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De estalo, Anselmo Borges, de estalo…

por Rogério Costa Pereira, em 30.06.13

No DN de hoje, o padre Anselmo Borges escreve uma crónica de estalo; de estalo queirosiano, entenda-se -- a expressão "de estalo", usada dessa forma, "este vinho é de estalo [um bom vinho, de dar estalos com a língua]", perdeu-se no caminho. Voltando à crónica segundo Anselmo. Aprendi a apreciá-lo, embora padre católico. Isto é uma provocação descarada mas não maldosa. Refiro-me ao "embora" que ele, provocador, não resiste a usar logo de inicio. Começa assim (os sublinhados e bolds são meus): «“A quem rouba pouco chamam-lhe gatuno e metem-no na cadeia; pelo contrário, a quem o faz em grande escala chamam-lhe grande financeiro e recebe todo o tipo de elogios e felicitações pelo seu espírito empresarial." Quem isto escreve é um filósofo espanhol que, embora ateu e anticlerical, muito estimo: Fernando Savater, que acaba de publicar um pequeno livro de reflexão sobre - é este o título - Os Dez Mandamentos no Século XXI.»

 

E continua, a malhar como gente grande, embora padre católico:

«Não roubar referia-se, antes de mais, ao sequestro de pessoas, ao roubo de outros seres humanos, frequente para arranjar escravos. Esse rapto continua hoje, sobretudo para conseguir órgãos. Mas também continuam os raptos dos opositores políticos e de bebés, como aconteceu na ditadura argentina, tanto mais horrorosos quanto foram praticados também por pessoas ligadas à religião, até de missa diária. [esta seria censurada no Osservatore Romano]. Ora, "o corpo é a propriedade elementar que cada um de nós tem e ninguém quer ser utilizado, raptado ou manipulado por outros".

Há múltiplas formas de roubo: o roubo da dignidade, do tempo, de ideias. É impressionante o que se passa em situações de catástrofe, como terramotos e inundações: no meio do caos e da desordem, o saque em massa. É como se populações desfavorecidas pudessem, finalmente, participar no festim do capitalismo e do consumo.

Na realidade, quando falamos em roubo, referimo-nos, em princípio, a tirar às pessoas injustamente os bens que possuem e a que têm direito. Mas, em caso de necessidade, ainda se pode falar de roubo? Quem condenaria alguém por roubo, concretamente se se rouba a uma pessoa rica ou uma instituição endinheirada, para, numa situação de desespero, comprar um remédio ou pão para um filho esfomeado? "Há matizes morais e jurídicos que diferenciam quem rouba um pedaço de pão e quem tira a uma viúva o sustento com que alimenta os filhos." Lá está o carácter insaciável de algumas pessoas com quantidades de dinheiro suficientes para mais de dez vidas e que continuam a roubar. No entanto, só podemos comer três vezes ao dia e dormir numa cama de cada vez. "No fundo, há um limiar a partir do qual o dinheiro se transforma numa doença e não numa ajuda." Aí estão os especuladores gananciosos, que enriquecem utilizando mecanismos e sistemas que, embora não constituam delito no sentido estrito do termo, equivalem a roubar do ponto de vista moral: legalidade e moralidade não coincidem, "sobretudo em situações de penúria e escassez". Ora, no dia em que escrevo, leio, num documento divulgado pela organização não governamental Oxfam, que os paraísos fiscais ocultam 14 biliões (14 seguido de 12 zeros) de euros, que, se fossem taxados, poriam duas vezes fim à pobreza extrema no mundo.

E os impostos? Lá está o dito célebre: duas certezas na vida: morrer e ter de pagar impostos. A justificação destes só pode ser o bem comum e o bem-estar, como bens colectivos, segurança social, protecção no desemprego e na doença, garantidos pelo Estado. Se o Estado não cumpre os seus deveres, nomeadamente na sua função redistributiva, pode chegar-se a "uma forma legal de roubo".

O Papa Francisco não se tem cansado de insistir na necessidade de trazer a ética para a economia e para a finança. [esta não seria censurada no Osservatore Romano].Na sua linguagem simples, evocou recentemente uma parábola para explicar a crise. Como se trata de uma "crise do homem, que destrói o homem, que despoja o homem da ética, tudo é possível, tudo se pode fazer, e vemos como a falta de ética na vida pública faz tanto mal a toda a humanidade". E vem a estória, contada por um rabino do século XII. Aquando da construção da Torre de Babel, era necessário fabricar tijolos do barro, meter-lhe palha, levá-los ao forno e, já cozidos, transportá-los para o alto. Cada tijolo era um tesouro, devido a todo o trabalho para o fabricar. Quando caía um tijolo, era um drama e o operário era castigado. Mas se caísse um operário nada acontecia.

