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E mesmo sem ler; e mesmo sem viajar...

por Rogério Costa Pereira, em 03.05.12
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publicado às 23:11

 

O principezinho ficou maravilhado com tanto poder. Se o tivesse, poderia assistir, não a quarenta e quatro, mas a sessenta e dois, ou, quem sabe, talvez mesmo a cem ou talvez até a duzentos pores do sol por dia, sem sem ter de estar sempre a empurrar a cadeira! A lembrança do seu pequeno planeta abandonado entristeceu-o. Atreveu-se a fazer um pedido ao rei:

- Gostava tanto de ver um pôr do sol... Concedei-me essa graça... Ordenai ao sol que se ponha...

- Se eu ordenasse a um general que voasse de flor em flor como as borboletas, ou que escrevesse uma tragédia, ou que se transformasse em gaivota e se o general não executasse a ordem recebida, de quem era a culpa: minha ou dele?

- Era Vossa - respondeu firmemente o principezinho.

- Pois era. Só se pode exigir a uma pessoa o que essa pessoa pode dar -  prosseguiu o rei. - A autoridade baseia-se, antes de mais, no bom senso. Se um rei ordenar ao seu povo que se deite ao mar, ele revolta-se. Eu, eu tenho o direito de exigir obediência porque as minhas ordens são sensatas.

 

(Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, Editorial Presença (trad. Joana Morais Varela), Lisboa 2009)

Negrito meu.

imagem

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publicado às 22:13


Dumping no "Pingo Doce" conclui a ASAE

por Luis Moreira, em 03.05.12

A ASAE concluiu que foram vendidos vários produtos abaixo do preço de custo na famosa "operação de promoção". Uma empresa que tem lucro, uma boa situação financeira o que é que ganha ao vender produtos abaixo do preço de custo? Quer levar à falência os competidores obrigando-os a venderem também abaixo do preço de custo? Mas isso só tem resultado se se tratar de uma operação contínua por forma a "secar" a tesouraria dos competidores mais fracos.

É uma operação altruísta como diz a porta voz da empresa, ao vender mais barato e favorecer os consumidores? Se assim fosse não colocava aquela condição de ser necessário comprar mais de 100 euros. A operação serviu para limpar stocks de produtos em limite de prazo de validade ? Ou para vender produtos que na operação diária não saiem?

Ou é mesmo uma provocação e foi naquele dia e não noutro exactamente por isso?

"A informação foi avançada pela Antena 1, que adiantava que a ASAE, entidade responsável pela inspecção económica, concluiu que haverá alegada prática ilícita com dezenas de produtos a serem vendidos abaixo do preço de custo - prática conhecida como 'dumping' - com destaque para três produtos: arroz, óleo e whisky."

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publicado às 21:49

Um dia destes num país perto de si

por Miguel Cardoso, em 03.05.12

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publicado às 20:01

Na escola privada ou na escola em associação é fácil saber o custo real de um aluno. É a mensalidade paga, num caso pelos pais no outro caso pela transferência do estado para a escola. Na escola estatal é que nunca se conseguiu saber vá lá saber-se porque . Desde logo porque há profundas desigualdades : Os alunos que estudam no ensino público português não custam todos o mesmo aos cofres do Estado, existindo “profundas desigualdades” no país, revelou nesta quinta-feira Guilherme D'Oliveira Martins, baseando-se num relatório do Tribunal de Contas.

De acordo com Oliveira Martins, o estudo mostra que, “em Portugal, a educação não é uma realidade homogénea, mas assimétrica”. “Há profundas desigualdades e o Estado não pode ser indiferente a isso. Tem de introduzir factores para um maior reforço da aprendizagem, para que sejam reforçados com equidade. Ninguém pode ser prejudicado nem privilegiado”, defendeu o ex-ministro da Educação.
De acordo com o especialista, existem grandes diferenças entre os alunos do litoral e do interior, assim como entre os dos grandes centros urbanos e das localidades mais pequenas. “Há zonas onde as escolas são mais limitadas”, afirmou.

A decisão de realizar um estudo foi tomada pela comissão parlamentar de Educação, que defendeu ser essencial conhecer quanto custa aos cofres do Estado cada aluno, para se poder avaliar as políticas públicas na área da Educação.

