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"Em que mundo vivemos se é preciso ser louco para fazer o que é justo" (Aristides de Sousa Mendes)
Não posso deixar de salientar e elogiar a forma célere e esforçada como o senhor primeiro-ministro e o excelentíssimo presidente da República acorreram ao Algarve, terra deste último, para apoiar, no terreno, as populações vítimas do tornado da passada sexta-feira.
Efectivamente, e apesar dos eventuais apupos que receberiam do povo pela política económica, austera mas necessária, que desenvolvem e apadrinham, os representantes primeiros do povo não hesitaram, sem medos, em fazer-se à estrada para se juntar a quem os elegeu e que viu ir pelos ares parte das suas vidas.
Ei-los, pois, no seu melhor. Ei-los, pois, exercendo os respectivos mandatos da forma irrepreensível a que já nos habituaram. Outros fossem, sem carácter e sem vergonha, e remeter-se-iam ao recato prudente e impudente de pífias e inconsequentes declarações aos jornalistas.
Estou chocada, revoltada, indignada − sou portuguesa e a palavra que melhor define o meu estado de espírito é, e vou dizê-lo, ESTOU FODIDA.
Como é que uma rádio local, a única da cidade que me acolheu há mais de 12 anos, vai definhando a olhos vistos? Se vai enterrando num estado de morbidez e degradação sem retorno?
Como é que uma rádio local, cujos ouvintes alvo (principalmente da parte da manhã), que são pessoas idosas que encontravam companhia nas ondas hertzianas do 95.6, ousa passar música estrangeira durante horas, assim afastando quem ainda tinha paciência para os ouvir? Começo este desabafo por aquilo que muitos chamarão um mero pormenor. Eu chamo-lhe um elemento primário.
Nesta rádio da Covilhã, cidade que respira pelo pulmão da Universidade da Beira Interior, desaproveita-se quem de lá vem com fome de ousar. Ousar aprender no terreno. Ousar dar a saber das novas da Comunicação. Quiçá por orgulho estéril, talvez por medo da sombra. Porventura só porque sim; eventualmente apenas porque o rei manda não atentar contra os interesses instalados.
Pelos mesmos motivos, imagino, opta-se por dizer não aos recém-licenciados em Design Multimédia, preferindo manter inativo um site de internet, que qualquer aprendiz compreende ser a extensão óbvia e necessária de uma rádio local.
Na mesma rádio, talvez uma das principais causas do estado moribundo em que a dita se encontra, não se trabalha a óbvia fonte do que seria o seu sustento, a publicidade. Imagino que não por falta de clientes, mesmo nestes tempos de austeridade, ou não estivessem eles em antena na rádio que se faz na cidade vizinha.
Em tempos fui, e com muito orgulho, jornalista da Rádio Clube da Covilhã. Uma rádio que este ano fez 26 anos de existência. Digo fez e acrescento, com mágoa, que não os festejou, porque os dias de festejo já lá vão, porque já nada haverá para celebrar. Eram os dias em que a rádio se abria ao povo para grande festa no, então, Teatro Cine, com a Festa da Amizade que aproximava a rádio dos ouvintes.
Em tempos tive de deixar a Rádio Clube da Covilhã, onde cheguei a gostar de trabalhar, onde sentia orgulho em fazer aquilo para que me sinto vocacionada. Com os ensinamentos que me transmitiu a Universidade da terra em cuja rádio não pude sobreviver. Orgulho em fazer parte de um projeto local ao serviço, acima de tudo, do povo.
Tive de abandonar esse projeto por força de ter uma filha para alimentar. E dali, desse eu o que desse, não vinha sustento. Sinto olhares, a maior parte deles pelas costas, que ainda hoje me acusam de ter abandonado a casa que me acolheu. Aos donos desse estrabismo digo: sou fiel à casa, não aos seus moradores.