"Isso é o que se passa hoje: se os investimentos nos bancos caem, é uma tragédia, mas se as pessoas morrem de fome, se não têm nada para comer nem têm saúde, não acontece nada. Esta é a crise actual."»

 

De estalo, Anselmo Borges, de estalo…

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publicado às 00:51

No dia 30 de Junho de 1846 nasceu, em Pádua, o compositor e pianista italiano Riccardo Drigo.

O pai era advogado e a mãe dedicava-se à política, não havendo qualquer ligação ao mundo da música. Mas, aos cinco anos, Drigo começou a ter as primeiras lições de piano com um amigo da família. Devido à sua rápida evolução, o pai permitiu que fosse estudar para o Conservatório de Veneza.
Com menos de vinte anos, já Riccardo Drigo fazia as suas primeiras composições. Em 1862, permitiram-lhe que dirigisse uma orquestra de amadores, em Pádua, interpretando algumas das suas próprias composições. A partir daí, começou a mostrar interesse em ser maestro. Quando acabou o curso do Conservatório, arranjou emprego como pianista de ensaios, no Teatro Garibaldi, em Pádua.
A primeira ópera de Drigo, “D. Pedro de Portugal”, foi estreada, com sucesso, no dia 25 de Julho de 1968, mas, depois, teve que ser cancelada, devido a um surto de cólera, que obrigou a fechar todos os teatros na vizinhança de Pádua. As capacidades de Drigo como pianista foram, também, muito apreciadas, no seu tempo. No La Scala, acompanhou, várias vezes, o grande violinista Antonio Bazzini. Era muitas vezes chamado pelo Czar Alexandre III, para actuar na Corte Imperial Russa e acompanhava músicos em digressão, no Teatro Bolshoi.
Quando rebentou a 1ª guerra mundial, em 1914, Drigo encontrava-se de férias em Itália e só dois anos depois conseguiu voltar à Rússia. Pouco depois da sua chegada a Petrogrado teve que sair de casa, porque o prédio onde vivia foi convertido em escritórios para o novo governo soviético. Durante algum tempo viveu na pobreza com um grupo de emigrantes italianos. Em 1919, Drigo foi repatriado para a Itália e passou o resto da vida a compor canções e missas até que morreu, em Pádua, no dia 1 de Outubro de 1930.

Excerto do bailado “O Talismã”, de Riccardo Drigo

Grupo de Bailado da Ópera de Roma

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Ignacy Paderewski – Pianista e compositor polaco

por António Filipe, em 29.06.13
No dia 29 de Junho de 1941, faleceu, em Nova Iorque, um pianista e compositor, que também foi primeiro-ministro. Tinha nascido no dia 18 de Novembro de 1860, em Kurylovka, na Polónia.

Ignacy Paderewski ingressou no Conservatório de Varsóvia em 1872 e, entre 1884 e 1887, estudou em Viena. A partir de 1887, deu concertos na capital austríaca e em Paris, Londres e Nova Iorque. O seu sucesso foi enorme e, por onde quer que andasse, era seguido por legiões de admiradores. Em 1898 passou a viver na Suíça e foi professor de piano no Conservatório de Estrasburgo.
Foi um incansável defensor da causa nacionalista da Polónia. Durante a primeira guerra mundial, foi membro do Comité Nacional Polaco, organização que lutava pela causa da independência da sua terra natal. Em 1921, Paderewski apresentou vários concertos de beneficência nos Estados Unidos, em prol dos familiares de vítimas da guerra. Após o início da Segunda Guerra Mundial, assumiu, em Paris, a liderança do Movimento Nacionalista Polaco. Com a ocupação da França, em 1940, emigrou para os Estados Unidos. Sempre admirado como concertista, procurou, na política, uma maneira de extravasar o seu firme patriotismo. Chegou a ocupar, entre 17 de Janeiro e 27 de Novembro de 1919, o cargo de primeiro-ministro da Polónia, mas, por falta de apoio político, nunca chegou a realizar o sonho de ser presidente da República.
Não podendo continuar na política, Paderewski regressou ao piano e conquistou novamente o público. Reconhecido como um grande intérprete de Chopin, empreendeu, por conta própria, uma edição completa das obras daquele compositor.


Minueto e Nocturno, de Paderewski
Piano: Eduard Kunz

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publicado às 01:48

Convidei o Licínio Nunes para participar na pegada por causa de um post que li dele algures no facebook e que me encheu as medidas. Não me questionem qual foi o post, o que dizia ou onde o li. Sei que o sacana do post me berrava: “convida o gajo”. E assim foi. Tal como a minha avó me ensinou. Convidei. E ele, incauto e quase às cegas (visto deste lado, imagino que não do lado dele), aceitou.

