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(desconheço o autor; recebido via G+ de Afonso Barata)
Há muitos anos, num típico Reino distante, o Rei mandou contratar um Sábio para entreter o seu povo, mandando construir um palco na praça principal.
O Sábio depressa se tornou numa referência para o povo, não só ensinando, mas também entretendo. A praça enchia-se a qualquer hora para ver e ouvir o Sábio, que trazia novidades do Reino e de outras províncias distantes, informava sobre todos os assuntos pertinentes e entretinha como ninguém.
O Rei, já velho e perto da morte, via o Sábio como uma forma de manter o povo sereno, e, pensando no seu sucessor, decidiu contratar outro Sábio. Mandou montar outro palco ao lado do primeiro, um pouco mais pequeno, e ordenou ao novo Sábio que desse a conhecer ao povo outros assuntos que o primeiro não dominava, como as artes, a cultura ou a actividade física.
Quando o Rei morreu, fez-se a sucessão, e o novo Rei não largava o palco do primeiro Sábio, dando ele próprio as informações sobre o Reino ao povo. Passado uns anos, os nobres da corte resolveram afastar o novo Rei, mandando-o para o exílio, e tomaram conta do Reino e dos palcos dos dois Sábios, explorando ao máximo a visibilidade que aquele lugar permitia.
Os novos governantes, fascinados com o poder dos Sábios, mandaram construir mais dois palcos, deixando-os para dois outros Sábios, um enviado pela Nobreza e outro pelo Clero. O povo, já um pouco saturado dos dois Sábios anteriores, começou a frequentar os novos palcos, deixando assim os antigos às moscas. O Sábio mais velho, receando a morte, decidiu imitar os dois novos opositores, e com isso conseguiu recuperar alguns dos seus fiéis, mas o Sábio mais novo, que permanecia interessado na cultura, na arte e no desenvolvimento cívico, começou a pregar para as próprias moscas.
Com o enriquecimento dos restantes nobres, outros palcos foram montados numa zona mais afastada da praça principal, e vieram Sábios de todo o mundo, para enriquecer a cultura do povo, a troco de dinheiro.
Num dia, após uma discussão acesa com os seus conselheiros, o governante ordenou a um dos seus ministros que apurasse quantas pessoas assistiam às prestações dos Sábios, e o resultado não foi muito agradável. Os dois primeiros, pagos pelo Governo, não tinham afluência necessária para serem influentes no Reino. Então, o governante mandou fazer umas alterações nos quatro palcos da praça, às quais chamou de TDT, mas ninguém percebeu o motivo.
Após meses de obras, os quatro palcos brilhavam, cheios de novas engenhocas, e davam um ar moderno ao Reino. Pouco depois de estrearem os novos palcos, os dois primeiros Sábios tiveram uma desagradável surpresa. No primeiro palco ergueu-se uma jaula que prendeu o Sábio mais velho. Surpreendido, o mais novo olhava para o velho companheiro, temendo o que lhe poderia acontecer. Enquanto isso, cai uma corda de forca sobre o segundo palco, penetrando a cabeça do Sábio Nº2. Os outros dois Sábios, o Nº3 e o Nº4, olhavam bastante assustados, mas continuaram a sua pregação, com receio de represálias por parte dos governantes.
No momento em que escrevo isto, o Primeiro Sábio continua na jaula, enquanto vários mercadores, do Reino e de fora, vão licitando o Sábio, que se tornou assim num escravo, à espera do próximo dono. O mais novo não teve tanta sorte. Continua com a corda ao pescoço, chorando desalmadamente, esperando que tudo não passe de um sonho. Em todos os contos e mitologias, há sempre um salvador de último minuto, que liberta o escravo e corta a corda, mas desta vez não acontecerá nada disso, pois já está escrito no oráculo que a venda de um e a morte do outro são garantidas.
No dia 31 de Agosto de 1945 nasceu em Iafo, Tel Aviv, o violinista e maestro israelita Itzhak Perlman, considerado um dos maiores violinistas do século XX.
Começou a mostrar interesse pelo violino, depois de ter ouvido um concerto de música clássica, na rádio. Frequentou a Academia de Música, em Tel Aviv, antes de ir para os Estados Unidos estudar na Juilliard School. Estreou-se no Carnegie Hall em 1963 e ganhou o prestigiado Concurso Leventritt, em 1964. Para além de fazer um grande número de gravações, a partir de 1970 apareceu em programas televisivos como o “Tonight Show” e “Sesame Street” e também tem actuado em várias cerimónias, na Casa Branca.
