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"Nós não sabíamos..."
Este é um filme de culto, por excelência. Filme de actores, com algumas das maiores estrelas de Hollywood da época a desempenharem pequenos papéis secundários. No entanto, são os dois monstros sagrados, Spencer Tracy e Marlene Dietrich que, de alguma forma, o definem, sobretudo naquela cena a partir dos 1:50:00. Relatando alguns dos fait divers da rodagem, Spencer Tracy contou como a Dietrich esteve impossível durante aquele período, mais impossível do que o costume. E tudo por causa daquela frase, que escolhi para título.
Marlene Dietrich emigrou para Hollywood, por motivos profissionais, mas também por não querer viver sob o regime nazi. Depois, envolveu-se no esforço de guerra com mais profundidade (incluindo o assumir de riscos físicos), do que a maioria dos seus colegas. Ela sabia como aquelas frases que proferia eram falsas. "Nós não sabíamos..."? O tanas e o badanas! É claro que a vasta maioria dos alemães não conhecia os detalhes sórdidos, e a profundidade do monstro que eles próprios tinham criado. Mas sabiam, por exemplo, como os seus vizinhos e conhecidos de origem judaica, tinham desaparecido da vista, e como os filmes de propaganda de Goebels os representavam em "campos de trabalho", de condições austeras mas dignas e, inclusive, com acesso a bens de consumo de que eles próprios estavam privados há anos. A Dietrich sabia bem como os seus próprios compatriotas sabiam.
Vamos repetir a pergunta no presente: o que é que nós próprios, enquanto Povo, não sabíamos, quando elegemos o nosso desgoverno actual? Não conhecíamos a profundidade da loucura neo-liberal, certo; não imaginávamos a profundidade cósmica das nossas trindades rascas, é correcto. Tirando isso, sabíamos perfeitamente o que estávamos a fazer. Estávamos a golpear.
O António Pinho Vargas escreveu algo importante, aqui há algumas semanas, na sua própria página do Facebook, e vou citar de memória. Ele escreveu como, vivendo numa democracia de intensidade mínima, os poucos graus de liberdade que nos restam, nos levam a golpear e a "pôr estes fora", ignorando que, num estado profundamente clientelar, isso equivale também a "pôr os outros dentro". A resposta certa, obviamente, consiste em quebrar a natureza clientelar do Estado Português. O problema é que isso, ninguém o vai fazer por nós e não parece que qualquer auxílio externo esteja no horizonte.
Dum ponto de vista histórico, "Julgamento em Nuremberga", retrata o último dos julgamentos políticos do nazismo, o "Julgamento dos Juízes". Coincidiu com o primeiro bloqueio terrestre do Exército Vermelho aos acessos por estrada a Berlim e com a primeira ponte aérea da Guerra Fria. Era politicamente essencial que a população germânica sentisse que "pertencia" a um dos lados do conflito que se desenhava; a desculpabilização colectiva, consubstanciada no "...nós não sabíamos...", teve a sua oportunidade histórica. O juiz Hayward não esteve pelos ajustes, mas isso quem quiser saber que veja o filme.
Sem a necessidade geo-política de fazer uma ponte aérea para as Berlengas, o nosso futuro colectivo fica nas nossas mãos. O que é que, de realmente importante, nós ainda não sabemos?
Na noite de 2 para 3 de Agosto de 2006, morreu durante o sono, em sua casa, na aldeia de Schruns, na Áustria, a soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf. Tinha nascido a 9 de Dezembro de 1915, em Jarotschin, na Prússia (hoje, parte da Polónia). Foi uma das principais sopranos do período pós-Guerra, alvo de grande admiração pelas suas interpretações de Mozart, Strauss e Hugo Wolf. Schwarzkopf, desde cedo, mostrou interesse pela música. A primeira participação numa ópera aconteceu em 1928, como Eurídice, numa encenação escolar de Orfeo e Eurídice, de Gluck, em Magdeburg, na Alemanha. Teve a sua estreia profissional na Ópera Estatal de Berlim, no dia 15 de Abril de 1938, como a Segunda Donzela no 2º Acto da ópera Parsifal, de Richard Wagner.
Elisabeth Schwarzkopf cantou em Berlim durante quatro anos, durante os quais se tornou membro do Partido Nazi (uma decisão que levou ao boicote dos seus espectáculos nos EUA por vários anos). Contudo, foi sempre bem-vinda e aclamada noutros países. Em 1942, juntou-se à Ópera Estatal de Viena, onde interpretou, entre outros, Konstanze em O Rapto do Serralho de Mozart, Mimi em La Bohème de Puccini e Violetta em La Traviata de Giuseppe Verdi.
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