No dia 9 de Julho do ano passado, o Licínio publicou A Nave dos Loucos. Desde então muitos se seguiram e, a cada dia, dei por mim a abrir a pegada na expectativa de ver se lá vinha nova carta em forma de palavras e imagem e som -- os posts do Licínio são quase sempre assim, nessa forma "tridimensional".

Para quem, como eu, anda nisto dos blogues há quase dez anos, a forma do Licínio se exprimir, de construir os posts, era uma novidade. Uma forma de estar distinta e distinta (não me repeti). Comecei a dizer aos meus mais próximos para ousarem entrar naquela forma de interagir com o mundo, ciente de que as muitas letras, nestes espaços de ler-e -partir, poderiam afastar quem gostaria de ler do que tinha de ser lido. Durante todo o tempo em que compartilho este espaço com o Licínio, e já lá vai quase um ano, por teimosia minha, nunca entrei no perfil dele. Queria manter intacta a voz da rádio. Não por receio de me desiludir – impossibilidade manifesta --, mas porque me dava gozo ler aqueles posts sem saber pormenores acessórios -- quem és, donde vieste, como chegaste aqui.

Nunca lhe perguntei e, obviamente, ele nunca me respondeu; nem nunca se deu à resposta.

Hoje, achei chegada a hora e fui ver dele. De algo pré-pegada que me matasse a curiosidade que subitamente (o tanas) me atacou;  um ano são quase sempre 365 dias e, em cima disso, na blogosfera e no facebook, a medição do tempo não se guia pelo relógio.

E apenas posso dizer que, não lamentando a minha forma e feitio de agir – neste caso particular --, estou a modos que a maldizer o fim-de-semana que me atrasará a chegada do “Deus Não É Para Aqui Chamado(wook e Chiado Editora).

Assim como mato a barriga de misérias (falo da curiosidade), ouso reproduzir os perfis públicos reproduzidos pela Chiado Editora (que valem o que valem – não li o livro mas já li o autor) do Licínio e do Livro (cuja capa podem ver em imagem).

Licínio Nunes

Tirou bilhete para o inferno...mas de ida e volta.
Mestre e doutorando em Engenharia Mecânica e programador de Tecnologias de Informação, teve um percurso profissional ligado ao sector Naval, antes de enveredar pelo mundo da Informática, onde se destacou no desenvolvimento de vários web sites e na administração de sistemas.
Em determinada altura do seu percurso o seu potencial e capacidades ficaram ofuscados pelo vício e inerente afastamento dos padrões de uma "vida normal".
Acabou por cair nas teias de uma organização que usa a reabilitação como um meio de escravatura num negócio de milhões. Acreditou que aquilo não era o "fim da linha" e tentou agarrar-se, no meio de uma vigilância apertada, a uma instituição que o "libertou" e lhe proporcionou o contacto com um mundo novo de oportunidades.
A AMI foi a tábua de salvação e acabou por fazer a ponte para um programa que visa a reinserção social, designado por "Vida Nova", onde voltou a ganhar confiança nas suas capacidades, entretanto, novamente, no mercado de trabalho e escrevendo "Deus não é para aqui chamado", uma história que relata o pesadelo dos que, como ele, procuram a salvação e encontram uma nova forma de pesadelo.

Deus Não É Para Aqui Chamado

Um missionário evangélico americano recebe um chamamento Divino, para partir para Espanha e aí salvar os jovens perdidos no flagelo da droga.
Armado com as suas certezas inabaláveis, os obstáculos transformam-se em vantagens e as ameaças em oportunidades. A obra nasce, o juízo Divino mantém-se em suspenso. Os destinatários da salvação, esses buscam a esperança e encontram o esquecimento. O Mundo já não existe para eles, pois já não o conhecem.
E as outras pessoas, nesse tal Mundo?
Essas, muito provavelmente, dormem melhor, à noite. Quando chegar a sua vez, já niguém falará por elas.

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publicado às 00:41


A esquerda e o átomo

por Rogério Costa Pereira, em 28.06.13

É possível dividir o átomo. Não é possível unir a esquerda. Recomeço e sigo adiante carregado com essa certeza. Palavras não me faltarão para denunciar quem vai traindo esse sonho. Não me pesará na consciência o que possam chamar de contribuição para a desunião. Urge separar as águas. Talvez assim se consiga multiplicar e não dividir. De acções não falo. Falar do que se fez e faz é conversa de pescador. Siga!