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publicado às 20:00


Hoje é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

por Rogério Costa Pereira, em 03.05.12
Quantos artigos terão hoje sido censurados em Portugal? Acham mesmo que estou a exagerar? Pensem de novo! E haja memória, que o ano ainda nem a meio vai.

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publicado às 19:21


Uma política de imigração generosa mas cega

por Luis Moreira, em 03.05.12

Apareceram uma manhã aqui por baixo da minha janela. Eram jovens com o ar de quem tinha acabado de tomar banho, com roupas limpas mas simples. Dois Ucranianos, engenheiros (vim a saber depois) que tinham caído no desemprego. Segui passo a passo a descida aos infernos dos dois homens. Primeiro a bebida, depois a droga mais tarde já nem sequer se levantavam do banco de que fizeram a sua casa.

Por baixo dessa mesma janela há um parque infantil onde brincam crianças louras, negras, mediterrâneas, casos de sucesso de imigração bem sucedida, os pais têm emprego, vivem na mesma casa, cunhados , e andam a construir a casa de família lá na Ucrânia longínqua. Sentem-se seguros e os filhos já frequentam a escola Portuguesa e esforçam-se para que os filhos falem a linha materna e a língua Lusa.

A generosidade não deve facilitar a imigração que não tem condições de sucesso. Os médicos Cubanos são disputados no país mas engenheiros temos nós que se vão para fora todos os dias. Precisamos de mão de obra na restauração em que os brasileiros por falarem a língua se acomodam muito bem. E os Ucranianos e Africanos na construção civil, fazem falta, são necessários, têm trabalho.

Mas os imigrantes que nos procuram e que não correspondem às necessidades do país, quando se afundam na miséria e no desemprego, nem sequer há dinheiro para os devolver ás suas terras natal. A generosidade acaba aqui.

Nos centros de emprego e da Segurança Social é vê-los nas filas intermináveis, jovens raparigas com um filho ao colo e outro a germinar na barriga. Daqui por uns meses acabam-se os subsídios e lá vem a miséria.

É frio e calculista mas ninguém vem ao engano. Não se vendam El dourados onde há tanta gente a viver mal. E, isto, é assim em toda a Europa. Decidam-se por uma política onde as responsabilidades de parte a parte sejam claras e honestas para que não hajam dissabores. Para que todos saibam o que se espera deles e o que eles podem esperar do país que os acolhe.

O inferno está cheio de boas intenções!

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publicado às 18:00


No pelourinho da opinião publicada

por Francisco Clamote, em 03.05.12
O tom geral do artigo de opinião de Maria João Avilez (MJA) publicado hoje na edição impressa do "Público", sob o título  "Água que devia correr e não corre", até nem é de critica e, em boa verdade,  nem tal seria de esperar vindo de quem vem, pois a autora é uma devota do passismo, como o demonstra  a opinião expressa das "qualidades óbvias" por ela atribuídas a Passos/Coelho, qualidades que "só não as vê quem não quer". É, por sinal, o meu caso, não porque as não queira ver, mas porque muito simplesmente as não vejo. Disso me penitencio, desde já: mea culpa.
O escrito tem mais o ar dum conselho que, depois de dado em privado, a autora achou por bem tornar público. Por razões que ela lá saberá e de que não curo.
Não obstante, a verdade é que MJA acaba por cometer o deslize de atacar o governo passista por um dos seus flancos mais vulneráveis. Com efeito, a dado passo, escreve MJA o excerto que a seguir transcrevo e do qual, a benefício da autora, expurgo alguns comentários dirigidos a terceiros, menos próprios de quem se arma em "gente fina". Feita a observação precedente, passo a citar:
"4. Nem era preciso haver muitos cérebros políticos em São Bento ou nalguma assoalhada governamental para aconselhar ao executivo mais atenção pelo valor (sem preço) do "apoio" do PS em passos cruciais da caminhada imposta pela troika. (...)
Para não falar do respeito devido ao líder da UGT. Um caso. Em situação "impossível", pisando solo minado (...) salvaguardando sempre a sua independência, dizendo sempre o que "acha", João Proença faz o que entende que o país - e não o Governo - dele espera. Há quem dê pela diferença, hélas, há quem não dê. Dando ou não dando, levem Proença ao colo." (Negrito meu)
Dizer do executivo passista que não tem cérebros políticos, nem em São Bento, nem em qualquer "assoalhada governamental" é  uma crítica que não pode deixar de ser tida na conta de violenta e de  virulenta. 
Para chegar a tal ponto, a frustração da "devota" deve ser enorme!
Seja ou não seja, a verdade é que não era este o ponto a que queria chegar. Se trago para aqui o artigo de MJA,  é porque a crítica que dele transparece parece confirmar a ideia expressa, ainda que por outras palavras, neste outro post, no sentido de que Passos/Coelho começa a dar os primeiros passos a caminho do julgamento no pelourinho da opinião publicada. É meio caminho andado para também subir os degraus do pelourinho da opinião pública.
E já não era sem tempo, digo eu,  tantas são as desgraças por que é responsável, umas já concretizadas e outras que, anunciadas, vêm já a caminho.

