Não é o "Menino de Sua Mãe" do poema de Fernando Pessoa, com o mesmo título, donde extraí a citação em epígrafe.
É o governo de Coelho, Gaspar, Portas & Cª que não só arrefece, como "jaz morto e apodrece" (nova citação do mesmo poema).
São, aliás, múltiplas as vozes que garantem que o "morto" já fede.
Estou em crer que sim, da mesma forma que acredito que o fedor está para durar, porque as autoridades sanitárias, com competência na matéria, não se mostram, para já, interessadas em remover o cadáver.
Somos livres... Quando a cidadania Nos concede o direito De sermos o que queremos... De termos o que nos é de direito... Somos livres... Quando a democracia Nos oferece liberdade Para decidir o que faremos Irmos para onde temos segurança Somos livres... Quando conquistamos autonomia Para exigirmos o que nos convém, O que é melhor para nós. Somos livres... Quando as leis Usam o seu poder Para fazer justiça... Defender o bem comum... Somos livres… Quando a educação nos proporciona estrutura Para transformarmos a nossa realidade... Somos livres... Quando adquirimos consciência Para administrarmos a nossa própria liberdade
Nos aprisionamos... Quando sufocamos a nossa voz, Aceitamos imposições, Omitimos opiniões, verdades... Nos aprisionamos... Quando nos calamos perante as injustiças, Aos abusos de poder, de autoridade, deixando-nos ser escravizados... tratados como objectos. Nos aprisionamos... Quando desistimos de lutar, Abrindo mão dos sonhos, Do desejo de sermos felizes... E nos acorrentamos em nós mesmos, Quando achamos que sabemos o suficiente E que nada mais temos a aprender (…) Nildo Lage
Se se atentar nas vezes que usa a palavra "patriotismo", Paulo Portas é, sem margem para dúvidas, um grande "patriota". Trata-se, no entanto dum "patriotismo" muito peculiar.
Tanto dá para provocar uma crise política cujas consequências estamos a sofrer e vamos continuar a suportar por largos anos, ao rejeitar o PEC IV, com a justificação de ser inaceitável pedir mais sacrifícios aos portugueses, como dá para, logo a seguir, integrar um governo que, contrariando todas as promessa eleitorais, outra coisa não tem feito senão aumentar impostos, para já não falar de roubos de subsídios e salários, com violação descarada da lei e da Constituição da República.
O "patriotismo" de Portas está mesmo a atingir o máximo do paroxismo: o homem, por "patriotismo", não só calou o que lhe vai na alma contra as últimas medidas de austeridade anunciadas por Coelho, seu parceiro de governo, para não prejudicar as negociações com atroika, como, para permanecer no governo, como acaba de anunciar, vai engolir a "revolta" contra as alterações na TSU que põem os trabalhadores a financiar os patrões.
O "patriotismo" de Portas até dá para, como ministro-dos-negócios-no-estrangeiro, continuar a passear de avião, em classe executiva, por esse mundo fora, o que lhe desagrada profundamente, como é sabido, suportando com estoicismo, por "patriotismo", imensos incómodos.
O "patriotismo" de Portas, dá, pois, para tudo e ainda mais alguma coisa. Só não dá para crer.
No entanto, se trocarmos "patriotismo" por "oportunismo", tudo passa a fazer sentido.
Quando o tó seguro diz que o governo tem de ouvir o principal partido da oposição está a referir-se a qual dos partidos em título? Ou terá a definição de oposição mudado para algo como "violentamente calados, manifestamente incompetentes, indignos sem-vergonha e traidores descarados?"
No dia 16 de Setembro de 1899 nasceu em Budapeste, na Hungria, o maestro e professor Hans Swarowsky. Estudou direcção de orquestra com Felix Weingartner e Richard Strauss e, em Viena, teve aulas de composição com Arnold Schoenberg e Anton Webern. Herbert von Karajan convidou-o para ser o maestro principal da Ópera Estatal de Viena. Entre 1957 e 1959 foi maestro principal da Royal Scottish National Orchestra e, a partir de 1959, desempenhou o mesmo cargo na Orquestra Sinfónica de Viena. Durante muitos anos organizou “master classes” na Academia de Música de Viena, onde era chefe do departamento de direcção de orquestra, desde 1946. Um grande número de jovens aspirantes a maestro participa, todos os anos, no Concurso Internacional de Maestros Hans Swarowsky, que se realiza em Viena. Entre os seus alunos figuram nomes famosos como Claudio Abbado, Jesús López-Cobos, Bruno Weil, Giuseppe Sinopoli e Zubin Mehta. Hans Swarowsky morreu no dia 10 de Setembro de 1975, em Salzburgo.
Abertura da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini Orquestra do Festival de Viena Maestro: Hans Swarowsky