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Guenter Grass, choca opinião pública com um poema onde classifica Israel como muito mais perigoso para a Paz que o Irão.
Grass é o protótipo do antissemita cultivado, que deseja o melhor aos judeus. Assombrado pela culpabilidade e a vergonha, e desejoso de estabelecer uma contabilidade na História, entra numa batalha ao defender as suas ideias para desarmar “a causa de um perigo percetível”.
Grass, que perturbou a Europa em 2006, quando revelou a sua parceria com a Waffen SS em 1944, explica que se manteve durante demasiado tempo em silêncio por medo do “habitual veredicto de ‘antissemitismo’”.
Têm-me deixado estupefacto algumas reacções à medida do Governo de congelamento das reformas antecipadas.
Nem tanto quanto à medida em si, mas relativamente à forma como foi implementada.
Quero dizer... o PSD não me admira nada, a multidão dos seus comentadores "independentes" nos media concorda que a ausência de comunicação prévia foi um mero "erro de comunicação"...
Admira-me sim, que o Secretário Geral da CGTP (já nem falo da alforreca da UGT, cuja opinião não interessa ao Pai Natal, ou melhor, interessa que se cale) tenha classificado a medida como "um embuste"...
Um "embuste"! Este homem devia voltar para as Novas Oportunidades (se é que ainda as há...). Este sujeito regurgita burrocraticamente uma palavrita que aprendeu em 30 anos de "contestação", sem perceber as implicações qualitativas deste acto do governo (a forma como foi implementado) relativamente ao seu relacionamento com o povo português.
Mudámos de "regime".
Este acto do Governo é a reentrada no sistema salazarista de governo.
Isto é um tipo de actuação que mostra com o que o povo português e particularmente, ou sobretudo, quem trabalha, pode esperar dele a partir deste momento.
Uma actuação traiçoeira que impõe medidas de enormes consequências pela calada da noite apanhando as pessoas totalmente desprevenidas.
A partir deste momento está demonstrado que não há leis, não há "estado de direito", não há possibilidade de se fazerem "planos", tudo depende da vontade absoluta da seita que nos governa.
As "leis do trabalho" e o arremedo de "concertação social" volatilizaram-se de uma penada.
E a "oposição" que continue a ser "responsável" e a debitar as bocas gerais e inconsequentes, civilizadíssimas, dos Drs. Seguro e Zorrinho, e o estimado irmão coreano Bernardino que continue a bater na tecla de que este governo é "igual aos anteriores" (o Bloco recolheu ao leito, se excluirmos o facto de que Louçã escreveu um livro e um tal Gil Garcia formou um novo partido que tanta falta fazia) ... bom proveito lhes faça.
A "responsabilidade" de uns e a irresponsabilidade de outros, são afinal o reflexo ou o prémio da serenidade do povo (tão elogiada lá fora e tudo...).
E um sinal verde para o Governo: meus senhores, neste momento não há simulacro de legitimidade democrática no País. Podem fazer o que quiserem. Não se dêem ao trabalho, sequer, de manter a rábula sobre a reposição dos subsídios, algures no futuro, deixem-se de "erros de comunicação". Instituam desde já um programa televisivo semanal com o título "Conversas em Família" tendo como protagonista o Dr Coelho em que na primeira emissão ele assuma desde já e de uma vez por todas que acabou.
Ah! falta (ainda) de forma visível a parte policial... descansem que por este caminho não há-de faltar muito tempo.
Assiste-se a uma vaga de suícidios de pequenos empresários que se juntam à falência das suas empresas.
A vaga de suicídios provocada pela crise não atinge apenas o Nordeste: nestes últimos dias, dois empreendedores romenos suicidaram-se e um artesão de Bolonha imolou-se pelo fogo. Na Itália, entre 2008 e 2010, os suicídios por motivos económicos aumentaram 24,6% (de 150 para 187), explica La Repubblica, que cita fontes sindicais e denuncia um eventual “efeito de imitação”. Depois dos últimos episódios, os sindicatos profissionais dos empreendedores e dos artesãos pediram ao Governo que crie fundos de emergência para ajudar os que não conseguem pagar as suas dívidas.