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publicado às 16:48


Habituem-se, diz ele

por Ariel, em 03.05.12

"O desemprego está a subir em Portugal a um ritmo muito superior ao da média da zona euro. No conjunto do último trimestre do ano passado e do primeiro deste ano, a economia portuguesa regista mesmo a maior subida da taxa de desemprego em toda a União Europeia. A escalada do desemprego em Portugal continua sem fim à vista. Em Março, de acordo cornos dados publicados ontem pelo Eurostat, a taxa atingiu os 15,3% da população activa, renovando valores recorde que se vêm verificando desde início do ano. Portugal tem agora a terceira maior taxa de desemprego da Europa a 27, apenas atrás de Espanha e Grécia.

Mas tão ou mais preocupante que os valores do desemprego é o ritmo de subida do mesmo: nos últimos dois trimestres, a taxa aumentou 2,3 pontos percentuais em Portugal, de longe a maior subida em toda a União Europeia. Poderá apenas ser suplantada pela subida registada na Grécia, cujos dados mais recentes dizem respeito a Janeiro e, por isso, não permitem ainda fazer a comparação. E está bem acima da média da zona euro, onde a subida da taxa foi de 0,6 pontos percentuais
."


Fonte:Diário Económico

 

Sobre este drama, já todos conhecemos o pensamento do primeiro-ministro: "temos de estar preparados para viver durante pelo menos dois ou três anos com níveis de desemprego a que não estávamos habituados".

 

Não há quem lhe esfregue um gato morto na cara até ele miar?

 

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publicado às 15:09


A imigração ilegal interessa a muitos

por Luis Moreira, em 03.05.12

A imigração da esquerda e da direita.  No discurso de esquerda há tendência para vitimizar os migrantes; no de direita para os sobrecarregar com metáforas negativas. Porque o capitalismo provoca mobilidade, mas ao mesmo tempo parece tentar domesticá-la. Então surge um campo de tensões, que tento retratar no livro dando exemplos históricos. E desse ponto de vista a actual crise pode definitivamente ser interpretada, por um lado, como um momento de endurecimento destes controlos e por outro como algo que vai gerar mais e mais mobilidade. Estamos a viver uma crise profunda do projecto europeu: temos a turbulência do euro e temos vários governos a pôr em questão o espaço Schengen, os dois grandes símbolos da integração europeia, que têm estado a ser testados nos últimos anos. É impressionante ler relatórios recentes da Comissão Europeia ou de think tankscom grande influência nas políticas actuais de migração europeia. (Sandro Mezzadra )


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publicado às 15:00


Sarkozy/Hollande - a imigração tensa e amarga

por Luis Moreira, em 03.05.12

Um debate onde se jogaram as últimas cartas. Não parece que tenha sido suficiente para Sarkozy ganhar a Hollande. E a imigração :

O direito de voto para os imigrantes essencialmente não tem a ver com os canadianos nem com os noruegueses, mas principalmente com as principais comunidades imigrantes em França: argelinos, malianos, nigerianos, etc”, responde o Presidente.
“Os países da África do Norte, do outro lado do Mediterrâneo, são de confissão muçulmana. As tensões comunitárias vêem daqui, não? Os problemas da República vêm da absoluta necessidade de ter um islão de França e não um islão em França”, sublinha Nicolas Sarkozy.

