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E esta, hein? Faria de Oliveira é o Presidente da Caixa Geral de Depósitos, banco estatal, mas isso não o impede de ser também Presidente da Associação Nacional de Bancos que é, nem mais nem menos, o lobby da banca privada.
Como os gestores, ou melhor, os salários dos gestores andam a ser apertados com aquela história de não poderem ser superiores ao vencimento do Presidente da República, logo as nossas "cabecinhas pensadoras" arranjaram forma do Sr. Engenheiro (?) poder escolher um vencimento que não está sujeito a essas "chinesices". E o homem não se fez rogado, escolheu o vencimento maior. Não é ele banqueiro?
Vale tudo neste país sem vergonha! Como queremos nós que haja moralidade e ética se o estado se envolve com os interesses privados desta forma escandalosa? Para dar um vencimento superior a um senhor que anda há quarenta anos nas administrações de tudo quanto é empresas do estado? Não há ninguém na Assembleia da República que erga a sua voz contra esta ilicitude, mesmo que a Lei o permita?
Total de partos vindos do concelho de Loures | Total de partos no hospital | Total de partos s/ Loures | |
Hospital de São José | 168 | 2008 | 1840 |
Maternidade Dr. Alfredo da Costa | 2172 | 5304 | 3132 |
Hospital de São Francisco Xavier | 65 | 2861 | 2796 |
Hospita de Santa Maria | 592 | 2622 | 2030 |
O primeiro ministro Espanhol lançou um aviso ao Presidente Francês e ao Presidente do BCE aconselhando prudência ao falarem de Espanha.
A Espanha é um grande país, com uma economia que dá cartas no concerto europeu. Os meios necessários para continuarem com a táctica do "toca e foge" como há muito fazem com Portugal e a Grécia, são de tal envergadura que os efeitos colaterais podem rebentar nas mãos de quem dirige a orquestra.
Após dois dias de subida de juros das obrigações entre grandes temores sobre a solvência de Espanha, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, pediu “prudência” aos líderes europeus. Mario Draghi, do Banco Central Europeu, bem como o Governo alemão foram aconselhados a não fazerem declarações públicas sobre questões da economia espanhola. Artigo original – La Razón . E, ainda:
Segundo o diário de Madrid, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy lembrou o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, que os representantes de Espanha “não falam sobre ninguém”. Durante a campanha para as próximas eleições presidenciais, o Presidente francês manifestou publicamente as suas dúvidas quanto à solvência de Espanha, e referiu a má gestão do antecessor de Rajoy, José Luís Zapatero. Artigo original – ABC .
"Falta liquidez à economia mas não somos surdos" diz Carlos Costa presidente do Banco de Portugal. Oxalá que não seja surdo e que veja mais que Vitor Constâncio. Alerta que se as empresas do sector empresarial do estado continuarem a recorrer à banca para se financiarem : "O responsável do Banco de Portugal voltou ainda a alertar para a elevada exposição dos bancos às necessidades de financiamento do sector empresarial do Estado. Se estas “continuarem a ser uma pressão sobre as necessidades de financiamento da economia, o sector privado vai continuar a sofrer, nomeadamente o exportador”, avisou Carlos Costa."
As empresas públicas têm que ser viáveis e nos casos em que prestem um serviço público de mérito e apresentem déficites o estado deve providenciar a tempo e horas as respectivas compensações.
Mas as compensações contam para o déficite público, por isso, não pode ser de qualquer maneira sem rigor e sem critério. E, não cola o argumento simplório que se trata de "serviço público" o que explicaria os sacos sem fundo dos dinheiros públicos. O que se estraga por falta de rigor falta nos outros sectores da economia.
Há liquidez mas não há crédito porque os bancos vão fazendo pela vida, os negócios com a dívida soberana dão margens muito boas sem correrem o risco de emprestarem às empresas e às familias.
O partido Pirata Alemão pode vir a ser um factor chave para a democracia pós-industrial.
Nesta "era do pouco" (“Age of Less”, David Bosshart) que se inicia, não voltaremos ao velho modelo de crescimento e teremos, portanto, de criar um novo modelo político. Para se manter democrático, esse modelo deve ser acompanhado por mais transparência e participação dos cidadãos do que os partidos tradicionais estão dispostos a conceder – não apenas na Alemanha, mas em toda a Europa.
