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O fim da impunidade

por António Leal Salvado, em 21.12.12
A menos que vos esteja a escrever de um outro mundo
tão estranho que a minha miopia não dê para lhe notar as diferenças,
acho que afinal o mundo não acabou hoje
Confinando-me ao território que as fugas às portagens me permitem alcançar (“quem vê o seu povo vê o mundo inteiro”, diz Eduardo Lourenço), garanto que em Portugal o mundo não acabou mesmo, apesar das codiciosas ordens que António Borges tem trazido do Goldman Sachs. O astro-calendário maia terá sido prodigioso ao ponto de adivinhar que Cavaco conseguiria posturar Gaspar em duas-patas-só e ajeitá-lo na pasta das Finanças – mas, talvez aterrorizados com tão abstrusa imagem do inferno, os maias devem ter, assim que deparados com a maldição, ter feito o resto das contas com o ábaco do próprio Vitor e tanto bastou para que a aritmética acabasse no tresloucado resultado que daquela idioteira sai sempre e invariavelmente. Em suma, é tão exato o mundo acabar nesta data como a luso-sociedade Aníbal-Loureiro-Olivcosta ter sacado apenas 4 mil milhões dos patos à beira-mar plantados.
Mas os galfarros do freak-infanto-manicómio instalado ali para os lados do Arco da Rua Augusta, fiéis à ordem de acabarem com tudo o que mexa, não desistiram de substituir o fim do mundo pelo fim de qualquer outra coisa que lhes fosse tão cara como o próprio mundo (o deles, claro). E resolveram, com aquela determinação com que o Coelho vem sempre dizer que descobriu a pólvora três dias antes de reaparecer com o mesmo ar apatetado declarar que somos todos uns atrasados mentais pois está visto que a pólvora nunca existiu – resolveram que por estes dias tinha que acabar qualquer coisa.
E escolheram o emissário, ou melhor, a emissária da trágica notícia. Mandaram a dòtôra da Cruz, a mais loira da ganapagem, com a inteligência, a honestidade e a competência que lhe conhecem. Porque conhecem mesmo – essa é mais uma matéria em que somos todos atrasados mentais, que eles é que sabem. Com a sapiência que espanta pelo menos os advogados, juízes, professores e demais estudiosos do Direito (espanta mesmo, já que quando ela fala de Justiça toda essa classe esbarra em conceitos e ideias que nunca viu nos códigos, na jurisprudência ou na doutrina) veio então a charmosa namorada do Assessor Principal da Ministra da Justiça proferir o revolucionário decreto: Vai acabar a impunidade.
Não sei se foi maior o riso do entrevistador da RTP, se o engasganço dos cinco milhões de futuros pagantes das luvas do Relvas. Mas a dòtôra loira falou e disse.
Vai acabar a impunidade. Podem escrever. É como se já tivesse acabado.
Fui logo à procura dos artigos que a água oxigenada vai limpar do Código Penal. Ansiava ver o finar de impunidade da loira - e desejar paz à sua alma.
Mas num ápice despertei. Ainda não é desta que o Diabo foge da Cruz.


Código Penal

Artigo 308º
Traição à Pátria

Aquele que, por meio de abuso de funções de soberania, entregar a país estrangeiro ou submter à soberania estrangeira todo o território português ou parte dele; ou ofender ou puser em perigo a independência do país
é punido com pena de prisão de 10 a 20 anos.
Artigo 335º
Tráfico de Influência
Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, para abusar da sua influência junto de qualquer entidade pública,
é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.

 

 

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publicado às 12:12


O Fim do Mundo

por Luís Grave Rodrigues, em 21.12.12

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publicado às 00:20


Eric Coates – Compositor e violista inglês

por António Filipe, em 21.12.12
No dia 21 de Dezembro de 1957 faleceu, em Chichester, na Inglaterra, o compositor e violista inglês Eric Coates. Tinha nascido no dia 27 de Agosto de 1886, em Hucknall, Nottinghamshire.

Estudou música na Royal Academy of Music, em Londres, a partir de 1906. Aprendeu viola de arco com Lionel Tertis e, em 1910, integrou a Queen's Hall Orchestra, tornando-se violista principal, em 1912. Manteve esse cargo durante sete anos. Foi despedido, devido ao facto de ter que se ausentar muitas vezes, para dirigir as suas próprias obras. Segundo o próprio Coates, nunca mais se dedicou à viola, concentrando-se na composição.
A sua primeira obra de sucesso foi a abertura “The merrymakers”, em 1922, mas mais popular foi a Suite “Londres”, cujo último andamento foi usado, pela BBC, como genérico de um programa de rádio. Depois de ter sofrido um AVC, Eric Coates faleceu no dia 21 de Dezembro de 1957.


By the Sleepy Lagoon, de Eric Coates
Cornish Sinfonia
Maestro: David Frost

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publicado às 00:01


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