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Síndroma da China?

por Licínio Nunes, em 16.08.12
Em resumo: a procura agregada está de rastos nos nossos países e está a cavar um buraco em direção… à China (à medida em que a troika impõe o seu mandato e que os bancos caem mais profundamente em estado de 'zombiedade').

– Yanis Varoufakis


O que Yanis Varoufakis escreveu devia ser senso comum, puro e simples. Devia mostrar-nos a todos (!) a loucura profunda dos austeritários que tentam resolver os problemas de liquidez dos Países do Sul, reduzindo os seus Povos à miséria. No entanto, receio que, mais uma vez, estejamos perante um problema de comunicação.

A menção do autor ao "...buraco em direcção à China...", recordou-me outro problema de comunicação, uma das mais impressionantes demonstração de arte perfomativa de que me recordo: Jack Lemmon (Jack Godell) consegue comunicar a falha de comunicação. Vejam-se aquelas cenas, a partir dos 03:35. Nós assistimos a tudo, sabemos o que Jack Godell vai dizer, quando sequestra a sala de controlo daquela central nuclear, e exige ser entrevistado em directo; sabemos que ele vai falhar, que se vai perder em pormenores e em especificidades que vão tornar o seu discurso incoerente e hermético. Sabemos como a verdade vai ser ocultada.



A interpretação de Jack Lemmon foi nomeada para um Óscar em 1979, apenas para ser preterida pelo mais choramingas Kramer contra Kramer. Fica a memória, mas fica também um interrogação, nestes tempos em que adoramos aquela divindade obscura a que chamamos comunicação: qual é a responsabilidade do receptor?

Quer o assunto seja o primeiro ou o segundo dos síndromas da China, em ambos os casos os destinatários são seres pensantes; em ambos os casos, os destinatários estão em risco; em ambos os casos, os destinatários são, em última análise, cidadãos soberanos de Estados Soberanos. Não sei se será possível colocar o assunto em termos mais claros e mais simples do que Varoufakis o faz neste artigo.

Há uma coisa que eu sei: os cidadãos-soberanos-receptores-da-narrativa, não têm mais desculpas; não podem mais dizer "...nós não sabíamos, ninguém nos explicou...". Está na hora de dizer basta!, nem que nos queiram pôr a voz em off.

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publicado às 18:10

Há uma treta-página no facebook chamada We Are Change Portugal (aparentemente quererão mudar Portugal a escrever em inglês). Aqui há dias publicou um post sexista que basicamente devolvia as mulheres à cozinha. Todos os meus comentários foram apagados. O estilo normal daquela página não é o do post que eu li. Exactamente como se passou com uma outra página, Tugaleaks, onde do nada caiu um post racista. Esses revelaram-se logo como fascistas que são. O verniz estalou de imediato. Estes de que falo agora acho que ainda por aí andam a angariar clientela. Nas páginas "Occupy" (London, Spain e o diabo a quatro) vai-se passando o mesmo, de quando em vez. Um post fora de linha e siga a marinha. Nas outras páginas ...leaks a mesma coisa. Todas as ditas páginas, que funcionam essencialmente através dos cartazes-mensagem ora tão na moda, para um leitor menos avisado parecem páginas com ligações à esquerda. Assim não é; todas têm fundações bem assentes na extrema direita. Trata-se claramente de um único movimento, organizado, e ora cobardemente envernizado, que um dia nos rebentará nas mãos. Nestes tempos confusos nem tudo o que diz mal do statu quo é necessariamente benigno. E é fácil enganar e é fácil ir ao engano. Há que andar de olhos bem abertos. Há que separar o trigo do joio e para isso é necessário conhecer um e outro. Fica o alerta.

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publicado às 16:45


Assange

por Rogério Costa Pereira, em 16.08.12

Lembrem-se deste nome. Talvez um dia sejam mesmo obrigados a decorá-lo enquanto lhe fazem a saudação maldita.