Transparência e participação cidadã são a melhor maneira de tirar a moeda comum e a União Europeia da rotina de que estão prisioneiras. Para a democracia, trata-se de encontrar uma maneira de superar o previsível fracasso dos tecnocratas. A solução não virá dos Piratas em si. Mas eles vão mostrar-nos o caminho a seguir.
A separação entre produtores e consumidores vai esbater-se no campo político tal como já se verifica na informação . É na participação e fortalecimento da sociedade civil que está o segredo. O estado omnipresente e omnipotente já deu provas mais que suficientes que não é solução.
A maternidade Alfredo da Costa vai fechar. Deve fechar! Por todas as razões. Racionalizar e aproximar os serviços das pessoas, não devem ser as emoções a prevalecer.
A racionalização da rede de cuidados de saúde é um dos elementos fundamentais para o sucesso de uma política de Saúde que melhore a qualidade e quantidade dos serviços prestados. É preciso conciliar a necessidade de estar perto da pessoas com a impossibilidade de ter um hospital em cada localidade. É preciso que quem presta serviços de saúde siga as pessoas, e não fique nas estruturas apenas porque elas existem e com elas foram criadas ligações afectivas. É ainda preciso que os serviços de saúde se adaptem às abordagem mais modernas que minimizam o risco de vida humana.
Quando se faz passar a Maternidade Alfredo da Costa por todos esses critérios a conclusão é apenas uma: deve encerrar. Já esteve, mas hoje não está, perto de quem tem filhos. A mãe, de preferência, deve ter os filhos num hospital, onde estão cobertos todos os riscos que um parto pode ter, e não, como se defendia no passado, numa maternidade.
A carta hospitalar de Lisboa é constituída por vários hospitais centenários instalados no Centro de Lisboa sem condições para fornecer um serviço digno e cuja manutenção custa muitos milhões todos os anos. Em contrapartida foram-se construindo vários hospitais modernos na periferia da cidade. S. Francisco Xavier, Garcia da Horta, Amadora-Sintra, Loures, Cascais...
Disto resultou um desequilíbrio de oferta excessivamento dispendioso que é necessário repor. Insere-se nesta equação o fecho de vários hospitais centrais e a
integração dos serviços da Maternidade Alfredo da Costa e, possivelmente, D. Estefânia e Curry Cabral no Hospital Santa Maria ou no novo hospital de Todos-os-Santos..
Basicamente trata-se de trocar hospitais velhos e ineficazes por um hospital novo e integrar serviços monovalentes em hospitais multivalentes. Com estas medidas poupam-se muito milhões de euros e melhora-se a qualidade dos serviços prestados.
O mesmo se diga para Coimbra onde se prepara o fecho de velhos hospitais e cujos serviços serão integrados nos novos hospitais.
Trata-se de reformar tendo como objectivo melhorar a qualidade dos serviços e poupar nas ineficiências. No Serviço Nacional de Saúde, volto sempre a Correia de Campos, que teve razão antes do tempo. Iniciou um movimento reformista que vai ter continuação e que, pese a contestação de quem diz "não" a tudo, será concretizado.
Só assim se defende o Serviço Nacional de Saúde.
Caso contrário, isto ainda vai dar muita confusão. É preciso primeiro fazer o levantamento cadastral e só depois avançar para o banco de terras. Mas nada impede que se avance já com as terras pertencentes ao governo.
A verdade, é que os donos das terras ao abandono, ao verem que as suas terras estão em leilão, vão levantar o dedo no ar e dizer que são deles. É a forma mais célere e escorreita de fazer um levantamento que há muito devia estar feito.
As terras sem dono conhecido e sem utilização agrícola vão ser administradas pelo Estado e podem ser vendidas dez anos depois de disponibilizadas no banco de terras que o Governo quer criar.
Segundo a proposta de lei do banco de terras que foi remetida à Assembleia da República, o Estado vai poder gerir estas terras ou arrendá-las, mas terá de devolver a terra "a quem faça prova da sua propriedade" no prazo legalmente previsto e que será fixado noutra lei.