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publicado às 13:00

Diz Henrique Neto, empresário e socialista à conversa com Medina Carreira : este explicou que "a austeridade é uma fatalidade porque não há dinheiro", mas defendeu que Portugal "precisa de uma agenda de crescimento, de uma política que faça consumir mais, vender mais, exportar mais e importar menos".

E Henrique Neto : "Apesar do desemprego e das falências, apesar de tudo, o distrito de Leiria está numa situação mais favorável", destacando o facto de "as exportações estarem a crescer ao dobro da média nacional".
O empresário revelou que só no início deste ano as exportações da indústria das conservas em Peniche cresceram 169%.
Por outro lado, destacou o facto de o número de empresas criadas em Leiria ser superior às que encerram. Em 2010 fecharam 862 e em 2011 desapareceram 819. Mas em 2011 foram criadas 1.351, mais 119 que no ano passado. O ex-dirigente socialista disse que este sucesso deveria ser alvo de estudo e de interesse, mas avançou com uma explicação central: "A economia de Leiria não depende do Estado".

O antigo ministro das Finanças Medina Carreira disse hoje que a ideia de "excesso de austeridade é uma tontice à portuguesa.

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publicado às 12:00

As fotos da roupa do principal ensaio fotográfico da revista Playboy, a 2ª versão da revista em terras lusas, não estão grande coisa, sensualidade é coisa que também não existe, e, como sempre, exageram no photoshop.

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publicado às 11:26

Começa assim:

«Contado, toda a gente acredita: o Pingo Doce dá um super-desconto, a população adere em massa, é um golpe genial. Visto, é inacreditável: uma turba faminta amotina-se, espanca-se, enlouquece, encena uma pilhagem sórdida. É uma miséria de marketing. É um marketing da miséria. "O balanço é positivo, considerando-se a acção como conseguida".»

E termina assim: 

«Para o Pingo Doce, os descontos do 1º de Maio terão sido um golpe de marketing ou um anúncio de uma nova estratégia. Mas para os portugueses, que reviram um país negado e renegado, foi mais do que isso. Foi uma humilhação. Como no "Rei Lear", de Shakespeare: "Esta é a praga deste tempo, quando os loucos guiam os cegos".» 

É imperativo ler toda a crónica de Pedro Santos Guerreiro, no Negócios, que ainda só tem o primeiro parágrafo online (ou esperam por amanhã ou compram o jornal ou ... ia dizer vão ao Pingo Doce, mas, agora me lembro, hoje não há nenhum dia do trabalhador para explodir, nem tampouco o negócios era artigo com "50% de desconto, pagas o resto com dignidade").  

Já a crónica de um tal Camilo Lourenço, que teria muito a aprender com o seu director, diz algo como "É este país, cercado de problemas, que perde um dia inteiro a discutir a promoção do Pingo Doce. Até na Assembleia da República...". Nunca uma crónica foi tão bem titulada e o reflexo perfeito do seu autor: Sem Pingo de juízo. Pois. 

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publicado às 10:40


Vale a pena ler: "Ladrão de Cadáveres"

por joao moreira de sá, em 03.05.12

Ladrão de Cadáveres

Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 208
Editor: Quetzal
ISBN: 9789897220005

14,00€

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publicado às 10:25


Salão pornográfico em Lisboa

por Luis Moreira, em 03.05.12

Um evento com centenas de actores, palcos, shows, castings...e milhares de visitantes como habitualmente, que se f... a crise.

Mas não perca o "aquecedor" que é o sítio onde tudo começa. Não é electrodoméstico é apenas um canto onde o "actor" se prepara para a "performance"...

E, respeito, é coisa que se pratica há pelo menos dois mil anos!

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publicado às 09:24

Campanha conseguida e vamos ter mais este ano. O dia do trabalhador é perfeito, segundo a porta-voz da empresa e não se trata de transformar o dia em Dia do Consumidor.

Este foi o segundo ano consecutivo em que a rede Pingo Doce abriu as portas no dia 1 de Maio, por ser "um feriado em que o maior número possível de pessoas poderia beneficiar de uma proposta muito diferenciadora" e "não, obviamente, por tratar-se do Dia Mundial do Trabalhador", acrescenta a porta-voz Rita Fragoso.

Cá pr'a mim qualquer feriado servia, face ao argumento apresentado. Mas, é claro, que mostrar que se consegue juntar uma multidão com o acenar de um saco meio cheio de descontos, dá uma comichão de poder impagável. Apesar das lamentáveis cenas da populaça...

