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Rosa de Hiroshima

por Ana Bento, em 06.08.12
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Poema de Vinícius de Moraes

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publicado às 22:56

As imagens que se seguem não são fruto de um qualquer fogo provocado pela natureza. São obra de mão criminosa. Há 67 anos, no dia 6 de Agosto de 1945 e, novamente, no dia 9, o governo americano decidiu lançar bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki. O bombardeiro que lançou a bomba sobre Hiroshima, no dia 6, ficou conhecido como Enola Gay, nome que lhe foi atribuído pelo próprio piloto. A mãe desse piloto chamava-se Enola Gay. Não consigo imaginar maneira mais odiosa de prestar “homenagem” à própria mãe. Mas ele lá saberá as razões.
Se eu deitar fogo à Serra da Gardunha e for apanhado, mesmo que não mate ninguém, serei considerado criminoso, julgado e condenado como tal. E bem. Se for um acto negligente, também não ficarei impune. Mas o governo americano, presidido por Harry Truman, conseguiu, com este bombardeamento, matar mais de 250 mil pessoas. Inocentes, é bom que se diga. E não foi negligência. Foi um acto criminoso e deliberado que nunca foi julgado nem condenado. Foi o maior crime contra a humanidade cometido pelos governantes de um país onde, nalguns estados, se condena à morte uma pessoa porque cometeu um crime. Em Hiroshima e Nagasaki foram assassinadas mais de 250 mil pessoas! Foram danos colaterais, dirão eles. No dia 11 de Setembro de 2001, no ataque às torres gémeas, em Nova Iorque, morreram cerca de 3 mil pessoas. Foram danos colaterais, dirão os outros.
"A humanidade tem de acabar com a guerra antes que a guerra acabe com a humanidade" disse o presidente americano John Kennedy, em 1961. Bonita frase esta, não se desse o caso de, no mesmo ano em que a pronunciou, estar disposto a iniciar uma guerra, com a finalidade de destituir Fidel Castro, quando mandou invadir a Baía dos Porcos, em Cuba.
Quantas palavras belas saem da boca para fora de tantos e tantos estadistas, de tantos e tantos políticos, por esse mundo fora, e que, mais tarde ou mais cedo, se vem a constatar que não passam de palavras hipócritas para enganar o povo?
Quantos sorrisos belos estão estampados na cara de tantos e tantos estadistas, de tantos e tantos políticos, por esse mundo fora, e que, mais tarde ou mais cedo, se vem a constatar que não passam de sorrisos hipócritas para ficar bem na fotografia?
Depois de Nagasaki e Hiroshima, quantas guerras se travaram, onde morreram demasiados inocentes, só porque vivemos num mundo onde alguns daqueles que nele mandam são hipócritas, xenófobos, fanáticos e gananciosos?
Antes e depois de Nagasaki e Hiroshima, quantas guerras se travaram e quantas atrocidades se cometeram, em que morreram demasiados inocentes, só porque acreditam, fanaticamente, num qualquer Deus que, ironia das ironias, até dizem ser infinitamente bom e justo? 

                   

                        

      



A rosa de hiroshima, de Vinícius de Moraes
Intérprete: Ney Matogrosso

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publicado às 21:06


O dia em que mil sóis brilharam sobre a Terra

por Licínio Nunes, em 06.08.12
6 de Agosto de 1945. 08:15, hora local. Para que a memória não se apague.



(Link original)

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publicado às 19:43


In Memoriam

por Ariel, em 06.08.12

 

Faleceu ontem a grande  Chavela Vargas. "No volveré" é a minha canção favorita, naquela voz está tudo, emoção, paixão, sofrimento e redenção. 

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publicado às 10:08


Bachianas brasileiras nº 8, de Heitor Villa-Lobos

por António Filipe, em 06.08.12

A data de 6 de Agosto não é apenas recordada pelo lançamento da 1ª bomba atómica… Com menos estrondo e com o contrário efeito de contribuir para o bem-estar da humanidade, Heitor Villa-Lobos, um dos mais significativos músicos e o mais importante dos “clássicos” brasileiros, estreou em Roma a sua obra-prima, precisamente 3 anos após a bomba de Hiroshima.
Villa-Lobos, filho de família de elevada classe social, teve que vender os livros raros que ficaram da morte prematura do pai para cumprir o sonho da sua vida: estudar o folclore das diversas regiões do Brasil e, a partir dessa influência, criar um particular estilo de música erudita. Percorreu durante anos o interior brasileiro, na mais íntima convivência com o povo e a sua música.
Teve depois sucesso na Europa – mas regressou ao Brasil, para terminar a obra que se tinha proposto. E fazia assim a síntese dos seus estudos musicais:
o meu primeiro livro foi o mapa do Brasil, o Brasil que eu palmilhei, cidade por cidade, estado por estado, floresta por floresta, perscrutando a alma de uma terra”.
A mais conhecida obra de Villa-Lobos, as Bachianas Brasileiras, resulta das peregrinações pelo interior do país e de ter constatado a semelhança de modulações e contracantos do folclore indígena com a música de Bach.

*Texto de António Leal Salvado

 


Catira batida, de Bachianas brasileiras nº 8, de Heitor Villa-Lobos
Maestro: Heitor Villa-Lobos

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publicado às 00:01


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