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Porcarias

por Rogério Costa Pereira, em 07.04.12
dois porcos e .jpg

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publicado às 23:39

Reabilitação Urbana :"O congelamento das rendas, aliado a uma política de crédito fácil, determinou a destruição do mercado de arrendamento e, do mesmo modo, afastou os investidores do segmento da reabilitação, remetendo o património edificado para um estado de ruína tão avançado que põe em causa a sustentabilidade das áreas urbanas."

Lembra Reis Campos que este é um mercado estimado em cerca de 28 mil milhões de euros, só na componente de reabilitação do edificado habitacional, o que pode representar a curto prazo a manutenção dos cerca de 140 mil postos de trabalho que o setor tem neste momento em risco. Acredita que esta área é um dos instrumentos mais eficazes no combate à crise económica e consequentemente na salvaguarda do emprego. "É uma das poucas alternativas que as empresas do sector podem perspetivar para manter a sua atividade, pelo que é urgente a adoção de um pacote legislativo que assuma a reabilitação e o arrendamento como uma verdadeira prioridade nacional", salienta. A CPCI defende alterações à lei das rendas, nomeadamente na execução de despejos fora dos tribunais, a criação de uma taxa liberatória em sede de IRS aplicável aos rendimentos do arrendamento habitacional equiparando-o fiscalmente aos depósitos bancários e a previsão de linhas de crédito específicas para a reabilitação. Tudo para motivar o investimento neste sector chave. "

Há muito que se sabe ser este um sector chave para reanimar a economia mas ninguém tem a coragem de enfrentar os grandes interesses em jogo.

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publicado às 22:50


Algarve livre de petróleo

por Luis Moreira, em 07.04.12

Se eu alguma vez pensei ler uma coisa destas seja ceguinho. Há quem não queira que se explore o petróleo que existe na costa Algarvia porque pode prejudicar o turismo. Há cincoenta anos houve quem se tenha batido contra a construção dos hotéis junto das praias.

Nós não estamos dispostos a correr risco nenhum mas queremos o mesmo nível de vida de quem os corre. Ele é a barragem de Foz Côa e as "figuras que não sabem nadar", o rio Sabor, a linha do Tua , a alcateia de lobos que atravessa uma auto-estrada, um bando de morcegos que dormia em Tróia...

Temos que nos decidir. Ou vivemos ao luar, ouvindo as águas a correr e os passarinhos a piar ou queremos viver com as comodidades da vida moderna. Com Serviço Nacional de Saúde, pensões decentes na velhice, jovens com emprego.

É preciso tomar uma opção quanto antes. O petróleo tem perigos mas nós não prescindimos dele, o nuclear também tem perigos mas nós somos o maior importador europeu de energia, a exploração de minério contamina os solos, os pesticidas contaminam as águas...

Até os nossos antepassados deixaram PEGADA nas rochas de Foz Côa!

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publicado às 21:24


Eu não sabia!

por Rogério Costa Pereira, em 07.04.12

Enquanto esperava na fila para negociar a retoma que anuncio no último post, reparo numa Penthouse. Assim que me foi possível passar às letras, verifico que é portuguesa, a revista. Deixo novamente as letras e olho com olhos lusos a lusa que se desvenda. Volto às letras. Octávio Machado revela que não vai ao funeral de Pinto da Costa. Nauseado, deixo de vez as letras e entrego-me aos prazeres da ... - SEGUINTE!, grita já enfadado o ruído que era afinal uma voz.

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publicado às 19:27

Um dos maiores e mais injustos problemas que se colocam nas sociedades modernas é a inacessibilidade dos jovens ao mundo do trabalho. As garantias que se foram acumulando para os mais velhos, com carreiras asseguradas e praticamente inamovíveis, tem uma face medonha para com os mais novos.

"O presidente do BCE precisou, inclusive, a frase. O modelo social "não é europeu", pois é aplicado apenas em alguns países, não em todos. O aspeto central deste modelo aplicado por vários países é o caráter dualista da sua concretização na realidade. Draghi sublinhou que, por um lado, há sectores do mundo do trabalho com todas as proteções e outros, a juventude, sem elas. "A flexibilidade [do mercado de trabalho] tem sido suportada pela juventude", sublinhou. Pelo que as regras têm de ser alteradas. Fica implícito que a flexibilidade laboral tem de ser para todos."

Em Portugal esta dualidade é manifesta com as elites a juntarem vários empregos e pensões, os trabalhadores com capacidade económica a serem defendidos por sindicatos e o resto da população, os jovens e os pobres, sem capacidade de se fazerem ouvir.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/modelo-social-tem-de-voltar-a-ser-discutido=f716974#ixzz1rNZUDFYl

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publicado às 19:00


Luxos recombinatórios dos dias da espuma

por Rogério Costa Pereira, em 07.04.12
Vou agora encher o depósito e pagar com o carro.

