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Roubo e lucros gigantescos no Estado Social

por António Leal Salvado, em 09.11.12

Um grupo de 18 investigadores, economistas e historiadores, publicou em livro o estudo que conclui que o Estado Social é integralmente pago pelos trabalhadores – e até tem lucro com isso. Os descontos e impostos tributados sobre o trabalho “pagam o suficiente para todos os gastos sociais do Estado”, demonstram os investigadores, com os números preto no branco.

 Com base nos dados reais do INE e do Eurostat, os investigadores põem a claro o sistema de finanças português: os impostos pagos pelos trabalhadores são postos à disposição dos grandes capitalistas, através da ficção que é a chamada ‘dívida pública’.

Com a dívida pública o Estado emite títulos e por eles paga uma boa renda fixa aos capitalistas. O problema é que essa renda fixa é paga com o dinheiro recebido dos impostos. “Isto num país em que os trabalhadores recebem o equivalente a 50% do PIB, mas da massa total de impostos que entram no Estado, 75% vem do rendimentos dos trabalhadores e não do capital”.

Entre muitos exemplos, os investigadores citam o que se passa na Saúde: mais de metade do que os portugueses pagam para o serviço nacional de saúde é transferido para hospitais de gestão privada.

Eis o que o livro “Quem Paga o Estado Social em Portugal?” põe a nu:

“É um capitalismo sem risco. Não é aquela ideia do capitalista empreendedor que corre riscos para ganhar lucro. É a ideia do capitalista que não vive sem a cobertura do Estado. (…) As grandes empresas vivem à conta dos impostos do Estado. Ou seja, não sobrevivem nem têm lucros se não contabilizarmos a massa de valor que é transferida para estas empresas através de esquemas, que são muitos”.

* Também publicado em http://quadratim.blogspot.pt 

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publicado às 21:00


Sem palavras

por Francisco Clamote, em 09.11.12
Perante a situação dramática em que o país já vive; o desastre que o Orçamento do Estado para 2013 anuncia, confirmado por pareceres de todas as autoridades independentes com competência na matéria (Conselho Económico Social  - CES - e Conselho das Finanças Públicas - CFP); a conduta errática do actual (des)governo; o vazio que mora em Belém; o nojo causado por "discursos" como o de Isabel Jonetestou a ficar sem palavras.

Hoje, sobra-me uma: DESESPERANÇA.

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publicado às 15:38


O cristianismo ensinado às crianças

por Luís Grave Rodrigues, em 09.11.12

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publicado às 00:16

Se há imagens que valem por mil palavras, esta que se segue, deveria ter um efeito semelhante ao de um estalo na cara. O gasparídeo que temos prepara-se para gastar, durante o ano de 2013, 70 euros e 48 cêntimos em cada 100, no serviço da dívida pública. Os dados são cortesia do Jornal de Negócios, mas não acho, na minha humilde opinião, que coloquem o facto na sua perspectiva real.

Por isso, usei aqueles dados para fazer o graficozinho que se segue. É impressionante como perante aquela montanha de mais de 120 biliões — e é assim que a Grand Larousse indica que devem ser designadas quantidades de 10 levantado a 9, no âmbito da Notação Latina Clássica — até os poucos biliões da Segurança Social e da Educação, fazem figura de amendoins, na sombra duma sequóia.

Perante factos como estes, a reacção humana razoável, consiste em tentar perceber como chegámos a este ponto. No entanto, existe a tentação muito humana de apontar o dedo ao alvo mais fácil de apontar, exactamente como, perante um motor de combustão interna que gripou, existe a tentação de apontar o dedo ao condutor que não terá verificado o nível de óleo no cárter. Será que o fez? A discussão pode tornar-se longa e, sobretudo, bizantina. Muito mais importante é perceber porque é que os motores precisam de lubrificantes e como é que a resposta a essa necessidade evoluiu ao longo do tempo.


"O historiador Alexander Del Mar (1895) escreveu: “Por via de regra, os economistas políticos não se dão ao trabalho de estudar a História do Dinheiro; é muito mais fácil imaginá-lo e deduzir os seus princípios a partir deste conhecimento imaginário.” Del Mar escreveu [esta frase] há mais de um século, mas a afirmação ainda se aplica hoje em dia. Um exemplo excelente deste facto é a explicação dos compêndios económicos, de acordo com os quais, o dinheiro apareceu em transacções privadas, para responder às necessidades convergentes da procura e da troca de bens.

Tal como é mostrado em Graeber (2011), com base em evidência de carácter antropológico e histórico, não existe sombra de provas que suportem esta narrativa. A permuta de bens era virtualmente inexistente nas sociedades primitivas, e, pelo contrário, as primeiras transacções comerciais tiveram lugar no âmbito de sistemas de crédito elaborados; e os muito posteriores sistemas monetários, tiveram origem nas necessidades do estado (Redgeway 1892), de instituições religiosas (Einzig 1966), (Laum 1924), ou de cerimoniais sociais (Quiggin 1949), e não na necessidade criada por relações de troca comercial privadas.

