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Acordai, dorminhocos!

por Francisco Clamote, em 22.09.12

Um dos verbos que esta clique melhor sabe conjugar:

DELAPIDAR


Pelos vistos, chegou a vez da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Acordai, dorminhocos!

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publicado às 23:10


Encenação

por Francisco Clamote, em 22.09.12

Por muito respeito que me mereçam alguns membros do Conselho de Estado, com os ex-presidentes à cabeça, a verdade é que estou convencido que a  convocação do Conselho por parte do presidente da República não passou, tal como escrevi  aqui, de mais uma manobra  de Cavaco. Não me restam dúvidas que a reunião não foi mais que uma encenação para dar cobertura ao recuo de Passos e do seu desastrado governo em relação às alterações da TSU, impossíveis de levar por diante, face à movimentação e contestação popular. No fundo, uma encenação para salvar os seus.

A leitura do comunicado final (O Conselho de Estado foi informado da disponibilidade do Governo para, no quadro da concertação social, estudar alternativas à alteração da Taxa Social Única) tira-me as dúvidas.

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publicado às 21:11


A perseverança fará a vitória

por Ana Bento, em 22.09.12

Estamos a virar a mesa.Não vamos morrer lentamente.Vamos evitar a morte em doses suaves. A perseverança fará a vitória.

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publicado às 20:25


Sejamos dois milhões na rua, desta vez

por Rogério Costa Pereira, em 22.09.12
EXPRESSO: "Governo abandona TSU e prepara cortes nos subsídios."

Nada serve? Há algo que serve, sim! Há um único corte admissível. No governo! Agora é a nossa vez, e não passamos!

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publicado às 12:08


Eu, dona de casa

por Maria Suzete Salvado, em 22.09.12

No fim de um dia de trabalho  e enquanto fazia as tarefas de casa, ouvia o noticiário.

Iam fazer uma ponte que custaria muitos milhões. 

Eu ficava a imaginar, enquanto lavava a loiça, quanto representava aquela quantia e não conseguia ver em cima da minha mesa qualquer coisa parecida.

Passado algum tempo ouvia  que iria ser feito um hospital e que custaria muitos milhões.

Enquanto passava a ferro, depois de um dia cheio no meu serviço, voltava a fazer contas. Meu Deus, quanto dinheiro!

E depois era uma estrada, uma auto estrada, outra auto estrada e ainda outra. "Para desenvolver o nosso país","Para acompanhar o progresso do estrangeiro", diziam.

Depois, outra ponte. Desta vez eu baixava as bainhas das calças dos garotos, que cresciam mais depressa do que eu ganhava para comprar umas calças novas.

Enquanto passava o óleo nos móveis de madeira barata, para lhes dar o brilho que eles nunca teriam, ouvia falar numa Expo que traria mundos e fundos ao nosso país. E mexendo a sopa que iria comer nos próximos dias, quando chegasse do trabalho, via limparem uma parte da cidade, deitarem abaixo edifícios, mudarem de local grandes estruturas, fazerem estradas, construirem pavilhões e restaurantes e prédios e esplanadas e fontes e... Eu fazia cálculos como simples dona de casa, se renderia o suficiente, a tal Expo, para cobrir todas aquelas obras.

Mas se eu falava nessa minha inquietação, havia logo quem me dissesse que tinhamos de dar os passos para o progresso. Eu achava que o governo teria de fazer milagres para arranjar pernas para passos tão largos.

Continuava  a sair cedo para o trabalho, preocupada com o que tinha para pagar, com o frigorífico que se encontrava outra vez sem grande coisa, com os garotos que continuavam a crescer e a ter novas necessidades, com o medicamento que necessitava comprar e me abalava o orçamento. Enquanto isso, aproveitava o descanso de ir sentada no autocarro, embalada pelos solavancos e as entradas e saídas de gente tão pensativa como eu.

E logo falaram  num estádio de futebol novinho em folha, com isto e aquilo, tal como lá fora. Outro estádio e ainda outro. Eu nunca tivera coragem para gastar o dinheiro num bilhete para entrar num estádio, mas sabia que muita gente teria. E também a honra que era termos um evento daqueles!!! E via nascerem enormes estádios de futebol, coloridos, invadindo a paisagem e escurecendo monumentos com séculos, que ficavam com ar humilde e cinzento a seu lado. As luzes ténues que iluminavam o castelo de D. Dinis, pareciam pobres como eu, perante o brilho ofuscante dos projectores do novo estádio.

E eu, enquanto aspirava a sala, pensava onde se ia buscar tanto dinheiro para tanta obra grandiosa. Nenhuma delas ainda tinha alterado a minha vida, a não ser a auto estrada que percorria uma ou duas vezes por ano para ir à terra onde nasci.

Depois falavam noutra ponte, noutras estradas, em centros comerciais, em aeroportos, em comboios de grande velocidade...

Tinha ido um dia a Coimbra num comboio mais rápido e estranhei vê-lo com meia dúzia de passageiros. Um assistente veio perguntar-me se eu precisava de alguma coisa, se estava a fazer boa viagem e fiquei muito atrapalhada com tanta cerimónia. Fiquei a pensar e a sorrir, durante minutos, naquela gentileza para comigo, que antes de entrar no comboio tivera que deixar a casa arrumada e a comida feita.

