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A resolução do problema da quadratura do círculo

por Francisco Clamote, em 23.05.12

Temos que nos render à evidência: este "governo" conseguiu, em termos de execução orçamental, um resultado que é uma proeza de magnitude igual à da resolução do problema da quadratura do círculo.

O "governo" de Passos/Coelho, Gaspar, Portas & Cª (a companhia é o Relvas que, para vergonha de todos, ainda por lá continua) conseguiu (com a sua política de austeridade, centrada, por um lado, nos cortes dos subsídios de Natal e de férias de funcionários e de pensionistas e, em geral, nas prestações sociais, a par de cortes em tudo o que é investimento público e, por outro lado, no aumento generalizado dos impostos) um feito verdadeiramente inacreditável em matéria de finanças públicas.

Pois não é que, de acordo com o Boletim de Execução Orçamental referente aos meses de Janeiro a Abril,  a despesa efectiva das Administrações Públicas, apesar dos cortes, aumentou 4,1%, e a receita, apesar do aumento dos impostos, diminui efectivamente 1,1%. O défice, obviamente, subiu para 1740,5 milhões de euros.

Eu  disse "inacreditável", mas, na verdade, o feito é mais que inacreditável. É verdadeiramente admirável. E tanto é que ouso dizer que não me surpreenderia muito se a resolução do problema da quadratura do círculo, tido até agora como de resolução impossível, estivesse já a caminho. Pela mão deste "governo", claro!

(Ilustração daqui)

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publicado às 23:05


O PCP e o BE votam "não"

por Luis Moreira, em 23.05.12

O PCP e o BE não apoiam a agenda para o crescimento e o desemprego. O PS apresentou a proposta e o PSD e o CDS deixaram passar depois de intensas negociações. A proposta vem num momento particularmente oportuno. Há ventos de mudança que sopram da Europa e que indicam que a srª Merkel está perante uma pressão enorme. Manter a disciplina orçamental e ao mesmo tempo lançar uma série de medidas com vista ao relançamento da economia é agora uma possibilidade muito forte.

No Expresso dá-se expressão ao acordo: O projeto de resolução socialista, entregue na sexta-feira, recomenda ao Governo que "proponha e apoie medidas de natureza institucional e políticas que vinculem juridicamente os Estados Membros da União Europeia e que conformem uma agenda de crescimento e de criação de emprego na UE".

É difícil perceber as razões que levam o PCP e o BE votarem contra a não ser o facto de estarem sempre contra tudo e todos. Há muito que se auto excluíram da solução e se reservaram um papel de contestação bem mais simples mas muito menos credível.

"É por iniciativa do Partido Socialista que o parlamento português é o primeiro ao nível dos 27 a adoptar uma adenda para o crescimento e emprego", disse à margem da reunião dos socialistas europeus. Portugal adoptou uma adenda ao Tratado Orçamental, antes mesmo de estar fechada a nível europeu.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/psd-e-cds-viabilizam-projeto-do-ps-para-o-tratado-orcamental=f728027#ixzz1vjLqp1xj

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publicado às 22:30


Seis grandes ideias que mudaram o mundo

por Luis Moreira, em 23.05.12

No "dinheiro vivo - guru" seis grandes ideias que mudaram o mundo . Eu escolhi estas três. Siga o link e descubra as outras três.

1. Fim das guerras na Europa. Quando terminou a II Guerra Mundial, não havia na Europa memória histórica de um período de paz mais ou menos alargado. A guerra parecia ser parte intrínseca do ADN europeu. Derrotado Hitler, o secretário de estado americano George Marshall decidiu quebrar esse ciclo e concebeu um plano, dotado com 13 biliões de dólares (5% do então PIB dos EUA) para que 16 países europeus se pudessem reindustrualizar, recapitalizar e criar relações sólidas no comércio internacional. Em quatro anos as economias europeias floresceram e paz persiste até aos dias de hoje.