As terras serão consideradas abandonadas "mediante identificação das autarquias" e direções regionais da agricultura e verificação da entidade gestora da bolsa de terras (Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Regional [DGADR]), sendo reconhecido o abandono se não for feita prova de propriedade no prazo "legalmente previsto".
A partir daí poderão ser disponibilizadas no banco de terras. Criar riqueza e postos de trabalho é uma boa ideia. Assim se consiga implementá-la!
Aumentar o número de alunos por turma de 28 para 30.
Ora aí está a chupadela de sangue diária, às pinguinhas, para não darmos por isso e continuarmos todos de pescoço exposto (e sei lá que mais), uma atrás da outra, sem descanso.
Talvez seja isto que a OCDE entende por "centrar a educação no aluno".
É que com 30 alunos numa sala de aula é muito mais fácil.
Até porque sempre foi isto que os senhores dePUTAdos do PSD e acólitos do Portas costumavam defender, cheios de sangue na guelra, na Assembleia da República.
Ah não! Espera, defendiam precisamente o contrário.
As turmas deixam de desdobrar aos 28. Significa isto que haverá menos turmas e, voilá, diminuição do número de professores.
Motivações?
Pilim, cash, guita, papel, cacau, carcanhol, cheta.
A educação que se lixe.
CHUPAR! CHUPAR! CHUPAR!
Até porque a escola pública não é algo que assista aos petizes destas iluminárias.
Previsões a curto prazo?
Escolas privadas para os bons alunos com papás endinheirados, ensino profissional miserável e ao monte para o resto.
O ministro Nuno Crato?
A evidência de como é fácil destruir-se uma imagem e reputação de rigor e seriedade em poucos meses.
Nuno Crato reduzido a um pau-mandado.
Estás a prestar atenção Francisco José Viegas? Consegues aprender com o exemplo, ou é preciso enfiar-te numa turma de maus alunos?
Cá em Portugal não acontece nada. Na Alemanha há pessoas a contas com a polícia . Em Portugal há uma empresa de um grupo financeiro que facturou 30 milhões de euros por comissões "no aconselhamento" ao Estado na compra dos submarinos.
As investigações do Ministério Público alemão junto da Ferrostaal sobre o pagamento de subornos na venda de submarinos a vários países visaram diversos dirigentes do grupo. Dois dos ex-executivos aceitaram recentemente a proposta de conciliação do tribunal e admitiram ter pago subornos à Grécia e a Portugal.
O ex-administrador da Ferrostaal Johann-Friedrich Haun e o ex-procurador Hans-Peter Muehlenbeck admitiram que, no caso português, o suborno tinha sido pago ao ex-cônsul honorário em Munique, Jürgen Adolff.
A acusação das autoridades alemãs afirma que pagaram 1,6 milhões de euros ao ex-cônsul, para que este lhes arranjasse contactos dentro do Governo português.
Em Portugal, a investigação ao caso dos submarinos resultou em dois processos, um referente à compra dos submarinos e outro às respectivas contrapartidas.
As contrapartidas tinham uma comissão de verificação cujo orçamento só dava para pagar os vencimentos aos administradores. Bem pagos e com uma desculpa porreira. Não sabemos nada porque não há dinheiro para nos mexermos. Querem melhor recado? Recebam os salários milionários e não façam nada!
"Não imaginam quanto lamento não ter o tempo nem o talento para digerir os 70 volumes e 700 apensos do caso BPN e escrever um thriller baseado nos factos reais da maior fraude portuguesa do século. A realidade supera sempre a ficção. Duvido que John Grisham fosse capaz de imaginar a cena do juiz presidente do coletivo ter de fazer uma coleta para comprar no IKEA uma estante para arramai o processo - que lhe foi negada pela DG da Justiça.
A galeria de personagens é estupenda. Ken Follet teria de nascer duas vezes para conseguir inventar um naipe tão rico, denso e variado. No protagonista, Oliveira e Costa, que por alguma razão era conhecido na sua terra (Esgueira) como Zeca Diabo, e que munido de um cartão laranja subiu na vida ao ponto de chegar a secretário de Estado.