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publicado às 14:06


A "intra-sindical" e as marionetas

por Rogério Costa Pereira, em 28.06.13

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Como não podia deixar de ser, "O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, já veio demarcar a intersindical deste protesto [135 manifestantes que tentaram cortar o trânsito em direcção à Ponte 25 de Abril]." Nada de novo. Tudo normal na intersindical. A intransigente intersindical -- Intra-sindical?. É à maneira deles ou não é. Noblesse oblige! Que lástima constatar que os anos passam e ali não muda nada. Que triste modo de agir. Que maneira cega, surda e muda de estar. Que traição! Raios partam os comités centrais mais as cartilhas de bem-fazer. Acusam, e muito bem, o governo de nos usar como marionetas. Porém, chegada a hora da verdade, usam métodos semelhantes. Se o Povo ousa pisar o risco traçado, surge de imediato o "não é nada connosco". Também preferem marionetas. Maldita realidade. Maldisto egoísmo. Maldito umbiguismo suicidário!

Fica parte da notícia: "Os manifestantes, que participaram numa manifestação da CGTP no âmbito da greve geral, saíram das imediações da Assembleia da República em direcção à ponte, fazendo o trajecto pelo Largo do Rato. Seguiram para a entrada da A5, junto ao centro comercial das Amoreiras, e foi nesse ponto que foram travados pela polícia. O acesso à 25 de Abril faz-se a partir deste local. O trânsito na A5 no acesso à ponte esteve cortado durante alguns minutos antes das 19h00, enquanto a polícia de intervenção tentava impedir o avanço do protesto. Ouviram-se palavras de ordem como "a ponte é nossa" e "fascismo nunca mais". A polícia formou nessa altura um quadrado para cercar os manifestantes e procedeu à sua identificação numa rua lateral." [RR]

"O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, já veio demarcar a intersindical deste protesto."

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publicado às 01:49

No dia 28 de Junho de 1753, nasceu em Bruck an der Leitha, na Áustria, o clarinetista e compositor Anton Stadler, para quem Mozart compôs duas das suas mais importantes obras: o Quinteto para clarinete e cordas e o Concerto para clarinete e orquestra.

Era um excelente clarinetista, com uma perícia excepcional nos registos mais baixos do instrumento. Um crítico contemporâneo vienense, referindo-se a Stadler, escreveu: “Nunca pensei que o clarinete podia imitar a voz humana tão bem como quando você o toca. O seu instrumento é tão suave e tão delicado, que ninguém que tenha coração lhe pode resistir”.
Anton Stadler foi segundo clarinete na orquestra da corte de Viena, da qual o seu irmão, Johann, era primeiro clarinete. Colaborou com Theodor Lotz, um fabricante de clarinetes, no fabrico de um clarinete mais extenso, a que chamaram clarinete baixo. Foi para este novo instrumento que Mozart escreveu o Concerto e, provavelmente, o Quinteto para clarinete. Além de instrumentista, Stadler também compôs algumas peças para clarinete. Faleceu em Viena no dia 15 de Junho de 1812.


3º andamento do Duo para clarinete, de Anton Stadler
Clarinete: Laura e Luigi Magistrelli

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Anna Moffo – Soprano norte-americana

por António Filipe, em 27.06.13
No dia 27 de Junho de 1932, nasceu, em Wayne, Pensilvânia, a soprano norte-americana Anna Moffo, muito admirada pela pureza da sua voz e pela sua grande beleza física.

Ao terminar o liceu, foi-lhe oferecida a oportunidade de ir para Hollywood fazer filmes, mas recusou, porque tinha intenção de ir para freira. Mas, em vez disso, foi estudar para o Curtis Institute of Music, em Filadélfia, para onde tinha ganho uma bolsa de estudo. Em 1955, ganhou a audição de jovens artistas e uma bolsa de estudo para o Conservatório de Santa Cecília, em Roma. No mesmo ano, estreou-se como Norina em Don Pasquale, de Donizetti. Em 1956, Anna Moffo apareceu numa produção televisiva de Madame Butterfly, de Puccini. No mesmo ano estreou-se no La Scala, no Festival de Salsburgo e na Ópera Estatal de Viena.
Em 1957, estreou-se na América, interpretando Mimi, em La Bohème, de Puccini, na Lyric Opera of Chicago e, em 1959, no Metropolitan Opera, no papel de Violetta, em La Traviata, de Verdi. Moffo foi particularmente popular na Itália, onde teve um programa de televisão, “The Anna Moffo Show”, entre 1960 e 1973 e foi votada uma das mulheres mais bonitas da Itália. Faleceu em Nova Iorque, no dia 9 de Março de 2006, depois de lutar com complicações de cancro da mama durante 10 anos.


