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A galinha de ovos de oiro e o camaleão

por Francisco Clamote, em 27.05.12
Com a Alemanha a financiar-se quase a custo zero, porque a ela afluem os fundos que desertam das praças dos países da UE mais endividados da UE, como Portugal, países que, por essa razão e em contrapartida, continuam a ver subir os custos dos financiamentos a que têm de recorrer cada vez mais, não admira que a senhora Merkel não queira prescindir da galinha de ovos de oiro que, para a Alemanha, outra coisa não tem sido a actual crise das dívidas soberanas. Por isso também se compreende perfeitamente que a senhora continue a opor-se firmemente à criação de eurobonds como forma de mutualizar a dívida dos países do euro, porque, mutualizando a dívida, matava a galinha.
O que já não se compreende é que alguém, como Passos/Coelho, chefe do "governo" dum dos países da zona Euro com a corda na garganta, continue a alinhar nas teses da senhora Merkel, ao defender decididamente que "as eurobonds não são uma resposta para a situação actual", contrariando as teses do primeiro-ministro italiano Mario Monti (para quem elas "são necessárias e (...) devem ser implementadas num futuro próximo") ou do presidente francês François Hollande que, depois de eleito e empossado, já "reiterou a sua proposta de emissão de títulos europeus da dívida pública, os chamados 'eurobonds'".
Curiosamente, Passos/Coelho, após ter mantido, durante a Cimeira da Nato, em Chicago, um encontro com o presidente francês, veio declarar, no seguimento, que foi estabelecida uma "boa base de trabalho". Não se vê como, com posições tão divergentes sobre a Europa, em geral, e, em particular, sobre a criação das eurobonds, como forma de resolver a crise europeia.
O que me leva a crer que Passos/Coelho, para além de "náufrago e suicida", também não recusa vestir a pele do camaleão. Não tem esta espécie a capacidade de mudar de aspecto consoante o ambiente ? E não tem Passos/Coelho, como parece, a capacidade de adaptar o discurso consoante o interlocutor?

(ilustração daqui)

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publicado às 18:53


Os falecidos ...

por Luis Moreira, em 27.05.12

Esta gente jovem e bonita que por estes dias se juntaram aqui em casa da minha irmã têm um sentido de humor fantástico. Ontem fui para a "night" com eles e elas. São positivos, olham a vida com optimismo e a maioria já deu a volta ao texto. Criam pequenas empresas dirigidas a nichos muito específicos, juntando saberes. A maioria são da área das informáticas o que permite estarem em Portugal e trabalharem para os amigos holandeses.

Uma das empresas holandesas ganhou um concurso grande para informatizar estádios de futebol ( Na Polónia e Ucrânia) e subempreitam aqui aos Penafidelenses. E tambem informatizar padarias  e notários...

Mas a melhor piada das raparigas é que se referem com frequências aos seus "falecidos" . Vim a saber que afinal são os ex-namorados...

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publicado às 15:30


Lagarde: the dollar babysitter

por Rogério Costa Pereira, em 27.05.12

volador1.jpg
A comparação ontem feita por Lagarde, ao dizer que está mais preocupada com as crianças de África do que com os gregos é de um populismo generalista, absurdo, demagógico e insultuoso que revela bem a agenda, agora já escancarada, da "senhora" em causa.

Neste momento, a mulher-lagarto tem um propósito, colocar a Grécia fora do Euro e assim ajudar a acabar com a moeda, já moribunda às mãos dos alemães.

Tudo ao serviço do dólar.

Que, nesta demanda dedicada, ela instrumentalize "as crianças de África" é asqueroso e demonstra bem que esta tropa não olha a meios para atingir os fins e para bem servir os donos que lhe enchem a gamela.

O comentário é falsamente piedoso, é uma ignomínia em que as crianças africanas são, mais uma vez, usadas como arma de arremesso para alcançar um fim que em nada as tem em conta.

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publicado às 14:31

 Desisti de saber qual é o Teu nome,
Se tens ou não tens nome que Te demos,
Ou que rosto é que toma, se algum tome,
Teu sopro tão além de quanto vemos.

