Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




Uma explicação

por Rogério Costa Pereira, em 03.11.12

Os quatro posts anteriores têm data. Apeteceu-me despejá-los aqui, de vómito, só porque sim. Não se trata de uma qualquer espécie anódina de umbiguismo. Os quatro posts anteriores têm data. E eu estou cansado de gritar!

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:48


DESCANSA, MEU MENINO (escrito em 21 de Abril de 2012)

por Rogério Costa Pereira, em 03.11.12

Descansa, meu menino. A mamã trata de tudo e vai aconchegar-te à caminha. Não te preocupes com o frio, com a fome, com os velhos, com os putos e os pardais. Descansa, meu menino. A revolução faz-se sozinha enquanto tu dormes, enquanto tu sonhas sonhos húmidos.

Amanhã, meu menino, vais acordar do lado dos bons. Sejam eles quem forem. Trocas de camisola num instantinho. Vais ver, meu super-homem. Vais ver. Que camisolas às cores não te faltam no roupeiro. E a cabina telefónica está mesmo ao lado da sanita.

Nasceste na situação!, a tua revolução é mera adaptação ao que te derem pelo biberão. Se for leite, tu engoles. Se te derem merda, tu mamas. Enche mazé o teu quarto com os símbolos do inconformismo da moda, mas compõem-me bem o nó dessa gravatinha antes de saíres de casa. Dessa gravatinha que até nem usas por cima da camisa aberta que te desvela o peito depilado. Aí se encerra toda a tua luta. No nó dessa gravatinha. Dessa corda na garganta que usas no cérebro. Que há ser e parecer. E tu, meu menino, nem és nem pareces. Não te preocupes com coisas de somenos. A mamã trata de tudo e vai-te aconchegar à caminha.

A tua revolução são as punhetas que bates a olhar-te ao espelho. Ai que linda que é essa tatuagem do Che. Essa borboletinha a tinta-da-china. És uma tatuagem, meu menino. Não passas de tinta enfiada na pele. Um, dois, três, quatro, cinco. A quina dos dados, o prisioneiro na sua cela. Ai meu rebelde, que ainda me mijas a cama.

A tua revelação fez-se numa loja de piercings, o teu contributo para a revolução é dizer pedra e fazer papel.

Golo!, catano, foi golo! Isso é que interessa, que as tuas camisolas – vai camisola, corre camisola −, que as tuas camisolas não se deixem ficar. E que ganhem. E tu lá estás, sempre!, de cu no sofá, com as mãozitas dormentes a amaciar-te o…, pois, meu menino, anda cá que a mamã muda a fraldinha. Anda cá…

Mudar as coisas é isso mesmo, ir para a televisão dizer cobras e lagartos e votar depois nos lagartos e nas cobras. Porque to mandam e tu obedeces de sorriso no cu e revolta nas palavras. É o partido, pá!, é o partido. A gente compreende, catano. Basta meteres um pá! entre cada palavra e a gente não se vai esquecer de ti.

Não te canses, meu menino. És o 007 destes dias de espuma. ORDEM PARA SIMULAR. E aposto que fodes aquela, que enrabas aquele. Meu que…ri…do menino. És uma puta que vai a todas; seres homem é teres nascido homem. Ou mulher. Tão-só. Tão só…

Dás o cu e cinco tostões para que não te aborreçam na convulsão do teu viver. É preciso é que não se note! Descansa, meu menino. A mamã trata de tudo e vai-te aconchegar à caminha.

Não apareças nunca, ca malta compreende, ‘tá frio e tu tinhas um jantar marcado. Quando chegar a hora que vai chegar, o povo chama-te à rua para ires à frente de bandeirinha.

No cu.

[´tá bom, mas ‘tá forte, olha que ainda perdes o emprego. Troca mas é cu por rabo, foder por fazer amor. Olhó partido, pá. O teu chefe ainda te des!pe!de!. Eheheheheh… Malcriadão, és mazé um malcriadão.]

 

[que força é esta, amigo?]

Imagem: Makrobius

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:46

«A entrada da Grécia no euro "foi um erro", defendeu ontem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, numa entrevista televisiva transmitida pelos principais canais franceses. Nicolas Sarkozy relembrou que nem ele nem Angela Merkel, chanceler alemã, estavam em funções quando foi decidida a entrada da Grécia no euro e afirma que o país entrou "com números falsificados" e sem uma "economia preparada para assumir a integração na zona euro".» [Antena 1]

Nem ele nem a Angela estavam em funções. Comecemos pelo princípio, que é sempre uma bela maneira de começar. Não remontemos, porém (ai o pudor), ao tempo em que o pequeno Nicolas ainda não tinha descoberto os sapatos de tacão-alto ou a desditosa Bruni. Quando falo de princípio, quero dizer dos Princípios a que já aqui aludi.E o princípio do pequeno Nicolas é algo como: a Europa somos nós, eu e a minha roliça Hausfrau. O inusitado eixo franco-alemão; é disso que ele fala. E nós, em falando, falamos de gentes – eles −­ ­que se matam quando separadas, gentes que esfolam quando unidas.