Embora nunca tenha sido publicitado como cantor, Itzhak Perlman interpretou o papel de carcereiro, numa gravação de 1981, da ópera “Tosca”, de Puccini. Em 1987, juntou-se à Orquestra Filarmónica de Israel numa digressão por Varsóvia, Budapeste e alguns países de leste. Com a mesma orquestra, em 1990, apresentou-se, pela primeira vez, na Rússia, em Moscovo e Leninegrado e, em 1984, na China e na Índia.
Além da música clássica, pela qual é mais conhecido, Perlman gravou um disco de jazz com o pianista Oscar Peterson e foi solista em bandas sonoras como “A lista de Schindler” e, com o violoncelista Yo-Yo-Ma, em “Memórias de uma Geisha”.
Desde há alguns anos, Perlman também se tem dedicado à direcção de orquestra, assumindo o cargo de maestro principal convidado da Orquestra Sinfónica de Detroit. Foi consultor musical da Orquestra Sinfónica de Saint Louis, de 2002 a 2004. Em Novembro de 2007, a Filarmónica de Westchester anunciou a nomeação de Perlman como director artístico e maestro principal. Actualmente, reside em Nova Iorque, com a mulher.
O poder nasce no cano duma espingarda.
– Mao Tse Tung
O dinheiro fala...
– Provérbio anónimo americano
Conhecimento é poder.
– Roger Bacon
Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.
Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer. Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.
Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.
A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.
Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres. E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.
Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámonos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.
A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.
A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.
Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.
Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos
Juan José Millas (escritor espanhol)
michael nyman - the heart asks pleasure first (the piano 1993)
Conhecemos-nos no negócio. O dele, claro.
Wennes tinha 24 anos, a idade precisamente a meio entre as dos meus dois filhos mais velhos. Vendia cigarros, pastilhas e 'balas'. A mim, interessavam-me apenas cigarros, por causa daquela particularidade mórbida das fotografias desencorajadoras do vício, estampadas em grande no maço. Mas não me faltou nem um só dia - nem eu passei um único encontro sem lhe fazer uma compra com cláusula de entrega ao domicílio: comprava-lhe as 'balas' que logo em simultâneo lhe confiava para que ele as levasse ao garoto que me tinha dado a conhecer. É que em casa de Wennes havia um menino especial; tinha, para além de uma menina e um outro rapaz, um filho doente - que conheci pelo relato do infeliz parto de que resultou ter ficado "meio besta", no dizer do pai (carinhoso, emocionadamente carinhoso, ainda assim). E como se chamava o menino? Wennes explicou, com cuidado pormenor.
Gente pobre estava habituada a conformar-se com o que viesse. No hospital público, nem a classificação de parto de risco contrariava essa baixa expectativa: parto difícil era mesmo para esperar tudo - seria o que tivesse de ser. A amedrontada mulher contava com o conforto habitual, a Senhora da Boa Hora ou uma outra qualquer Senhora, já que a pobre parturiente não invocava instintivamente uma protectora predilecta.
O médico, atencioso e a transpirar bonomia, falou-lhe da Senhora de Fátima. Era português, está visto. O tempo de administração do soro foi asado a deleitar a mulher com a devoção dos crentes da Virgem dos pastorinhos. Se nascesse menina, havia de chamar-se Fátima - Maria de Fátima, para seguir à risca o guião do bondoso doutor.
Mas foi um rapagão que nasceu na hora afinal breve e afortunada. Havia de ter o nome do doutor que tanta esperança e tão boa sorte tinha trazido àquele transe que à partida se afigurara problemático.
Ao oitavo dia, quando acabou de arrumar as poucas roupas que a acompanharam ao hospital e fez as gratas despedidas do pessoal da enfermagem, não lhe souberam dizer logo como se chamava o doutor. Pois se ela não explicava direito quem tinha sido o parteiro! Durante aquela semana, o menino ganhara o 'nome' de Português - mas era evidente que semelhante nome não era nome de verdade, ainda para mais para uma criança com tão bem-aventurada personalidade, tal era já a aura daquela criatura de cheias bochechas, cores a vender saúde e sossegadas e longas noites.