Ária "Sempre libera", da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Anna Moffo
Orquestra e Coro da Ópera de Roma
Maestro: Giuseppe Patanè

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Os "letrados"

por Rogério Costa Pereira, em 26.06.13

[edição revista e aumentada de um post no facebook]

 

Há uma classe de letrados que discute a justiça de o último livro de poesia de Herberto Helder – “Servidões” --, por vontade deste, se limitar a uma edição de três mil exemplares. Como vos hei-de explicar as entranhas da classe a que me refiro? Estão a ver o Dâmaso do Eça? Ou o estilo ovelheiro do Júlio Dantas? É tipo isso, mas em pior. E estão tão agarrados às sebentas de história sebenta da literatura, com as vénias e mesuras prefaciadas e posfaciadas em tom de "cuidado, é um livro, não o pises nem o leias", que se um tipo por lá passa e ousa puxar uma corda fora daquele tom delicodoce é logo olhado do alto de uns sapatinhos de ir ao pêssego. Um dia, hei-de arranjar um desses seres-de-luz-nascidos para ver à melhor noite. E ando a ficar cansado de ver e rever Monty Phyton. E estes são tão modernos, tão finos, tão splash. Tão patéticos.

 

Se três mil animais, com capacidade para ler e chorar e rir e sem poderes para fotocopiar, comprassem os tais três mil livros e não os usassem apenas para acrescentar centímetros de lombada às prateleiras para três mil amigos íntimos -- na próxima festa só para amigos íntimos -- verem e baterem palminhas, o Herberto Helder não faria tanta questão. Assim não sendo, como não é, imagino que o Herberto acabe por manter os livros na gaveta. Estão lá mais bem guardados do que a uso destas hienas “literárias”. Prefiro perder o que se segue, a imaginar prateleiras tão pesadas de nada. Um livro só o é se o for. Se não lhe derem atenção não passa de um aglomerado de folhas com letras. E não se cumpre. 


Se houvesse degraus na terra...

 

Se houvesse degraus na terra e tivesse anéis o céu,

eu subiria os degraus e aos anéis me prenderia.

No céu podia tecer uma nuvem toda negra.

E que nevasse, e chovesse, e houvesse luz nas montanhas,

e à porta do meu amor o ouro se acumulasse.

 

Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,

levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.

Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,

e a fímbria do mar, e o meio do mar,

e vermelhas se volveram as asas da águia

que desceu para beber,

e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.

 

Maldito seja quem atirou uma maçã para o outro mundo.

Uma maçã, uma mantilha de ouro e uma espada de prata.

Correram os rapazes à procura da espada,

e as raparigas correram à procura da mantilha,

e correram, correram as crianças à procura da maçã.


Herberto Helder

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publicado às 20:36


Sinfonia nº 39, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 26.06.13
No dia 26 de Junho de 1788, o compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart terminou, em Viena, a composição da Sinfonia nº 39, K 543, em mi bemol maior.

Em apenas 6 semanas, Mozart compôs as suas últimas 3 sinfonias: as nºs 39, 40 e 41.
As três sinfonias são, talvez pela quase simultaneidade da sua criação, tidas como uma trilogia – mas a verdade é que são distintas entre si… tanto quanto se pode dizer que há um estilo divergente em alguma das obras de Mozart
Não tão famosa como as nºs 40 e 41, a Sinfonia nº 39 tem sido apontada como reveladora do ideal espiritual de Mozart, não tão enérgica e impetuosa como a nº 40 e não tão apoteótica como a nº 41.
O Finale, em andamento allegro, dá uma ideia clara da irreverente vivacidade do compositor.


Sinfonia nº 39, K 543, em mi bemol maior, de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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Alberto Ginastera – Compositor argentino

por António Filipe, em 25.06.13
 
No dia 25 de Junho de 1983, morreu, em Genebra, o compositor argentino Alberto Ginastera. Considerado um dos mais importantes compositores de música clássica da América Latina, tinha nascido em Buenos Aires, a 11 de Abril de 1916.

Licenciou-se em 1938, no conservatório daquela cidade. Visitou os Estados Unidos, entre 1945 e 1947, onde estudou com Aaron Copland, em Tanglewood. Depois, voltou à sua cidade natal e, com outros compositores, fundou a Liga de Compositores da Argentina. Exerceu o cargo de professor em Buenos Aires. Entre os seus mais notáveis alunos, encontram-se Ástor Piazzolla e Waldo de los Ríos. Em 1968, mudou-se para os Estados Unidos e, em 1970, para a Europa.
Ginastera ficou conhecido fora do mundo académico quando o grupo de rock progressivo “Emerson, Lake and Palmer” adaptou o 4º andamento do seu primeiro concerto para piano e o gravou no álbum “Brain Salad Surgery”, com o nome de “Toccata”. A gravação teve o apoio de Ginastera. Em 1973, quando o álbum foi gravado, a banda visitou o compositor na sua casa, na Suíça, e foram-lhes mostrados os arranjos. Diz-se que Ginastera comentou: “Com os diabos! Nunca ninguém tinha sido capaz de capturar a minha música desta forma! É a maneira como eu mesmo a imaginei!”