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publicado às 18:41


Chega, isto já ultrapassou todos os limites

por Rogério Costa Pereira, em 07.04.12
Ele são os combustíveis que disparam, o governo que mente já sem dentes, o regulador que não regula, os vendidos do e ao estado de sítio.
Vim a um centro comercial comprar pilhas para dois relógios, um livro que fala da moral de Blair (estou curioso para saber como se escreve sobre uma não-realidade) e outro com o título encantatório de "Arte Recombinatória". Vim em paz, portanto. Isto não podia acontecer. Alertado pelos flashes das máquinas que me disparam, olho para trás, pensando nos ELES que não somos nós. Que chegou a minha hora.
Vejo um brinco do tamanho da palma da minha mão, alguma pele se desvenda por entre as tatuagens.
Já não fui a tempo. A imagem cola-se-me aos recônditos da memória.
A destempo, as colunas alertam: "está a decorrer uma sessão de autógrafos com a artista Ana Malhoa".
Eu vim em paz. Eu só vim ver da arte recombinatoria. Eu não merecia isto.

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publicado às 18:22

 Notas para a abertura da I Tertúlia pela Democracia e Cidadania... Ou colecção de frases soltas com um cheirinho de coerência.

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Diz-nos Platão, dessa mesma Grécia de que tanto agora nos procuramos afastar, mas que tanto deu à Humanidade:

“Ora o maior dos castigos é ser governado por quem é pior do que nós, se não queremos governar nós mesmos.” (República, livro I, 347c)

Noutros termos, o preço a pagar pela não participação na política, é ser governado por quem é inferior.

O facto é que “esses que são piores que nós” de que nos fala Platão, esses inferiores, medíocres, aprendizes de pensamento único, sem ideias ou a memória que implique a vergonha que vai do que disseram ontem ao que fazem hoje, há muito que chegaram ao poder e a culpa é nossa.

Demitimo-nos, abdicámos das nossas responsabilidades e da nossa consciência. E pior, fizemo-lo de livre vontade.

Os gregos, de novo eles, designavam de idiótes o indivíduo que nada queria saber de política, que vivia imerso nas pequenas coisas de ordem doméstica e sentia que nada podia oferecer aos restantes, acabando manipulado por todos. Do termo grego deriva o nosso idiota actual.

Tornámo-nos invisíveis.

Acomodámo-nos e já não contamos para o que quer que seja.

Desabituámo-nos de pensar e falar, embora não pareça, dada a quantidade de chavões repetidos até à exaustão pela comunicação social e que já não estranhamos, mas que continuamos sem entender. Encolhemos os ombros e mudamos para o mesmo num outro canal televisivo. A nossa escolha reduzida a isto.

Perdemos o hábito de pensar e começa a desenvolver-se o medo de o fazer, e mais, de estar junto a quem pensa e fala, não vá contagiar-nos, não vá estar alguém de olhos postos em nós.

Optámos por permanecer quietos, fingir de mortos quando as coisas se complicam, não levantar ondas, aninhar-nos no sofá ou no cada vez mais restrito grupo de amigos de confiança (nunca deixando de espreitar por cima do ombro e medir a exacta extensão de cada palavra) ou, opção dos nossos tempos,  proteger-nos atrás do ecrã de computador (numa irreflectida ilusão de segurança).

Deixámos de ouvir, falar e, sobretudo, pensar. Um dia acordámos transformados no “analfabeto político” de Brecht.

Deixámos de OUSAR PENSAR e fazê-lo na praça pública (na Ágora), dar a cara por uma ideia sem medo de represálias ou expectativa de agradar a este ou àquele.

Uma das implicações da Democracia grega foi que os cidadãos passassem a “ver-se” uns aos outros (na Ágora, na disposição das próprias assembleias, onde cada cidadão podia tomar a palavra, no teatro, onde era sempre a decisão humana e suas implicações que estavam em causa).

Foi isto que deixou de suceder, “ver” os demais e deixar que nos “vejam”, unicamente apoiados na convicção que resulta do uso autónomo da razão.

Mas não é um trabalho fácil este de recuperar a autonomia.

Não é fácil porque exige uma modificação de mentalidade. É algo a longo prazo. Não se trata de acreditar que podemos mudar tudo aqui e agora, como que por milagre. Não pode ser esta a verdadeira atitude política.

Mas essa é a única forma de mudar uma forma de vida e de fazer política (ou não fazer) que não funciona, exceptuando para uns poucos privilegiados em regime rotativo.

Não é correcta esta substituição da pessoa pelo número.

Não é correcta esta política de trabalhar mais, para produzir mais, para consumir mais, para desperdiçar mais.

A qualquer custo.

Viver não se pode resumir a isto. Viver tem de ser mais.

Não é o fim do Governo que se pretende. Não é o fim da Democracia que se pretende. Apenas o fim de um paradigma de Governo e Democracia. Para voltar a colocar a pessoa e os valores no centro. De onde nunca deveriam ter sido arredados.

Isto cabe-nos a nós, porque um Governo (enquanto colectivo) não tem consciência.

O trabalho tem de começar em nós. A mudança tem de começar em nós. Para que o colectivo mude também.

Por isso mesmo, é fundamental que não participemos das misérias que condenamos em silêncio… E isso passa por dar pequenos passos, como este, aqui, hoje, nesta tertúlia, mas que sejam para sempre…

Que produzam efeito em nós.

Que fiquemos mais esclarecidos, maiores.

Para fazer o que é correcto, da forma correcta, pelas razões correctas. (Barry Schwartz)

Porque não nascemos para ser coagidos.

Se não vivermos de acordo com a nossa natureza, que não é esta coisa amorfa, então é como se já estivéssemos mortos.

