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Será interessante ver as primeiras páginas dos jornais de amanhã. Os editoriais, as crónicas de opinião. Não penso, de todo, que a morte de Hermano Saraiva seja fracturante. A história É e não se apaga. Mas amanhã ficaremos a saber, ainda melhor, o que realmente move os jornais portugueses. Se a verdade, se a coisa do costume. Os senhores directores não se poderão esconder atrás dos grupos económicos que controlam os jornais que dirigem.
Amanhã vai ser um dia importante para o jornalismo português. Saia o que sair, também aquelas primeiras páginas não se apagarão. Como não se apagou 69.
Não há desculpas, portanto.
"Em algum momento, ponderou não falar?
Não. Tinha de ter condições para o fazer. O que esperava era que me prendessem e espancassem, mas eu tinha de pedir a palavra. Era o meu compromisso. Mas quando entrei para a sala pensei para mim próprio: “isto não vai ter grande efeito, estou sozinho, eles vão fazer aquilo que eu estou a pensar que vão fazer, vão-me prender”. Mas entretanto entram os meus colegas que ocupam toda a sala. Recordo-me de uma fotografia do Celso em cima de um colega nosso a mandar entrar os nossos colegas. Quando vi os meus colegas na sala pensei: “a batalha está ganha”. Perante o meu pedido de palavra, o Américo Tomás disse “bom, e agora fala o ministro das Obras Públicas”. Depois prenderam-me nessa noite, à saída da AAC. Vinham com uma pistola e disseram “o senhor é o Alberto Martins? Então considere-se preso”. Levaram-me e lá fiquei até ao meio-dia do dia seguinte. Passada uma hora oiço um barulho brutal. Eram os colegas que tinham ido para a porta da PIDE a pedir a minha libertação. Foram banidos violentamente com graves agressões. No dia seguinte libertaram-me e suspenderam-me das aulas e de qualquer actividade universitária.
Depois, a academia faz greve às aulas com uma grande adesão, inclusive dos professores, e o José Hermano Saraiva afirma que “a ordem será inexoravelmente mantida na Universidade de Coimbra”, com rosto e voz ameaçadora, algo que teve uma resposta esmagadora com a greve. Depois, o governo encerra a universidade e nós decidimos fazer então a greve aos exames. Fizemos piquetes de greve, fomos espancados, presos pela Polícia Judiciária, levados a tribunal e absolvidos, acusados do crime de tumulto público que era um crime que não era exercitado em termos de acusação desde a monarquia. Em Agosto, após a greve aos exames, a AAC é encerrada e 49 de nós são incorporados compulsivamente no exército, como traidores à pátria. Coimbra, na altura, foi uma ilha de liberdade." (fonte)
Hoje morreu um salazarista convicto.
Hoje morreu um homem que foi cúmplice na perseguição, agressão e detenção, pela PIDE e pela GNR, de estudantes durante a crise académica de 69.
Hoje morreu um homem que, em 30 de Abril desse ano, ameaçou o país com as seguintes palavras "a ordem será restabelecida em Coimbra" (a ordem acabou por ser restabelecida, sim, mas no dia 25 de Abril de 1974).
Hoje morreu um homem que escreveu romances históricos.
Já chorei muitas mortes este ano.
Hoje não o farei.
Hoje morreu um homem.
Hoje não morreu a memória.
Há uma questão que me atormenta em relação a isto das facturas. Se eu pedir um café e não quiser factura, o dono do café pode bater-me até eu aceitar?
Vai para dois dias que não sei dele. Espero que esteja tudo bem. Nós (plural majestático) sem ele não somos nada. São quase sete e meia e nada... Não há para aí mais um escandalozito para a malta? Só mais um, vá lá.
A culpa é tua, sabes? Habituaste-nos mal.
Não deste aulas em nenhuma Universidade ou isso? Num Liceu? Ciclo? Primária? Creche?
Lamaze...?
Diz o homem que "a esta distância, não posso deixar de manifestar a solidariedade com as populações". Por certo que as populações nem se lembram que o fulano existe. Ou, sequer, que temos uma República com presidente. Também não faço ideia por anda o indivíduo.
Uma coisa eu sei, um Presidente da República devia estar, numa hora destas, junto do povo, não a mandar beijinhos pela televisão.
Mas isso seria coisa de um Presidente da República, daí este post ser completamente nonsense desde a primeira linha. Pior, falar do coiso e da República no mesmo texto é uma ignomínia.
My bad.
"salvar toda aquela gente...era verdadeiramente a minha intenção"
Salvou mais de 30 mil judeus do holocausto…era português…morreu na miséria (como qualquer um que queira ser herói, não pela glória, mas pela consciência – uma palavra já em desuso).
A Casa do Passal, onde viveu, localizada na Quinta de São Cristóvão, na freguesia de Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, está em ruínas…Monumento Nacional. É pena que em Portugal tenhamos memória curta (basta-nos olhar para a nossa história e para o atual estado de coisas).
“Trata -se de um palacete cuja arquitetura, de inspiração francesa, se insere no gosto das beaux-arts do segundo império, estilo característico dos finais do século XIX e que se destaca não só pelo ecletismo da arquitetura e pela imponência da fachada principal, mas principalmente pela memória do cônsul que a habitou e que sacrificou os interesses pessoais em prol dos refugiados do holocausto.”
Aristides de Sousa Mendes era Cônsul de Portugal em Bordéus, no decorrer da Segunda Grande Guerra, passou vistos a milhares de Judeus para que pudessem fugir às perseguições de que eram alvo…desafiou e desobedeceu a Salazar (ganhando a alcunha de Cônsul Desobediente) …foi o fim da sua carreira diplomática. O Anjo de Bordéus (por muitos assim designado) acabou, juntamente com a sua família, por viver o resto dos seus dias com bastantes dificuldades económicas.
Desde sempre o considero como a minha personalidade de referência. Vai contra a máxima de que um só homem não pode mudar o mundo. Pode e mudou. Façam jus ao seu nome, aos seus feitos, à sua nacionalidade.
Existe uma fundação com o seu nome que pretende recuperar a Casa do Passal, bem como criar um museu e um centro de memória ao Cônsul. Deixo o apelo a todos quantos possam dar o seu donativo, para que o nome de Aristides de Sousa Mendes não seja esquecido, bem como todos os nomes, de todos os judeus que ele salvou pondo em risco a sua própria vida e daqueles que o rodeavam.
http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com/
No dia 20 de Julho de 1920, Ernest Ansermet dirigiu a orquestra na estreia, em Londres, da Suite do bailado "A história do soldado", de Igor Stravinsky.
Originalmente, "A história do soldado" é uma obra que mistura narração, dança, pantomima, teatro e música. É baseada numa história surreal russa sobre temas folclóricos, intencionalmente tola e fantasiosa, em resposta ao caos e miséria provocados pela guerra. Conta a narrativa que um soldado comum teria negociado o seu violino com o diabo, em troca de um livro que previsse o futuro.
Stravinsky, indignado com a morte de milhões de soldados, escreveu esta obra na Suíça, país neutro e calmo, durante a primeira guerra mundial. O texto é do novelista suíço Charles-Ferdinand Ramuz, e a coreografia original foi concebida por Anna Sokolow. Esta é uma história “real” de Stravinsky, que em vez do soldado estar armado com uma espingarda, granadas, bombas, ou lanças, está armado com um violino.
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