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Deixo o vídeo. As palavras do David Caetano terão de ir lê-las ao Katano.
Devem ir lê-las. Pela memória e contra o branqueameto do fascismo.
Até há bem pouco tempo pensava que o Surrealismo se resumia às artes plásticas, estendendo-se ainda até ao teatro, à literatura e ao cinema. Mas não. Afinal este movimento pode ser aplicado também à política, e com razão. Segundo os surrealistas, "a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos". Convenhamos que os nossos políticos de artistas têm e muito.
Segundo a TSF, "a DECO suspeita que o Governo pretenda aplicar multas entre 75 e 2000 euros aos consumidores que não peçam fatura no âmbito da medida que permite deduzir no IRS parte do IVA suportado na compra de alguns bens e serviços".
Eu pergunto: Tenho de andar com a pastinha das faturas sempre debaixo do braço? A das cuecas que estou a usar também? É que posso até não gostar de usar roupa interior...eles vão lá comprovar?
Para a real puta que os pariu a todos. Como disse o secretário-geral da DECO e muito bem, somos cidadãos não somos fiscais do Governo.
Para António José Saraiva, um homem que disse "NÃO!
Nota: a dedicatória não é uma provocação barata, é um facto que me é caro.
Faz hoje dois anos, seis meses e vinte e oito dias que não vejo o teu sorriso. Faz hoje dois anos, seis meses e vinte e oito dias que te arrancaram deste mundo...levaram-te. Levaram-te daqui mas não te arrancaram de mim. Tenho em mim o teu cheiro, o teu abraço e principalmente o teu mau feitio. Esse ficou enraizado no mais profundo do meu ser. E o orgulho que eu tenho de ser como tu.
Hoje fazias...não! Hoje fazes 63 anos. Tenho tanto para te dizer, tanto para contar, mas não sei como. Dizem-me para te rezar. Mas eu não quero. Primeiro porque acho que não ias gostar, depois porque eu não quero rezar. Quero falar contigo. Quero sentar-me no teu colo e dizer-te as coisas. As minhas coisas. As coisas da tua neta que parece o avô escarrado. Também a ela lhe calhou em herança o mau feitio...e que bom uso lhe dá.
Tenho saudades dos dias em que acordavas, tarde e a más horas, e não dirigias a palavra a ninguém. Acordavas e simplesmente esticavas o braço, com o prato na mão, para que te servissem o almoço. Nesses dias ninguém olhava para ti sequer. Tenho saudades dos dias em que choravas a rir com uma piada qualquer sem graça...e choravas tanto que te engasgavas a rir. A tua neta também é assim. Tenho saudades da tua covinha no queixo...que orgulho tu tinhas nela. Era a tua imagem de marca. Lembro-me que quando a "tua menina" nasceu, perguntaste se ela a tinha. Que felicidade quando ouviste um sim. Tenho saudades da tua paixão pelos comboios. Sempre amaste aquilo que fazias. Que secas me pregaste com esse amor todo pelas locomotivas. Se tu gostavas, todos em volta tinham de gostar. E os bombeiros? Credo! Outro amor teu desde pequeno. E nós ouviamos-te, às vezes. Outras vezes abanávamos a cabeça para ficares contente. Tenho saudades da forma como pedias desculpa. Nunca foste capaz de o dizer com todas as letras. Chegavas e mordias-me a orelha. E eu fingia que não achava graça.
Desculpa Papá se não te dei a mão na hora da partida. Fugi. Fui cobarde. Recusei-me a despedir-me da Minha Pai...lembras-te?. Acho que sou como a "tua menina". Ela acha que se não se despedir das pessoas elas não vão embora. Mas tu foste. Eu fiquei. Mais triste, mais pobre, mais dura, mais frágil...menos menina.
Não há um só dia que não me lembre de ti. Hoje sei que estarias em pulgas para abrir o postal que todos os anos te mandava. "É a única que o faz" dizias tu. Amo-te. Amo-te até à profundeza das minhas entranhas. Minha Pai...
Se é comum ao quotidiano de cada homem não agradar a todos, já as atitudes que não agradam a ninguém provocam sempre um soluço de hesitação a quem ousa (ou se atreve) a assumi-las. Não sei se José Hermano Saraiva alguma vez se sentiu ou mais objetivamente agiu, enquanto ministro da ditadura, de modo a não agradar a ninguém. Não sei se, como o ouvi dizer certa vez e como os seus próximos por outras vezes proclamaram, o Dr. Saraiva esteve na posição de não agradar a nenhuma das partes – o(s) governante(s) ditador(es) e os governados oprimidos – mas eu corro hoje, a propósito da morte dele, o risco dessa atitude.
Segui atentamente a vida de José Hermano Saraiva – porque ele era quase meu conterrâneo, porque era uma personagem notória e exuberante quando passava um mês de verão na “vila perfumada” em que cresci, porque foi ministro do Estado Novo e na época mais marcante da minha geração e da minha própria história pessoal, porque me aguçava a curiosidade intelectual uma estranha coexistência de abissais diferenças e enigmáticas proximidades entre ele e seu irmão António José, este portador de um pensamento que não raras vezes me fascinou. Por essa convocatória a que a minha atenção não resistiu, muitas vezes falei dele, o citei e o contraditei – e sempre, invariavelmente, sem esconder que se tratava de uma personalidade e de uma pessoa a quem eu não votava concordância.
