização dos símbolos nazis, mesmo que o propósito seja o de os denegrir. Não passa pela cabeça de ninguém que o símbolo da foice e do martelo tenha o mesmo tratamento.

E muito bem. Nem uma dos milhões de vítimas do nazismo foi atingida por uma cruz gamada: foram fuziladas, mortas à fome e gaseadas; nem uma dos milhões de vítimas do estalinismo foram golpeadas com uma foice e um martelo: foram fuziladas, mortas à fome, violadas e deportadas de territórios onde elas e os seus antepassados tinham vivido durante séculos. Os símbolos esgotam-se no seu propósito simbólico. Todos aqueles milhões de vítimas tinham um nome. Quando hoje, e não é por acaso, alguns tentam reduzir o movimento popular ucraniano aos símbolos usados por alguns movimentos nacionalistas, estão apenas a reproduzir exactamente o mesmo processo de desumanização a que aqueles milhões de vítimas foram sujeitas; estão a dar o primeiro passo naquilo a que Hannah Arendt chamou "A construção do homem supérfluo". Hoje, como então, nenhum nome é citado. Apenas símbolos.


Mas de entre as vítimas, recordamos sobretudo os sobreviventes e aqueles que com eles se cruzaram. Chiune Sugihara foi um diplomata de carreira, como indica a página do Yad Vashem, mas foi mais do que isso. Sugihara foi um espião, treinado na Academia de Harbin, na Manchúria ocupada. Convertido à Igreja Ortodoxa russa, casou com uma mulher russa e tornou-se um especialista nas complexas relações entre o Império do Japão e a União Soviética. O pacto Molotov-Ribbentrop teve consequências imediatas no Extremo-Oriente. Tornava automaticamente nulo o pacto Anti-Komintern, o que permitiu que o exército vermelho atacasse os japoneses em Khalkin Gol, sem que Stalin tivesse que temer uma segunda frente na Europa. O governo japonês caiu, como aconteceria com vários outros nos meses seguintes. Tóquio estabeleceu um consulado em Kaunas, na Lituânia, e o russo-falante Sughiara foi lá colocado, com a missão de observar o desenvolvimento das movimentações alemãs e soviéticas. Sem uma equipa própria, usava oficiais polacos como informadores e assistentes e recompensava-os com passaportes japoneses e acesso ao correio diplomático japonês. Muitos, tinham-se apercebido que era possível fazer a viagem através da União Soviética. A partir de meados de 1940, Sugihara começou também a emitir centenas de vistos a judeus. A diferença é que estes últimos tentavam atingir o Japão, e a partir daí, os Estados Unidos por mar; os polacos preferiam a fronteira do Irão, para depois se juntarem ao Exército Polaco do Exterior. Alguns estiveram em Mont Ormel; alguns foram entregues pelos britânicos ao governo fantoche de Lublin. Sugihara afirmou, nos seus relatórios, que a Alemanha atacaria a leste em Junho de 1941. Enganou-se num mês.

Andrey Sheptytsky era o Metropolita da Igreja Católica Grega ucraniana. Acolheu os alemães como libertadores (a Ucrânia ocidental fazia parte da Polónia até ao Pacto Molotov-Ribbentrop e foi ocupada pelos soviéticos depois disso), mas muito cedo começou a criticar a sua actuação. Escreveu uma carta irada a Himmler, instando-o a não usar a polícia ucraniana na perseguição aos judeus e emitiu cartas pastorais instruindo os seus fiéis a protegerem os seus vizinhos judeus. Com o auxílio do irmão, Kliment, salvou muitos judeus. Em 1943, enviou capelães para acompanharem a divisão Whaffen-SS "Galícia".

Eric Hobsbawm foi um dos maiores historiadores do século XX. Perpétuo embaraço para a Academia Soviética das Ciências, recusou-se sempre a aceitar qualquer "linha oficial", ou a pensar sem ser pela sua própria cabeça, sem nunca por em causa o marxismo. Pela sua profissão, pela vastidão do seu conhecimento e pela postura de independência que foi sempre a sua, duma coisa podemos ter a certeza: foi pela sua própria cabeça que Hobsbawm chegou àquela conclusão monstruosa.

Estas três personagens não são comparáveis. Sugihara era o agente duma potência agressiva, ela também assassina. Apesar disso, quando as circunstâncias o colocaram perante a escolha, optou por salvar seres humanos. Sheptytsky era um aristocrata de casta militar, que via na ocupação alemã a oportunidade de concretizar uma oposição militar à próxima ocupação soviética, que se adivinhava. Apesar disso, optou por salvar seres humanos. Hobsbawm era um esteta.

Heidegger era um filósofo e apoiou os nazis. Não lhe ligaram, porque não precisavam de filósofos para nada: o nazismo era, sobretudo e acima de tudo, um discurso estético. Seja lá o que for, tem que existir alguma beleza naquela ideia de "Revolução Mundial" que justifique o sofrimento e o sangue de milhões. A única coisa que não pode existir em ambos os casos é o Ser Humano. Apenas o Horror.

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publicado às 16:39


Feliz 1º de Abril

por Luís Grave Rodrigues, em 01.04.14
      

             

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publicado às 00:15


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