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Eis o Sporting

por Rogério Costa Pereira, em 19.04.12

sa pinto1.0.jpg

Depois de uma semana dedicada aos vampiros da bola, eis que se deu por abafada a guinchadeira dos irrelevantes. Hoje, ouviu-se e cheirou-se e viu-se futebol. É-me particularmente agradável, por coisas cá minhas, que isto tenha acontecido hoje e que este hoje tenha sido protagonizado pelo Sá Pinto, também por coisas cá minhas. Não deixo de anotar a coincidência que me atinge os sentires. Mais coisas minhas. Esta boca abrir-se-ia de espanto se eu desconhecesse a razão da essência da mudança. E se não a sentisse também. Hora de começar a ranger os dentes no sentido certo. Gestão de energias. Demorou mas foi. Parabéns, pá! Parabéns, Sá! E parabéns também a mais alguém. Coisas cá minhas...

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publicado às 23:27


O Pogrom de Lisboa

por Luís Grave Rodrigues, em 19.04.12

Faz hoje 506 anos.

O dia 19 de Abril de 1506 amanheceu pacífico e soalheiro. Na igreja de São Domingos, em Lisboa, a missa dessa manhã decorria provavelmente com a calma modorra do costume.

Mas, de súbito, a placidez da missa foi interrompida por um estranho fenómeno que se oferecia perante os olhos de todos os fiéis: a imagem do Cristo pregado na cruz que se encontrava sobre o altar estava iluminada por uma estranha e misteriosa luz.

A superstição e a exacerbada crença dos fiéis imediatamente os fez acreditar estar na presença de um milagre: a imagem do Cristo parecia até que irradiava luz própria. Todos se ajoelharam em fervorosas preces, em êxtase perante aquele milagre que se lhes oferecia, ali mesmo, à frente dos seus olhos.

Mas há sempre um desmancha-prazeres em histórias como estas: um dos fiéis mais afoitos logo se apressou a explicar aos seus colegas de missa que a luz nada tinha de misteriosa, pois provinha simplesmente do reflexo de uma candeia de azeite que estava ali próxima.

E pronto! Caiu o Carmo e a Trindade!

A primeira coisa que alguém descobriu foi que o chico-esperto era um cristão novo, um judeu convertido à pressa mas, pelos vistos, demasiado depressa. Foi o suficiente para logo dali o arrastarem pelos cabelos para o adro da igreja, onde foi imediatamente chacinado pela multidão dos fervorosos tementes a Deus, e o seu corpo queimado no local. O êxtase místico da multidão logo se propagou a toda a cidade. Lisboa parecia ter ela própria enlouquecido.

Respeitáveis representantes do clero católico saíram dos seus pacatos refúgios de oração e percorriam as ruas de um lado para o outro empunhando crucifixos e gritando: «Heresia! Heresia!».

A multidão depressa foi engrossando e, ajudada até por marinheiros holandeses e dinamarqueses que se encontravam no porto, iniciou uma gigantesca rusga por toda a cidade. Para evitar o caos e a anarquia, sempre más conselheiras, os padres e frades dominicanos tomaram a piedosa responsabilidade de organizar convenientemente o tumulto: judeu ou cristão-novo que era identificado ou apanhado, era imediatamente preso e levado para o Rossio e ali era queimado em gigantescas fogueiras que os escravos municiavam ininterruptamente de lenha.

Os judeus e os cristãos novos, homens e mulheres, que se refugiavam em casa eram arrancados à força dos seus esconderijos. Até as crianças de berço eram fendidas de alto a baixo ou esborrachadas de encontro às paredes.

Como mesmo nestas coisas da fé é sempre bom juntar o útil ao agradável, o misticismo assassino daqueles fervorosos e bons católicos não os impediu de pilhar as casas por onde passavam e de ajustar velhas contas com inimigos que muitas vezes nada tinham a ver com o judaísmo. Mesmo os que se refugiavam nas igrejas e se agarravam desesperadamente às imagens dos santos eram levados e arrastados à força para o Rossio e queimados vivos.

A chacina durou dois dias e só terminou por puro cansaço da populaça. Relatos da época falam no sangue que escorria pelas ruas abaixo no Bairro Alto ou na Mouraria. Calculam os historiadores que nesta matança em nome dos mais sagrados princípios e da pureza do catolicismo morreram mais de 4.000 pessoas.

 

Tudo, claro, em nome dessa coisa extraordinária que algumas pessoas têm e que tanto se orgulham de ter, que se chama «Fé».

Tudo feito por bons católicos.