Saído do Governo de Cavaco, na sequência de um perdão fiscal mais que suspeito a empresas de Aveiro (Cerâmica Campos, Caves Aliança), foi recompensado pelo seu amigo com uma vice-presidência do BEI, apesar de ter um inglês ainda mais rudimentar que o de Zezé Camarinha.
Amigo do seu amigo, Costa comprou, em 2001, um lote de ações da SLN (dona do BPN), a 2,4 euros cada, que revendeu com prejuízo (a um euro/ação) ao amigo algarvio (o Aníbal, não o Zezé) e à filha dele. Menos de dois anos depois, Cavaco e Patrícia venderam as ações com um lucro de 140% - ele ganhou 147 mil euros, ela 209 mil. Nada mau.
Quando o naufrágio foi evidente, Zeca Diabo teve a dignidade de ir ao fundo com o barco, aceitou fazer de único responsável pelas patifarias. Em recompensa pela imolação, foi libertado devido "ao seu estado de saúde e por se encontrar em carência económica".
O elenco de atores secundários também é muito atraente e diversificado. Por exemplo, Manel Joaquim (Dias Loureiro), o filho de comerciantes de Linhares da Beira que chegou a ministro, conselheiro de Estado e administrador-executivo do BPN, carreira em que fez fortuna ao ponto de poder comprar, por 2,5 milhões de euros, à viúva de Jorge Mello, uma mansão no Monte Estoril.
Temos também Vítor Constâncio que, apesar de usar óculos e ser o governador do Banco de Portugal, foi o último a ver a falcatrua, anos depois da Deloitte, Exame e Jornal de Negócios terem alertado para o assunto.
E ainda Scolari, que recebia 800 mil euros/ano, Figo (apenas 400 mil/ano) e Vale e Azevedo, que sacou dois milhões (passaram-lhe o cheque antes de verificarem as garantias), e tantas outras figuras do nosso Gotha que lucraram com um banco que tinha balcões em gasolineiras e ativos tão extravagantes como 80 Mirós e uma coleção de arte egípcia.
O enredo é fabuloso. Dava um filme indiano. Só espero que, na venda ao BIC, o Estado tenha tido o bom senso de reservar os direitos de adaptação ao cinema desta história, que estou certo será disputada por Hollywood e Bollywood. Sempre será algum dinheiro que entra para minorar o prejuízo de seis mil milhões."
O BPN dava um filme indiano
Por
JORGE FIEL , Jornal de Notícias
Não sabemos tudo. Não apregoamos certezas absolutas. Não estamos aqui para impor o que pensamos aos outros. Às vezes, não sabemos ainda o que pensar.
Mas temos um dever. Esse dever chama-se o dever de tentar. O dever de tentar ouvir, o dever de tentar saber mais, o dever de tentar explicar a nossa opinião, o dever de tentar persuadir e o de nos deixarmos persuadir pelos outros.
Temos esse dever porque o país está numa crise profunda. Temos esse dever porque somos europeus e a nossa opinião tem tanta importância e dignidade como a opinião de quaisquer outros europeus, oriundos de qualquer dos outros 26 países desta União que é um clube de democracias, mas não é ainda uma democracia. Acima de tudo, temos esse dever por uma razão muito simples: a democracia não funciona sozinha.
Portugal teve, no século que passou, mais tempo de ditadura do que democracia. A última ditadura foi das mais longas da Europa: 48 anos. A revolução do 25 de Abril vai fazer, em comparação, apenas 38 anos. Meditemos nisso por um momento: só daqui a dez anos se atingirá um dia extraordinário em que Portugal terá, finalmente, mais tempo de liberdade do que teve de opressão. E como chegaremos lá? Terá a democracia dado tudo aquilo que pode dar? Ou teremos um Portugal vergado pela crise, em que os mais jovens e qualificados emigram, e ficam apenas aqueles que são velhos de mais ou qualificados de menos para o mercado global? Será Portugal uma república que se respeita enquanto tal, ou seja, que (independentemente da ideologia, falo de república no sentido original de coisa pública) tenha uma noção do bem comum e da integridade com que ele deve ser preservado? Ou terá caído no clientelismo, na partidocracia, no autoritarismo dos senhores feudais da política? Tudo isso depende de nós.
