Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




APRENDI

por Cristina Vaz, em 25.11.12

 

Aprendi que a Torre de Marfim que me entorpecia e embriagava os sentidos sempre tinha uma saída.

Uma saída de um baluarte sem sentido do qual me resguardava de coisa nenhuma.

Fora do Castelo não existiam dragões a cuspir fogo.

Também não existiam príncipes encantados montados em cavalos brancos prontos a salvar a donzela em perigo.

Existia vida. Existiam homens e mulheres.

Sentimentos. Atônita constatei que de nada valia temer o desconhecido.

Decidi romper com a letargia,com o conformismo, e partir qual barco à vela sem bússola nem destino.

Deixar a vida fluir apenas. Quando somos jovens idealizamos, perspectivamos, acreditamos que tudo é possivel de alcançar.

Caimos muitas vezes, mas apesar de no meio da história o decorrer não ser o que por nós foi imaginado, arranjamos sempre força interior para nos levantarmos novamente.

Não interessa as vezes que caimos, mas o que apreendemos com as nódoas negras que ficam, quando nos reerguemos.

Fortalece. Por vezes a dor alimenta-nos e certamente que nos torna mais fortes.

Que graça teria a vida se não tivessemos que lutar por nada?

Aprendi a valorizar tudo o que a vida me oferece e a agradecer por isso.

Ainda me resta aprender a ter fé, a acreditar que apesar de todos os momentos serem perecíveis não o são em vão.

Que tudo irá fazer sentido um dia....talvez num espaço sideral.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:18


Troca por troca, hermanos?

por Rogério Costa Pereira, em 25.11.12
Percebo a sede independentista de um povo, mas não percebo a loucura suicida e homicida dos Catalães. Ainda assim, saindo eles, podemos entrar nós? Sim, mesmo com essa crise. Mas também para partilhar essas ganas.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:52


Vítor Raspar, o homem às avessas

por Rogério Costa Pereira, em 25.11.12

Imagino que não estejas a par, Vítor. Há um livro-talvez-O-Livro onde, diz a lenda -- uma lenda sobre um livro vê lá tu --,... onde, toma atenção, é impossível contar os muitos Aurelianos e Josés Arcadios que por aqueles cem anos vão passando. Não serão exactamente cem -- não sei se me estás a acompanhar, Vítor --, cem anos de solidão é o nome de um livro, Vítor. Os muitos Aurelianos e Josés Arcadios, é disso que falo, Vítor, são eles os muitos que vão passando e que não é possível contar. Dizem...!; que eu nem tentei nem tentarei, apenas o li. toma atenção e não te distraias, detesto repetir as coisas. É de um homem, o livro, um colombiano, Esse Homem, chamado Gabriel, talvez seja mesmo o Livro do Homem ou o Homem do Livro, dependendo de quem olha o quê e de onde. Vítor ou Victor, que não sei se aderiste ao acordo ortográfico; o acordo, Vítor ou Victor ou Víctor, e levarás acento, raio de nome complicado tens, o acordo é uma coisa que nos obriga, assim como tu, a fazer coisas que não queremos fazer, por exemplo, escrever espetador, assim como quem espeta, em vez de espectador, assim como quem assiste. Mas perco-me, homem, queria era falar-te de Úrsula, mãe do primeiro Aureliano e do primeiro José Arcadio. Úrsula. Às tantas, já a coisa ia nos bisnetos, acho eu, se calhar mais, que a Úrsula já era centenária. Às tantas, havia uns gémeos, os tais bisnetos ou mais, que eram Segundo e Segundo, respectivamente, Aureliano e José Arcadio de primeiros nomes. Bem, Vítor -- ficas Vítor, que és um tipo moderno, Vítor --, o que se passa é que a Úrsula, tantos tinha visto, filhos e filhos de filhos e filhos de filhos de filhos. Ora Aureliano ora José Arcadio ora José Arcadio ora Aureliano. Com uma ou outra adenda, mas sempre com aquelas graças a picar o ponto. E aprendeu, por tanto e tantos ver e criar, que os Aurelianos saíam sempre assim e os Josés Arcadios saíam sempre assado. Agora volta lá atrás, aos gémeos, ..., já está, eu continuo. Os de último nome Segundo que de ordem eram bem mais -- para teres uma ideia, o Aureliano Segundo chamou José Arcadio ao filho --, os gémeos, baralharam-se e deram de novo e baralharam-na e às tantas já parecia que nem eles sabiam quem eram. E isso desgostava a Úrsula e a mim também, que gosto da Úrsula. O nome de um homem-filho, à Úrsula, dizia-lhe tudo do futuro que o perseguiria. Quem ele ia ser. Mas, e chego lá agora, ao lembrar-me desta história simples de bela lembrei-me de ti. E não gostei nada. Não te quero misturado com os meus cem anos de solidão. Nem com o simples de belo. Mas lembrei-me, essa-é-que-é-essa. Por causa dos homens de quem o nome diz tudo e por causa dos gémeos que de tanto se fazerem passar um pelo outro, às tantas -- julga-se a páginas tantas --, se baralharam a eles mesmos.

