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Zeca,1984

por Ana Bento, em 18.12.12
Em 1984, ainda encontraste tempo para ser "profeta":

“O jovens estão à mercê de um sistema que não conta com eles, que hipocritamente fala deles.
Os jovens deparam-se com problemas tão graves, ou talvez mais graves, que aqueles que nós tivemos que enfrentar (o desemprego por ex.) e por vezes não têm recursos, o sistema ultrapassa-os e oprime-os, criando-lhes uma aparência de liberdade.
Eu creio que a única atitude a tomar foi aquela que nós (a minha geração) tivemos, de recusa frontal, inteligente, se possível até pela insubordinação, até pela subversão, do modelo de sociedade que lhes está a ser oferecido: Com belos discursos, com o fundamento da legalidade democrática, com o fundamento do respeito pelos cidadãos e dos seus direitos, é de facto uma sociedade teleguiada de longe por um qualquer FMI, por um qualquer deus banqueiro, a qual é imposta aos jovens de hoje.
Tal como nós, eles têm de a combater, têm de a destruir, têm de a enfrentar, com todas as suas forças, organizando-se para criarem a sociedade que têm em mente, que não é, de certeza, a sociedade de hoje.”

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publicado às 23:06


Pirataria

por António Leal Salvado, em 18.12.12
Não vejo nada de anormal que um país reflita se deve ter uma companhia aérea;
Não acho uma tragédia um Estado ocidental moderno ponderar a concessão a privados do serviço de transportes aéreos;
Mas sinto vergonha e desolação por me ver num país que tolera que, impunemente, a corja de fascínoras instalados se mancomune com uma quadrilha de criminosos internacionais para entre si repartirem o saque do património acumulado em décadas pelo esforço de uma Nação inteira.
E voto à ignomínia os porcos que fazem disso, ainda, uma parte do que é reduzirem uma Pátria de boa gente e História ilustre à condição de sub-humanos abandonados ao analfabetismo e condenados à doença apenas porque gerações antecedentes permitiram que os gangs do dinheiro sujo usurpassem escolas e hospitais construídos com sangue, suor e lágrimas de milhões de portugueses.
Quem dera que o deus que tanto jeito lhes tem dado existisse mesmo, omnipotente e justo... Era-lhes bem feito!
* também publicado em http://quadratim.blogspot.com 

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publicado às 02:00

energia solar.jpg

"O capital tem horror a ausência de lucro; quando o capital fareja o lucro torna-se ousado. A 20% fica entusiasmado. A 50% é temerário, a 100% enlouquece à luz de todas as leis Humanas e a 300% não recua perante nenhum crime" [Karl Marx, Das Kapital]

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publicado às 01:02

No dia 18 de Dezembro de 1869 morreu, no Brasil, o pianista e compositor norte-americano Louis Moreau Gottschalk. Tinha nascido em New Orleans, nos Estados Unidos, no dia 8 de Maio de 1829, filho de um negociante judeu de Londres e de uma haitiana.

Na sua terra natal foi exposto a uma grande variedade de influências musicais. Aprendeu a tocar piano muito cedo e, em 1840, estreou-se em público, no hotel St. Charles. Dois anos depois, deixou os Estados Unidos e partiu para a Europa para receber lições de música erudita. O Conservatório de Paris rejeitou-lhe a matrícula e Gottschalk só conseguiu o seu reconhecimento no meio musical francês através de amigos.
Após o seu regresso à América, em 1853, Gottschalk viajou frequentemente. Uma longa viagem a Cuba, em 1854, marcou o início de uma série de viagens à America Central e América do Sul. Por volta de 1860, Gottschalk tinha-se estabelecido como o mais importante pianista do Novo Mundo. Apesar de nascido em New Orleans, na Louisiana, um estado sulista, apoiou a causa da União durante a Guerra Civil Americana. Em 1865 foi forçado a deixar os Estados Unidos como resultado de um caso escandaloso com uma estudante do seminário feminino de Oakland.
Gottschalk optou por ir novamente para o Brasil. No dia 24 de Novembro de 1869, enquanto dava um concerto no Teatro Lírico Fluminense, no Rio de Janeiro, sentiu-se mal, vítima de apendicite. A conselho do médico, foi descansar para um hotel no alto da Tijuca. Ali ficou cerca de três semanas, vindo a falecer no dia 18 de Dezembro de 1869. O corpo foi trasladado para os Estados Unidos e encontra-se sepultado no cemitério Green Wood, em Brooklyn, Nova Iorque.


Grand Tarantella, de Louis Moreau Gottschalk
Piano: Nadia Weintraub
Orquestra Sinfónica de Ra'anana
Maestro: Sivan Elbo

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publicado às 00:01


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