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Não deixa de ter piada que acções publicitárias em luso território sejam tratadas como acontecimentos que sucederam por mero acaso e que ao sucederem eventos do género em outros países se refira claramente que se trataram de manobras de publicidade.
Estranho tempo este em que a palavra pode significar tudo e nada em simultâneo. Um tempo em que a palavra perdeu o vigor de outrora, “Eu sou um homem de palavra”, dizê-lo, mas sê-lo também.
Porque a palavra não se limita ao que digo.
Eu sou o que digo.
A palavra faz.
Faz-me.
Antes o teimoso que se sabe errado e teima em não dar o braço a torcer. Porque entende que a palavra é cordão umbilical que sustenta.
Contorcer a palavra é dobrar o homem.
Quando cai a palavra, é o homem que cai também.
Devia ser.
Porque o efeito da palavra é tremendo. Ela é construtora e destruidora de mundos e sonhos, veneno e redenção, corta carne e alma, desequilibra, faz estragos, é dinamite.
Há sempre uma palavra no início, Fiat, verbo humano, princípio de ordem, caos e alienação.
Há sempre uma palavra que falta (o assassino é…), que está a mais (não foi isso que quis dizer…), que transborda (amo-te) ou que nunca chega (desculpa).
Produzir a palavra é assumir um dispositivo de poder (Foucault). A palavra é poder. A memória da palavra também. Perdê-la é ficar sem Norte, como na afasia.
Controlar a palavra é controlar o real.
Este é o tempo em que deixámos de controlar a palavra e consentimos pacificamente os malabarismos de sentido. Nunca se disse o que pensávamos ter sido dito, nunca chegamos a apanhar o sentido que interessa, é sempre outro. Ficamos sempre aquém. Tudo às claras, à frente dos olhos.
Este é o tempo da palavra sem significado e do discurso estéril que nos emprenha a mente.
O sentido transfigurado a cada instante, em autofagia erosiva.
Como em Orwell, “Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força”, em inversão contínua, o que é já não é, A não é A, A é e não é A nas mesmas circunstâncias. A verdade e a falsidade impossíveis. O pensamento coerente como um fóssil perdido no tempo. Perdemos o pé.
Tudo começa aqui. Controlar um povo começa por controlar a linguagem, a palavra. A palavra é extensão do ser. Cortar-lhe o significado será o mesmo que amputar-nos ou pôr-nos trela. Pacificamente. Sem levantar ondas.
A palavra está hoje relegada a mero utensílio oportunista subordinado à manutenção do poder, repetida uma e outra vez, sem outro objectivo que exceda a simples conveniência do agora, até ao momento em que tudo vale, embarcando numa espécie de viagem non-sense para lá-lá-land.
A realidade é distorcida e reconstruída a cada instante. Deslocamo-nos num estado de permanente vertigem, de ilusão em ilusão, sem um qualquer artefacto mágico que nos possibilite distinguir o real significado das palavras que nos vão sendo implantadas, o mal entre nós, dentro de nós, barrando o acesso à palavra que desvela.
Mas este é também o tempo em que é preciso insistir na palavra, para que volte a marcar como ferro em brasa ou escarificação. Corrigimos a palavra errada, mas não podemos fingir que não existiu, torcê-la no significado ou torná-la outra, levando aquele que ouve a duvidar do que ouviu, do mundo e de si mesmo, como se o significado da palavra fosse um híbrido escorregadio, já não sendo o que é, mas coisa diferente, a de agora estranha à de ontem, sabe-se lá amanhã.
Falta hoje a palavra a que nos possamos agarrar e inventam-se palavras coloridas para significar nada, gambuzinos, apenas sequências de sons hipnóticos repetidas até à exaustão. Instalam-se sem darmos por isso e não deixam espaço para mais nada, como um vírus que liquefaz a mente e o futuro à sua passagem.
Estamos encurralados na pior das prisões, porque dela não temos sequer consciência (diria Platão). A pior das manipulações, a que não se sente, porque o sentido de liberdade foi dos primeiros a cair. Sem darmos por isso, ainda agora aqui estava…
A ideia de um “jogo de linguagem” (Wittgenstein) viciado e aplicado de forma restrita ao domínio político-económico deve ser rejeitada de forma categórica. Na política, como gestão da vida pública, de todos, não pode existir uma linguagem apenas acessível a uma minoria. Wittgenstein fez da Filosofia a luta contra os mal-entendidos que resultam do uso quotidiano da linguagem. A nossa tarefa de hoje é também esta, coisa imensa mas urgente, lutar contra o “enfeitiçamento” da palavra à mão do indivíduo-político-sorridente e devolvê-la à sua função de origem, combater com unhas e dentes o debilitar dos processos cognitivos e linguísticos a que nos votam pela usurpação da palavra e do seu sentido.
A prioridade deve ser a denúncia do sem sentido do discurso político. Que nem chega a sê-lo, porque nada designa, onanismo patético.
Há quem diga que basta o riso.
Que devemos rir da imitação da palavra que sai da boca do político.
Há quem diga que é preciso mais.