2. Erradicar a varíola. A varíola ainda matava milhões de pessoas em 1967, quase dois séculos após a descoberta da vacina. Foi nesse ano que a Organização Mundial de Saúde decidiu imunizar toda a população do planeta. Para isso, foi preciso desenvolver uma vacina que não precisasse de refrigeração e uma nova agulha que simplificasse a inoculação. Seguiu-se um programa que ao longo de sete anos andou por todo o lado e em vigilância constante. Em 1979, a varíola foi considerada erradicada.

4. Acabar com as cheias na Holanda. Após a grande cheia de 1953, os engenheiros holandeses avançaram para uma solução radical que iria colocar m ponto final definitivo no problema. Diques gigantescos, tecnologicamente muito avançados, formaram uma barreira que até hoje se tem revelado praticamente intransponível.

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publicado às 19:40


Os ventos da Europa trazem crescimento

por Luis Moreira, em 23.05.12

PSD e CDS abstiveram-se na proposta de agenda para o crescimento apresentado pelo PS: NEGÓCIOS

A evolução no discurso político dos social-democratas tem sido notória. Começou logo após a eleição de François Hollande, a 6 de Maio: apenas três dias depois, os sociais--democratas marcaram um debate em Plenário para discutir um conjunto de propostas para promover o crescimento e a promoção de emprego. Nessa altura, o deputado socialista Vitalino Canas acusou os sociais-democratas de "oportunismo político", que acontecia depois de o PSD perceber para onde sopravam "os ventos da Europa".
O líder da bancada "laranja" abriu aí a porta a um texto conjunto entre PS e PSD sobre a agenda de crescimento. Mas ele não se concretizou, uma vez que o PS volta a apresentar à Assembleia da República dois projectos da sua exclusiva autoria. Mas os "ventos da Europa" têm soprado com mais intensidade, e até já vêm de outros continentes.
O Presidente da República deu eco disso anteontem, mostrando-se satisfeito com as conclusões da reunião do G8, que sublinham "a importância de conciliar a consolidação orçamental com políticas no sentido de mais crescimento económico e mais criação de emprego". Cavaco espera, até, que "ela [troika] já esteja impregnada por esse novo espírito".

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publicado às 17:30


Os milhões de Pequim não têm preço

por Luis Moreira, em 23.05.12

A China cerca a Europa - The Guardian londres - Timothhy Gastor Ash : Não há muito tempo, a visita de um primeiro-ministro chinês seria sinónimo de protestos e debates sobre os direitos do Homem e a repressão no Tibete”, escreve o El País. No entanto, acrescenta o diário espanhol, “agora, a presença de Wen Jianao na Hungria, no Reino Unido e na Alemanha é vista apenas sob o prima da importância do gigante asiático para a economia europeia. E o convidado tomou mesmo a liberdade de prevenir o seu anfitrião sobre os riscos de querer impor, pelas armas, a paz na Líbia. Previdentes, na véspera da visita, os chineses libertaram alguns dissidentes, entre os quais o artista Ai Weiwei”. “Quando Wen Jiabao visitou o reino Unido pela primeira vez, em 2009, um jovem atirou-lhe um sapato durante uma conferência na Universidade de Cambridge. Hoje, dois anos e uma crise depois, Wen prometeu, em Budapeste, que a China não deixará cair a Europa, visitou uma fábrica de automóveis chineses em Birmingham como se estivesse em casa e a 28 de junho discutirá com Angela Merkel as vicissitudes do euro. Tudo isto recheado com milhares de milhões de euros de contratos.”

O facto de Pequim ter comprado títulos de dívida pública dos países em dificuldades da zona euro, como a Espanha, a Irlanda, Portugal e Grécia, tal como a sua sede de tecnologia, desperta a simpatia e o sentido de negócio da Europa, acrescenta o El País. Por isso, conclui, “[a Europa] está encantada por poder ajudar [a China]. Mesmo que tenha de tapar o nariz e virar as costas sempre que for necessário. A isto se chama pragmatismo, e o pragmatismo sempre existiu”.