4º andamento (Toccata concertata) do Concerto nº 1, para piano,
de Ginastera
Piano: Marcelo Balat
Orquestra Sinfónica Nacional Argentina
Maestro: Daniel Mazza
 Toccata, de Emerson, Lake & Palmer

 

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Para onde foram as flores?

por Licínio Nunes, em 24.06.13
Amanhã, 25 de Junho de 2013, o Homem Mais Poderoso do Mundo vai "apresentar a sua visão" a respeito das alterações climáticas e como as combater. Tenho dúvidas a respeito do poder concreto do tal "homem mais poderoso...", mas este é dos casos em que esse poder existe. O que ele irá dizer, pode oscilar entre a proverbial montanha que pare um rato, até a uma enorme cavacada — nada de insultar classes profissionais dignas.

Duvido que esta venha a ser a conclusão final. A escolha do local tem um peso simbólico muito grande, do lado de lá do Atlântico. Georgetown é a escola da governação e da administração pública e há séculos. Por isso, sinto-me capaz de fazer uma aposta: Barack Obama irá anunciar o fim do pipeline Keystone. Está em muito mau estado, a Columbia Britânica anunciou recentemente a proibição da versão mais curta. Não é vinculativa e o governo federal canadiano pode anular a decisão. Não pode ir contra a decisão daquilo a que os canadianos chamam As Primeiras Naçãoes e estas opõem-se frontalmente. De forma mais resumida, o caminho mais curto (cerca de 600 milhas) para o escoamento das areias betuminosas da província de Alberta está vedado; resta o mais longo (cerca de 5 vezes mais) até ao Golfo do México. Pode acabar amanhã, o assunto está dentro do âmbito do poder executivo do presidente americano.

Se isto acontecer, ou quando isto acontecer, será rigorosamente a primeira vez na História em que um produtor maior de hidrocarbonetos fósseis se verá impedido de levar o seu veneno até aos sagrados mercados. Claro que também é possível que o senhor Obama queira afirmar de facto a tal "liderança americana" e anuncie o estabelecimento de limites fixos ("hard cap") para a emissão de dióxido de carbono. Se o fizer, estará efectivamente a antecipar-se ao governo chinês, que pondera fazê-lo para 2016, mas a este respeito, se alguém me desse vinte euritos para apostar, eu colocaria cinco no "sim", outros cinco no "não" e guardaria o restante para mim.

Vem tudo isto também, a respeito do pronunciamento recente da Presidenta Dilma. Ficámos a saber que o Brasil irá reservar as receitas do petróleo para investir na educação do seu Povo. Acontece que o "petróleo brasileiro" ainda não existe.

Enquanto produto vendável, ainda não existe. Está naquela fase do trólaró que eu já referi nestas páginas. É um produto de muito má qualidade, azedo (o que quer dizer, com elevado teor de contaminantes) e inusitadamente ácido; comparado com a rastemenga canadiana continua a ser um néctar de deuses. Parece que o Brasil planeia fazer com ele algo semelhante ao que a minúscula Noruega fez com o petróleo do Mar do Norte. Não o irá conseguir, e sim, existe algo de profundamente injusto em tudo isto.

Ha-Joon Chang chamou-lhe "...dar um pontapé no escadote...", como se alguém usasse um escadote para subir à altura pretendida, e depois lhe desse um pontapé, para evitar que outros consigam seguir na sua peugada, e sim, é exactamente isso que os freis tomases da mundialização fazem. Acontece que, neste caso, é a única coisa a fazer: 80% das reservas fósseis conhecidas são in-queimáveis e esta é a mãe de todas as bolhas financeiras. Tudo somado, desde a bolha japonesa do início dos 1990's, passando pelos sub-primes americanos da última década, até às desgraças europeias presentes, não passam de bolinhas de sabão, sopradas por uma criança.

O Mundo até pode começar a acelerar amanhã mesmo. Como o mostra o caso brasileiro, nada será simples. Um chinês diria provavelmente "...que possas viver em tempos interessantes...", sem nos explicar que há muito de maldição naquela prece. Por esta triste Europa, as direitas mais rançosas e as esquerdas mais inúteis, acusam-se mutuamente de reaccionarismo e de acordarem os velhos demónios. Ambos têm razão. A nós, ficam-nos apenas as perguntas do Pete Seeger: "Quando iremos aprender?"




Where have all the flowers gone?
Long time passing
Where have all the flowers gone?
Long time ago
Where have all the flowers gone?
Girls have picked them every one
When will they ever learn?
When will they ever learn?

Where have all the young girls gone?
Long time passing
Where have all the young girls gone?
Long time ago
Where have all the young girls gone?
Taken husbands every one
When will they ever learn?
When will they ever learn?