Algumas vezes, se não é mais exato dizer que foram muitas, a minha opinião sobre a vida e obra do Prof. José Hermano Saraiva se fundamentou nos factos que o meu especial amigo e companheiro Rogério da Costa Pereira tão eloquentemente escreve em “Hoje, a memória e a morte” e "Não, Alberto, tiveste de esperar cinco anos". E em muitos outros ensejos me exprimi sobre substância que certamente ao Dr. José Saraiva não agradaria ouvir se as ouvisse – fosse a propósito de algumas fraturantes teses historiográficas que ele defendeu, fosse pelas posições políticas que sobressaíam da sua vida pública, fosse ainda por razões que são mais de ordem psicossocial e que no presente contexto são minudências espúrias. Tendo conhecido os seus filhos e convivido com figuras gradas da minha terra que tinham diversas proximidades ao advogado-professor-ministro, não me coibi de pensar dele – da sua obra, claro – o que pensava como cidadão e só o meu humilde patamar me acautelou reserva nos domínios científico e intelectual, se alguma vez a acautelei.
O porém que me leva a escrever esta crónica suscita-se-me pela força da que foi, precisamente, a dileta matéria do Professor e quiçá a menos importante das minhas divergências com ele: a História. A História, esse arquivo plano e inexorável do tempo vivido e por viver, é o que me leva a distanciar-me hoje do que sentem, pensam e escrevem aqueles que normalmente estão mais perto da minha linha de pensar. A História que no exato dia de hoje começou – apenas começou – a redigir o veredito sobre quem é José Hermano Saraiva, esse juiz incomparável, insubstituível e inexorável, começa hoje a fazer de José Hermano Saraiva aquilo que ele é, aquilo que de verdadeiramente essencial foi a sua vida e aquilo de objetivamente verdadeiro fica da sua passagem por este “vale de lágrimas”. A História e o que é seu substrato fundamentante e único: o tempo. A História e o tempo terminam e simultaneamente começam, de verdade, no dia em que um homem “deixa de ser visto”, como bem nos descobriu Fernando Pessoa. Esse dia, o dia da morte, é hoje. Esse fogacho em que um homem perde tudo menos tudo aquilo que na verdade e eternamente é, soa-me a mim um dia grave, solene e de silêncio curvado. Refira-se a quem se referir.
A morte é um fenómeno doloroso, ontológica e fundamentalmente doloroso por sobre a condição humana. E independentemente de qualquer balanço entre o advogado brilhante e comunicador genial, de um lado, e o académico controverso e colaborador da opressão, por outro, hoje é o dia da morte para um homem, homem como nós. Não é, seguramente, o momento para se acertarem as contas que em vida não se teve a oportunidade – e, quem sabe?, a estatura – para se acertarem de homem para homem, de acusador para arguido, de vivo para vivo. O calor final que ainda se sente no início de um cadáver é ambiente injusto para o ódio ou mesmo o ressentimento tersar armas - porque sem a honra do duelo.
Com Drummond de Andrade, hoje encontraria a minha melhor palavra no meu melhor silêncio. Quebro-o, todavia, aqui. Essa é uma intransponível força que se me impõe, a mim, jovem maltratado outrora e homem estruturado depois, em cima de valores de uma esquerda que quem puder ser intelectualmente honesto e justo não poderá afirmar com absoluta certeza que esteja em tudo no outro extremo do diâmetro em que por ora vejo José Hermano Saraiva. Vejo-o, vi-o sempre, postado na direita contra que determinei quase toda a minha vida. Mas, para mim, não me basta que haja “alguns aspetos” em que a esquerda é diferente. Ela é, em tudo, diferente. Soubesse eu se existe a Alma e não deixaria de votar Paz a esta por que(m) hoje falo.
No dia 21 de Julho de 1920 nasceu em Kremenetz, na Ucrânia, o violinista Isaac Stern.
Foi levado para San Francisco com menos de um ano – e foi naquela cidade americana que fez toda a sua aprendizagem musical. Deu o seu primeiro concerto com orquestra aos 11 anos e aos 23 teve um estrondoso sucesso no mais faustoso e exigente palco dos Estados Unidos, o Carnegie Hall. Foi mesmo, durante muitos anos, presidente do Carnegie Hall.
Virtuoso deslumbrante, trabalhador incansável da arte do violino, Isaac Stern emprestou a sua técnica e sensibilidade musical incomparáveis a quase todos os grandes compositores da grande música. Gravou ao todo, mais de cem discos.
Mas além de extraordinário violinista, Isaac Stern foi também um cidadão de elevado sentido humanista: Ficou célebre a sua recusa de tocar com o maestro Herbert von Karajan, em virtude da simpatia nazi do célebre regente da Filarmónica de Berlim, um maestro com quem qualquer músico pagaria para tocar.
Honrando a sua ascendência judia, Stern deu, graciosamente, um memorável concerto em Jerusalém em 1967, na comemoração da paz que se seguiu à Guerra dos 6 Dias. Executou magistralmente um Concerto para Violino e Orquestra de Mendelssohn, acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Israel, sob a direcção de Leonard Bernstein. A performance, de resto, fez parte do filme “Uma Jornada em Jerusalém”.
Este prodigioso músico, que morreu em Nova Iorque a 22 de Setembro de 2001, tendo sido o único grande violinista que fez toda a sua formação na América, viu a sua condição de “cidadão do mundo” reconhecida quando o governo chinês, para assinalar a sua abertura política em 1979, o convidou expressamente para se deslocar à China e interpretar um momento histórico que ficou registado no célebre documentário “De Mao a Mozart”.
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