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publicado às 16:00


O PCP e o BE tambem ajudaram à festa

por Luis Moreira, em 23.05.12

O PCP e a CGTP, e os seus sindicatos afundaram as empresas públicas em 17.000 milhões de passivo (só nas transportadoras. Para todo o universo andará pelos 30 000 milhões) para encherem os seus camaradas sindicalizados com salários chorudos e mordomias, pagos pelo contribuinte que ainda por cima sofre na pele greves repetidas .
O  PCP e o BE, ajudaram o PS a aprovar um TGV que já nos custou 300 milhões só em papelada, e vai custar outro tanto em indemnizações.

Esquecemo-nos muitas vezes que basta estar na mesma "cesta" para ficarmos contaminados. O problema é mesmo a falta de estratégia nacional. Para que uns usufruam das rendas excessivas outros há que beneficiam de contratos como as PPP. Para que bancos sejam vazadouros de dinheiros públicos há que pagar desperdícios e monopólios que custam milhões. Corporações que reivindicam muito para além do razoável impelidas por sindicatos politicamente alinhados.

Ninguém está de mãos limpas! O interesse nacional não é previligiado nas decisões que se tomam aos vários níveis.

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publicado às 14:15

A OCDE também faz esta proposta (negócios) .Aumentando os salários , aumenta o consumo interno e com o consumo as importações, puxando pelas economias mais débeis da zona euro com quem tem a maior fatia comercial. Portugal seria um dos maiores beneficiários.

"Há necessidade de um ajustamento nos salários e nos preços dentro da zona euro, para que os salários possam impulsionar a procura interna nos países que apresentam um excedente externo e restaurar a competitividade dos países com défice externo", diz o ‘Economic Outlook', divulgado ontem pela OCDE. "Todos têm de fazer qualquer coisa", concluiu o economista-chefe daquela organização, Pier Carlo Padoan. A Alemanha é um dos visados nesta mensagem, já que apresenta uma posição excedentária - um saldo positivo de 5,4% do PIB para este ano, segundo os cálculos da organização liderada por Angel Gurria - e praticou nos últimos anos uma política de contenção salarial.

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publicado às 12:57


A gangrena

por Ariel, em 23.05.12

Estou farta dos paninhos quentes, da falta de ousadia e do tom quase conciliatório com que os dirigente do PS estão a tratar o affaire Relvas. A questão é muito simples, Miguel Relvas ameaçou ou não a jornalista de divulgar anonimamente na internet factos da sua vida privada? Parece não restarem dúvidas sobre este ponto. Manuel Carvalho, sub-director de Público veio dar a cara e confirmar os factos. Não é hora de tergiversações. O momento já é suficientemente dificil e apodrecido, as famílias vivem tempos muito sofridos  com niveis de desemprego obscenos, que o primeiro-ministro  trata com a displicência conhecida, para termos ainda de engolir em seco mais esta vergonha que contribui para agravar a nossa depressão colectiva. Até parece que se deseja, de forma mais ou menos dissimulada, limpar este lixo para debaixo do tapete. "Eu não faço julgamentos prévios" diz  Zorrinho. Mas quais jugamentos prévios?  "É bom que o caso não gangrene"... está bem abelha! - a continuarem assim, vão ver o lindo enterro que o país vos reserva.

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publicado às 11:08


O desemprego não é um acaso

por Luis Moreira, em 23.05.12

Uma empresária que eu conheço e de quem não gosto ( se calhar não vale o nome) tem umas empresas. No outro dia, vinda de um cruzeiro de 23 dias com o marido e o  dois filhos, anunciou-me eufórica. Já falei com o advogado da empresa e vou fazer assim : os meus empregados estão na empresa há vários anos. Ganham todos acima de 1 800 eurosx14 meses. Ora eu posso despedi-los e contratar quadros com menos 15 anos em média e a ganharem mil euros.E não preciso deles todos! Poupo Y ! E, assim, volta aos lucros.(trata-se de uma empresária na área dos medicamentos, onde o preço de venda ao público nos últimos anos desceu mais de 20%).

