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Imagine que não havia religiões

por Luís Grave Rodrigues, em 22.04.13

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publicado às 01:50


Sinfonia nº 7, de Antonin Dvorak

por António Filipe, em 22.04.13
No dia 22 de Abril de 1885, realizou-se a estreia da Sinfonia nº 7, de Antonin Dvorak. Cinco semanas depois de ter terminado a sua composição, o próprio Dvorak dirigiu a orquestra, no St. James Hall, em Londres.

O compositor começou a trabalhar na Sinfonia nº 7, op. 70, em ré menor no dia 13 de Dezembro de 1884, inspirado na 3ª sinfonia de Brahms, que tinha acabado de ouvir. Pouco tempo antes, a Sociedade Filarmónica de Londres tinha-o convidado a escrever uma nova sinfonia.
Um mês depois, a seguir ao seu passeio diário até à estação dos caminhos-de-ferro de Praga, Dvorak afirmou: “o primeiro tema da minha nova sinfonia passou-me pela cabeça quando chegou o comboio que trazia os nossos compatriotas de Pest”.
Na verdade, estes compatriotas vinham assistir a um evento musical, no Teatro Nacional de Praga, para suportar as lutas políticas da nação checa. Dvorak decidiu que a sua nova sinfonia seria um reflexo destas lutas. Ao fazer isso, a sinfonia revelaria, também, algo da sua própria luta pela reconciliação dos sentimentos simples e pacíficos dos seus compatriotas com o seu intenso patriotismo e o desejo de ver a Checoslováquia florescer.
Antonin Dvorak terminou um rascunho do 1º andamento da Sinfonia nº 7, em 5 dias. Escreveu a um amigo: “Ando agora ocupado com esta sinfonia para Londres e, onde quer que vá, não consigo pensar noutra coisa. Deus queira que esta música checa mova o mundo”.


4º andamento da Sinfonia nº 7, de Dvorak
Sinfonietta de Hong Kong
Maestro Daniel Raiskin

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publicado às 00:01


Distopia (por Fernando Felizes)

por autor convidado, em 21.04.13

Wikipedia Português - Uma distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma "utopia negativa". São geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um controlo opressivo da sociedade. Nelas, a sociedade tida como perfeita, utópica, mostra-se corruptível, e as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. Com isso, a tecnologia, as inovações que aparentemente fariam dessas, sociedades perfeitas, acabam por tornar-se meios de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações.

“Vivemos num mundo ao contrário” diz Eduardo Galeano, num mundo onde se usam limões verdadeiros para fabricar detergentes e produtos de limpeza, e usam-se uma panóplia de aditivos sintéticos (corantes, conservantes, aromatizantes) para fazer sumo de limão. Foi aprovado há umas semanas nos EUA uma lei que protege uma multinacional chamada Monsanto dando-lhe a completa imunidade face aos riscos para a saúde e para o ambiente dos seus produtos alimentares geneticamente modificados, colocando-a mesmo acima da Lei. A Monsanto já tem um cadastro invejável de crimes contra a Humanidade, durante a Guerra do Vietname produziu e vendeu uma mistura de dois herbicidas, conhecida como Agente Laranja, que o exército norte americano espalhou sobre o território vietnamita, com consequências e sequelas irreversíveis nas populações vietnamitas e nos próprios soldados americanos, consequências que ainda hoje se fazem sentir naquela região. Para quem quiser ter uma ideia experimentem colocar as palavras ‘agente laranja vietname’ num motor de busca e ver as imagens estarrecedoras que aparecem, mesmo nos dias de hoje apesar destes acontecimentos terem ocorrido nos anos 60 do século passado. Actualmente a Monsanto descobriu que alimentar o mundo é um negócio lucrativo, pelo que andam ocupados a patentear sementes de produtos agrícolas geneticamente modificados, obrigando desta forma os agricultores a pagarem novamente por estas sementes no ano seguinte, uma vez que cada uma destas sementes modificadas geneticamente tem um ‘gene suicida’, não permitindo que as sementes no ano a seguir sejam viáveis. Tradicionalmente os agricultores por todo o mundo guardavam sementes dos seus campos, contribuindo de forma sustentável e viável para a manutenção de diferentes variedades e fomentando uma biodiversidade agrícola rica. O CEO da Nestlé disse nesta semana que a água não é um Direito Humano, que deve ser privatizada, porque só os homens de negócios é que têm sapiência e meios para gerir este recurso limitado. Talvez interesse saber que a Nestlé tem um laboratório que produz água, ou melhor, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais da sua patente, negócio lucrativo uma vez que todas as pessoas necessitam de água para viver. Saiu também uma notícia referente à intenção da Nestlé privatizar uma planta que tem sido usada como medicamento há milhares de anos pelas populações da Ásia e do Médio Oriente. A Nestlé refere que foram os seus cientistas que descobriram as propriedades milagrosas da planta, e pretendem assim criar um monopólio lucrativo, impedindo em termos legais as populações locais de usar essa planta que usaram desde sempre. De facto, parece que a regra nos dias de hoje é criar problemas para depois aparecer com a solução milagrosa e ganhar muito dinheiro. A privatização e patenteação da Natureza e da Vida é de facto um assunto muito sério, em variadíssimos aspectos incluindo éticos. Esta semana também começou a ser julgado no Supremo Tribunal de Justiça dos EUA um caso a propósito de patentes de um laboratório de dois genes ligados ao risco de cancro da mama e dos ovários. A questão de fundo é se os genes devem ser patenteáveis.