Tudo em nome de Deus.

 

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publicado às 23:03


Sporting com talento dava 5 a 1 !

por Luis Moreira, em 19.04.12

O Sporting teve tudo. Garra, força colectiva, capacidade de sofrimento, até dois ou três jogadores com talento, mas faltou-lhe o talento onde se faz o fundamental, Meter a redondinha na baliza.

Foi impressionante como a equipa conseguiu disputar o jogo em todos os cantinhos do campo. Como teve a coragem de reagir a um golpe de azar (um livre que sobra para um jogador do Bilbau solto na pequena área e que não era daquela discussão) . Faz dois golos com garra e raiva do querer e depois desperdiça três golos fáceis por (falta) de talento.

Esta equipa marca golos com os jogadores que aparecem na frente, defesas e médios, como um carro de combate que tudo leva na frente, em vagas sucessivas, ainda e sempre. Mesmo sem Elias e Matias, dois dos cinco melhores jogadores da equipa, isso não impede que o Carriço, que não acertava na bola, seja hoje um médio defensivo de classe e o "menino" Martins abra grandes avenidas nas defensivas contrárias.

Em Bilbau vai ser muito difícil mas não mais que em Manchester. Este Sporting merece tudo. Até ter dirigentes à altura!

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publicado às 22:10

Depois da queda...

por Miguel Cardoso, em 19.04.12

 

Ainda que de uma forma algo doentia, sinto que serei um privilegiado, poucos serão os que no decurso de uma vida terão a oportunidade de assistir e viver a queda de todo um sistema económico-social. Conseguindo sobreviver, direi, daqui a uns anos, que estive lá quando tudo ruiu, quando a economia colapsou e se formou um governo de homens bons com a tarefa de reerguer um país e um continente, vítimas de uma estratégia financeira de terra queimada imposta por lobbys e de uma corja política cuja única ideologia se resumia ao poder servir-se a si mesmo. Saberemos todos, nessa altura, que devíamos ter deixado cair os bancos e que pecámos por ser demasiado complacentes com os psicopatas que fingiam importar-se.

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publicado às 20:00


Gaspar não mente. Os factos é que o contradizem

por Francisco Clamote, em 19.04.12
 “Temos tido o cuidado de proteger os menos favorecidos e os mais vulneráveis ao definir os cortes na Segurança Social e no sistema de saúde quando aumentámos os impostos."Vítor Gaspar, na sede do Fundo Monetário Internacional).

Deve ser por isso que "Por exemplo, uma mãe solteira com três filhos que ganhe 630 euros por mês não está isenta do pagamento de taxas moderadoras por insuficiência económica. Encontra-se exactamente na mesma situação de uma mulher sem filhos que aufira o mesmo rendimento. Até poderia ter seis filhos que a situação seria igual. A isenção do pagamento de taxas moderadoras por insuficiência económica só é atribuída a quem tenha um rendimento mensal médio de 628,83 euros." 

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publicado às 19:55


Cortiça ganha prémio na terra do plástico

por Luis Moreira, em 19.04.12

A inovação que se está a desenvolver na actividade corticeira é fantástica. Durante muito tempo a cortiça viveu das rolhas para garrafa, até que os Alemães se lembraram que as rolhas de cortiça podiam ser substituídas por rolhas de plástico.  E, até em Portugal se viu, por algum tempo, vinho português engarrafado com rolhas de plástico. Há, até, razões científicas que mostram que as transferências químicas ( do e para o interior da garrafa) que se produzem com a rolha de cortiça não se dão com a rolha de plástico. Com a consequente perda de qualidade dos vinhos. Mas, isto serviu, algures, para o toque a rebate!

A cortiça começou a ser usada na construção civil, na NASA como material protector do calor e aqui mais perto em produtos do dia a dia. Gravatas, guarda-chuvas, sacos para senhora, nos sapatos...

Uma jovem empresária pegou na indústria caseira da família e deu-lhe o "toque de Midas" convertendo uma indústria conservadora numa indústria moderna que vende para e em todo o Mundo. Foi com emoção que vi o nosso Pavilhão na Feira de Shangai, todo revestido de cortiça, ser visitado por milhares de pessoas que admiravam os nossas produtos.

E a ideia tomou força e está levada à séria. Ganha prémios internacionais frequentemente . Um matéria prima Portuguesa que agora é exportada mas com produção incorporada.

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publicado às 18:38


Lagarde não faz por agradar a Merkel

por Luis Moreira, em 19.04.12

FMI : O euro pode acabar alerta a manchete do (i).