Qualquer debate a respeito das origens do dinheiro, transcende o domínio do interesse académico, porque conduz directamente a uma discussão a respeito da natureza do dinheiro, a qual, por sua vez, tem uma importância crítica na discussão a respeito de quem deve controlar a emissão de dinheiro. Em particular, a narrativa da origem do dinheiro nas transacções entre particulares, iniciada, no mínimo com Adam Smith (1776), tem sido usada como argumento a favor da emissão e controlo privados da emissão de dinheiro. Até há poucos anos, esta tinha assumido a forma de cunhagem privada de moedas a partir de lingotes metálicos. Embora possa existir, por vezes, envolvimento intenso do estado nestas operações, o facto é que, na prática, os metais preciosos sempre se acumularam na posse de privados, os quais os emprestavam a troco de juros.

Desde o século XIII, este sistema baseado em metais preciosos, foi acompanhado na Europa, e depois suplantado, pela emissão de dinheiro bancário privado, mais adequadamente designado por crédito. Por outro lado, a narrativa histórica e antropologicamente correcta a respeito das origens institucionais do dinheiro, é um dos argumentos a favor do monopólio do Estado de Direito sobre a emissão de dinheiro. Na prática, este estado de coisas assumiu a forma, no passado, de emissão de notas e moedas isentas de juros, embora possa também assumir a forma de depósitos electrónicos.

Existe um outro assunto que tende a gerar confusão, normalmente sob a forma da discussão entre “dinheiro real”, isto é, garantido por metais preciosos, e o dinheiro fiduciário. Tal como documentado em Zarlenga (2002), este debate é essencialmente uma digressão, pois mesmo durante períodos históricos baseados em metais preciosos, a principal razão para o alto valor desses metais resultava do seu papel como dinheiro, resultante da ordem legal vigente, e não das qualidades intrínsecas desses metais. Este assunto é particularmente confuso em Adam Smith (obra citada), que assume uma perspectiva primitiva do dinheiro como mercadoria a granel, apesar do facto de, no seu tempo, o então privado Banco de Inglaterra ter já há muito iniciado a produção de dinheiro fiduciário, cujo valor não tinha qualquer relação com os custos de produção dos metais preciosos. Mais importante ainda, como Adam Smith decerto sabia, tanto o Banco de Inglaterra como outros Bancos privados, criavam contas de depósito para clientes de operações de crédito, que não tinham efectuado qualquer depósito em moedas (ou sequer em notas emitidas por esses bancos).

O debate histórico a respeito da natureza e controlo do dinheiro, é o assunto de Zarlenga (2002), trabalho magistral que traça o debate até à Mesopotâmia antiga, à Grécia e a Roma. Tal como Graeber (2011), ele mostra como a emissão privada de dinheiro levou repetidamente a problemas sociais de grande monta, através da História registada, devido à usura associada a dívidas privadas. Zarlenga não adopta a perspectiva comum de usura como a prática de “juros excessivos”, mas sim como a forma de “tomar algo em troca de nada”, pelo mau uso deliberado do sistema monetário, para gerar ganhos privados."

Este texto é traduzido de O Plano de Chicago Revisitado. Decidi interromper a tradução neste ponto, por motivos de tempo e espaço, mas também porque a secção que se segue é provavelmente a que tem uma importância mais crítica, no que à narrativa (ainda) dominante diz respeito. A vasta maioria das pessoas continua, obstinadamente, a verificar aquela rejeição da evidência de que John Kenneth Galbraith falou. Voltarei ao assunto em breve. Entretanto, espero que, em sentido figurado, todos nós possamos regressar a Chicago.



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publicado às 00:03


Tomaz Alcaide – Tenor português

por António Filipe, em 09.11.12
No dia 9 de Novembro de 1967 morreu, em Lisboa, o tenor português Tomaz Alcaide. que cantou e encantou, e que é prova de que ser português não é ser menor. Infelizmente, como acontece a tantos portugueses, foi mais reconhecido no estrangeiro.

Tomaz Alcaide nasceu em Estremoz, no dia 16 de Fevereiro de 1901. Estudou em Lisboa e Milão, onde se estreou, em 1925. Na década de 30, depois de alguns anos de actividade, gravou para a Columbia Gramophone Company. Cantou no Reale de Roma e no Scala de Milão, onde esteve em cartaz durante três anos. Actuou por toda a Europa, Estados Unidos, Brasil e Argentina. A 2ª Grande Guerra interrompeu-lhe a carreira e, financeiramente, ficou numa situação muito delicada. Voltou, novamente, para Portugal em 1947, tendo desempenhado as funções de professor de canto e encenador da Companhia Portuguesa de Ópera, até a sua morte, em 1967.
Tenore Tomaso, como era conhecido em Itália, de origem portuguesa mas da escola italiana, tinha, de facto, aprendido e aperfeiçoado a sua voz com professores italianos e, na sua estreia, em Itália, no Teatro Goldoni di Bagnacavallo (Ravenna), no papel de Fausto de Gounod, recebeu os maiores aplausos de um público conhecedor. Tomaz Alcaide interpretou Rigoletto, La Traviata, Fausto, Manon, Werther, La Bohème, Tosca, Os Pescadores de Pérolas e tantas outras óperas.


Ária “Una furtiva Lágrima”, da ópera “O Elixir do Amor”, de Donizetti
Tenor: Tomaz Alcaide

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