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publicado às 07:33

No dia 21 de Abril de 1749, contra a vontade do compositor, realizou-se a estreia da “Música para os reais fogos de artifício”, de Haendel.

Em 1749 o compositor inglês, de origem alemã, Georg Friedrich Haendel, que viveu entre 1685 e 1759, escreveu a suite “Música para os reais fogos de artifício”, para comemorar a assinatura do tratado de Aix-la-Chapelle, que pôs fim à Guerra da Sucessão da Áustria. A primeira apresentação desta obra, no dia 21 de Abril, foi mais um ensaio público do que uma estreia, pois a estreia absoluta estava marcada para o dia 27. No entanto este ensaio juntou 12000 pessoas, causando enormes engarrafamentos na ponte de Londres.
Da estreia propriamente dita, o mínimo que se pode dizer é que foi atribulada. Aconteceu no dia 27 de Abril de 1749 e a emoção não esteve ausente: a estrutura montada especialmente para a ocasião ardeu parcialmente, além de ter chovido durante o concerto, o que terá, provavelmente, ajudado a apagar o fogo-de-artifício e a ensopar o público.


Abertura de "Música para os reais fogos de artifício”, de Haendel
Orquestra Sinfónica da BBC e Banda dos Fuzileiros de Sua Majestade
Maestro: Sir Andrew Davis

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publicado às 00:01


Carl Löwe - Barítono, maestro e compositor alemão

por António Filipe, em 20.04.13
No dia 20 de Abril de 1869 faleceu, em Kiel, o barítono, maestro e compositor alemão Carl Löwe, a quem chamavam o “Schubert da Alemanha do Norte”. Tinha nascido em Löbejün, na Alemanha, no dia 30 de Novembro de 1796.

Recebeu as primeiras lições de música do pai. Foi menino-do-coro, em Köthen, e depois em Halle, onde frequentou o liceu. A beleza da sua voz encantou Madame de Stal, que o ajudou a obter um patrocínio de Jérôme Bonaparte, então rei de Vestefália, que lhe permitiu ir estudar teologia para a Universidade de Halle an der Saale. Em 1820, Löwe mudou-se para Stettin, onde trabalhou como organista e director musical da escola e compôs a maior parte das suas obras.
Além de cerca de quatrocentas canções, Löwe também escreveu óperas, oratórias e música instrumental. Nos dias de hoje não é muito conhecido, mas algumas das suas canções são, ocasionalmente, interpretadas. Depois de várias digressões pela Europa, como cantor, nas décadas de 1840 e 50, Carl Löwe regressou à Alemanha e, depois de abandonar os cargos que desempenhara em Stettin durante 46 anos, fixou-se em Kiel, onde veio a falecer, no dia 20 de Abril de 1869.