No essencial, tudo se resume ao tipo de pessoa que queremos ser.

No essencial, é uma escolha nossa.

No essencial, é a imagem e o exemplo que queremos passar aos que se seguem, aos nossos filhos.

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publicado às 17:20

Medina Carreira não desarma. Daqui a seis/sete anos a Segurança Social colapsa.

" “Os direitos adquiridos deixam de existir se não houver dinheiro”, disse ao i. “Na minha opinião, o Estado social vai entrar em colapso daqui a seis ou sete anos se a situação se mantiver. Ou seja, se houver cada vez menos nascimentos, mais emigração e uma população a envelhecer a cada dia que passa, não é possível manterem-se os actuais níveis de protecção social.”

A pergunta a fazer ao primeiro-ministro, defende também, não é quando esta crise acaba, mas sim “quando voltaremos a crescer a uma taxa de 3% ao ano, única forma de garantir mais emprego de uma forma sustentada”.

O economista diz que uma das soluções para o país passa pela atracção de mais investimento estrangeiro. E nessa perspectiva, acrescenta, “a reforma da legislação laboral deveria ter tido em conta a que existe nos países de Leste, como a Eslováquia, com os quais concorremos directamente neste campo”.

Medina Carreira refere ainda que o funcionamento da justiça, o licenciamento das actividades económicas, a corrupção e a burocracia são outros dos factores a travar o crescimento.

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publicado às 17:00

Vital Moreira está sempre "à coca" e já percebeu que isto tem uma estratégia, vai já no meio da "pirueta" política, passo(s) ante passo(s) já está a aproximar-se do governo.

"Nunca alinhei na ideia da ruptura do euro ou da saída de Portugal. Essa saída não é opção. E penso que, embora com hesitações e atrasos, a União respondeu bem à crise e, no caso de Portugal, penso que estamos no bom caminho. No fundamental, não temos de nos queixar de a Europa não nos ter dado a mão quando precisámos dela.

No bom caminho como?

Para permanecer no euro, para consolidar as contas públicas e para recuperar a competitividade económica. Isso não é para amanhã, ninguém espera isso…

Reconhece algum mérito ao trabalho que este governo tem feito nesse sentido. É isso que está a dizer?

Independentemente do juízo que eu faça sobre as políticas em concreto deste governo, as coisas não lhe estão a sair mal. Uma parte por mérito próprio, outra por factores exteriores que lhe têm sido favoráveis. A convicção e a determinação são importantes quando se trata de responder em termos de credibilidade e confiança. E o governo tem uma estratégia clara: fazer o mal todo de uma vez, de modo a poder inverter a situação a tempo das próximas eleições legislativas."

No bom caminho, estratégia clara, inverter a situação, as coisas não estão a sair mal...

Eu gosto mais dos que se mantêm firmes embora nem sempre com razão...

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publicado às 15:32


Páscoa

por Luís Grave Rodrigues, em 07.04.12

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publicado às 15:23

"O preço da gasolina deverá voltar a atingir máximos históricos a partir de segunda-feira, subindo 1,5 cêntimos, enquanto o gasóleo deve aumentar 0,5 cêntimos, adiantou uma fonte do setor.
O aumento reflete a variação da cotação média dos produtos refinados nos mercados internacionais e leva a gasolina a ultrapassar o preço recorde que tinha atingido esta semana." [DN]

QUANDO É QUE O gOVERNO GANHA UM PINGO DE VERGONHA NA CARA E PÕE MÃO NISTO? Bem sei que lhes dá jeito, bem sei que a política de terra queimada a que se votaram nem passa pelo uso de gasolina -- a ignição é outra --, bem sei, bem sei. Mas também sei que 2 + 2 são 4 e que o país nos MORRE. E no que toca a isso, prefiro renegar um velho princípio do que renegar PORTUGAL. Olhem que "o POVO é sereno", mas já sabem o que acontece quando os calmos explodem.

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publicado às 13:11


Viajar cá dentro e lá fora

por Luis Moreira, em 07.04.12

Os destinos de férias estão cheios de portugueses. Caraíbas, Cabo Verde, há dinheiro para viajar e passar umas férias . Este é um dos sinais de como o país e a crise aprofundaram as injustiças entre a população. Quem tem emprego chama-lhe seu e vive confortavelmente. Quem não tem ou ganha o salário mínimo vive rodeado de dificuldades. É capaz de haver alguma inconsciência das dificuldades que podem aparecer de um momento para o outro, uma doença, mas essa possibilidade não trava as pessoas.

Ainda se viajassem cá dentro. Há tantas regiões do país belíssimas desconhecidas da maioria, mas prefere-se correr o risco de apanhar com um tufão nas Caraíbas.

""É uma boa notícia, mostra resiliência do sector, e se tivéssemos de fazer esta previsão no início do ano seríamos mais pessimistas. Os portugueses não desistiram de viajar", diz Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT."

Pois não mas é isso mesmo que é estranho.

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publicado às 12:47

Há 6 mil milhões de euros disponíveis ( se assim o entender o governo) para que as empresas (PMEs) se financiem e retomem a actividade. Há PME a morrer com excelentes carteiras de encomendas (Presidente da CIP - Expresso). A banca deixou de ser parceira na gestão da tesouraria, o IVA é pago antes de ser recebido, os prazos de pagamento não são respeitados, a justiça não funciona para garantir uma cobrança mais rápida...