Este pequeno-grande néscio admite, pensando como deus lhe deu (QI-dois-mais-vinte-e-cinco-é-igual-a-dois), que a Europa de hoje se resume ao novo eixo (que gozo me dá usar este termo: “novo eixo”). O eixo franco-alemão. Espetem-me garfos nos olhos e rodem até sangrar (eu já o fiz e escrevo de ouvido), mas a verdade é que o pr eleito está, por uma vez, carregado de razão: quem raios deu a este casal de brita-ossos o poder de se assumir como dono da Europa?

A Grécia-Erro é um belo erro, mas não é o nosso erro? O vosso erro? Da Alemanha e da França? Como raios hei-de dizer isto de uma forma meiguinha?

Ide para a puta que vos pariu? Quem vos elegeu? Querem uma federação? Proponham-na e proponham-se para a dirigir, que isto de pagar para abater árvores de fruto ainda não é propriamente um sufrágio. De resto, isto dos 17-na-sexta-27-no-sábado é menos que zero. Temos, pois, de acordo com o pequeno Nicolas, consorte (com muita sorte) da Fräulein, quatro europas. A Europa deles, a Europa dos 17, a Europa dos 27 e a Europa apesar da Grécia. Apesar de nós, também. Mal ele sabe que a Alemanha o coloca no saco com os outros 15. E eis a quinta Europa. Está-lhes na massa do sangue.

O busílis é que estes outros 15 ou 25 não foram convidados para a casa de ninguém.Não somos, falando agora dos 15 tansos envenenados (cada um à sua maneira) pelo marco-franco denominado Euro, uma espécie de movimento-dos-trabalhadores-sem-terra. Não nos resumimos àqueles reinos lá-longe-longe. Donde vêm as encomendas de cereais e de bê-émes.

Ursinho, Angelita (até tens um petit nom hispânico, vê lá isso) que veio do leste, homem pequeno, leiteiro da mulher do homem pequeno: vós sois a circunstância; nós somos a estrutura que vos… estrutura. E que tal um Euro-Eixo? Não quereis, suponho!; que assim vos foge a clientela. Agora deixo-te em paz, Nico, falo agora para a tua chefe: porque não voltam ao marco, hein? Fica o desafio. Uma voltinha ao marco.Quarto Reich e tal. Continua a ser o vosso sonho, certo? Já lá vão cerca de sete décadas sem queimar judeus às escâncaras. A ressaca bate forte, imagino. Termino este faduncho à desgarrada, e que nem sequer vou rever, dizendo apenas: os boches mudaram de táctica, mas o sangue de 39-45 (foi em 45 que o vosso moreno-ariano-judeu-austríaco se matou) continua a bombar-vos a gelatina a que nos homens se chama coração.

Em suma, e volto ao casal adolf-eva, (abastardando o poeta) a vossa Europa é mais rica que a Europa que corre pela minha aldeia, mas (e já terminei a ignomínia de dobrar o trovador) a vossa europa não sobrevive sem a nossa europa. 

Agora, os partisans somos nós. E desse vosso lado?, ninguém diz: "Vive le Québec libre"?

(este post é dedicado ao António Filipe)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:42


ISTO É TUDO UMA FARSA (escrito em 4 de Dezembro de 2011)