Admitidamente, todos nos enforcamos por evitar erros.(...) Todavia, evitar erros é um ideal pobre: se não ousarmos atacar problemas tão difíceis que o erro seja inevitável, então não haverá crescimento do conhecimento. (...) Ninguém está isento de cometer enganos: a grande coisa é aprender com eles”.
Karl R. Popper
Sobremaneira interessante esta entrevista com o realizador canadiano de "Titanic" James Cameron. Fala do “impensável que pode acontecer”.
Claro, todas as analogias com outros gigantes históricos do comportamento linear, nomeadamente a União Europeia e os seus estados constituintes, pertencem ao reino da ficção – ou talvez não?
“(…) Cameron: It's not about numbers. It's about the hubris* of the shipowners, for example; it's about society at that time. It was a very optimistic time: Technology was advancing; people built aircrafts; they enjoyed electric light; everything looked like there would be a great future. And the Titanic stood for that. And then, suddenly, the unthinkable happened, as if all of this went down with the Titanic. This was a huge blow. And, today, there are unthinkable topics as well, such as a nuclear war. And the Titanic shows that the unthinkable can happen.
SPIEGEL: Other disasters show that as well. So why does the Titanic have such a strong impact?
Cameron: Because she is and will remain a metaphor. There was the first class, second class, third class and the crew. So you have the rich and mighty, the middle class, the lower class and, let's say, the government. And the government is influenced by the wealthy -- in this case, Bruce Ismay (the chairman and director of the White Star Line of steamships, the owner of the Titanic, who also died on its maiden voyage). And they are driving this ship way too fast, quite deliberately playing with the lives and the future of the other people. And when they see the iceberg, it's too late. (...)”
* O significado de hubris (palavra grega) pode ser, segundo ele, sinónimo de arrogância, desprezo, superioridade, excesso de confiança, autismo.
SPIEGEL ONLINE, 04/06/2012
Interview with Director James Cameron: 'The 'Titanic' Shows That the Unthinkable Can Happen'
Canadian film director James Cameron has made three films about the Titantic , including the 1997 blockbuster of the same name. In a SPIEGEL interview, he discusses his lasting fascination with the ship's story and why it is a metaphor that can teach us about love, loss, hubris and ourselves.
You can download the complete article over the Internet at the following
URL:
http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/0,1518,826121,00.html
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Flash Graphic: Chronology of a Catastrophe http://www.spiegel.de/flash/0,5532,28470,00.html
Images of a Disaster: The 'Titanic' Shipwreck Under A New Lens http://www.spiegel.de/fotostrecke/fotostrecke-80794.html
Belfast Commemorates Titanic: Disaster Ship Remembered in City that Built It http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,823806,00.html
Mais, revolta-me as entranhas.
Enoja-me que a palavra seja algo de descartável, que tenha deixado de marcar o homem-dito-político que a profere, quando devia marcá-lo como ferro em brasa.
"Prometo" não é apenas uma palavra, é um acto. Prometer é fazer. Vincula.
Enoja-me o "moralismo padreco" com que Passos Coelho me olha através do ecrâ de TV. Com um desdém que já é incapaz de disfarçar.
Enoja-me a falta de carácter de quem prometeu, escassos meses atrás, que o futuro seria difícil para os portugueses, mas que tudo seria feito "às claras", sem subterfúgios, sem uma agenda escondida, por respeito, porque os portugueses mereciam saber todas as razões e pormenores dos sacrifícios a que seriam submetidos. Gritava-se a pulmões cheios (sabemos agora, de vento) que a atitude seria outra, diferente, melhor, correcta.
Atitude muito diferente daquela que nos tem vindo a ser escarrada em cima.
O esconder da suspensão das reformas antecipadas e do fechar da Maternidade Alfredo da Costa é apenas o último dos insultos, mais virão.