Para dar competitividade à economia, o governo e a TROIKA desceram o salário médio dos funcionários públicos e pensionistas, retirando-lhes os subsídios. Como não podem fazer o mesmo aos privados flexibilizam as leis laborais facilitando os despedimentos e adequando o efectivo de recursos humanos à produção. Isto é, produz-se o mesmo com menos um milhão de salários que passam a receber muito menos de pensões e de subsídios.

E, assim, aguentamos as empresas que viram a sua actividade e vendas descerem e incrementamos as exportações . Fico menos inquieto saber que tudo isto faz parte de um modelo pensado do que o resultado de acasos, erros e omissões.

Pesam os dramas individuais, isso sim, é trágico!

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publicado às 11:00

A OCDE (Expresso) arrasa as previsões de Vitor Gaspar.Mas há instituições internacionais a caracterizarem a situação de forma diferente. Neste gráfico o que há a reter é que a Irlanda que iniciou a austeridade um ano mais cedo já tem a economia a crescer pujante. Seguiu o mesmo caminho que Portugal está a seguir. Não há razões para acreditar que seja diferente em Portugal.

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publicado às 10:00

A Alemanha não tem culpa da bolha imobiliária da Espanha. ( The Independent - Dominique Lawson -) Investidos milhares de milhões de euros pela Alemanha.

"É indiscutivelmente verdade que os exportadores alemães lucraram muito por realizarem trocas com os seus vizinhos economicamente menos avançados de toda a Europa, utilizando uma moeda única. O argumento económico convencional é que os enormes excedentes assim gerados foram parar a qualquer lado, e que o qualquer lado corresponde aos igualmente enormes empréstimos a mutuários soberanos e privados do resto da zona euro. Assim, segundo a mesma tese, é do interesse da Alemanha fazer tudo o que puder para resgatar essas economias, sob pena de acabar por perder os inúmeros milhares de milhões de capitais que investiu."

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publicado às 09:00

 Não tenho deuses. Vivo
Desamparado.
Sonhei deuses outrora,
Mas acordei.
Agora
Os acúleos são versos,
E tacteiam apenas
A ilusão de um suporte.
Mas a inércia da morte,
O descanso da vide na ramada
A contar primaveras uma a uma,
Também me não diz nada.
A paz possível é não ter nenhuma.

Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'
Tema(s): Deus  Paz  Ler outros poemas de Miguel Torga 

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publicado às 08:00

No dia 23 de Maio de1923 nasceu, em Barcelona, a pianista espanhola Alicia de Larrocha. Começou os estudos musicais aos 3 anos e, em 1936, quando tinha apenas 13, já fazia a sua estreia como pianista com orquestra, em concertos em Madrid e Barcelona. Foi aluna de Frank Marshall, continuador da prestigiada Academia Granados, que lhe proporcionou conhecer Rubinstein, Sauer, Cortot e outros grandes pianistas da época. A partir de 1939, ainda muito jovem, passou a apresentar-se em concertos com diversas orquestras europeias.
Em 1954 estreou-se nos Estados Unidos e desde então ganhou extraordinário reconhecimento internacional, pela impecável técnica de execução pianística, que igualmente lhe valeu os mais importantes e diversos prémios ao longo de todo o resto da sua carreira: vários Grammies, sucessivos prémios de interpretação e de carreira nas artes, a par de doutoramento honoris causa, da medalha de ouro e da chave da cidade de Barcelona. Talvez a mais significativa tenha sido a medalha Albéniz, atribuída ao melhor intérprete do grande compositor espanhol.


Triana, da Suite “Iberia”, de Isaac Albeniz
Piano: Alicia de Larrocha

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publicado às 00:01


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