Where have all the young men gone?
Long time passing
Where have all the young men gone?
Long time ago
Where have all the young men gone?
Gone for soldiers every one
When will they ever learn?
When will they ever learn?

Where have all the soldiers gone?
Long time passing
Where have all the soldiers gone?
Long time ago
Where have all the soldiers gone?
Gone to graveyards every one
When will they ever learn?
When will they ever learn?

Where have all the graveyards gone?
Long time passing
Where have all the graveyards gone?
Long time ago
Where have all the graveyards gone?
Covered with flowers every one
When will we ever learn?
When will we ever learn?

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publicado às 19:14


As portas que a esquerda abre e fecha

por Rogério Costa Pereira, em 24.06.13

O Seara diz que não tem a mínima dúvida da sua legitimidade para se candidatar à CML. E eu tenho a absoluta certeza da falta de legitimidade do Seara. Basta ler a lei e ter algum bom senso na respectiva interpretação. Olhar a letra e atentar no espírito da dita, que está bem à vista -- diga ela presidente de câmara ou da câmara. Isto do tal movimento de nome suspeito (que se qualifica pela negativa, dizendo o que não quer parecer ser: xenófobo, racista e pela supremacia racial) ter tido a ideia de avançar com as providências cautelares é uma bela lição para esquerda autofágica que temos. E, mais uma vez, imputo as principais culpas ao auto-enclausurado PC (mesmo porque o PC até interpreta a lei à maneira do Seara). Quando falo de esquerda refiro-me à esquerda parlamentar e extra-parlamentar, que ainda não percebeu que esquerdismos teimosos poderão ser o seu fim. Não se abram, não, que um dia querem e, tanta é a ferrugem, não conseguem. E com as portas que fecham olhem as portas que (se) abrem. E olhem quem por elas entra. Vocês são os responsáveis e nós não permitiremos que se esqueçam disso na hora de apontar dedos (quem é este "nós"? Eu e quem pensa da mesma forma, e olhem que não são assim tão poucos).

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Apostasia

por Luís Grave Rodrigues, em 24.06.13

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publicado às 01:53

No dia 24 de Junho de 1906, nasceu, em Paris, o violoncelista francês Pierre Fournier, considerado “o aristocrata dos violoncelistas”, devido à sua elegante musicalidade e imponente som.

Filho de um general do exército francês, Pierre Fournier foi ensinado pela mãe a tocar piano. Mas, ainda em criança, teve poliomielite e perdeu destreza nos pés e pernas. Tendo dificuldades com os pedais do piano, virou-se para o violoncelo.
Licenciou-se no Conservatório de Paris com a idade de 17 anos, em 1923. Foi aclamado como “o violoncelista do futuro” e ganhou fama pelo seu virtuosismo e técnica do arco. Tornou-se muito conhecido quando tocou com a Orquestra dos Concertos Colonne, em 1925.
Fez digressões por toda a Europa, tocando com muitos dos mais famosos músicos do seu tempo.
Foi professor na École Normale de Musique, em Paris e no Conservatório de Paris, de 1937 a 1949. Em 1948, fez a primeira digressão pelos Estados Unidos, onde actuou, com muito sucesso, em Nova Iorque e Boston.
A partir de 1956, começou a residir na Suiça, embora nunca tenha renunciado à cidadania francesa. Dava aulas privadas de violoncelo, na sua casa, em Genebra. Um dos seus alunos fo o violoncelista inglês Julian Lloyd Webber. Em 1963, foi feito membro da Legião de Honra.
Pierre Fournier continuou a actuar em público até dois anos antes da sua morte, que ocorreu no dia 8 de Janeiro de 1986.

Suite nº 1, para violoncelo, de Johann Sebastian Bach

Violoncelo: Pierre Fournier

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publicado às 00:01


Dilma

por Rogério Costa Pereira, em 23.06.13

Vamos ver, Dilma. Vamos ver. You can talk the talk but can you walk the walk? Disseste parte do que o povo queria ouvir. Mas mal raspaste na corrupção. Mentiste acerca do financiamento dos estádios. Ainda assim, aguarda o POVO que te aguarda. Concedo que nunca tinha ouvido um chefe de Estado falar assim, mas as palavras leva-as o vento. Se falhares só falharás uma vez. E a história do apelo ao ego futebolístico? Não devias ter ido por aí. Quanto aos povos que recebem bem? Falas da porta de entrada para um mundo novo. Não há forma melhor de receber. Em suma, veremos... O Mundo aguarda. Já não são só os vinte centavos e já não é só o BrasilMais uma coisa, pagava para saber quantas vezes falaste com a Cristina Kirchner esta semana. Imagino que não tenham falado de futebol... 

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publicado às 03:45


William Cochran – Tenor norte-americano

por António Filipe, em 23.06.13
No dia 23 de Junho de 1943, nasceu em Columbus, no estado do Ohio, o tenor americano William Cochran.