Português era, afinal, a chave: o médico que ninguém sabia identificar pelas pistas vagas que ela sugeria (era o doutor "bonito e bom"...) não era nem mais nem menos que o médico português, o único clínico de lusa origem. "O Enes!" - exclamou o internista de serviço, com o espanto de ser tão rotunda falha o tempo que tinham perdido em busca da identidade da misteriosa e importante personagem.
"O Enes!". Abençoado grito que o doutor, o colega, tinha atirado à falta de perspicácia daquele pessoal distraído. "O Enes", inspirador benemérito daquele primeiro grito de viver, insistiu-se em sussurros no ouvido da feliz mãe, na corrida imediata e breve até ao registo civil. Wennes - ficou a chamar-se a criança. O dócil e bom amigo que 24 anos depois eu ganhei na praia.
Não percebi logo porque me contou a origem do seu próprio nome para me dizer como se chamava o filho - o menino a quem eu mandava diariamente os rebuçados. Fez-se-me luz quando, logo de seguida, Wennes me disse os nomes dos seus três meninos: Wemerson, Wanderson e Maria de Fátima.
Porquê pá?
Wennes recuou assim uma geração para me dizer, explicadinhos, os nomes dos filhos. Era homem dado às elucubrações gramaticais, pronto. Compreendi melhor, por isso, a curiosidade que me disparou logo que o fio da conversa lho permitiu:
- Vocês, os portugueses falam tanta vez o 'pá'...!
Dei-lhe a explicação que tenho para mim: 'pá' será porventura a abreviatura de 'rapaz'; nós teremos começado por dizer "anda cá, rapaz" ou "cuidado, rapaz" - e o tempo se terá encarregado de mostrar a facilidade de "anda cá, pá" e "cuidado, pá".
- Ah! Nós aqui no Brasil diz "cuidado cara!".
Nessa tarde despediu-se com um sonoro "até amanhã, pá". Eu tive o cuidado de retribuir adequadamente: "até mais ver, pá"!
No dia seguinte Wennes foi breve de conversa. Explicou que tinha um negócio a tratar com dois 'pás' seus amigos - e partiu quase de seguida, justificando que estava um 'pá' à espera dele.
Ainda hoje, a dez anos de lembranças, não sei qual de nós dois enriqueceu mais o seu conhecimento da língua mátria.
No dia 30 de Agosto de 1585 morreu Andrea Gabrieli, compositor e organista italiano, do período da alta renascença.
Poucos detalhes são conhecidos sobre os primeiros anos da sua vida. Provavelmente, nasceu em Veneza, na paróquia de S. Geremia e passou os primeiros anos da década de 1550, em Verona. Entre 1555 e 1557 foi organista em Cannaregio. Em 1562 foi para a Alemanha, onde visitou Frankfurt am Main e Munique. Durante essa estadia encontrou e tornou-se amigo de Orlando de Lassos, um dos compositores mais famosos da Renascença. Esta relação musical foi benéfica para ambos os compositores. Em 1566, Andrea Gabrieli foi escolhido para o posto de organista da igreja de S. Marcos, um dos mais prestigiados cargos musicais no norte de Itália.
Os seus deveres em S. Marcos também incluíam composição, escrevendo música para cerimónias oficias, algumas das quais com grande interesse histórico. Nos últimos anos de vida foi professor de alguns músicos importantes, entre os quais, o seu sobrinho Giovanni Gabrieli, que veio a ser mais popular do que o próprio Andrea. As circunstâncias e data da morte de Andrea Gabrieli, só foram conhecidas em 1980, quando o registo foi encontrado. Com data de 30 de Agosto de 1585, inclui uma nota onde se lê que “tinha cerca de 52 anos”.
Já há algum tempo que não se apresentam por aqui os novos autores da pegada. E, porque este não fez mais nada a semana toda que não apresentar-se, também não será hoje. (Não) Falo, claro, da popstar, do mais-que-tudo dessa artista da letra ao molho e fé em deus. Bem-vindo à pegada, Fernando André Silva. Deixo-te com umas palavras inspiradoras da tua musa: "Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir."
"[A dívida] é pública, no sentido em que é do conhecimento público; é pública, no sentido em que foi contraída pelos poderes públicos. Não foi contraída no interesse público, logo, é odiosa."