Homens que não sabem quem são e por isso são como são.

Homens de quem o nome diz nada.

Quanto à primeira questão nada posso fazer, bem vês. Quero mesmo que desapareças, que és do pior que vi. Pior como em mais mau que mau, sim. Tenho más sensações quando te vejo. Pareces um homem às avessas. Virado de fora para dentro e de dentro para fora. Às avessas. Não és o pateta que pareces e tens agora ar de quem veio para ficar muito tempo. E isso assusta-me, percebes? Quando falo de muito tempo falo mesmo de muito-muito tempo, ficar além do tempo que te está reservado pelo que é. O Coelho mandar-te embora e tu ficares. Esse tanto tempo.

Quanto ao nome, nada a dizer; é chamar-se de gente normal. Fora do livro, as coisas são mesmo assim. Os nomes nada dizem das pessoas antes de as conhecermos e de passarmos a não gostar daquele nome apenas porque não gostamos daquela pessoa. O teu nome não diz nada de ti, não diz ao que vens. Se te chamasses Adolfo Salazar eu ficava de pé atrás. Não imaginas o Coelho a escolher um Adolfo Salazar para Ministro das Finanças. Pois. Bem, vou mesmo mudar-te a desgraça de não mostrares ao que vens, isso vou fazer. O Vítor pode ficar, mas esse Gaspar diz de menos. Salazar dava muito nas vistas, também não. Raspar. Raspar porque é parecido com Gaspar e Raspar porque me raspas o tacho e raspar porque quero que te raspes e raspar porque avisa as pessoas para que se raspem de ao pé de ti. Raspar. Vítor Raspar, o homem às avessas. Ficas assim. Porque eu quero. E agora raspo-me, que estou a escrever isto no telemóvel para apagar ou publicar ou guardar para ler mais tarde e apagar. E já me doem os polegares e isto já vai longo e já tenho a única coisa que queria quando comecei a dedilhar. Agora já te raspei dos meus cem anos de solidão. Durmo em paz, Raspar.

(original publicado em 23-11-11)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 01:41


Wilhelm Kempf - Compositor e pianista alemão

por António Filipe, em 25.11.12
No dia 25 de Novembro de 1891 nasceu em Jüterbog, Brandeburgo, o compositor e pianista alemão Wilhelm Kempf.

Cresceu perto de Potsdam, onde o pai era director de música e organista, na Igreja de S. Nicolau. O seu avô também era organista e o irmão, Georg, foi director de música de igreja na Universidadde de Erlangen. Kempff começou a estudar música numa escola de Berlim, depois de ter tido lições com o pai, quando era mais novo. Em 1917, deu o seu primeiro grande recital. Depois disso, actuou por quase toda a Europa e pelo resto do mundo.
Entre 1936 e 1979, Wilhelm Kempff actuou dez vezes no Japão (deram o nome de Kempu-san a uma pequena ilha japonesa, em sua honra). Actuou pela primeira vez em Londres, em 1951 e, em Nova Iorque, em 1964. Em 1981, deu o seu último concerto em Paris e, depois, retirou-se, devido a problemas de saúde. Tinha a doença de Parkinson. Morreu em Positano, na Itália a 23 de Maio de 1991, com 95 anos. Embora o seu repertório inclua Bach, Liszt, Chopin, Schumann e Brahms, Kempff é mais conhecido pelas suas interpretações da música de Schubert e Beethoven. Gravou, pelo menos uma vez, as sonatas completas destes dois compositores.


3º andamento da Sonata “Ao Luar”, de Beethoven
Piano: Wilhelm Kempff

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:01


página facebook da pegadatwitter da pegadaemail da pegada



Comentários recentes

  • mariamemenez

    BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • DAVID

    Saudações da temporada, eu sou David e sou um hack...

  • Welty Jeffrey

    MARTINS HACKERS have special cash HACKED ATM CARDS...

  • sandra

    I wanna say a very big thank you to dr agbadudu fo...

  • DAVID

    Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...

  • Maria

    God is great i never thought i could ever get loan...

  • edwin roberto

    I am Edwin Roberto and a construction engineer by ...


Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D

Pesquisar

Pesquisar no Blog  



subscrever feeds