Sinfonia em ré menor, de Carl Löwe
Orquestra Filarmónica de Lorraine
Maestro: Jacques Houtmann

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publicado às 00:01


A Academia Ranhosa

por Licínio Nunes, em 19.04.13
O artigo do senhor Paul Krugman esclarece as minhas dúvidas a respeito do processo de publicação do tal artigo "mais que tudo" dos austeritários: não foi sujeito a qualquer processo de revisão por pares. Os autores "fizeram circular" (sic) os resultados à sua vontade e só recentemente facultaram o acesso aos seus dados; o resultado foi tiro no porta-aviões à primeira. A Universidade é suposta ser um templo da inteligência; este episódio mostra como as faculdades de economia se transformaram em meros aparelhos de propaganda de nariz incontinente (parece mal dizer 'ranhosa'). Pelo menos, hoje sabemos ao que andamos: propaganda!

http://www.nytimes.com/2013/04/19/opinion/krugman-the-excel-depression.html?hp&_r=0

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publicado às 12:09


E veio o sonho e comeu-os...

por Rogério Costa Pereira, em 19.04.13
Em entrevista ao Negócios, José Cutileiro diz que "Não era preciso fazer o euro para nada". Ingénuo.
Sem euro, como seria possível à Alemanha tentar destruir a Europa pela terceira vez em menos de um século?
A ironia disto é que o euro ganhou dentes e começa a morder-lhes o rabo. Era tão perfeito, tão perfeito. Um plano tão bem pensado. Uma arma em forma de moeda benigna.
O que vai correr mal? O de sempre!
E veio o sonho e comeu-os...

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publicado às 10:14


Não matem o sonho

por Rogério Costa Pereira, em 19.04.13
O sonho.
O realismo de cada amanhã, desde o início dos tempos, não seria real sem os sonhos de ontem, sem os sonhos de hoje.
Há quem confunda realismo com conformismo. Matem o sonho e a verdade do mundo será feita de pesadelos. E a roda não terá sido inventada.
Afinal, para que raio tirou o primeiro homem as patas dianteiras do chão? Porque era realista ou porque era um sonhador? Não arrisco se garantir que era a síntese original e impoluta de ambos.
Realizar é possível, sim.
Sonhando.
Matem o sonho e matam o Homem.

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publicado às 09:41


O Pogrom de Lisboa

por Luís Grave Rodrigues, em 19.04.13

Faz hoje 507 anos. 
O dia 19 de Abril de 1506 amanheceu pacífico e soalheiro. Na igreja de São Domingos, em Lisboa, a missa dessa manhã decorria provavelmente com a calma modorra do costume. 

Mas, de súbito, a placidez da missa foi interrompida por um estranho fenómeno que se oferecia perante os olhos de todos os fiéis: a imagem do Cristo pregado na cruz que se encontrava sobre o altar estava iluminada por uma estranha e misteriosa luz.

A superstição e a exacerbada crença dos fiéis imediatamente os fez acreditar estar na presença de um milagre: a imagem do Cristo parecia até que irradiava luz própria. 
Todos se ajoelharam em fervorosas preces, em êxtase perante aquele milagre que se lhes oferecia, ali mesmo, à frente dos seus olhos. 

Mas há sempre um desmancha-prazeres em histórias como estas: um dos fiéis mais afoitos logo se apressou a explicar aos seus colegas de missa que a luz nada tinha de misteriosa, pois provinha simplesmente do reflexo de uma candeia de azeite que estava ali próxima. 

E pronto! Caiu o Carmo e a Trindade! 
A primeira coisa que alguém descobriu foi que o chico-esperto era um cristão novo, um judeu convertido à pressa mas, pelos vistos, demasiado depressa. Foi o suficiente para logo dali o arrastarem pelos cabelos para o adro da igreja, onde foi imediatamente chacinado pela multidão dos fervorosos tementes a Deus, e o seu corpo queimado no local. 

O êxtase místico da multidão logo se propagou a toda a cidade. Lisboa parecia ter ela própria enlouquecido. 
Respeitáveis representantes do clero católico saíram dos seus pacatos refúgios de oração e percorriam as ruas de um lado para o outro empunhando crucifixos e gritando: «Heresia! Heresia!». 