FMI alerta: o euro pode acabar", diz a manchete do i, após a divulgação, em 17 de abril, do relatório do FMI sobre as perspetivas económicas mundiais, no qual o Fundo Monetário Internacional apresenta uma série de recomendações aos dirigentes da UE, entre as quais "mais cortes na taxa de juro por parte do Banco Central Europeu, menos austeridade e criação de eurobonds". Contudo, este diário de Lisboa refere que

o colapso do euro não é o cenário central do FMI – que prevê que a economia mundial cresça 3,5% este ano e 4,1% no próximo –, mas da leitura do documento e das palavras do economista-chefe da instituição percebe-se que, para o Fundo, o risco europeu é grande. (...) A tensão extrema na zona euro poderia ter consequências superiores ao colapso do banco Lehman Brothers, em 2008. O significado da moeda única – a maior região económica do globo – e a ausência de progressos ousados na resolução da crise começam a tornar mais evidentes os recados do FMI para a Europa, sobretudo a influente liderança da chanceler Angela Merkel.

Segundo um historiador de economia citado pelo i, a mensagem é esta:



O FMI e os Estados Unidos estão a perder mais a paciência com a Europa – a divergência não é tanto sobre a forma como sair da crise, mas com o facto de o Governo alemão estar preso a um certo atavismo e ao que o seu eleitorado diz que quer.

Além da criação de euro-obrigações, o FMI "quer também que o BCE continue a emprestar [dinheiro] aos bancos europeus".

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publicado às 17:00


A Luciana foi visitada por um senhor inspector

por Luis Moreira, em 19.04.12

A Luciana tem seis filhos. Um deles já anda na universidade diz com orgulho. Os outros andam todos na escola . A Luciana trata do resto. Com os 1 000 euros que recebe do RSI e do abono de família, trata dos filhos, da alimentação e da limpeza. Tudo muito apertado mas vai dando. Tem uma casa que os obriga a  dormirem todos só em dois quartos. Mas vai dando. Tomam banho com água quente da panela que o gás já foi desligado porque falhou umas quantas vezes o pagamento. Mas vai dando.

O senhor inspector até lhe disse que só o facto de ter um filho na universidade já justificava o RSI, mas estranhamento passados umas semanas tiraram-lhe 200 euros. Bem, pensou, ficou pior mas vai dando. A Luciana lá continua com aquela sua vida de trabalho e amor pelos filhos. É uma opção de vida. Sabe ter filhos e tratar deles. O que seria dos pobrezinhos se andassem aí metidos em creches ou entregues aos cuidados de estranhos?

No outro dia o senhor inspector voltou lá a casa da Luciana. Parece que lhe vão tirar mais dinheiro ao fim do mês. Com medo perguntou se seria muito. Um bocado respondeu o senhor inspector, se for como andam a pensar cortam-lhe quase metade.

A Luciana já não dorme. Afinal ela e os filhos trabalham e estudam .

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publicado às 15:32


Não me interessa saber onde estavas no 25 de Abril

por Rogério Costa Pereira, em 19.04.12

I am free.jpg

Interessa-me saber onde estás hoje!

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publicado às 14:14


Walk the walk

por Rogério Costa Pereira, em 19.04.12

Che.jpg

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publicado às 13:52


De humilhação em humilhação

por Francisco Clamote, em 19.04.12
Sob o pretexto da fraca competitividade da economia portuguesa, o ataque desencadeado por este governo contra os direitos dos trabalhadores prossegue, anunciando-se, agora, que o governo pretende reduzir as indemnizações por despedimento ao valor de 6 a 10 dias por cada ano de antiguidade.
Digo pretexto, mas melhor diria falso pretexto, porque a falta de competitividade da economia portuguesa não resulta das "altas" remunerações pagas aos trabalhadores. A razão da fraca competitividade da economia portuguesa tem de ser procurada alhures. Para tal concluir basta atentar no que se passa na Alemanha e em vários outros países europeus que têm uma competitividade muito superior à portuguesa, não obstante pagarem salários muito mais elevados que os auferidos pelos trabalhadores em Portugal.
Pese embora a limpidez da conclusão, o certo é que governo português para melhorar a competitividade, nem estuda  alternativas, nem procura outra receita que não seja a de reduzir os direitos do trabalhadores. Não sei se é por simples preconceito da ideologia ultraliberal professada por Passos/Coelho e pelos demais governantes, se é por qualquer outra razão de que agora não curo.  
O que sei, e é inegável, é que esta nova medida é mais uma humilhação que irá somar-se a outras já concretizadas ou em vias de o ser, dirigida contra quem não passa, na perspectiva deste governo, dum mero factor de produção.
Note-se que, por irónico que seja, estamos a falar dum governo liderado por um partido (PSD) que se diz "personalista".
Quanto desplante, Zeus meu!

