Não ponho em dúvida o relato, mas não acredito na sinceridade de quem proferiu a afirmação. E não estou isolado nesta apreciação, pois de há muito se sabe que a estratégia de Passos Coelho passava por concentrar a austeridade nos dois ou três primeiros anos da legislatura para ganhar folga que lhe permitisse abrir os cordões à bolsa na véspera das próximas eleições legislativas. Ao fazer aquela afirmação, onde demonstra mais uma vez que é perito no uso do calão, Passos/Coelho, ou está a fazer mais um número de circo, ou então é porque já nem ele próprio acredita que a política de austeridade a tudo o custo tenha saída.
Só que, sendo assim, deveria dirigir aos deputados um discurso bem diferente. Por exemplo : "Companheiros, "lixei" o meu pais". Dando-se o caso de não querer arcar sozinho com as responsabilidades poderia, aliás a justo título, optar por um discurso mais mais elaborado e, porventura mais de acordo com a realidade histórica. Algo como isto: "Companheiros,"lixámos" o país, ao votarmos contra o PEC IV, com o pretexto de não ser admissível o aumento da carga fiscal e dos sacrifícios, tal a era ânsia de chegarmos ao "pote". Alcançado este, passámos a justificar todos os aumentos e todos os sacrifícios impostos sobre a maioria da população. Espero que consigam viver de boa consciência com tamanha hipocrisia. Pela minha parte, como se tem visto, cá me vou aguentando. Bem."
Não, não. Eu quero dizer: Eu estou mais magro porque tenho feito dieta, é porque não quero ficar barrigudo, é só isso. Eu estou muito bem de saúde e, melhor do que isso, estou muito certo do caminho que quero seguir. PPC
Empresa de amigo de Vítor Gaspar contratada para assessorar privatização da EDP e da REN
Assim se fazem as cousas
"A contratação da firma norte-americana esteve desde o início envolta em polémica. Não só por se tratar de uma empresa, alegadamente, sem experiência em privatizações e sem historial de conhecimento da área da energia, mas também porque o seu nome foi posto em cima da mesa pelo ministro das Finanças", escreve o Público. "E já depois de ter sido elaborada uma lista restrita, com nomes de assessores financeiros, que não incluía a Perella. A exclusão dos candidatos portugueses, como o BESI (que seria contratado pelos grupos que venceram as duas privatizações), o BCP e estrangeiros, levou alguns deles a questionar a opção governamental." (1)
Mestre Gil viveu com 500 anos de avanço ou era já a mesma a cartilha da astuta e ambiciosa Inês Pereira? “Assim se fazem as cousas...”.
Zangam-se as comadres…
“Terá sido o próprio ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a dar indicações à Caixa Geral de Depósitos para subcontratar a empresa Perella Weinberger Partners para assessorar o Estado na venda da EDP e da REN. A notícia vem hoje no jornal Público e conta que os administradores da Caixa Geral de Depósitos António Nogueira Leite e Nuno Fernandes Thomaz manifestaram a sua discordância com todo o processo, que está a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).” (1) o Ministério Público fez buscas, no âmbito da operação Monte Branco, à Caixa BI, Parpública e BESI por “suspeita da prática de crimes de fraude fiscal qualificada, tráfico de influências, corrupção e abuso de informação privilegiada”.
O país normalmente entrava a banhos durante o mês de Agosto, altura em que a generalidade da classe política e a maioria da chamada “beautiful people” rumava ao Algarve ou a estâncias mais chiques. Por essa altura tínhamos todos a sensação de que não se passava nada porque os “doers” (novilíngua coelhista para designar gente empreendedora) deste cantinho à beira mar plantado se encontravam com os pezinhos na água. Este ano, por uma qualquer misteriosa razão, presumo que o pessoal se meteu a banhos mais cedo, digo eu. Se não vejamos: há suspeitas graves no processo de privatização da REN e da EDP, aparecem umas notícias delambidas nos jornais e não se fala mais nisso; há notícias de luvas e outras “never ending stories” no processo do BPN, mas isso a gente já está habituada, não vale a pena esfalfarmo-nos sempre com o mesmo assunto; o país arde que nem uma tocha e aquilo que anteriormente era o resultado simples de “incompetência do ministro da tutela”, agora tudo se resume ao nosso triste fado, já se sabe que nos verões há incêndios uns anos pior outros melhor, como Deus quer... Não vejo indignação, não vejo estridências, não vejo pedidos de demissão. Está tudo cansado, o governo de governar, a oposição de oposicionar, os cidadãos exaustos de os verem cansados. Vamos, todos, ter um lindo enterro.
A Evolução O compalheiro do turbo-doudor equivalido pela cumplicidade zurrófona deu o primeiro sinal de ervoloção:
Falou hoje em inverter os termos do que há um ano engendrou com o encantador de vacas de Boliqueime.
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O Cumprimento
Há um ano, o farsola jurou que tinha uma grande equipa para, em conjunto com ela, resolverem todos os problemas - e a verdade é que eles já têm os problemas resolvidos. Nós é que não resolvemos os nossos... Culpa nossa, que não somos capazes de lhes ditar a eles a solução que eles nos ditaram a nós: "vão morrer longe".
No dia 24 de Julho de 1803 nasceu em Paris o compositor e crítico musical francês Adolphe Adam, que escreveu 40 óperas, 14 ballets, inúmeras operetas e vaudevilles. Filho de um professor de música do Conservatório, quando criança, preferia improvisar em vez de estudar música a sério. Iniciou os estudos musicais no internato e entrou no Conservatório em 1821, estudando órgão e harmónio. O pai nunca o encorajou a seguir uma carreira musical. Foi a sua amizade com um dos alunos do pai, Ferdinand Hérold, que o influenciou a desejar ser compositor, especificamente para o teatro. Aos 20 anos, já escrevia canções para as casas de vaudeville de Paris e tocava na orquestra do Gymnase, onde mais tarde se tornaria mestre do coro. Adam investiu o seu próprio dinheiro e fez grandes empréstimos para abrir uma terceira casa de ópera em Paris. Em 1847 abriu o Théâtre National, como palco para jovens compositores. Devido à Revolução teve que ser fechado no ano seguinte, deixando Adam com grandes dívidas. Dedicou-se ao jornalismo para ganhar algum dinheiro. Em 1849 tornou-se Professor de Composição no Conservatório, enquanto continuava a compor. Eventualmente, à custa de muito trabalho e da própria saúde, conseguiu pagar todas as suas dívidas. Adolphe Adam morreu no dia 3 de Maio de 1856, em Paris.
“Variação de Giselle”, do 2º acto do bailado “Giselle”, de Adolphe Adam Bailarina: Natalia Bessmertnova Orquestra do Ballet do Teatro de Boshoi Maestro: Agis Zhuraitis