Se a quota de Portugal no mercado mundial crescer uma décima, as exportações cresceriam 6% ao ano e o PIB cresceria perto de 3% ao ano. Estados Unidos, China, Indonésia, Singapura, Malásia, Índia, México, Rússia e Brasil representam 60% do potencial de compra mundial mas as nossas exportações para estes países são quase incipientes. Um problema é a competitividade das nossas empresas! Outro é a atração do investimento. Outro é a Justiça económica ( entre nós um processo de primeira instância demora em média 980 dias, na República Checa, é 140 dias). A falta de adaptabilidade da mão de obra que necessita da implementação do banco de horas para se adaptar à sazonalidade. Os elevados custos da energia.

Que andaram a fazer os governos desde há 40 anos?

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publicado às 12:00


Os subsídios, as reformas e a política

por Luis Moreira, em 07.04.12

Como diz aqui o António Metelo, numa altura em que estamos numa situação tão complicada é muito difícil perceber que o governo coloque o país perante  o corte dos subsídios  até 2015. Podia esperar até 2014 e, aí, com todos os dados na mão, informava o país. Isto é óbvio e não o fazendo o governo mostra que quer fazer o mal todo agora e guardar as boas notícias, se as houver, para 2015 ano de eleições.

E, como digo eu aqui, a verdade é que "gradualmente" é uma forma tão abrangente que dá para tudo. Hoje no (i) Medina Carreira diz que a Segurança Social colapsa dentro de seis anos, e não devemos esquecer que é esta mesma Segurança Social que mereceu a mais afamada reforma feita no país pela mão do ministro socialista Vieira da Silva.

Por outro lado e porque alguns ainda não entenderam, o governo não abrange os trabalhadores da privada porque isso não constituiria um corte na despesa do estado. E as reformas onde pode haver redução de custos significativos como na Saúde, levam tempo a implementar. Restam pois os funcionários públicos e os pensionistas. Nestes últimos uma medida adicional pode ser o plafonamento que não reduz significativamente a despesa na Segurança Social mas que a controla.

Também tudo se pode resumir a uma declaração nada apropriada de um funcionário em Bruxelas que obrigou o governo Português a vir a público tentar remendar o que queria manter em segredo ( e não podia dizer que não, porque já sabia que os subsídios serão mesmo retidos).

A verdade é que  a retenção dos subsídios reduz a despesa do Estado em catorze por cento e isso explica tudo. Até os "lapsos"!

Embora nesta matéria não haja lapso nenhum!

 

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publicado às 11:00

Manuel Cargaleiro : A obra de Cargaleiro divide-se entre a pintura e a cerâmica.
Estilisticamente encontra fundamento no abstraccionismo geométrico, não escondendo a forte influência da escola de Paris e, sobretudo, da herança de Viera da Silva do qual nunca se afastou por completo.
Aliás este registo espartilha a sua obra plástica num estranho anacronismo que o coloca a anos luz de um Nadir Afonso ou de outros contemporâneos.
É no seu trabalho em cerâmica que a sua obra ganhou mais visibilidade e consistência notabilizando-o em Portugal e no estrangeiro.

 

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publicado às 10:00


Reabertura do Tarrafal

por Luis Moreira, em 07.04.12

Exposição

O jornalista António Valdemar e o Fernando Filipe assinalam os 50 anos do início da Guerra Colonial na sala Carlos Paredes da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) com uma exposição documental, que inclui mapas, fotografias e livros, que ajudam a traçar o caminho deste conflito e a identificar os seus protagonistas principais.

A exposição abre com dois painéis sobre o Campo do Tarrafal, um sobre a sua criação, em abril de 1936, como colónia penal, e que encerrou em 1946, e, o outro, sobre a sua reabertura, como campo de reclusão dos independentistas africanos, em 1961.
O “Campo da Morte Lenta”, como ficou conhecido, foi criado na sequência da guerra civil espanhola e como prevenção para evitar o seu alastramento a Portugal.
O dispositivo legal, de 23 de abril de 1936, [Decreto-Lei n.º 26 539] determina que se trata de uma colónia penal destinada a cidadãos «desafetos do regime», que pelos seus antecedentes eram considerados perigosos e, por isso, devendo ser isolados em campos de concentração.
O Campo do Tarrafal abriu as suas portas em 29 de outubro de 1936, para lá encerrar os sindicalistas do “18 de Janeiro” de 1934, os marinheiros da Organização Revolucionária da Armada (ORA), que tentaram a sublevação em 8 de setembro de 1936, assim como os anarco-sindicalistas da CGT e republicanos que conspiravam contra a Ditadura. Nesta primeira leva foram 152 pessoas.

Em 1946, vivia-se ainda a euforia do fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazi-fascismo, Salazar foi pressionado pelos aliados a realizar eleições, que anunciou «tão livres com as da livre Inglaterra», e a encerrar o campo de concentração do Tarrafal, o derradeiro a permanecer aberto.
As eleições terminaram em farsa e o Tarrafal só encerrou em janeiro de 1954.
Em 1961, com a eclosão da luta armada em Luanda, por determinação do então ministro do Ultramar, Adriano Moreira, a prisão foi reaberta, passando a designar-se de “Campo de Trabalho do Chão Bom”, e ficou destinada a receber os que em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique lideravam os movimentos de libertação anticoloniais e independentistas.
O Tarrafal fechou definitivamente no 1 de Maio de 1974, e os detidos enviados para os seus países, onde tiveram papel destacado na criação dos respetivos Estados.