Ou deixaremos de saber o que quer que seja, deixaremos de ser o que quer que seja, deixaremos simplesmente de ser, pendurando e penhorando a vida à espreita de uma qualquer palavra de esperança que chega sempre a tempo das próximas eleições... Vazia.
(imagem)
... face aos altos níveis de desemprego. Já não sei se se trata de completa inabilidade ou se o tipo está mesmo a gozar connosco.
Ausência de alternativas não é sinónimo de paciência. Viver na rua não é paciência. Não ter comida para dar aos filhos não é paciência.
Só mesmo se o indivíduo se estiver a referir à forma como não temos reagido à altura da indignidade.
A notícia não é nova (os rumores já datam de Novembro do ano passado), mas começa agora a correr nos bastidores da blogosfera de forma mais insistente. A maioria dos media tradicionais europeus, esses, continuam a ignorá-la olimpicamente (não será do agrado dos patrocinadores). Nem que fosse para o desmentir, tinham o dever de falar do assunto.
Passo a citar o Tiago Mesquita, no 100 Reféns: «O Euro 2012 está a chegar e os amantes do futebol vão acorrer em massa à Polónia e Ucrânia - países organizadores do evento - que tudo ultimam para que estes sejam recebidos da melhor forma. Até aqui tudo bem, é uma oportunidade única para o país, não fosse dar-se o caso da Ucrânia estar a envenenar, abater e em alguns casos queimar vivos animais - cães e gatos - vadios de forma a encobrir a negligencia, o abandono e a falta de politicas profiláticas no que toca a esta matéria. Factos que seriam por demais evidentes aos olhos dos milhares de turistas que estão a chegar. Segundo o site da PETA as autoridades de Lysychansk e Mariupol, entre outras cidades ucranianas, estão a usar "camiões crematórios" devidamente anunciados na televisão nacional e usados para o extermínio em massa. Os animais são abatidos ou anestesiados e atirados diretamente para o interior do veículo. Dantesco. Grotesco. O ser humano consegue ser uma verdadeira besta. O vídeo choca. Não há muito mais a dizer.»
Vídeo e artigo: http://expresso.sapo.pt/euro-2012-animais-envenenados-e-queimados-vivos-na-ucrania-video=f724871
Agora, remonto a Novembro do ano passado. Site da Globo Natureza: «Milhares de cães e gatos que vivem nas ruas de cidades da Ucrânia estão sendo mortos como tentativa do governo de limpar o país para receber a Euro Copa em 2012. A denúncia foi feita pela organização ambiental Peta, que defende os animais, ao jornal britânico "Mail One". Segundo a reportagem, no início de novembro o governo de Kiev, capital do país, ordenou que parasse a matança de animais após manifestações contrárias à ação. As autoridades decidiram então que cães e gatos abandonados fossem levados para abrigos especiais. Porém, segundo Judith Pein, integrante da organização Peta, ainda há registro de mortes por tiros ou por envenenamento. Segundo a ONG, cerca de 20 mil animais morreram em 2010. Essas mortes estão ligadas diretamente à organização da Euro Copa em 2012, afirmou Judith»
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/11/ong-denuncia-matanca-de-animais-que-vivem-nas-ruas-da-ucrania.html
Já me esquecia: divirtam-se a ver os jogos e ignorem esta notícia (parece que no total o número de animais mortos chegou só aos 60 mil). No pasa nada... E não se incomodem com a foto. Está desfocada e tudo. É preciso é torcer pelas camisolas. Força camisola, corre camisola! Ah, parece que Portugal joga Sábado...
No dia 6 de Junho de 1881 morreu, em Mustafa, na Algéria, o violinista e compositor Henry Vieuxtemps. Tinha nascido a 17 de Fevereiro de 1820, em Verviers, perto de Liége, na Bélgica. Recebeu as primeiras lições de violino do pai, que era construtor de violinos e violinista amador. Apareceu pela primeira vez em público, como violinista, aos seis anos de idade e, no ano seguinte, com o seu professor, actuou numa série de concertos em cidades vizinhas. Em 1836, compôs o seu primeiro concerto para violino. Em 1937 visitou a Rússia pela primeira vez. Foi aí que escreveu o concerto para violino nº1, publicado como op. 10. Este concerto foi apresentado em Paris, em 1841, obtendo grande admiração por porte de críticos e músicos, incluindo Wagner e Berlioz.
De 1846 a 1852, Henry Vieuxtemps foi violinista da corte, em S. Petersburgo, solista nos Teatros Imperiais e professor. Em 1866 mudou-se para Paris, com a família e, em 1871, foi para Bruxelas, onde exerceu o cargo de professor de violino, no Conservatório. O seu trabalho foi interrompido por um AVC, que afectou o seu braço direito, impedindo-o de tocar violino. Henry Vieuxtemps morreu no dia 6 de Junho de 1881. O Concerto nº 5, em lá menor, op. 37 foi composto em 1858 e 1859, a pedido de Hubert Lèonard, para um concurso no Conservatório de Bruxelas. Até hoje, o quinto concerto, expressivo e poético nas suas melodias, colorido na sua virtuosidade e original na forma, continua a atrair os violinistas à procura de música para concertos.
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