Estudou no Curtis Institute of Music, com Martial Singher. Estreou-se no Metropolitan Opera de nova Iorque, em 1968, como Vogelgesang, na ópera “Os Mesters Cantores de Nuremberga”, de Wagner. No ano seguinte, cantou o papel de Froh, no “Anel dos Nibelungos”, do mesmo compositor.

Em 1974, estreou-se no Covent Garden, na ópera “Jenůfa”, de Leoš Janáček, sob a direcção de Charles Mackerras e, no ano seguinte, cantou Lohengrin, na Ópera de Nova Orleães. Em 1977 actuou na ópera “Katya Kabanova”, de Janáček, em São Francisco, onde regressou, em 1997, para interpretar o papel de Herodes, na ópera “Salomé", de Richard Strauss.
Em 1982 e, novamente, em 1986, Cochran actuou na Companhia de Ópera de Boston, ambas as vezes sob a direcção da maestrina Sarah Caldwell.
Na temporada de 1984-85, regressou ao Met, para interpretar o papel de Bacchus, na ópera “Ariadne auf Naxos”, de Richard Strauss.
William Cochran ambém se apresentou com companhias de ópera em Frankfurt, Munique, Hamburgo e Viena.


Excerto do 1º acto da ópera “A Valquíria”, de Wagner
Tenor: William Cochran
Soprano: Eileen Farrell
Orquestra Sinfónica de Utah
Maestro: Maurice Abravanel

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dilma....

por João Mendes, em 22.06.13

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Francesco Manfredini – Compositor italiano

por António Filipe, em 22.06.13
No dia 22 de Junho de 1684, nasceu em Pistoia, Itália, Francesco Manfredini, um compositor do barroco italiano, do qual a maioria das composições foi destruída depois da sua morte, restando apenas 43 obras publicadas e alguns manuscritos.

No dia 22 de Junho de 1684, nasceu em Pistoia, Itália, Francesco Manfredini, um compositor do barroco italiano, do qual a maioria das composições foi destruída depois da sua morte, restando apenas 43 obras publicadas e alguns manuscritos.

Estudou violino com Giuseppe Torelli, em Bolonha, e teve aulas de composição com Giacomo Perti, mestre de capela da Basílica de S. Petronio. Embora tivesse composto muitas oratórias, só as suas obras seculares permanecem no reportório. Por volta de 1700, Manfredini ocupou o cargo de violinista na orquestra da Igreja do Santo Espírito, em Ferrara. Em 1704, regressou a Bolonha, onde trabalhou na Orquestra de S. Petronio.

No mesmo ano em que publicou as suas primeiras composições, Francesco Mafredini tornou-se membro da Academia Filarmónica. A partir de 1711 teve uma longa estadia no Mónaco, ao serviço do Príncipe Antonio I. Em 1718, já em Bolonha, publicou os concertos op. 3, nos. 1 a 12, para dois violinos e baixo contínuo, que dedicaria àquele monarca. Em 1727 regressou a Pistoia como mestre de capela na Catedral de S. Filipe, cargo que ocupou até que morreu, no dia 6 de Outubro de 1762.

Concerto para dois trompetes, cordas, cravo e órgão, em ré maior, de Francesco Manfredini
Agrupamento “I Solisti di Zagreb”

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Elizabeth Harwood – Soprano inglesa

por António Filipe, em 21.06.13
No dia 21 de Junho de 1990 morreu, de cancro, em Fryerning, Essex, com 52 anos, a soprano inglesa Elizabeth Harwood. Tinha nascido em Barton Seagrave, um subúrbio de Kettering, a 27 de Maio de 1938. Cresceu Yorkshire.

Depois de frequentar uma escola de música, teve uma carreira operática que durou mais de duas décadas. Trabalhou com importantes maestros como Colin Davis e Herbert von Karajan. Foi uma das poucas sopranos inglesas da sua geração a ser convidada para cantar em produções no Festival de Salzburgo, no La Scala de Milão e no Metropolitan Opera.
Depois de algumas actuações em Glyndebourne e cinco anos na Companhia de ópera Sadler's Wells, na década de 1960, Harwood cantou no Covent Garden, em Londres, e na Ópera Escocesa, antes de atingir reputação internacional na década de 1970.

O reportório de Elizabeth Harwood era extenso, mas ficou particularmente conhecida pelas suas actuações em óperas de Mozart e Richard Strauss.
Em salas de concerto, representou oratórias e, nos últimos anos, concentrou-se mais em recitais de Canções (Lieder).


Ária "Porgi amor", da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart
Soprano: Elizabeth Harwood
Orquestra Sinfónica de Queensland
Maestro: Werner Andreas Albert

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