António Valdemar assinala em três dos painéis o papel de Adriano Moreira na manutenção do regime colonial, recordando o seu papel como subsecretário de Estado da Administração Ultramarina, entre 1960 e 1961, passando nesse ano a ministro do Ultramar, onde permaneceu em funções até 1963.

Nesse período, recusadas as propostas de Nehru para uma entrega negociada do que o regime denominava de Estado da Índia, deu-se, em dezembro de 1961, a anexação dos territórios de Goa, Damão e Diu.
Houve a despromoção do general Vassalo e Silva e dos oficiais que depuseram armas para evitar a perda de vidas, houve o desencadear da luta armada em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, sem que o então ministro do Ultramar se desse conta da importância de encetar o diálogo político com os dirigentes dos movimentos de libertação. Pelo contrário, como ilustra um dos livros expostos, da sua autoria e editado pela Agência Geral do Ultramar, a ação destes movimentos é qualificada de «traição à Pátria».
No envolvimento que procura dar ao visitante o tom é de rigor e sobriedade.
A direção da SPA realça o trabalho de jornalista e historiador de António Valdemar e a organização do espaço, proporcionando ao visitante um visão rápida ou pormenorizada dos painéis, segundo a sua disponibilidade, concebida e cenografada por Fernando Filipe.

 

artigo publicado na A.23 online

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publicado às 09:00

Manuel Maria do Bocage

 

Ó tranças de que Amor prisões me tece,
Ó mãos de neve, que regeis meu fado!
Ó tesouro! Ó mistério! Ó par sagrado,
Onde o menino alígero adormece!

Ó ledos olhos, cuja luz parece
Ténue raio de sol! Ó gesto amado,
De rosas e açucenas semeado,
Por quem morrera esta alma, se pudesse!

Ó lábios, cujo riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter suspira!

Ó perfeições! Ó dons encantadores!
De quem sois? Sois de Vênus? — É mentira;
Sois de Marília, sois dos meus amores.

 

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publicado às 08:00

Por estranho que pareça, consegui ler a meia-dúzia de linhas que se seguem em 40 minutos. A partir de segunda-feira publicaremos as intervenções daqueles que, não podendo estar presentes em carne-e-osso, enriqueceram a nossa (vossa) tertúlia com as mensagens que nos enviaram: Estrela SerranoHeloísa ApolóniaJosé Reis SantosPaulo PedrosoPaulo Querido e Rui Tavares. A tertúlia, tal qual foi, ainda que despida dos sentires próprios de quem a Ouviu e Disse no local, de quem a fez, está disponível aqui.


Agradecemos, em nome de TODOS, a presença de TODOS − também àqueles que acompanham ONLINE ESTA TERTÚLIA. A partir do momento em que este evento foi anunciado, saiu-nos das mãos; deixou de ser uma iniciativa da pegada e passou a ser, em co-autoria, uma acção de todos os que aqui estão.

CARA A CARA, OLHOS NOS OLHOS, SIM – isso é importante, DECISIVO --, mas isso não exclui todos aqueles que por diversos motivos aqui não podem estar.

OUVIR E FALAR.

É o nome desta tertúlia. Deste ciclo de tertúlias que hoje se inaugura.

Durante a publicitação do evento, particularmente no boca-a-boca, muita gente me perguntou para que serve isso. OUVIR E FALAR. Diziam-me: “eles querem, eles podem e eles mandam. NÃO HÁ NADA A FAZER”.

A todos respondi a mesma coisa: “serve por certo para mais do que ficar sentado no sofá, com as mãos a adormecerem debaixo do rabo”.

PARA QUÊ FALAR? PARA QUÊ OUVIR?

Ao ritmo a que vamos parece já despontar no horizonte a próxima pergunta: “PARA QUÊ RESPIRAR?”

O actual estado de coisas seria o sonho de Salazar. Não é preciso PIDE. Nós somos a nossa própria PIDE. Os nossos próprios censores.

Nada contra a auto-censura que nos impomos e que faz de cimento-cola nesta eterna relação simbiótica entre o individuo e a sociedade; tudo contra a auto-censura que nos limita a essência.

O lápis azul dos tempos que correm risca sem mãos. São agora desnecessários os capatazes e os chulos do regime.

Por este caminho, por este COMER e CALAR, ao invés de OUVIR e FALAR, e caso não atalhemos, cada português resumir-se-á, APENAS, a um enorme lápis azul do seu pequeno tamanho.

OUVIR E FALAR, sim.

Duvidar da importância desses dois estares e sentires é mandar a toalha ao chão antes do combate começar.

Equivale a arrancar as orelhas.

A cuspir fora a boca.

Um povo QUE NÃO OUVE – que não SE ouve −, um povo QUE NÃO FALA – que não SE fala – é um povo que não se merece. NÃO É UM POVO!

Passivos e de boca fechada, aceitamos o que nos servem.