Depende de nós? mas quem somos nós?
Nós somos tu, que me lês ou escutas. E eu, que te escrevo. Gostaria de hoje estar aí para falar contigo. Gostaria acima de tudo que fizéssemos deste país uma conversa em democracia, uma conversa que não significa só falar; significa encontrar soluções; significa legitimar propostas; significará fazer e mudar. E, para tudo isso, não podemos esperar pelos outros. Depende de nós. Depende de ti, e de mim. Não sabemos tudo. Não queremos saber tudo. Não impomos nada. Não temos certezas absolutas. Mas, pela nossa democracia, temos pelo menos o dever de falar e ouvir. Como cidadãos, temos o dever de tentar.
Outras Intervenções já publicadas: Abertura I, Abertura II, Estrela Serrano, Heloísa Apolónia, José Reis Santos, Paulo Pedroso
Num país onde, por séculos, vamos deixando a nossa soberania pelo mundo repartida, por gastarmos mais do que criamos, temos pessoas muito indignadas porque a Alemanha nos quer disciplinar .
Esta regra pela sua natureza não é de esquerda nem de direita, se agora temos um governo de direita amanhã vamos ter um de esquerda e, a regra, será sempre de ouro.
A verdadeira perda de soberania é andarmos de mão estendida com as contas esburacadas. E, isso, sempre aconteceu.Gasta-se quando há eleições ou quando as empresa do regime precisam de negócios. E gasta-se muito e demais ! Esta é que é a regra de ouro, conter ímpetos, não passar para as gerações vindouras dívidas para pagar.
Mas há quem diga que o tratado orçamental acaba com o consenso social europeu; impraticável; ameaça a possibilidade de políticas de crescimento, de combate ao desemprego...
Espero que o governo e o PS se entendam, sentir-me-ei bastante mais seguro. Disciplina em vez de regabofe : interesse nacional acima do interesse do momento; responsabilidade atribuída a quem faz as golpadas de desorçamentação; mais contenção em meter o estado onde não é chamado...
Controlar o fartar vilanagem de um estado que consome já mais de 50% da riquesa criada é perder soberania? Que seja!
ARTISTA discreto, avesso a radicalismos e a sensacionalismos estéticos, Abel Manta nunca se filiou numa escola e sempre recusou aderir plenamente a um movimento plástico. A sua pintura não se arruma numa daquelas gavetas em que se costuma dividir a história de arte. Resiste à pura e simples catalogação. É uma pintura de síntese, resultado de uma adição sucessiva de ensinamentos, de experiências, a maioria alheias e de peso variável, onde o todo constitui algo mais que a soma das partes, pois leva o seu cunho pessoal.
Percorrendo a sua alongada carreira, construída no espaço de quase um século, algumas fases se podem detectar. Num primeiro estádio, a pintura de Abel Manta acusa nitidamente a influência dos mestres que, na Escola de Belas-Artes de Lisboa, lhe moldaram a habilidade trazida de Gouveia, terra de sua naturalidade. São citações de Luciano Freire, Ernesto Condeixa e, em especial, Carlos Reis que se encontram no "Primeiro Auto-Retrato", na "Menina da Havanesa" e em "O Jóia", composições impregnadas de algum do naturalismo "barbizonesco" que Silva Porto trouxera de França quase nos finais de Oitocentos e que os meios académicos lisboetas teimavam em continuar a seguir nas primeiras décadas do século seguinte.
Devagar, devagarinho dão-se passos de gigante para chegar a uma escola mais autónoma, mais responsável e mais meritória. Ninguém e muito menos o estado pode impedir que os pais tenham o direito de escolher a escola que consideram mais adequada para os seus filhos. Nem ser obrigado a colocar os seus filhos na escola muito má lá do bairro porque não tem condições financeiras para viver nas Avenidas Novas.
A partir do próximo ano lectivo, os pais vão ter total liberdade de escolha na escola onde querem matricular os alunos.
A medida estende-se do ensino pré-escolar ao ensino básico (9º ano).