Desisti de Te amar, por mais que a fome
Do Teu amor nos seja o mais que temos,
E empenhei-me em domar, nem que os não dome,
Meus, por Ti, passionais e vãos extremos.

Chamar-Te amante ou pai... grotesco engano
Que por demais tresanda a gosto humano!
Grotesco engano o dar-te forma! E enfim,

Desisti de Te achar no quer que seja,
De Te dar nome, rosto, culto, ou igreja...
– Tu é que não desistirás de mim!

José Régio, in 'Biografia'
Tema(s): Deus  Ler outros poemas de José Regio 

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publicado às 08:00

No dia 27 de Maio de 1840 morreu, em Nice, depois de recusar os sacramentos da igreja, o compositor e violinista italiano Niccolò Paganini. Tinha nascido em Génova, na Itália, no dia 27 de Outubro 1782. Filho de Antonio Paganini, um modesto trabalhador portuário e razoável violinsta, Niccolò começou a aprender violino com o pai, aos 5 anos. Era forçado a praticar durante dias inteiros e, no caso de faltar, a pena era ser privado de alimentação. Não tardou muito até que o pequeno suplantasse o seu mestre e passasse a ter aulas com um professor particular. Aos 10 anos estreou-se em público, sem grande alarido e, aos 13, foi levado para Parma, para estudar com o reputado Alessandro Rolla. Este, apercebendo-se da mestria do rapaz, depressa o libertou, sob o pretexto de que nada tinha para acrescentar ao que ele já sabia.
Entre 1801 e 1809, Paganini fixou-se em Lucca, localidade onde tocou, aprendeu, compôs e dirigiu. A partir de 1809 e até 1827, viajou um pouco por toda a península italiana, cativando audiências com o seu virtuosismo incomparável. Perdeu o seu violino ao jogo – mas um mecenas ofereceu-lhe um novo violino, nada menos que o seu famoso Guarnieri. Aos 45 anos, começou a dar concertos no estrangeiro. O seu progresso no resto da Europa foi triunfal, conquistando públicos e, especialmente, os músicos mais célebres, que confundia e deliciava com as suas actuações. Em Viena, por exemplo, os admiradores de Paganini, chegavam a ocupar os seus lugares nas salas duas horas antes da actuação, para não perderem a vez. Em 1829, um amigo de Goethe escreveu a este, referindo-se ao extraordinário violinista: "com os seus malditos concertos, enlouquece homens e mulheres".
A estreia de Paganini em Paris, em 1831, foi assistida por várias personalidades culturais como Rossini, Donizetti, Liszt, etc.. Um crítico do Times escreveu sobre Paganini: "podem não acreditar em metade do que eu escrever, e eu não estou a contar-vos metade do que deve ser dito". Espalharam-se alguns rumores sobre o talento infalível de Paganini. Dizia-se que tinha aprendido a tocar na cadeia, depois de matar outro amante de uma das suas amantes ou, então, que o violinista tinha feito uma misteriosa aliança com o diabo.
Como era uma pessoa extremamente caridosa e generosa, acabou por viver na miséria, mesmo nos anos de maior sucesso. Aos 50 anos, a sua fortuna tinha desaparecido e a saúde começava a deteriorar-se. Mudou-se para Parma, onde dirigiu a orquestra da Grã-Duquesa Marie Louise, investindo ruinosamente o dinheiro entretanto ganho numa casa de jogo parisiense. A música de Paganini, para além de todas as dificuldades técnicas, encerrava mais do que destreza acrobática: possuía, também, grande força expressiva, era gentil e de uma profunda sensibilidade romântica. Como escreveu Heinrich Heine, "eram sons que o ouvido não entende, mas que só o coração pode sonhar".


3º andamento do Concerto nº 1, para violino, de Paganini
Violino: Yehudi Menuhin
Orquestra Sinfónica de Paris
Maestro: Pierre Monteux

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publicado às 00:01


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