E ELES – essa entidade etérea – servem-nos o que aceitamos.

Um povo que aceita tudo, limitando-se a um resmungo entredentes, e a MEDO, com muito medo, tem exactamente o que merece.

NADA.

ISTO…

E, surpresa das surpresas, atentai!, esses ELES somos nós.

Quando resmungamos contra eles, quando falamos na responsabilização d’ELES – e desde que isso não nos tire o pão da boca, PORQUE AÍ NÃO OUSAMOS – estamos a apontar o dedo a nós próprios. Somos os nossos próprios julgadores.

A sentença, essa, já está lavrada. E passamos então a ser os nossos próprios VERDUGOS.

QUE MORRAM! E QUE NÃO ME ABORREÇAM, DIZEMOS POR VEZES QUANDO NOS REFERIMOS A ESSES TERRÍVEIS ELES.

Esta espécie de suicídio, porque os ELES que morrem somos nós, quase que poderia ser legítimo, fosse cada um dono do seu próprio destino.  Que não é!

O problema, melhor, A SALVAÇÃO é que ELES não somos só nós. São os nossos avós, os nossos pais, todos aqueles que lutaram para que eu possa estar aqui hoje, em liberdade, a dizer estas palavras. Toda a dinâmica que contribuiu para eu tenha escrito no meu bilhete de identidade: PORTUGUÊS.

Mais importante que isso. ELES são os nossos FILHOS.

É pelo meu FILHO que aqui estou hoje, pelos FILHOS que dele virão, para que também eles possam nascer e viver portugueses. Sem serem obrigados a emigrar à primeira luz. Para que não nasçam Alemães. Para que os primeiros “papá” e “mamã” não sejam ditos em mandarim.

OUVIR e FALAR.

Se for só eu, é certo que provavelmente de pouco servirá. Hoje, porém, não sou só eu. Não é só a pegada, prestes, aliás, a mudar o nome para patada.

Olhem as formigas no carreiro e verão a força do colectivo. A uma formiga que incomoda dá-se um piparote. Sejamos as formigas no carreiro, que sabem o que querem, de onde vêm e para onde vão. E QUE SALTAM POR CIMA DE CADA OBSTÁCULO. Essas não aceitam piparotes, porque atrás duma vem outra. E OUTRA! O individuo confunde-se com o colectivo e vice-versa.

SE UMA ANDORINHA NÃO FAZ A PRIMAVERA, MIL ANDORINHAS FAZEM UM FILME DE HITCHCOCK. OS PÁSSAROS, SEJAMOS OS PÁSSAROS.

CAROS TERTULIANOS, PORTUGAL MORRE-NOS. Não há réstia de soberania que nos sobre.

E essa morte colectiva parte da morte do indivíduo.

Quem duvida que tudo começa NESSE, assim mo chamaram, “IMPROFÍCUO” OUVIR E FALAR contribui para isso a cada respirar, a cada imposto que aceita a ganir. OBEDIENTEMENTE.

UIVEMOS, DIZ SARAMAGO QUE DISSE O CÃO. UIVEMOS, POIS. NÃO À LUA. MAS À TERRA. À NOSSA TERRA. PORTUGAL.

ESTAMOS habituados – fomos ensinados -- a ouvir que, de quatro em quatro anos, vamos às urnas decidir o nosso futuro.

Mera FALÁCIA, hoje em dia. Em boa verdade, de quatro em quatro anos, vamos legitimar uma ditadura de interesses. Uma ditadura financeira, arredada da economia real.

OS DESTINOS DE PORTUGAL DECIDEM-SE LÁ LONGE, TÃO LONGE QUE DEVERÍAMOS CORAR DE VERGONHA POR O PERMITIRMOS.

E, assim sendo, ou começamos todos a aprender alemão ou aprendemos todos a dizer NÃO!

Passei a vida a lutar pelo direito ao voto, a insistir no direito ao voto consciente. Pois hoje, E COMO AS COISAS ESTÃO, vejo nesse acto a legitimação de um PORTUGAL QUE SE PERDE. E não me conformo com tal realidade. Não desisto de VOTAR, mas resisto a resumir-me a esse, HOJE POR HOJE, flato democrático.

As eleições, neste país que se perde, andam hoje perto do inócuo, do despiciendo. Arranje-se outro sinónimo: ANDAM perto do INÚTIL.

Mas a culpa é também nossa! Porque vemos nesse singelo acto o único EXERCÍCIO de CIDADANIA que nos é permitido

Por outro lado, de que me vale, e agora falo do nosso círculo eleitoral, votar verde, vermelho, azul ou cor do burro quando foge?

O resultado é sempre igual. Dois mais dois são quatro. Dois destes, dois daqueles.

É essa, NA MINHA OPINIÃO, a primeira demanda, o nosso 13º terceiro trabalho de Hércules. OBRIGAR OS DEPUTADOS A RESPONDER PELAS TERRAS PELAS QUAIS FORAM ELEITOS.  Para isso é necessário mudar o sistema eleitoral. O primeiro deputado eleito pelo PSD em Castelo Branco é açoriano. Para verem o absurdo desta realidade, imaginem-me a mim, a qualquer um de nós, como cabeça de lista nos Açores por um dos partidos do famigerado arco da governação, antítese perfeita do arco do triunfo. PORQUE ALI NADA SE GANHA, TUDO SE PERDE.