A multidão depressa foi engrossando e, ajudada até por marinheiros holandeses e dinamarqueses que se encontravam no porto, iniciou uma gigantesca rusga por toda a cidade. 
Para evitar o caos e a anarquia, sempre más conselheiras, os padres e frades dominicanos tomaram a piedosa responsabilidade de organizar convenientemente o tumulto: judeu ou cristão-novo que era identificado ou apanhado, era imediatamente preso e levado para o Rossio e ali era queimado em gigantescas fogueiras que os escravos municiavam ininterruptamente de lenha. 

Os judeus e os cristãos novos, homens e mulheres, que se refugiavam em casa eram arrancados à força dos seus esconderijos. Até as crianças de berço eram fendidas de alto a baixo ou esborrachadas de encontro às paredes. 
Como mesmo nestas coisas da fé é sempre bom juntar o útil ao agradável, o misticismo assassino daqueles fervorosos e bons católicos não os impediu de pilhar as casas por onde passavam e de ajustar velhas contas com inimigos que muitas vezes nada tinham a ver com o judaísmo. 
Mesmo os que se refugiavam nas igrejas e se agarravam desesperadamente às imagens dos santos eram levados e arrastados à força para o Rossio e queimados vivos. 

A chacina durou dois dias e só terminou por puro cansaço da populaça. Relatos da época falam no sangue que escorria pelas ruas abaixo no Bairro Alto ou na Mouraria. Calculam os historiadores que nesta matança em nome dos mais sagrados princípios e da pureza do catolicismo morreram mais de 4.000 pessoas. 

Tudo, claro, em nome dessa coisa extraordinária que algumas pessoas têm e que tanto se orgulham de ter, que se chama «Fé». 
Tudo feito por bons católicos. 
Tudo em nome de Deus!

 

 

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publicado às 00:30

No dia 19 de Abril de 1947 nasceu, em Paris, o maestro francês Yan Pascal Tortelier.

Vem de uma grande família de músicos franceses e é filho do violoncelista Paul Tortelier. Começou a estudar piano e violino aos quatro anos de idade e, aos catorze, obteve o primeiro prémio de violino no Conservatório de Paris. Continuou os estudos musicais com Nadia Boulanger e estudou direcção de orquestra com Franco Ferrara, em Siena, na Itália. Tornou-se depois maestro associado da Orquestra de Toulouse, ao lado de Michel Plasson.
De 1992 a 2003, Tortelier foi maestro permanente da Orquestra Filarmónica da BBC, da qual é, hoje, maestro laureado. Dirigiu regularmente as orquestras sinfónicas de Londres, Paris e Montréal, assim como as orquestras filarmónicas de Londres, São Petersburgo, Oslo, Los Angeles e Pitsburgo. Em 2009, foi nomeado maestro principal da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo e é maestro convidado principal da Orquestra Nacional Juvenil da Grã-Bretanha.


Sinfonia dos Brinquedos, de Leopold Mozart
Royal Philharmonic Orchestra
Maestro: Yan Pascal Tortelier

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Miklós Rózsa – Compositor húngaro

por António Filipe, em 18.04.13
No dia 18 de Abril de 1907 nasceu em Budapeste, na Hungria, o compositor Miklós Rózsa, que ficou mais conhecido pelas suas composições de bandas sonora.

Ainda jovem, compôs obras neoclássicas, além de ballets e sinfonias, em Paris e Londres, antes de ser contratado pelo seu compatriota Alexander Korda, para o arranjo musical do seu primeiro filme, em 1937. Três anos depois foi para Hollywood, onde desenvolveu um estilo que destacava impacto psicológico, tanto em filmes de suspense como em policiais.
Ganhou o primeiro Óscar em 1946, pela composição de "A casa encantada", de Alfred Hitchcock. Em 1949, foi contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer e, no ano seguinte, o seu primeiro filme para aquele estúdio, "Quo Vadis”, marcou o início de uma nova fase para o músico e maestro, que saiu do estilo psicológico e dos filmes policiais, para o estilo épico e religioso.
O filme “Ben-Hur” foi um marco memorável na carreira de Miklós Rózsa, no final da década de 50. Na década seguinte, com o Óscar conquistado por "Ben-Hur" e o contrato com a Metro a acabar, ainda compôs as bandas sonoras de mais dois épicos espectaculares: "Rei dos Reis", em 1961, ainda para a Metro, e “El Cid”, para a Allied Artists.
Em 1967, compôs, para a Warner Brothers, a música do filme "Os Boinas Verdes". Miklos Rozsa é referência para muitos compositores de bandas sonoras que surgiram posteriormente, como Maurice Jarre e John Williams. Viveu o resto da vida nos Estados Unidos, onde veio a falecer no dia 27 Julho 1995.