por Rogério Costa Pereira, em 03.11.12

Isto da crise, dos mercados, da troika, do governo-fantoche. Isto desta democracia que de democracia mantém apenas o nome, em que o povo vota e é o próprio governo eleito, bem sei que não se elegem governos, e é o próprio governo eleito que abdica de governar, aceitando ser testa-de-ferro de um casal franco-atirador, perdão, franco-alemão. Casal que, por sua vez, é a voz de donos bem mais poderosos. Isto é tudo uma farsa. Petróleo e armas, tudo se resume a isso, é certo. E nem ousem chamar-me ingénuo, vós que acreditais em mercados sem ser os do peixe e da carne; vós que por eles se governam. Outra ficção. A democracia funciona, que Não restem dúvidas, a questão é que já há muito que não vivemos em democracia. A ilusão da liberdade de expressão, com essa é que eles nos levaram. Por aí nos deixámos perder. Deram-nos a ilusão da vitória, a ilusão que contamos para a decisão. E enquanto olhávamos para outro lado, deliciados com tanta liberdade, não nos apercebemos que nos iam enfiando uma camisa de onze varas (são onze, não sete) e conduzindo como um rebanho. Para aqui. E aqui chegados, para aqui empurrados, pintam-nos as casas de azul e nós dizemos que sim, depois arrancam-nos o tecto e rebentam com as paredes. E nós que sim. Que a gente cá se governa, mal ou bem, cá se vai andando. Afinal se nos juntarmos todos, assim muito juntinhos, nem sentimos o frio. É mesmo necessário, não é? Então seja. Levem o que quiserem. Os dedos? Se tiver de ser, que já não tenho anéis e não preciso dos dedos para nada. Levem, levem. E se me apanharem a pisar a relva, abatam-me. É a lei que diz. Agora não se pode pisar a relva. É um dos muitos crimes ora punidos com a pena capital. Parece que tem de ser, que a pirâmide inverteu-se e estamos a viver demasiado tempo e depois somos um estorvo para o Estado. É muita gente dependente, gente que já não produz. E o Estado Social assim não se aguenta. Agora puseram-nos este chip explosivo na cabeça com relógio a apontar para os 65. Que temos de compreender. E a gente compreende, caramba. Há que respeitar o défice. São uns números que têm de ser assim pequeninos, percebem? E as empresas fecham e as pessoas morrem à fome ou com falta de ar; agora que se paga para respirar há muitos a quem cortam o ar. Sem pré-aviso. Diz no contrato que já vinha assinado nos dois lados. Que nos cortavam o ar. Um vizinho meu morreu assim, depois de ter sobrevivido duas semanas a respirar-me o ar que se me fugia pela porta mal calafetada. Mas a gente habitua-se a tudo, até às injecções na testa que agora temos de levar todos os dias. É tudo pelo país, catano. É para trabalhar mais tempo sem que nos venha o sono, que as dezoito horas diárias afinal não chegam e tiveram de passar para as vinte e duas. E nós vamos andando, de sorriso tatuado no focinho, que também saiu uma lei que a isso obriga. E o trabalho liberta. E agora chamam-me para o banho; espero que seja desta, espero que seja desta, espero que seja desta... Tem sido uma desilusão ver água sair daquelas torneiras. É que começo a ficar cansado, dói-me o corpo todo. E tenho saudades do início deste post, em que a vida era mais fácil. 
Isto é tudo uma farsa, percebem? Nada disto é fado, basta acreditar que é possível uma só pessoa mudar o mundo. E se forem duas já são duas. E assim por diante. É que isto é tudo uma farsa, percebem?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:38

Durante os tempos da Guerra Fria era voz corrente dizer-se que a haver uma terceira guerra mundial a quarta seria à pedrada. Entretanto, o muro caiu e o ambiente bélico à escala mundial (que não regional, entenda-se) foi-se desanuviando.
Só na aparência, porém. Tristes os que se orientaram por tal sol enganador, enquanto a teia-mãe era tecida a régua e esquadro pelos de sempre com a ajuda dos cegos, surdos e mudos de serviço. Sem ponto de fuga e pegajosa como nenhuma outra. O bicho-homem, esse avesso ao sol, não iria permitir jamais que aquele de clarão, ainda que de luz-vesga, durasse muito. Fazia parte do plano traçado nas linhas do inevitável e inconsequente, aliás.
Neste momento estamos na iminência de ter duas guerras mundiais ao mesmo tempo. A terceira, que tem sido alimentada, ano após ano, pelos tais conflitos regionais, e que agora se arreganhou com o zénite do capitalismo selvagem, empurrado escada acima pelo neoliberalismo que a desagregação e pulverização das esquerdas permitiu; a terceira, dizia, já é nossa conterrânea e contemporânea, encara-nos e escarra-nos a cada respirar. Países como a Grécia e Portugal estão já ocupados pelo IV Reich, coisa eufemisticamente chamada de "tentativa de evitar a falência do euro". De resistência à seria nem se ouve falar, que o inimigo é por demais inteligente, mascarado de muitas caras e demasiadas vozes e com ainda mais kapos locais em cada posto territorial. Palavras aparentemente inofensivas, como défice, troika e governos cooperantes, lograram criar cercas de arame farpado invisíveis que nos impõem algo como "uma casa, um campo de concentração". Uma fabrica, uma escola, um hospital. Aí nos concentram. Aí nos arrancam os olhos e a língua, nos furam os tímpanos. Um país vendado e vedado pelos muros para cujo betão é obrigado a contribuir, sob a capa do "só assim melhores dias virão". Virão, sim, mas para os de sempre. Os eternos algozes da humanidade, que pé-ante-pé foram entrando, cercando e fazendo morrer em vez de matar às escâncaras.
Falava na coincidência de duas guerras, com adversários e aliados cruzados e entrelaçados, de forma a que, de bibe-sem-cor vestido, aniquilam os prós e os a favor, cegos pela ira e pela estupidez da ganância dos sem-país. O quarto conflito mundial, prestes a entrar em cena e que não chegará a suceder ao terceiro, porque com ele partilha o tempo e o espaço, assumirá formas mais tradicionais. Terá direito ao seu morto arquiduque da praxe, desta vez em forma de Estreito de Ormuz de trancas na porta. Sem petróleo, os ditos civilizados erguer-se-ão em fúria e correrão a salvar-se de tamanha privação. Que toda a gente sabe que só essa urina negra do diabo mantém o mundo a rodar. Espécie de calhau movido a combustível fóssil.
O resto da história não a conheço, mas o final adivinha-se. Adivinhar-se-ia, não fosse esta uma mera ficção sem qualquer parecença com a realidade.
Durmamos pois descansados, virados para o lado onde este sonho mau não nos atente. Sempre de olhos bem fechados.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:35