Numa das farpas, já não me lembro se de Ramalho se de Eça, comparavam-se os partidos a meninos que, cada um em seu canto, vão passando a bola de um para o outro.

Essa EXCELSA e INTOCÁVEL rotatividade, tão querida à realização de um Estado de Direito Democrático.

Concedo no estado, porque se há coisa que temos feito é estar no estado onde nos deixam estar.

MAS DIREITO? ONDE PÁRA A JUSTIÇA, AQUELA QUE NA FORMULAÇÃO DE ULPIANO SE CONSUBSTANCIA EM DAR A CADA UM AQUILO QUE É DE CADA QUAL?

E A DEMOCRACIA? LEVANTE O BRAÇO QUEM VOTOU NESSE INUSITADO EIXO FRANCO-ALEMÃO (gentes que ou matam ou se matam).

QUEM VOTOU MERKOSY? Não são afinal eles que têm o poder? Quem os legitimou?

E mesmo cá dentro, meus caros? O que se passa quando elegemos as nossas, assim implicitamente se assumem, vozes dos donos? VOTAMOS EM VOZES ÀS CORES, ELEGEMOS CARAS DA NOSSA COR – como se isto da política fosse uma camisola que se enverga num jogo da bola.

Sejamos realistas, hoje por hoje, qualquer pateta se arrisca a ser primeiro-ministro desde que ganhe as primárias do partido do qual provém e desde que esse partido seja laranja ou rosa. É como que partir antes do tiro, disparar sobre os adversários e obrigar os tipos que seguram a fita da linha de meta a correr na nossa direcção. Como tão bem ilustra Sacha Baron Cohen no seu último filme, o ditador.

A DEMOCRACIA não se faz ASSIM.

FAZ-SE ASSIM! Hoje, agora e aqui. Em que cada um dos presentes diz de sua justiça.

Acham mesmo que são palavras deitadas ao vento o que hoje aqui se gritará? Acreditar nisso será assumir que nada somos, que de nada valemos.

Porque ELES, que afinal somos NÓS, nada merecemos. E MERECEMOS TUDO O QUE A FAMIGERADA TROIKA NOS IMPÕE.

Não vivemos, sobrevivemos!, e deixamos aos nossos FILHOS essa herança. “Filho, TU de nada vales; limita-te a aceitar, de cinzento vestido como manda a lei, o destino que eu te encomendei; que eu passivamente e sem nada fazer te deixei em testamento.”

Hoje por hoje, cada voto na urna – no caixão? − resume-se, sendo isso agora mais patente, a uma espécie de escolha de quem será a voz do dono. E lá voltamos a MERKOSY.

Nada contra os partidos, na acepção da escolha de CAUSAS, na escolha de formas diferentes de GOVERNO DA RES PUBLICA, da COISA PÚBLICA PORTUGUESA.

Tudo contra os partidos, VISTOS COMO AQUELA CONCESSÃO de que Agostinho da Silva FALAVA. E como eles hoje se nos apresentam, NAS EXIGÊNCIAS QUE NOS IMPINGEM.

"Podes, e deves, ter ideias políticas, mas, por favor, as «tuas» ideias políticas, não as ideias do teu partido; o «teu» comportamento, não o comportamento dos teus líderes; os interesses de «toda» a Humanidade, não os interesses de uma «parte» dela. E lembra-te de que «parte» é a etimologia de «partido»."

 

HOJE, COISA QUE NEM O HOMEM QUE VEIO DO FUTURO SOUBE CONTAR, LIMITAMO-NOS A ESCOLHER ENTRE QUEM FARÁ DE MICROFONE DOS INTERESSES GERMÂNICOS. VOTAMOS, POIS, NUM MICROFONE.

ONTEM votou-se o novo código do Trabalho. Não vou agora falar dos quês e porquês que me levariam, integrado em que partido estivesse, a votar como votaria, sendo que o meu voto seria sempre CONTRA.

Prefiro falar-vos da famigerada disciplina de voto. Desse conceito anti-democrático, reminiscência do fascismo. Quando votámos, não votámos nos estatutos ditatoriais dos partidos, votámos em homens e mulheres. Supostamente, em homens e mulheres livres. O que, neste caso, o PS nos diz é que quem votou nos seus candidatos votou em carneiros.

Ainda no que respeita ao PS, percebo finalmente a nebulosa e fabulosa construção da abstenção violenta. Não se trata de uma abstenção que pretenda ter voz ou ser oposição ou o raio que a parta em forma de canção de embalar. É coisa violenta, sim, mas porque é imposta, à força, sobre cada um dos deputados eleitos por tal partido.

Lembram-se do que eu disse há pouco? Tudo tem pernas e anda. DEUTSCHLAND ÜBER ALLES. A ALEMANHA ACIMA DE TUDO E DE TODOS.

Falo agora das vozes do dono, falo de uma espécie de ditadura mascarada de Democracia, legitimada pelo voto popular.

A Alemanha em menos de 100 anos destruiu duas vezes a Europa. A Europa e o mundo por duas vezes ajudou a Alemanha a reerguer-se. PARECE QUE NINGUÉM APRENDEU NADA!

Andemos agora umas décadas atrás e vejamos como tudo começou.