No dia 29 de Agosto de 1972 morreu o compositor, maestro, teórico musical e professor francês René Leibowitz. Tinha nascido em Varsóvia no dia 17 de Fevereiro de 1913. Com 5 anos começou a estudar violino. A partir dos 9 anos começou a dar recitais de violino em Varsóvia, Praga, Viena e Berlim, mas, aos 13 anos, o pai decidiu acabar com a sua prematura carreira, já que queria que o filho tivesse uma vida normal e não a de um menino-prodígio. Mas nem por isso o interesse de Leibowitz pela música diminuiu. Continuou a praticar diariamente e começou a dirigir quando jovem estudante, em Berlim.
No início dos anos 30, do séc. XX Leibowitz mudou-se para Paris, onde estudou composição com Maurice Ravel, Schoenberg e Webern e direcção de orquestra com Pierre Monteux. Em 1937 estreou-se como maestro com a Orquestra de Câmara da Radiodifusão Francesa, na Europa e nos Estados Unidos. Em 1944 foi professor de composição e direcção de orquestra.
Muitas das obras da Segunda Escola de Viena foram ouvidas primeiramente em França, no Festival Internacional de Música de Câmara, organizado por Leibowitz, em Paris, em 1947. Leibowitz teve uma enorme influência no estabelecimento da reputação da Segunda Escola de Viena quer através da sua actividade como professor em Paris, depois da 2ª guerra mundial, quer através do seu livro “Schoenberg e a sua Escola”, publicado em 1947.
Como maestro, Leibowitz participou em muitos projectos de gravação. Um dos mais notáveis e conhecidos é o conjunto das sinfonias de Beethoven gravadas para o Reader’s Digest. Foram as primeiras a serem gravadas, seguindo as marcas originais do metrónomo, feitas por Beethoven. Ao escolher esta abordagem Leibowitz foi influenciado pelo seu colega e amigo Rudolf Kolisch. Além destas, fez muitas outras gravações para o Reader’s Digest.
Abertura Leonore nº 3, de Beethoven
Royal Philharmonic Orchestra
Maestro: René Leibowitz
"... é uma puta. Não tem instintos maternais e só não engravida porque não quer. Já gastou quase cinco mil euros em tratamentos de fertilidade e já fizeram exames e o caralho e quer a cabra quer o corno do marido têm as merdas todas no sítio. E fodem que nem coelhos, sempre um em cima do outro. E aqueles sorrisinhos de felicidade da treta? Lérias, porra! Puta de merda! Epá, ela é muito minha amiga. Mas fica-lhe tão mal obrigar-me a dizer-vos estas coisas. Mas é para que saibam quem é essa gaja que se diz vossa amiga. Essa gaja não engravida porque não quer! E a culpa da puta da merda da relação é toda dela! Ele queria comprar um labrador mas a menina queria implantes. Cabra!"
[e o monólogo continua, sem respirar. Na mesa atrás de mim. Aqui, na da direita, a coisa também está animada. Vou poupar-me. E a vocês.]
Cheguei a um ponto em que já nem sequer peço, a alguns dos meus amigos, para me ajudarem na luta contra estas políticas da destruição do nosso país. Felizmente, são só alguns (poucos).
Já me dou por satisfeito se, pelo menos, constatarem que o país está a passar um dos piores momentos desde o 25 de Abril.
Alguns nem sequer acreditam que a crise existe. Talvez porque não a sintam. Mas negar que o número de pessoas pobres e a viver em condições miseráveis é cada vez maior e está a aumentar a passos largos é, para mim, o cúmulo do egoísmo e só demonstra uma profunda falta de informação. E, pior, afirmar que a culpa das pessoas serem pobres é delas próprias é, para mim, o cúmulo da indiferença e da falta de solidariedade. E, pior ainda, terem o desplante de afirmar que a culpa da crise (a tal em que eles nem sequer acreditam!), é das minorias, como ciganos, ucranianos, pretos, beneficiários do RSI e de outros subsídios, enfim, de todos os que não sejam da sua raça ou que tenham um modo de vida diferente é, para mim, o cúmulo da ignorância. Vem-me à memória um fulano chamado Adolf Hitler.
E, depois, não querem que eu me irrite!
Mas, como já disse, felizmente, esses amigos estão em minoria. Não lhes desejando isso, por vezes, imagino o que pensariam se, um dia, estivessem na mó de baixo.
Sinto-me bem ao sentir e verificar que a grande maioria dos meus amigos têm visão suficiente para constatarem a realidade do país e até fazerem o que podem para mudar este estado de coisas.
Que o grande Zeca Afonso nos sirva de modelo.
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