A nova regra que vem no despacho publicado no Portal das Escolas, na Internet, faz cair, assim, o critério de proximidade da área de residência ou do local de trabalho dos pais.No entanto, "Conforme já anunciado pelo ministro da Educação, Nuno Crato, o despacho confirma a possibilidade de, no ensino básico, os pais poderem escolher a escola dos seus filhos independentemente de qual seja o seu local de residência, mas as vagas existentes nas escolas continuarão a ser distribuídas como até agora, tendo prioridade os alunos com necessidades educativas especiais, os que têm irmãos matriculados no agrupamento e aqueles cujos pais residam ou trabalhem na área de influência da escola.
Há questões que é preciso resolver e melhorar o acesso à igualdade de oportunidades para todos? Claro que sim, mas sem o direito de escolha da escola pelos pais nunca essas questões serão equacionadas e muito menos resolvidas. E, as escolas vão passar a ter um indicador importante sobre a forma como é olhada pela sociedade civil. É desejada ? É repudiada ? Cabe aos directores e quadro de professores tirarem as ilações.
É provável, sim, é provável que ainda a ame, que ame nela o que antes soube amar, a cabeleira escura, o ventre inquietante, o peito guardando a alegria de um coração solar. Os meus olhos profundos sempre a contemplaram visivelmente perturbados, até mesmo perdidos, quando ela caminhava abrindo rasgões no ar que se fechavam depois à sua passagem para cingir-lhe os braços, os seios e as ancas. A sua boca tremeu na minha com a sede da música e o seu contacto era o do musgo e o da cinza, e dessas cerejas maduras pelo lume de maio. Não sei se estou a endeusá-la ou se ela é uma deusa. Não sei mesmo se conseguirei dizer dela quanto gostaria. Ela está tão perto do meu corpo que a minha pele se acende, e tão longe dos meus olhos que só poderei lembrá-la. Fizémos muito amor e sempre muitas vezes, sem que entre nós esvoaçasse uma minima sombra. Quando ficávamos tristes, é que o espanto crescia até ao minuto primeiro da tristeza. É uma mulher maravilhosa, o seu nome que importa?, tão frágil como um menino inocente, assim desamparada, correndo para a loucura como antes correu para os meus braços. Nenhuma paixão poderia doer-me mais. Nenhuma ternura poderia mimar-me tanto. O meu poema é uma casa erguida com a sua beleza, onde ela entra e de onde sai e algumas vezes se demora. Poderei dizer que o meu coração é uma sala vazia? A sua recordação ainda me perturba e disso tenho consciência. Amo-a ainda, ou não a amo já, é impossível dizer. Mas é provável, sim, é provável que ainda a ame.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
No dia 13 de Abril de 1941 nasceu, no País de Gales, a soprano Margaret Price. Oriunda de uma família musical, desde cedo começou a cantar. Aos quinze anos, o seu professor de música organizou uma audição com Charles Kennedy Scott, que a convidou para estudar na Faculdade de Música Trinity, em Londres. Depois de se graduar, trabalhou no Agrupamento Ambrosian Singers.
Price estreou-se, como soprano, na Ópera Nacional Gaulesa, em 1962, no papel de Cherubino, da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart. No mesmo ano, foi trabalhar para a Royal Opera House, Covent Garden, em Londres, onde interpretou papéis menores. Quando Teresa Berganza cancelou a sua actuação como Cherubino, Price foi escolhida para a substituir.
O maestro e pianista James Lockhart convenceu-a a ter lições de canto para aperfeiçoar a voz, o que ela fez nas décadas de 1970 e 1980. Margaret Price também foi ajudada por Otto Klemperer, que dirigiu a sua primeira gravação numa ópera completa, interpretando o papel de Fiordiligi, em “Così fan Tutte”, de Mozart.
Price não gostava muito de viajar. Mantinha-se no mesmo sítio durante longos anos, primeiro no Covent Garden, depois em Colónia e, a partir de 1971, na Ópera do Estado da Baviera, em Munique, onde se manteve até 1999, ano em que se retirou dos palcos. Voltou, então, ao País de Gales, onde vive actualmente.
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