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Este é um texto sobre política democrática e silêncio. É, portanto, um texto paradoxal, pois coloca em tensão termos que, numa democracia representativa, dificilmente podem confluir. Como sabemos, na Teoria Política o silêncio sempre se encontrou associado aos regimes autocráticos, aqueles regimes onde o Estado era o próprio detentor do Estado. Basta, a propósito, relembrar a célebre expressão do Rei Sol, "L'État c'est moi", proferida perante o parlamento de Paris. De facto, o tema do silêncio e da discrição integrou grande parte dos tratados de filosofia política moderna. No seu Breviário dos Políticos, o sucessor do Cardeal Richelieu, Jules Mazarin, teceu a contundente profanação:
Reflecte antes de agir. E também antes de falar. Porque, se há poucas possibilidades de alterarem no bom sentido tudo o que disseste ou fizeste, convence-te de que será deformado no mau sentido.
Ora, se no caso dos regimes autocráticos o silêncio sempre se encontrou associado à conspiração, ao complô, nas democracias representativas ele pode ser encarado como um elemento preponderante para o enfraquecimento do sistema democrático. Porém, o poder não é mais do que um jogo de aparências e é bem verdade que aquele que abre a boca a torto e a direito arrisca-se, facilmente, a ser apanhado em falta. De qualquer modo, não nos enganemos. A discrição é, de facto, uma boa forma de actuação política, mas também é certo que, como salienta Francis Bacon, aquele que "não falar, será tão mal julgado pelo seu silêncio como o seria pelo seu discurso". É, precisamente, aqui que pretendo chegar. Há sensivelmente um ano e meio, Cavaco Silva referiu que "há limites insuportáveis que se podem exigir ao comum dos cidadãos", dando o mote para que o PEC IV fosse chumbado. Sensivelmente na mesma altura, Pedro Passos Coelho justificou a crise política então criada referindo que a solução para a crise económica não poderia continuar a recair no corte do rendimento dos que menos têm. Se as contradições do primeiro-ministro são evidentes e discutidas todos os dias, não se deve deixar de estranhar o silêncio e a parcimónia do Presidente da República após o anúncio das "novas", das sempre novas e constantes medidas de austeridade. Ao subtrair-se do discurso público, Cavaco Silva será, a seu tempo, julgado pelo seu silêncio, tal como o foi pelo seu discurso.
Vais gostar da festa, pá
Guarda a semente
Que não é hora de ais e dor
Mas de luta e de gente
Nem léguas vão nos separar
Nem o mar, nem o mar
Nem Primavera é preciso, pá
P'ra navegar, p'ra navegar
Vais gostar da tua gente, pá
'Inda dormente
E aguardo certamente
As flores do teu jardim
Cá será Outono, pá, brevemente
Amor-perfeito com cheirinho de alecrim
Nem léguas vão nos separar
Nem o mar, nem o mar
"é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições."
Daniel Oliveira, Expresso online
No último freak show pré-futebolístico de transmissão conjunta das televisões portuguesas, apresentado ontem à tarde, esteve de serviço o gasparvo (anormal de fachina aos estúdios, enquanto não podem sair à rua o da educação e o da economia e o das ongoings, enquanto não querem aparecer à escuridão do dia o dos estrangeiros e a da agricultura, enquanto não cresce o da vespa, enquanto não toma posse o da cultura-que-deus-haja.
Soletrauteou o colossal desviado, baixo e reles som para os ecrans que o quisersm aturar, que sim senhor se confirma que "2013 é o ano da retoma", o do bom-com-distinção dos bons alunos (garantia de última hora da Lusófona), o do completo extermínio desta cambada de 10 milhões a viver acima das suas possibilidades, digamos o da solução final - e, por isso, lógica, clara e coerentemente, existem "sérios perigos para o país, que vive uma situação muito grave e difícil", donde as "severas e fortemente desincentivadoras" medidas de austeridade que urge tomar.
Pois é. No próximo ano já não haverá famílias, nem pequenas e médias empresas em crise. Nem sem crise.
A injustiça avança a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: como é, assim será
Nenhuma voz além dos que mandam será ouvida
E em todos os mercados proclamam a exploração;
Isto é apenas o começo
Mas entre os oprimidos, muitos agora dizem
Aquilo que nós queremos nunca o alcançaremos
Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
Nada continuará a ser como é
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca?
De quem depende que a opressão prossiga? De nós
De quem depende que ela acabe? De nós também
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que haverá aí que o retenha?