O noticiário era um vício para mim. Talvez porque me trazia esperança de que depois de tantas obras, a minha vida mudasse, chegasse a minha vez.

Falavam em conferências a alto nível, em fundações de todo o género, em spread, em juros, em cotações da bolsa, em milhentas coisas que eu não percebia. Concentrava-me na camisola que fazia, em fibra que imitava a lã, por ser mais barata.

Foi então que começaram a falar em falências, em dívidas, em termos gasto mais do que podíamos... Eu parava de passar a ferro e admirava-me. Falavam em cortar o meu vencimento e de tantos outros como eu, porque tinhamos vivido acima das nossas posses. Aumentavam os impostos e avisavam-me que teria de pagar submarinos, centros comerciais, auto estradas, carros de luxo, obras milionárias nos gabinetes dos ministros, computadores para os deputados, viagens ao estrangeiro com comitivas de centenas de pessoas... Comecei a desconfiar que não percebia o locutor, ou que ele falava de outro país.

E a palavra crise era a mais vezes repetida. Crise nacional, crise na Europa, crise mundial, crise na indústria, crise na construção.

Agora, depois de me congelarem a subida na minha profissão, de congelarem o meu vencimento, de reduzirem o meu vencimento, de me tirarem os subsídios com que eu orientava a minha vida duas vezes por ano, de aumentarem tudo, depois disso, ainda dizem que eu nunca trabalhei nada e que posso ser despedida por ter sido incompetente, preguiçosa, ter ganho mais do que merecia e ter vivido acima das minhas possibilades.

Ouço as notícias e vejo os protestos de tantos como eu, enquanto arranjo a sandes e o copo do chá para o almoço, depois de um dia estafante no meu serviço onde se aposentaram mais de metade dos funcionários e tenho de  fazer a minha tarefa e a deles.

Os edifícios da tal Expo são transformados em sucata. O comboio de alta velocidade (que viria ajudar a transportar a meia dúzia de passageiros que eu vi naquele dia que tive de ir a Coimbra) já não se faz, mas tem de se pagar na mesma. Alguns  estádios estão para ser demolidos, pois nem chegaram a ser concluídos. O aeroporto continua congestionado e já foram gastos milhões para decidir se seria feito aqui, ou ali. Nos centros comerciais fecham a maioria das lojas. Os restaurantes fecham, as mercearias fecham, as retrosarias fecham, os mini mercados fecham.

Só persistem os restaurantes de luxo, os stands de automóveis de luxo, os hipermecados, as boutiques de luxo e custa-me a perceber porquê.

Os jovens deixam de poder estudar. Os pais emigram para poderem sustentar a família. As filas de desemprego engrossam todos os dias.

E penso, enquanto colo a sola dos sapatos gastos, como poderia ter trabalhado mais, o que teria feito acima das minhas possibilidades económicas, para que os meus filhos não tivessem futuro.

Então os governantes estudam, falam coisas que ninguém percebe, vão ao estrangeiro e convivem com reis e presidentes, sabem de tudo e não sabem que se comprarem a tv a prestações têm de a pagar, se pedem dinheiro ao banco para ir para o Algarve, têm de pagar as férias a triplicar?

Vejo os protestos e tenho raiva.

Apetecia-me que entre todos decidissemos não pagar, não pagar, não pagar.

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publicado às 08:45


Belém 21-09-2012

por João Mendes, em 22.09.12

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publicado às 02:22


Irving Berlin - Compositor e letrista americano

por António Filipe, em 22.09.12

No dia 22 de Setembro de 1989 morreu, em Nova Iorque, o compositor e letrista americano Irving Berlin. Tinha nascido na Sibéria a 11 de Maio de 1888. Mesmo depois de morrer, aos 101 anos, continuou e continua a ter canções suas trauteadas pela voz ou pelo assobio de gente de todas as idades e por todo o mundo.
Imigrante judeu, Irving Berlin passou a maior parte da sua vida na América do Norte e foi consagrado como um dos mais populares compositores dos Estados Unidos no século XX. Compôs canções que se tornaram uma verdadeira banda sonora da sua terra adoptiva, como God Bless America, White Christmas e There's no business like show business.
Em 1922, tornou-se o primeiro (e único) compositor a ter um teatro, o Music Box, construído apenas para apresentar os seus trabalhos.
Na década de 1930 conseguiu, sem nenhum esforço, atingir a sofisticação romântica de Fred Astaire, definindo a personalidade cinematográfica do dançarino com canções sublimes como Top hat e Cheek to cheek.
Na década de 1960, com a produção a decrescer, optou por viver em isolamento, mantendo-se fiel ao lema de que "a única canção boa é aquela que faz sucesso".
Tecnicamente, Berlin nunca escreveu nenhuma das suas músicas: iletrado musicalmente, compunha as canções no seu próprio Buick, enquanto o secretário transcrevia fielmente o que ia ouvindo.


There's No Business Like Show Business, de Irving Berlin
Intérprete: Ethel Merman

 

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publicado às 00:01


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