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publicado às 22:05

«Um dos piores sintomas de desorganização social, que num povo livre se pode manifestar, é a indiferença da parte dos governados para o que diz respeito aos homens e às cousas do governo, porque, num povo livre, esses homens e essas cousas são os símbolos da actividade, das energias, da vida social, são os depositários da vontade e da soberania nacional. 
Que um povo de escravos folgue indiferente ou durma o sono solto enquanto em cima se forjam as algemas servis, enquanto sobre o seu mesmo peito, como em bigorna insensível se bate a espada que lho há-de trespassar, é triste, mas compreende-se porque esse sono é o da abjecção e da ignomínia.
Mas quando é livre esse povo, quando a paz lhe é ainda convalescença para as feridas ganhadas em defesa dessa liberdade, quando começa a ter consciência de si e da sua soberania... que então, como tomado de vertigem, desvie os olhos do norte que tanto lhe custara a avistar e deixe correr indiferente a sabor do vento e da onda o navio que tanto risco lhe dera a lançar do porto; para esse povo é como de morte este sintoma, porque é o olvido da ideia que há pouco ainda lhe custara tanto suor tinto com tanto sangue, porque é renegar da bandeira da sua fé, porque é uma nação apóstata da religião das nações - a liberdade!»


Antero de Quental, in 'Prosas da Época de Coimbra'
Pintura de Columbano Bordalo Pinheiro, Retrato de Antero de Quental (1889, Museu do Chiado, Lisboa).

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publicado às 15:47


O Cobrador-da-Farda

por joao moreira de sá, em 30.06.12
Ó Senhores das autoridades (i)responsáveis por manter a lei e ordem neste país ou pelo menos nesta terra em que habito e que dá pelo nome genérico de Azeitão embora se componha por quatro localidades de seus nomes Brejos de Azeitão, Vila Nogueira de Azeitão, Vila Fresca de Azeitão e Vendas de Azeitão,

Mas que raio de prioridades são as vossas? É facturar, assim em modos de cobrador-da-farda do estado ou de facto cumprir função, missão e, presumo, ambição pessoal, de garantir a segurança das populações?

Claro que a resposta certa é a primeira: gerar receita para o estado, que se lixe a criminalidade que diz que isso até pode ser perigoso.

Eu compreendo. O País precisa de dinheiro. Os criminosos também. Eu também. E o pessoal das forças de segurança tem que trabalhar, fazer qualquer coisa, mas coisas que não aleijem, claro. Afinal, não é para isso que se forma um Corpo de Intervenção. Um tal unidade serve, precisamente, para passar as noites de sexta e sábado a caçar perigosos prevaricadores de bares com irregularidades nos alvarás, que não só rendem ricas multas - só a minha amiga Madalena, por não ter um alvará para karaoke, apesar de ter alvará para musica ao vivo e de o "karaokista" ter alvará para o ser e ter toda a música legal, pagou 500€ de multa e depois teve que fechar e deixou de pagar impostos ao estado, mas claro que "isso agora não interessa nada" - como ainda resultam em bonitos espectáculos cénicos nocturnos, tipo flash-mob (e creio que a parte "mob" nunca me terá soado tão adequada) com laivos hollywoodescos quando vocês fazem aquela coisa de fechar as ruas com as carrinhas cheias de grades ameaçadoras (o que alguém vos devia dizer que é ilegal, talvez alguma autoridade policia... ah, não, espera... mas alguém, que vos explicasse que não se pode cercar, encurralar, prender em recinto fechado, por motivo nenhum, cidadãos que não são suspeitos de nada) e se plantam de G3 a olhar para nós, pessoas que ali estamos/estávamos a beber um copo (se calhar enquanto a nossa casa estava a ser assaltada, mas "isso agora não interessa nada).

Não que eu pense que havendo uma suposta força de elite no distrito e aparentemente com uma relação afectiva muito próxima com Azeitão, como é o caso do Corpo de Intervenção da GNR de Almada, que havendo uma PJ em Setúbal, uma PSP que conhece bem os "submundos" do distrito, que a combinação destas entidades, o trabalho em conjunto, uma decente e honesta orientação para o combate ao crime, protecção ao cidadão e, em última análise, aquilo que todos apenas queremos, a segurança, sejam mais importantes do que andar a fazer recolha fácil de fundos para o estado, na caça à multa nocturna, nas mega-magníficas operações stop em que me revistam o carro e metem lá cães, fazendo de mim um suspeito "de algo" (até que o nariz do cão e do guarda provem o contrário). 