Ei-la(los), au naturel [recados à nação]

por Rogério Costa Pereira, em 03.11.12

«A antiga líder do PSD e ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite disse hoje, em Coimbra, que a resolução de problemas complexos ou a afronta a corporações "não é muito possível, na prática", de ser feita em democracia.

Resolver problemas complexos "não é muito possível, na prática", em democracia

Intervindo no ciclo de conferências políticas "A Democracia e o Futuro", promovido pela autarquia de Coimbra e pela Fundação Bissaya Barreto, Manuela Ferreira Leite começou por classificar de "provocatória" a questão que lhe foi lançada pelo moderador do debate, o jornalista Henrique Monteiro, que perguntou a Manuela Ferreira Leite se Portugal conseguirá ultrapassar a atual situação de crise "preservando todos os princípios do regime democrático".

"Aquilo que eu na altura disse [quando falou da suspensão da democracia por seis meses] e que, provavelmente, neste momento é atual, é que em situações de extrema complexidade em que para ultrapassar os problemas complexos não se vê outra solução do que enfrentar ou afrontar determinado tipo de corporações, determinado tipo de interesses, possivelmente isso não é muito possível, na prática, ser feito em democracia", argumentou a antiga governante.

Adiantou que a intervenção da 'troika' em Portugal põe em causa a soberania nacional e que o sistema democrático "nem sempre" consegue enfrentar elementos externos.

"Não é com certeza em nome do Estado português que eu ouço a todo o momento falar na chamada 'troika', ou seja, estamos sempre a falar em elementos externos que não são, com certeza, defensores da nossa soberania, são, pelo contrário, algo que põe em causa a nossa soberania", disse Manuela Ferreira Leite.» [DN]

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 20:37


Sopor Aeternus - The Sleeper

por Rogério Costa Pereira, em 03.11.12

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 05:58


Sinfonia Linz, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 03.11.12
No dia 3 de Novembro de 1783, Wolfgang Amadeus Mozart terminou a composição da Sinfonia Linz, que iria ser estreada no dia seguinte.

A Sinfonia nº 36, em dó maior, conhecida como Sinfonia Linz é mais uma das pequenas evidências do talento e da genialidade de Mozart. Foi composta em apenas 3 dias. Em viagem com a sua esposa, Constanze, o compositor, que estivera por alguns meses em Salzburgo, resolve voltar a Viena. No caminho, passam por Linz, onde ficam hospedados na casa do conde Thun.
Profundamente comovido com o carinho e a hospitalidade do conde, Mozart retribui a gentileza, aceitando apresentar-se em público. Contudo, como não trouxera consigo nenhuma sinfonia, resolve compor uma para o concerto, que se iria realizar quatro dias depois. A estreia da Sinfonia nº 36, de Mozart, teve lugar na cidade austríaca de Linz, no dia 4 de Novembro de 1783. Em Viena seria apresentada no dia 1 de Abril do ano seguinte.


Último andamento da Sinfonia nº 36 "Linz", de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:01


página facebook da pegadatwitter da pegadaemail da pegada



Comentários recentes

  • mariamemenez

    BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • DAVID

    Saudações da temporada, eu sou David e sou um hack...

  • Welty Jeffrey

    MARTINS HACKERS have special cash HACKED ATM CARDS...

  • sandra

    I wanna say a very big thank you to dr agbadudu fo...

  • DAVID

    Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...

  • Maria

    God is great i never thought i could ever get loan...

  • edwin roberto

    I am Edwin Roberto and a construction engineer by ...


Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D

Pesquisar

Pesquisar no Blog  



subscrever feeds