pegada

Foto: Francisco Clamote

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Basta pum basta!

Uma geração que consente deixar-se representar por um Coelho nascido num viveiro da Troika é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morram o Coelho e a Troika, morram! Pim!

Uma geração com um Coelho, um Gaspar e um Relvas a cavalo no povo é um burro impotente!

Uma geração com um Cavaco ao leme é uma canoa em seco!

O Coelho é um Aldrabão!

O Coelho é um Gatuno!

O Coelho não sabe somar, não sabe multiplicar! Só sabe subtrair e dividir. E saberá lamber os tomates da Troika. Mas não sabe governar que é a única coisa que ele foi mandatado para fazer!

O Coelho pesca tanto de Economia que diz que um e um são três!

O Relvas é um habilidoso!

O Gaspar fala mal!

O Gaspar é um narcótico!

O Gaspar especula e está a soldo dos mercados!

O Gaspar é um chulo!

E faz dos pobres e dos remediados as putas sem opção.

O Coelho é Relvas!

O Coelho é Gaspar!

O Coelho é abaixo de zero!

Morra o Governo, morra! Pim!

O Coelho candidatou-se, tanto como o podia ter feito a soror Inês ou a Inês de Castro, ou a Leonor Teles, ou o Mestre d'Avis, ou a Dona Constança, ou a Nau Catrineta, ou a Maria Rapaz! Ou uma bosta de cão!

E o Coelho teve claque! E o Coelho teve votos! E o Coelho teve palmas! E o Coelho agradeceu!

O Coelho está de dieta!

De gordura e de cabelo! Que de cérebro não dá mais!

Não é preciso ir dentro pra se ser ladrão, basta ser-se ladrão!

Não é preciso disfarçar-se pra se ser salteador, basta governar como o Coelho! Basta não ter escrúpulos nem morais, nem artísticos, nem humanos! Basta andar com as modas, com as políticas e com as opiniões! Basta usar o tal sorrisinho, basta ser muito delicado, e usar coco e olhos meigos! Basta ser Judas! Basta ser Coelho!

Morra o Coelho, morra! Pim!

O Coelho nasceu para provar que a Democracia tem defeitos!

(ultrapassáveis, sim, assim como se mata um coelho)

O Coelho é um autómato que deita pra fora o que a gente já sabe que vai sair... Mas é preciso deitar dinheiro!

O Coelho é uma careta dele-próprio!

O Gaspar em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.

O Portas é um cobarde!

O Álvaro é um pasteleiro!

Morram todos, morram! Pim!

Este Governo é o escárnio da consciência!

Se isto é ser português eu quero ser espanhol!

O “arco da governação” é a vergonha de Portugal!

E isso inclui-te, ó Seguro!

O Coelho é a meta da decadência mental!

E ainda há quem, por cartão, diz admirar o Coelho!

E ainda há quem lhe estenda a mão!

E quem lhe lave a roupa!

E quem tenha dó do Coelho!

E ainda há quem duvide que o Coelho não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!

Basta pum basta!

Morram o Governo e a Troika, morram! Pim!

(adaptado do original de Almada Negreiros e da adaptação de Mário Viegas; que ambos me perdoem)

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Manifesto Anti-Dantas - Mário Viegas

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No dia 15 de Setembro de 1876 nasceu em Berlim, na Alemanha, Bruno Walter, um dos mais reconhecidos maestros do séc. XX. Estudou no Conservatório Stern, na sua cidade natal. Filho de uma família judia da classe média, começou a estudar piano aos oito anos e aos nove deu o seu primeiro concerto em público. Muito cedo, também, tomou a decisão de fazer carreira musical, mas não no piano…
Em 1889 – tinha então 13 anos – Bruno assistiu a um concerto de Van Bülow em Baureuth e traçou o seu próprio destino: queria ser maestro. Cinco anos depois fazia a sua estreia a dirigir a orquestra da Ópera de Colónia. Meses mais tarde ingressou como maestro de coro na Ópera de Hamburgo, onde trabalhou ao lado de Gustav Mahler.
Depois de ter actuado, como maestro, em várias cidades alemãs, Gustav Mahler convidou-o para maestro assistente da Ópera Estatal de Viena, cargo que Bruno Walter aceitou e onde se manteve até 1912, quando assumiu o cargo de Director Musical da Ópera de Munique. Teve a sua estreia nos Estados Unidos em 1923. Entre 1925 e 1929 foi Director Musical da Ópera Municipal de Berlim e apareceu no Covent Garden e no Festival de Salsburgo.
Depois, foi maestro dos Concertos Gewandhaus, em Leipzig, de 1929 a 1933. Nessa altura, Bruno Walter foi obrigado pelos nazis a deixar a Alemanha. Regressou à Ópera de Viena em 1935, mas teve que sair em 1938, quando os nazis ocuparam a Áustria. Em 1939 foi para os Estados Unidos e tornou-se cidadão daquele país. Foi maestro do Metropolitan Opera de Nova Iorque, da Orquestra Sinfónica da NBC e da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque. Walter foi especialista nas interpretações dos clássicos alemães e austríacos e era amigo de Gustav Mahler, cujas obras interpretou como nenhum outro. Faleceu no dia 17 de Fevereiro de 1962, em Beverly Hills, na Califórnia.

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