E nunca será: ainda hoje!
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã
Elogio da Dialética — Bertolt Brecht
Até há pouco tempo, chamavam o povo ao futebol fazendo dos estádios palcos de concertos rock, majorettes, fogo de artifício e lançamento de águias.
O início da campanha de apuramento para o mundial do Brasil trouxe uma nova estratégia de propaganda: antes da transmissão de cada jogo da seleção, a televisão oferece-nos um freak show.
A não perder o preâmbulo do próximo jogo: menos pão, mais circo!
.... a quem adivinhar porque é que hoje me lembrei desta música (para facilitar, a letra está no video)
No dia 12 de Setembro de 1910, no Neue Musik-Festhalle, em Munique, realizou-se a estreia da Sinfonia nº 8, em mi bemol maior, de Gustav Mahler. Em palco, estavam 1023 músicos, dirigidos pelo compositor e, na assistência, encontravam-se 3200 pessoas.
A Sinfonia nº 8 é uma obra mais impressionante do que bela e nem é bem uma sinfonia, mas uma gigantesca cantata. A sua execução exige, entre orquestra e coro, mais de mil participantes. Por isso é mais conhecida pela “Sinfonia dos mil”, subtítulo que lhe foi dado por razões comerciais e com o qual Mahler nunca concordou.
Esta obra, rica em polifonia, é pouco convencional, na medida em que, em vez dos vários andamentos habituais, é composta por duas partes. A primeira é baseada num texto latino intitulado "Veni creator spiritus” de um hino cristão do séc. IX, para o Pentecostes. A segunda parte baseia-se na cena final do “Fausto”, de Goethe.
Composta no sul da Áustria em 1906, a Sinfonia nº 8 é a única sinfonia de Mahler inteiramente cantada e a última que foi estreada durante a vida do compositor. No período que se seguiu à morte de Mahler, esta obra foi executada muito poucas vezes. No entanto, desde meados do séc. XX, tem sido ouvida regularmente em salas de concerto por todo o mundo e gravada inúmeras vezes.
Embora reconhecendo a sua vasta popularidade, os críticos modernos dividem as opiniões sobre esta obra. Enquanto uns acham que o seu optimismo não é convincente e consideram-na inferior às outras sinfonias de Mahler, outros comparam-na à nona sinfonia de Beethoven, como sendo o auge da afirmação humana do séc. XX.
Entre o público que assistiu à estreia da Sinfonia nº 8, de Mahler, encontravam-se os compositores Richard Strauss, Camille Saint-Saëns e Anton Webern e os escritores Thomas Mann e Arthur Schnitzler. Na audiência estava, também, o maestro Leopold Stokowsky, então com 28 anos, que, seis anos mais tarde, iria dirigir a estreia, nos Estados Unidos, da “Sinfonia dos mil”.
Até à data, a reacção às sinfonias de Mahler tinha sido, muitas vezes, um desapontamento. Mas a estreia da oitava sinfonia, em Munique, foi um enorme triunfo. Depois dos acordes finais, houve uma breve pausa, antes de se ouvirem os estrondosos aplausos que duraram cerca de vinte minutos. De regresso ao hotel, Mahler recebeu uma carta de Thomas Mann, que se referia ao compositor como “o homem que, creio eu, exprime a arte do nosso tempo na sua forma mais profunda e sagrada”.
Final da Sinfonia nº 8, de Mahler
National Youth Orchestra of Great Britain
Maestro: Simon Rattle
Já mete nojo aos cães falar do Relvas. A situação é tão insólita, caricata e absurda na história da democracia portuguesa que é razão para nos questionarmos se realmente ainda vivemos em democracia. O homem resolveu novamente dar um ar da sua graça, agora em terras de Vera Cruz. Quando questionado pelos jornalistas sobre a evolução do caso da RTP, respondeu com aquele seu ar misto de autosatisfação meio bronca meio apalermada, de que o "o assunto da RTP está resolvido". Resolvido como? mas então não foram feitos estudos, não veio o Borges das privatizações dar uma entrevista meio encomendada falar em concessão a privados do serviço publico? depois do teste, que correu mal como só podia correr, não veio Passos dizer que ainda nada estava decidido? Será que é o Alberto da Ponte que vai resolver? Já não basta o massacre a que todos estamos sujeitos com as medidas iníquas que nos estão a ser infligidas ainda temos que gramar este gajo? Eu confesso que cada vez que ele fala me sinto pessoalmente insultada.
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