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publicado às 12:43


O inimigo no meu escritório - por Rolf Dahmer

por Luis Moreira, em 19.04.12

Quando os sóciosistemas outrora abertos viram sistemas fechados e

a luta da distribuição dentro de uma sociedade a encolher começa, aumentam as cenas

de “mobbing” no emprego. Enfim: é o estado de inimizade universal de cada

um contra todos que alguns mentecaptos pretendem combater com os dinheiros do

guarda-chuva de salvação do euro e da Europa.

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publicado às 12:00


Privatizar a Segurança Social - eu sou contra!

por Luis Moreira, em 19.04.12

Há dez anos atrás Bagão Félix fez as contas e recuou assustado. Só ao fim de quarenta anos é que o exercício começava a dar proveitos. E isto numa altura em que todos estávamos convencidos que o dinheiro não acabava, as bolsas cresciam até ao Céu...

Agora com a elevada volatilidade dos papéis financeiros, o simples facto de termos um alucinado ministro a pagar a um grupo de técnicos para fazer novamente as contas, indica que o homem já tem os resultados dos estudos. 

Aqui está uma área onde não há razões nenhumas para mudar a filosofia do conceito em ambiente tão hostil. O rapaz está convencido que descobriu a roda e está com muita pressa, mas a verdade é que esta modificação profunda nem sequer consta do acordo da Troika nem em "ir mais além" tal é a malignidade.

Não se confunda o perigo desta tentativa com outras que se vão agitando no confronto político! Venham os estudos que vierem, eu estou contra!

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publicado às 10:30


Pintores e Quadros famosos - Abel Manta -

por Luis Moreira, em 19.04.12

Abel Manta

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publicado às 10:00


Aprender com os melhores

por Rogério Costa Pereira, em 19.04.12
Lisa Simpson.jpg

"Se pensas que és demasiado pequeno para fazer a diferença, tenta dormir num quarto fechado com um mosquito."
Provérbio africano

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publicado às 09:01


Feira do Livro em Lisboa

por Luis Moreira, em 19.04.12

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publicado às 09:00


Tem várias faces a maldita...

por Luis Moreira, em 19.04.12

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publicado às 08:30

Natália Correia

 Buquê de ruídos úteis
o dia. O tom mais púrpura
do avião sobressai
locomovida rosa pública.

Entre os edifícios a acácia
de antigamente ainda ousa
trazer ao cimo a folhagem
sua dor de apertada coisa.

Um solo de saxofone excresce
mensagem que a morte adia
aflito pássaro que enrouquece
a garganta da telefonia.

Em cada bolso do cimento
uma lenta aranha de gás
manipula o dividendo
de um suicídio lilás.

Natália Correia, in "O Vinho e a Lira"
Tema(s): Cidade  Ler outros poemas de Natália Correia 

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publicado às 08:00


Murray Perahia - “O poeta do piano”

por António Filipe, em 19.04.12

 No dia 19 de Abril de 1947 nasceu, no Bronx, em Nova Iorque, o pianista americano Murray Perahia, que iniciou os seus estudos de piano aos quatro anos de idade. Mais tarde, ingressou no Mannes College, graduando-se em direcção de orquestra e composição. Passava os verões em Marlboro, onde colaborou com músicos como Rudolph Serkin, Pablo Casals e os membros do Quarteto Budapeste.
Em 1972 venceu o Concurso Internacional de Piano de Leeds, recebendo numerosos convites para actuar em toda a Europa. No ano seguinte deu o seu primeiro concerto no Festival de Aldeburgh, onde conheceu e iniciou uma estreita colaboração com Benjamin Britten e Peter Pears, acompanhando este último em muitos recitais.
Alguns anos mais tarde, Perahia estabeleceria uma grande amizade com Vladimir Horowitz, cuja perspectiva e personalidade o inspiraram de forma decisiva. Em 1991, no auge da sua carreira, cortou o polegar direito, originando uma grave infecção que o obrigou a interromper a sua carreira durante alguns anos.
Em reconhecimento pelos seus destacados serviços em prol da música, Murray Perahia foi condecorado Cavaleiro Honorário da Ordem do Império Britânico, pela Rainha Isabel, em Março de 2004.


3º andamento da Sonata “Ao Luar”, de Beethoven
Piano: Murray Perahia

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publicado às 00:01


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