Essa poderá continuar a ser a vossa função.

Mas assim sendo, decerto não levarão a mal que eu, e se calhar mais alguns que aos poucos se irão fartando, comecemos nós a tentar evitar que andem a explodir bancos ou a roubar cobre à hora a que vocês estão ocupados a verificar alvarás; a assaltar pessoas e lojas em plena luz do dia ou a brincar ao carjacking enquanto vocês estão a multar pessoas por não terem um colete com a norma PQP numa Mega-Fantástica-Operação-Stop. 

É que são coisas que maçam. E como vocês não estão para se maçar com coisas que maçam e eu não vos quero maçar, podiam só fazer um favor?

Uma vez que só cá vêm para chatear, podiam deixar de vir e nós começávamos a tratar da coisa?

É claro que eu não vou tratar de nada - receio que vocês não entendam uma metáfora - e nem vale a pena alertar para os perigos sociais que a vossa (não) actuação enquanto forças de Segurança e não de Cobrança geram na sociedade. Vocês - chefias e governantes - vão perceber quando começarem a ler "Justiça Popular" nas capas dos jornais.

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publicado às 12:00


Cantores e poetas de Intervenção #14 -- Os Ais, Mário Viegas

por Rogério Costa Pereira, em 30.06.12

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publicado às 11:11


Como correu a II Tertúlia OUVIR e FALAR?

por Rogério Costa Pereira, em 30.06.12

Muito bem, obrigado.

Agradeço, em nome da pegada, à centena de Tertulianos presentes que, em pleno Inverno Democrático e Meteorológico, ouviram e falaram.

Destacaria todos nomes se os soubesse, mas não posso deixar de transmitir dois agradecimentos com dedicatória. Ao Presidente da Câmara do Fundão, pela sua presença (que hoje, pela sua coragem, especialmente me honrou) e também porque nos disponibilizou o possível e o impossível em termos logísticos; e, claro, um grande bem-haja, do tamanho da alma do Fundão, ao meu Colega e Ilustre Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto (que rapou um frio de Janeiro em Junho), por nos ter honrado com a sua presença e ajudado a continuar a acreditar que, apesar de tudo, ainda é possível.

É tarde, estou cansado, e remeto, por ora, para as nossas primeiras sensações pós-Tertúlia, no sítio onde a pegada comenta: Ouvir e Falar.

PS - Um agradecimento especial a Giordano Bruno (apanhado em flagrante delito de opinião na imagem supra).

PPS - Agradeço ainda ao meu Colega e Amigo, Presidente da Delegação da Ordem dos Advogados do Fundão, Ramiro Mendes, pelo seu sentido de responsabilidade instititucional.

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publicado às 04:44

No dia 30 de Junho de 1758 nasceu, em Abrantes, o compositor português António Leal Moreira. Aos oito anos foi para o Seminário da Patriarcal, onde, com apenas dezassete anos, assume funções de ajudante-substituto do Mestre de Capela do Patriarcado, João de Sousa Carvalho. Terminados os estudos, assume o cargo de organista da Igreja da Patriarcal.
A sua grande estreia como compositor foi a missa da cerimónia de aclamação de D. Maria I, em 1777. Mais tarde assumiu as funções de Mestre de Capela da Patriarcal e de Mestre da Capela Real. Foi director do Teatro da Rua dos Condes, onde dirigiu variadíssimas obras de compositores como Paisiello e Cimarosa.
Quando foi inaugurado o Real Teatro de São Carlos, António Leal Moreira foi convidado para seu director, cargo que desempenhou até que, em 1800, cedeu o lugar a Marcos Portugal. O seu bailado 'A Felicidade Lusitana' foi estreado na inauguração daquele teatro.
O prestígio de António Leal Moreira como compositor foi também reconhecido internacionalmente. A sua ópera “O desertor francês” foi estreada em Turim e reposta no Scala de Milão. O compositor morreu em Lisboa, no dia 21 de Novembro de 1819.


Te Deum para 4 vozes, trompete, cordas e baixo contínuo, de António Leal Moreira
Agrupamento Americantiga
Maestro: Ricardo Bernardes

 

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publicado às 00:01


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