ANOS 80/90, CAVACO. 

Temos UM PRESIDENTE que, apesar da NOTÓRIA responsabilidade do governo POR SI  ENTÃO ENCABEÇADO na factura que ora nos apresentam (ninguém dá nada a ninguém),

por certo o principal responsável pelo não-uso/esbanjamento dos fundos comunitários nas décadas de 80 e 90, que permitiu que os boches desertificassem a indústria e a agricultura e a força dos portugueses, convencendo estes do que não era,

permitindo ainda e incentivando por acção, omissão e falta de regulação a política do caga-no-tractor-compra-mazé-um-jipe,

e não percebendo ele próprio, o que era evidente até às lágrimas,

Temos UM PRESIDENTE, dizia, que SE ARVORA AGORA EM GRILO FALANTE DO QUE VAI MAL E DE COMO TUDO SERIA DIFERENTE SE FOSSE COM ELE. Como se nada houvesse sido por causa dele.

Dito isto:

SE NÓS NÃO FALARMOS, OUTROS FALARÃO POR NÓS.

CAROS TERTULIANOS, POLÍTICOS SOMOS TODOS -- OU ASSIM DEVERIA SER. A RES PUBLICA É ISSO MESMO. A TODOS PERTENCE.

O QUE LEVAMOS DAQUI?        

O QUE EU ESPERO? QUE levemos daqui uma consciência menos adormecida, mais atenta. Que ouve mais e fala mais. QUE NÃO COME E CALA.

Umas mãos menos dormentes, prontas a USAR CADA DEDO, CADA UM COM SEU SENTIDO. Que HÁ REALMENTE DIAS EM QUE O MEU DEDO DO MEIO RESPONDE A TODAS AS  PERGUNTAS.

Mas uma mão pronta a cerrar-se em punho. Acima de tudo uma MÃO que não tenha medo de deitar-se à obra.

Mas atenção, não é já amanhã que as flores darão fruto.

O QUE LEVAMOS DAQUI?        

Se esta reunião estivesse a decorrer em pleno fascismo, saberíamos que conquistas ergueríamos. É notório o que daqui levaríamos. Pergunto, qual é a diferença? As coisas estão assim tão bem que deixamos de dar valor à força da palavra? Ou estamos fartos dela? É que SE estamos, outros a usarão por nós – ATÉ AO DIA EM QUE QUEIRAMOS E JÁ NÃO SEJA POSSÍVEL. PORQUE NOS CIMENTARAM A BOCA.

Se saberíamos valorar esta conquista durante o fascismo, o que muda?

É o MEDO? Será maior hoje? É quase insultuoso assim ousar pensar. O MEDO de perder o emprego, medo do SIS, medo de uma inspecção das finanças?

VAMOS ESCONDER-NOS ATRÁS DA PEDRA MAIOR, POIS ENTÃO. MAS CONSCIENTES DE QUE LEVAMOS ATRÁS DE quem VIEMOS E DE QUEM DE NÓS VIRÁ. QUE LEVAMOS ATRÁS UM PAÍS INTEIRO. QUE CONNOSCO SE ESCONDE DO FUTURO.

QUEM DORMIR BEM COM ISSO NÃO TEM AQUI LUGAR. OU ENTÃO QUE FIQUE E REPENSE OS CAMINHOS QUE PRETENDE TRILHAR.

"Para a forca hia um homem: e outro que o encontrou lhe dice: Que he isto senhor fulano, assim vay v.m.? E o enforcado respondeo: Yo no voy, estes me lleban." P.e Manuel Velho

OUVIR E FALAR. OUÇAMOS E FALEMOS, POIS.

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Robert Casadesus - Compositor e pianista francês

por António Filipe, em 07.04.12

No dia 7 de Abril de 1899 nasceu, em Paris, o compositor e pianista francês Robert Casadesus, considerado um dos melhores intérpretes de Mozart, de todos os tempos. Estudou no Conservatório de Paris, com Louis Diémer. Ganhou o primeiro prémio do Conservatório, em 1913, e o Prémio Diémer, em 1920. A partir de 1922 colaborou com Maurice Ravel num projecto para compilar listas de várias obras para piano, enquanto partilhava os palcos com o compositor em França, Espanha e Inglaterra. Como solista, fez muitas digressões e apareceu nos cinco continentes, tocando frequentemente com a sua mulher, a pianista Gaby Casadesus, com quem casou em 1921. A partir de 1935 ensinou no Conservatório Americano, em Fontainebleau e passou os anos da Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos da América.
Além da música de Mozart, Robert Casadesus também nos deixou gravações de Ravel e das Sonatas para violino e piano, de Beethoven, que gravou com o violinista Zino Francescatti. Tocou com Gaby e o filho Jean interpretações exemplares dos concertos para 2 e 3 pianos de Mozart. Gravaram estas obras com a Orquestra Sinfónica de Columbia e a Orquestra de Cleveland, dirigidas por George Szell, bem como com a Orquestra de Filadélfia, dirigida por Eugene Ormandy. Nos Estados Unidos, como na Europa, formou muitos pianistas. Robert Casadesus faleceu em Paris, no dia 19 de Setembro de 1972.


Sonata nº 3, op. 58, de Chopin
Piano: Robert Casadesus

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