Suite “Ben Hur”, de Miklós Rózsa
Orquestra Filarmónica de Pitsburgo
Maestro: Miklós Rózsa

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Maduro, o reprodutor

por Rogério Costa Pereira, em 17.04.13

maduro.jpg

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publicado às 07:39


Mutilação Genital Masculina

por Luís Grave Rodrigues, em 17.04.13

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Gregor Piatigorsky - Violoncelista ucraniano

por António Filipe, em 17.04.13
No dia 17 de Abril de 1903 nasceu, em Ecaterinoslav (hoje Ucrânia), o violoncelista ucraniano radicado nos Estados Unidos, Gregor Piatigorsky.

Conhecido como Grisha, estudou violino e piano com o pai quando era criança. Apaixonou-se então pelo violoncelo. Obteve uma bolsa de estudo para o Conservatório de Moscovo e, enquanto estudava, ganhava dinheiro tocando em cafés.
A Revolução Russa aconteceu quando tinha treze anos. Aos quinze, foi contratado como principal violoncelista do Teatro Bolshoi. As autoridades russas não o deixaram viajar para o exterior para completar os estudos e fugiu para a Polónia, com um grupo de artistas, num combóio de gado.
Aos dezoito anos, estudou em Berlim e Leipzig, com Hugo Becker e Julius Klengel, com quem formou um quarteto que tocava em cafés. Nessa altura, um dos seus ouvintes foi Wilhelm Furtwängler, que o contratou para ser o principal violoncelista da Filarmónica de Berlim.
Em 1929, visitou os Estados Unidos pela primeira vez, tocando com a Orquestra de Filadélfia, com Leopold Stokowski e com a Filarmónica de Nova Iorque, com Willem Mengelberg.
Gravou com Arthur Rubinstein, Jascha Heifetz, Vladimir Horowitz e Nathan Milstein e teve contactos com os maiores artistas de seu tempo, como Prokofiev, Hindemith, William Walton, Stravinsky e Richard Strauss.
Piatigorsky também gostava muito de jogar xadrez. A sua esposa ganhou várias competições nos Estados Unidos. Juntos organizaram vários campeonatos de xadrez, dos quais participaram nomes famosos como Paul Keres, Tigran Petrosian e Boris Spassky.
De 1941 a 1949, trabalhou no Curtis Institute of Music, em Filadélfia, e ensinou em Tanglewood, Universidade de Boston e Universidade do Sul da Califórnia, onde permaneceu até sua morte em Los Angeles, Califórnia, no dia 6 de Agosto de 1976.


“O Cisne” de “O Carnaval dos Animais”, de Saint-Säens
Violoncelo: Gregor Piatigorsky

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No dia 16 de Abril de 1967 nasceu, em Portimão, o flautista e compositor português Joaquim Pedro Galvão.

Iniciou os estudos musicais na Academia dos Amadores de Música, onde terminou o Curso Geral de Composição, com o maestro Fernando Lopes-Graça. Prosseguiu os seus estudos no Conservatório Nacional, em Lisboa, onde estudou com Katherine Rawdon.
Em 1995, Joaquim Galvão terminou o curso superior de Flauta, na Escola Superior de Música de Lisboa. Como compositor tem-se dedicado à música coral e de câmara. Com o seu irmão, Paulo Galvão, fundou a editora Musicália, em 1999.