Adenda -- talvez o que pretendo dizer se entenda melhor se lido em conjugação com estoutro: UM ALERTA: há que separar o trigo do joio e para isso é necessário conhecer um e outro

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publicado às 13:30


De quando se desiste de fazer jornalismo

por Rogério Costa Pereira, em 16.08.12

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publicado às 12:42


Se eu quisesse, enlouquecia

por Rogério Costa Pereira, em 16.08.12

Edvard Munch, Despair

Se eu quisesse, enlouquecia.
Sei uma quantidade de histórias terríveis.
Vi muita coisa, contaram-me casos extraordinários, eu próprio...
Enfim, às vezes já não consigo arrumar tudo isso.
Porque, sabe?, acorda-se às quatro da manhã num quarto vazio, acende-se um cigarro... Está a ver?
A pequena luz do fósforo levanta de repente a massa das sombras, a camisa caindo sobre a cadeira ganha um volume impossível, a nossa vida... compreende?... a nossa vida, a vida inteira, está ali como... como um acontecimento excessivo...
Tem de se arrumar muito depressa.
Há felizmente o estilo.
Não calcula o que seja?
Vejamos: o estilo é um modo subtil de transferir a confusão e violência da vida para o plano mental de uma unidade de significação.
Faço-me entender?
Não?
Bem, não aguentamos a desordem estuporada da vida.

HERBERTO HELDER
Os Passos em Volta

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publicado às 06:41

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publicado às 03:23


O apagão do buzinão

por Rogério Costa Pereira, em 16.08.12

No meu post anterior passei por isto como cão por vinha vindimada

Não fiz de propósito, é certo (o tema era outro), mas, não vá a coisa passar desapercebida, vou repetir-me num post dedicado. Ontem, durante o discurso do pequeno líder no Pontal, num directo da SIC, ouvia-se em fundo um buzinão. Para quem não saiba, a rentrée dos laranjinhas tem sido na marginal da Quarteira; este ano foi num parque aquático ali por perto. Não fosse o diabo tecê-las e algum desvairado começar a assobiar o grande jotinha. Ou um sniper aparecer a cuspir caroços de azeitona; nunca se sabe. 

Adiante.

Ouvia-se, pois, o buzinão em fundo, enquanto vexa esgalhava um discurso same o' same o'. Mais um escarro na cara do pessoal made in troika; nada de novo, portanto.

A novidade veio durante a transmissão em directo, na SIC, em que os carros pararam todos de buzinar ao mesmo tempo. Nem uma buzinadela, nem um pisca-pisca, ao menos. Num exacto momento -- num exacto segundo! -- acabou-se o buzinão.

Duvidando da sincronia, ainda perguntei à minha mulher: "(não) ouviste isto?"  E também ela não ouviu mais aquilo.

Ora, o jornalismo, como o vejo, num directo ainda para mais, deve retratar fielmente o acontecimento (digamos que um directo não é uma crónica de opinião). 

Ontem, em directo do parque aquático, apagaram-nos parte da realidade. Eu, por exemplo, estava a achar o buzinão bem mais interessante do que o discurso do moço de recados da Merkel.

De sentido em sentido, lá os vamos perdendo todos. Ontem, deu-se o caso de eu ter perdido metade da audição. O que se segue? Vão-me arrancar a língua?, cortar os dedos?, arrancar-me o nariz? Vão-me enfiar garfos nos olhos e fazer carrossel?

SICK...

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publicado às 01:31


Abertura Cubana, de George Gershwin

por António Filipe, em 16.08.12

No dia 16 de Agosto de 1932, realizou-se, no Estádio Lewisohn, em Nova Iorque, a estreia da Abertura Cubana, de George Gershwin. Albert Coates dirigiu a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque. A obra foi apresentada com o título de Rumba, que só mais tarde Gershwin alterou para Abertura Cubana.
A Abertura Cubana é uma pequena peça para orquestra. Composta por Gershwin em 1932, depois de umas férias de 2 semanas, em Havana, a obra foi concebida originalmente para piano, com o título Rumba. No entanto, a descoberta dos instrumentos de percussão cubanos fez com que Gershwin refizesse a partitura. O tema principal da obra é baseado numa canção de Ignacio Piñeiro, intitulada "Échale Salsita".
O compositor explora de tal forma os efeitos sonoros dos instrumentos do folclore cubano, principalmente as maracas e os bongos, que o seu estilo chega a ser irreconhecível. A estreia da obra foi um sucesso.
O compositor considerou-a como “a noite mais excitante que jamais tinha tido”. Assistiram ao espectáculo 17.845 pessoas e mais de 5.000 ficaram à porta sem conseguirem bilhete. Embora tenha caído no gosto popular americano, a peça nunca chegou a conquistar o público europeu.


Abertura Cubana, de George Gershwin
Orquestra Sinfónica do Estado do Paraná
Maestro: Alessandro Sangiorgi

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publicado às 00:01


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