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publicado às 09:00

Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.

Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.

Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.

Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.

Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1951)'
Tema(s): Amizade  Ler outros poemas de Cecília Meireles 

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publicado às 08:00


"Hollande partait en position de favori, il le reste"

por Rogério Costa Pereira, em 03.05.12

nicolas-sarkozy-et-francois-hollande.jpg

- Qui a gagné? Comment jugez-vous la prestations des candidats?

- Françoise Fressoz (éditorialiste au Monde): Difficile de répondre à la question, car il n'est pas certain que le débat fasse bouger les lignes chez les indécis. Il a été globalement très technique. Mais ce qui a le plus frappé, c'est de voir que François Hollande ne s'est jamais laissé dominer par Nicolas Sarkozy.
Il faut voir quelle était la stratégie des deux candidats. M. Hollande avait besoin de montrer qu'il maîtrisait ses dossiers, qu'il avait la stature présidentielle, qu'il pouvait incarner justice et redressement. C'est en fonction de ces trois impératifs qu'il a conduit le débat. A chaque fois que M. Sarkozy essayait de lui asséner un chiffre, il ripostait.
Comme M. Sarkozy voulait se placer en position du maître par rapport à l'élève, comme l'avait fait Valéry Giscard d'Estaing face à François Mitterrand en 1974, M. Hollande a réagi : il a contesté les chiffres et les raisonnements de M. Sarkozy, pour ne pas se laisser piéger. Cela n'a pas forcément donné un débat très compréhensible, mais cela a permis au candidat socialiste de ne jamais se laisser dominer.
M. Sarkozy, lui, s'était fixé comme objectif de "débusquer" son adversaire, dont il ne cesse de dénoncer l'art de l'esquive. Il a cherché toutes sortes "d'alliés" pour mettre en difficulté M. Hollande : il est allé chercher Manuel Valls, le directeur de la communication de son rival, sur la TVA Sociale, Martine Aubry sur le contrat de génération, il a aussi cité Laurent Fabius... Il voulait vraiment mettre en difficulté M. Hollande sur ses convictions.
Mais il n'a, je pense, réussi à le faire que sur la partie immigration, lorsqu'ont été évoqués les centres de rétentions. M. Hollande a eu du mal à expliquer s'il voulait les maintenir ou en faire une exception. C'est la seule fois où il a été vraiment en difficulté. Mais à chaque grande étape du débat, M. Sarkozy a utilisé la même technique: essayer de faire apparaître M. Hollande comme une personnalité sans beaucoup de convictions. Il a par exemple essayé sur le nucléaire, mais là, M. Hollande s'est beaucoup mieux défendu.

Ler o resto: Le Monde

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publicado às 01:15


:((

por António Leal Salvado, em 03.05.12

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publicado às 01:00


Deus

por Luís Grave Rodrigues, em 03.05.12

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publicado às 00:27

No dia 3 de Maio de 1997 morreu, em Murcia, o guitarrista espanhol Narciso Yepes. Tinha nascido, em Lorca, no dia 14 de Novembro de 1927.
Aos 4 anos, recebeu, do pai, a sua primeira guitarra. Aos 20 (em 1947) fez a sua estreia oficial em Madrid, interpretando o Concerto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo. Com essa mesma obra viria, em 1964, a utilizar, pela primeira vez, a guitarra de 10 cordas que ele próprio criou, para interpretar mais fielmente a grande música do período barroco.
Nunca mais deixou a sua guitarra de 10 cordas. Com ela tocou com as mais famosas orquestras do mundo, numa média de 130 recitais por ano. E com ela se tornou num dos grandes músicos do século XX, para além de importante investigador e redescobridor de inúmeras obras para guitarra dos séculos XVI e XVII.
Pelo seu enorme contributo para a música, Narciso Yepes recebeu, das mãos do rei Juan Carlos, a Medalha de Ouro de Distinção das Artes. Foi-lhe também atribuído o Prémio Nacional da Música, para além de ter sido nomeado Membro da Academia de Afonso X, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Múrcia e eleito por unanimidade para a Academia Real das Belas Artes de Espanha.


Recuerdos de la Alhambra, de Francisco Tarrega
Guitarra: Narciso Yepes

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