Hino Lusófono, de Joaquim Galvão
Quarteto Atlântida

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Uma vida vale quanto? Depende da nacionalidade...

por Rogério Costa Pereira, em 15.04.13

Com todo o respeito pelos que sofrem em Boston; 
Com todo o respeito pelos 2 mortos e 49 feridos (até agora) no atentado cobarde de Boston;
Estou cansado de fazer zapping e não consigo saber: quantas dezenas de homens, mulheres e crianças morreram hoje na Síria e arredores (metafóricos e geográficos)? 
E ontem? 
E anteontem? 
E amanhã? Já foram tomadas "medidas sérias"?
Em quantos mundos vivemos, mesmo?
Só num, com dois pesos e duas medidas.
Uma vida vale quanto? Depende da nacionalide e da cor.

Voltando a Boston:
A dúvida de sempre. Quem é o culpado? A CIA ou o inimigo de ocasião, o Irão? Venham as teorias. As sempre renegadas "da conspiração" e a oficial. A história vai registar a segunda.
Quem interessa culpar é o culpado ou não passa de quem interessa culpar?
Na CNN já se pergunta "quem serão os maus, desta vez?".
Merda de mundo.


Voltando à Siria:

Só ontem terão morrido 16 pessoas. Em Março foram mortas pelo menos 6000 pessoas ("terão", "pelo menos", mais "coisa" menos "coisa").

Mas isso agora não interessa nada.

Back to Boston...

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publicado às 22:25


Há ali uma nesga de luz à esquerda...

por Rogério Costa Pereira, em 15.04.13

Em frente tenho uma parede.

Para trás mija a burra e é hipótese que não se coloca.

Há ali uma nesga de luz à esquerda. Mas é pequena.

Da direita ouve-se cada vez mais perto o som da marcha de botas cardadas. E vem de lá um frio gélido, do negro dos tempos.

Mas há ali uma nesga de luz à esquerda.

Se me aproximar e escavar talvez... talvez...

Há ali uma nesga de luz à esquerda.

E agrada-me o brilho intenso da luz que de lá vem.

Não é uma fuga, é um passo em frente.

Siga...

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publicado às 12:33

No dia 15 de Abril de 1651 nasceu, em Bolonha, o violoncelista e compositor do barroco italiano Domenico Gabrielli.

Aparentemente não tinha relação nenhuma com os famosos Gabriellis de Veneza. Trabalhou como violoncelista, na orquestra da Igreja de S. Petrónio e também foi membro e, mais tarde, presidente da Academia Filarmónica de Bolonha. Durante a década de 1680 também trabalhou como músico da corte de Francisco II d’Este, Duque de Modena.
Como compositor, escreveu várias óperas assim como obras instrumentais e vocais para a igreja. Entre os seus contemporâneos era conhecido como o “Domenico do violoncelo”, devido à sua virtuosidade naquele instrumento.
Domenico Gabrielli faleceu no dia 10 de Julho de 1690.


Ricercar nº 6, para violoncelo, de Domenico Gabrielli
Violoncelo: Elisabeth Reed

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Estrela e a prima

por Rogério Costa Pereira, em 14.04.13

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publicado às 07:35

No dia 14 de Abril de 1789 realizou-se a estreia do Concerto nº 26, para piano, de Mozart. O próprio compositor foi solista.

O Concerto nº 26, K. 537, em ré maior, para piano e orquestra foi completado por Wolfgang Amadeus Mozart no dia 24 de Fevereiro de 1788 e é, geralmente, conhecido como “O Concerto da Coroação”. Este nome deriva do facto de Mozart ter interpretado este concerto, aquando da coroação de Leopoldo II, em Outubro, de 1790, em Frankfurt am Main. Nessa ocasião, Mozart interpretou, também o seu Concerto nº 19.

A estreia do Concerto nº 26 realizou-se no Royal Saxon Court, em Dresden, no dia 14 de Abril de 1789. Há uma característica pouco usual neste concerto: além de omitir a indicação do tempo em dois dos andamentos, Mozart não escreveu nenhuma nota para a mão esquerda do piano em grande parte dos compassos. É o caso do solo de abertura e de todo o 2º andamento. A Enciclopédia Britânica refere-se ao K. 537, como sendo um concerto “brilhante, mas superficial”.


Concerto nº 26, K. 537, para piano e orquestra “Concerto da Coroação”, de Wolfgang Amadeus Mozart
Piano: Friedrich Gulda
Orquestra Filarmónica de Munique
Maestro: Friedrich Gulda

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