A confusão com o ano de recuperação dos subsídios de desemprego e de Natal, o último malabarismo de palavras e números proferido por aqueles que pouco mais já são que arremedo de homens.
Como se fossemos nós a não compreender. Como se o que foi dito não significasse, nem pretendesse significar, aquilo que realmente foi dito. Como se não se quisesse dizer o que se disse com o que se disse de papo cheio para ganhar umas eleições. Como se a confusão fosse nossa, imbecis que somos.
Que não nos esqueçamos nós na altura de colocar a cruz.
Que não se esqueça Passos, o sonolento Gaspar e o cão-de-guarda Relvas das últimas palavras escritas pelo grego da praça Syntagma.
Que não se esqueça a UGT, já agora.
Imagem, aquela com bom aspecto
Quando me encontrar
Regressarei ao meu refúgio
Para sentir a brisa passar
Rendilhada de raios de luz
Tecidos nas ondas do mar
De espuma branca bordada
Como dorso dum animal
Franco e leve, branqueado
Aroma fresco acidulado
Com cheiro e sabor a sal
Voltarei então para sentir
O que mal entendia
mas pensava
O que apenas sonhava
e sentia
O que o vento sussurrava
e dizia
Que na encosta da vida ficava
Mas voltarei ainda a tempo
Para me saciar da vida atento
Sabe-se agora que o petróleo pode ser explorado praticamente em toda a parte, desde que se esteja disposto a investir nos altos custos de uma perfuração profunda. Qualquer país se pode tornar independente em matéria de energia. Simplesmente, os donos das petrolíferas querem países dependentes e que paguem caro pelo petróleo importado.
A afirmação de que existe um máximo na extracção de petróleo é, de facto, um golpe e uma mentira . Trata-se apenas de construir uma escassez e um encarecimento artificial. Tudo se resume a negócios, lucro, poder e controlo.
Mapa que evidencia os limites tectónicos (Fonte: http://geologiadoquinario.blogspot.pt/2010/04/falhas-tectonicas.html)
* Extractos de: http://www.fciencias.com/2012/03/31/o-petroleo-nao-e-de-origem-fossil-e-inesgotavel/
Descubram as diferenças: "O fascismo italiano assumiu que a natureza do Estado é superior à soma dos indivíduos que o compõem e que eles existem para o Estado, em vez de o Estado existir para os servir. Todos os assuntos dos indivíduos são assuntos do Estado." [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo]
Ninguém acredita que o governo mexa neste assunto e deixe tudo na mesma. Afinal, como se receberia mais ao mês haveria uma elevação de escalão do IRS e, assim, uma antecipação do IRS entregue ao estado. Mas apenas para antecipar não parece razão suficiente para o governo no meio deste vendaval levantar outro temporal.
O trabalhador passaria a receber uma salário mais alto, mês a mês, mas o seu rendimento anual seria o mesmo. Mas a redução dos salários é uma tentação, e esta poderá ser a primeira fase de um processo que começaria de mansinho até chegar ao objectivo. A verdade, é que com o pagamento em 12 meses, as famílias têm ao longo do ano mais dinheiro para gastar, e essa "ilusão", poderá alargar a margem de manobra para que a redução dos salários ou o seu congelamento, seja menos sentido nas famílias.
A política passou da arte do possível para a arte de fazer "parecer"!
Há um ano Sócrates foi obrigado a assinar o memorando da troica na sequência do chumbo do PEC4 que no dizer de Passos Coelho significava austeridade a mais. O governo Sócrates caiu e no início de Junho apareceu o governo Coelho.
Sócrates negociou, barafustou, falou com o BCE que lhe passou uma rasteira nojenta a mando da bruxa Merkel e acabou por ceder perante a pressão de Teixeira dos Santos aflito com os 5,1% exigidos pelos mercados e com a pressão da banca que deve ter pago à Judite de Sousa para fazer uma série de entrevistas a banqueiros como Salgado, o Ferreira e outros que propunham um pedido de resgate.
