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O motor gripado

por Francisco Clamote, em 07.12.12
O motor das exportações gripou, porventura de vez, decorrido que é um ano e meio de governo do "primeiro-ministro" Gaspar, o tal que, segundo Marques Mendes, "anda a gozar com o pagode".

(Entre parêntesis, digo eu ao Marques Mendes que Gaspar não é o único. O "adjunto" Coelho também se tem farto de "fazer dos outros parvos", mas, em boa verdade, o Coelho já não conta e já ninguém o leva a sério, tantas são as vezes em que ora diz sim, ora não, para acabar no talvez).

Mas, retomando o fio à meada, dizem as notícias, citando os dados do INE, que o ritmo de crescimento das exportações tem vindo abrandar, tendo ficado em 1,7%, no último trimestre, abrandamento bem visível quando comparado com os 3, 7% do trimestre anterior e mais ainda com os 6% dos antecedentes, para já não falar dos saudosos tempos do Governo anterior em que o ritmo de crescimento se escrevia com dois dígitos.

Como consequência, a queda da economia agravou-se, com o PIB a recuar 3,5% face a idêntico trimestre do ano anterior, ultrapassando já os 3% previstos pelo "primeiro-ministro" Gaspar para o corrente ano, o que vem confirmar de novo que o "inteligentíssimo" Gaspar não acerta uma.

Perante isto, cabe perguntar ao "primeiro-ministro", ao "adjunto", ao governo e à maioria par(a)lamentar se ainda acreditam nas ficções inscritas no chamado "Orçamento do Estado para 2013", no que respeita  às previsões sobre a evolução da economia, sobre a receita, a despesa, o défice e a dívida ?

Se o motor (exportações) gripou, por mais que Gaspar e Passos nos mintam em contrário, é óbvio que o carro (economia) não vai andar. Com o virar do ano melhor se verá.

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publicado às 22:52


Ary dos Santos – Poeta do povo

por António Filipe, em 07.12.12
Há pessoas que nos marcam para sempre. Que nunca esquecem, dê o mundo as voltas que der ou demos nós as voltas que dermos ao mundo. Na minha vida, Ary dos Santos foi uma dessas pessoas.

Acho que a primeira vez que ouvi falar dele foi em 1969, aquando da campanha para as eleições legislativas que os fascistas realizaram, com o único objectivo de tapar os olhos ao povo. Mais ou menos como agora acontece, por parte dos que se dizem democratas. Estávamos na Primavera Marcelista. Era eu um jovem de 17 anos, que colaborava como podia na campanha da CDE (Comissão Democrática Eleitoral), cujos membros se candidatavam contra a União Nacional, o partido de Marcelo Caetano.
Um dos nomes que sobressaía nessa campanha, não como candidato, mas como apoiante da CDE era, exactamente, o de José Carlos Ary dos Santos, um homem de 32 anos que escrevia poesia desde os quinze ou dezasseis. E a sua poesia dava-nos força para, correndo os óbvios riscos, lutarmos contra um regime que nada tinha de bom.
Mas a força do Ary era maior que a de nós todos juntos, como relata António Abreu, no Bloque “Antreus”:
Os comícios e sessões da CDE eram acompanhados pela polícia que impunha a sua presença. E acabavam mal com esta a intervir por os oradores não se cingirem ao que eles aceitavam. A guerra colonial, como o Tengarrinha refere, vinha no final das sessões pela sua própria boca e...as sessões acabavam.... Mas às vezes...
No Teatro Vasco Santana a sala está repleta. Candidatos na mesa serão os oradores. Mas eis que Ary avança com o seu conhecido poema "SARL". Di-lo, como calculamos, a subir da sua baixa estatura à estatura de um gigante. O Maltez Soares manda encerrar a sessão. O Ary sai do palco, dirige-se a ele e continua a dizer o poema em voz alta porque o som tinha sido cortado. O Maltez recua e grita "Se não saem, atiro para aí uma granada!...". Acabou por atirar a polícia de choque contra as pessoas à saída.”
(in Blogue “Antreus” - http://antreus.blogspot.pt/2009/10/como-vivi-as-eleicoes-de-1969.html)
Das coisas que mais me orgulho, ainda hoje, é do facto de, nesse ano de 1969, na minha aldeia, ter ganho as eleições o partido que era contra o governo. Coisa inédita, que só aconteceu, nesse mesmo ano, numa outra freguesia, perto de Lisboa. A força do Ary dos Santos deu-me força para ajudar a que isso acontecesse. Um ano e meio antes, tinha acontecido, na França, o “Maio de 68”, que serviu de inspiração a muitos jovens portugueses. Em 69, os estudantes de Coimbra começavam a revoltar-se contra o sistema. Era o princípio do fim do regime fascista. Começaram a surgir muitos poetas e cantores de intervenção. Mas, hoje, recordo o Ary, porque, se fosse vivo, faria 75 anos.
José Carlos Ary dos Santos nasceu em Lisboa, no dia 7 de Dezembro de 1937 e veio a falecer na mesma cidade, a 18 de Janeiro de 1984.
Viveu, quase sempre, na Rua da Saudade. E deixou muitas saudades.
A sua obra permanece na memória de todos e, estranhamente (ou talvez não), muitos dos seus poemas continuam actualizados.


Poema “Não passam mais”, de José Carlos Ary dos Santos

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publicado às 21:55

JÚLIO RESENDE - DEEP BLUE

por Sofia Videira, em 07.12.12

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publicado às 11:24


Fé e Religião

por Luís Grave Rodrigues, em 07.12.12

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publicado às 00:21


Helen Watts - Contralto galesa

por António Filipe, em 07.12.12
No dia 7 de Dezembro de 1927 nasceu, em Pembrokeshire, no País de Gales, a contralto Helen Watts, cuja carreira abrangeu 35 anos, como uma das mais admiradas cantoras em concertos, óperas e gravações, trabalhando com três gerações de maestros.

Começou a mostrar interesse pelo canto quando frequentava a Escola Abbots Bromley. O director da escola convenceu-a a ir para a Royal Academy of Music, para estudar piano e canto. Estudou naquela Academia durante quatro anos e ganhou alguns prémios. Iniciou a carreira de cantora nos Coros do Festival Glyndebourne e da BBC, em Londres.
Helen Watts apareceu pela primeira vez como solista, em 1953 e, em 1955, estreou-se nos Concertos Promenade de Londres, cantando árias de Bach, sob a direcção de Malcolm Sargeant. Adquiriu rapidamente a reputação de uma das melhores contraltos inglesas e distinguiu-se como artista de concerto. Fez digressões pelos principais centros de música da Europa e América do Norte.
Helen Watts faleceu em Pembrokeshire, no dia 7 de Outubro de 2009.


Excerto da Cantata nº 54, de Johann Sebastian Bach
Contralto: Helen Watts
Agrupamento Philomusica of London
Maestro: Thurston Dart

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publicado às 00:01


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