Meses depois, e já após a direção da rádio ter sofrido uma mudança, foi-me pedido pelo atual diretor um memorando, dando a minha opinião de como a casa deveria ser arrumada. Aceitei o desafio sem hesitar, sem esperar nada em troca. Nada a não ser um obrigado. Mais uma vez deixo a ressalva. Não o fiz pelos inquilinos, fi-lo pelo amor à casa. À minha rádio. Nem resposta obtive. Nem um mero “temos pena, mas não serve”. Ainda menos um simples agradecimento pelas horas gastas a fazer o que me tinham pedido.
Cheguei a crer que afinal nada percebia de jornalismo, que era uma nulidade em comunicação, que seria surda como ouvinte e que nada saberia de gestão.
Houve um dia, porém, em que um ouvinte da MINHA rádio me perguntou o que era feito de mim. Dei-lhe a verdade. E, sem falsas modéstias, mas com imenso orgulho, revelo a resposta que obtive. Foi curta e grossa. “Mas isso não faz sentido, era por si que ouvia a RCC, uma voz de rádio na rádio da minha cidade”. Voltei a acreditar em mim. Não era um amigo, era um ouvinte, sublinho. E outros houve. Recuperei a crença na minha vocação, é certo, mas porque o ouvinte estaria certamente a exagerar nos encómios, acredito que quem lá está é que percebe do assunto. Só não percebo porque me foi pedida ajuda. Só não percebo porque morre a minha rádio. Só não percebo!
Uma vez que não me foi pedido segredo, vou tornar público o memorando que elaborei. Para muitos, certamente, não será muito esclarecedor, por não conhecerem a atual grelha da rádio em questão – porque já não a ouvem. Fica, no entanto, o desabafo que me vem sufocando e apertando a voz. A mesma voz que outrora deu notícias de última hora.
Agora, e para terminar, permito-me uma notícia que não é de última hora. A minha rádio está moribunda. Padece de orgulho, a MINHA rádio. Já não é a Rádio Clube da Covilhã. Será a rádio de um clube da Covilhã.
No dia 18 de Novembro de 1899 nasceu, em Budapeste, na Hungria, o maestro e violinista Eugene Ormandy. Inicialmente, ganhou fama como violinista, na sua terra natal. | ![]() |
Foi o aluno mais novo da história da Academia de Música de Budapeste (hoje chamada Academia de Música Franz Liszt), onde entrou com 5 anos, deu os primeiros concertos aos 7 e formou-se com o grau de Mestre aos 14. A carreira de maestro começou, por acidente: em 1921 ia fazer uma digressão, como violinista, pelos Estados Unidos, com a promessa de proventos fabulosos, mas que não passou de um embuste. Sem dinheiro, lá arranjou um empregozito no Teatro do Capitólio de Nova Iorque, de que, 4 anos depois, já era o maestro principal. Tornou-se cidadão americano em 1927. A oportunidade da sua vida surgiu quando, por doença, Toscanini se viu impedido de dirigir a Orquestra de Filadélfia. Corria o ano de 1931.
Ormandy agarrou essa oportunidade, causando tal impressão que, pouco tempo depois, foi convidado para maestro principal da Orquestra Sinfónica de Minneapolis. Com esta orquestra, foi contratado pela RCA Victor para uma série de gravações, que decorreram em 1934 e 1935 e graças às quais, seleccionando e dirigindo músicos cuja técnica apurou laboriosamente, o maestro granjeou prestígio e reconhecimento mundial. Em 1938, depois de 2 anos como maestro auxiliar, passou a maestro principal da Orquestra de Filadélfia, de onde só saiu para a reforma, 42 anos depois!!! Foram suas as primeiras gravações da Sinfonia nº 4 e do Concerto para Violoncelo nº 2, de Shostakovich, no segundo caso com o violoncelista Mstislav Rostropovich. Foi ainda com Ormandy que, no dia 21 de Março de 1948, foi efectuada a primeira transmissão televisiva de uma sinfonia: a nº 1 de Rachmaninov.
Faleceu no dia 12 de Março de 1985, em Filadélfia.
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