Um ano depois, fica a pergunta no ar. O que se ganhou? Nada e tudo ficou pior, não há um indicador que tenha um sinal positivo. Começando de cima, os banqueiros foram os que mais perderam, as suas ações valem menos de metade e só ontem os quatro principais bancos portugueses perderam na bolsa 221 milhões de euros. Ao contrário do que deveria ter acontecido com o PEC4, a banca não saiu a ganhar com a Troica e só foi contemplada com umas migalhas das recentes emissões de moeda do BCE destinados a emprestar à banca privada da zona euro mais de um bilião de euros a 1% por três anos. Os banqueiros atuaram de modo irracional e sendo geralmente de extrema-direita não fazem contas quando se trata de deitar abaixo um governo socialista.
Mas, para além da banca, Passos e Gaspar não conseguiram resgatar nada, impondo apenas sacrifícios e pobreza a todos os portugueses. Repare-se que a faturação nacional do Continente de Belmiro de Azevedo caiu 13% em 2011 e do Pingo não ficou atrás, daí a imensa publicidade que fazem porque a as vendas estão a cair cada vez mais. Classes pobres e classes médias comem menos, gastam menos de tudo e os poucos que têm dinheiro aforram-no na banca que é obrigada a pagar juros bem mais altos que os dos empréstimos do BCE à poderosa Itália, à Espanha e à França. Das emissões, Portugal nem 1% recebeu.
Mas, há duas catástrofes em curso no país, o desmesurado aumento do desemprego e da morte. Esta última foi algo que nunca ninguém pensou. Nunca passou por cabeça alguma que a morte duplicasse pelo início ainda titubeante do corte nos cuidados de saúde, nas reformas e no aumento dos custos com eletricidade e outros impostos e taxas. O desemprego atingiu os 14,5% e caminha rapidamente para os 15% e muito mais. Eu que ainda estou no mercado como fornecedor de empresas sei o que me dizem. Todo o patronato vende menos e quer despedir para evitar ter custos superiores às receitas, mesmo pagando ordenados mínimos. O consumo público caiu 3,2% no primeiro ano da troica e o privado -5,9. Os investimentos entraram em colapso com -10,2% e o PIB vai cair mais de 3,3% este ano. Ao mesmo tempo, défice o orçamental sobe dos 4,2% em 2011 para 4,5% este ano, se as coisas não piorarem ainda mais como é mais do que previsível. A dívida pública aumentou para 107,8% do Pib em 2011 e deverá ser de 112,5% em 2012.
As próprias exportações que estiveram em franca ascensão no início de 2011, chegando no fim do ano a +7,4 estão agora a crescer muito menos, permitindo uma previsão otimista de crescimento de apenas 2,1%.
Com tudo isto, Passos Coelho caiu na mesma armadilha de Sócrates; vai ter de negociar um novo plano de resgate mesmo antes do atual terminar. Ele não quer, como não queria Sócrates, mas não foi até agora capaz de fazer melhor, apesar das medidas de extraordinárias de consolidação orçamental inscritas no OE 2012 atingirem os 10.350 milhões de euros, portanto, mais 9.041,3 milhões de euros que as medidas de austeridade de 2011. São quase mil euros por cada um dos 10,5 milhões de portugueses para além dos impostos e taxas habituais e mais de dois mil europeus por cada português ativo. Mesmo assim, não chega e o défice será superior ao do ano anterior.
As privatizações significam só que no futuro as receitas do Estado serão menores e mesmo aquilo que saiu hoje no Diário da República, ou seja, a suspensão da aceitação de pedidos de reforma antecipada por parte dos funcionários públicos, vai traduzir-se em reformas mais elevadas a partir dos 65 anos de idade devido à ausência dos elevados descontos de antecipação.
Enfim, para já, os portugueses veem que ainda não se chegou ao fundo do poço e nem sabem se o poço tem fundo. Se existir o tal fundo, como seria de esperar, vamos todos subir um pouco, mas para isso é necessário que esteja em cima um governo para lançar as cordas e não me parece que Coelho e Gaspar sejam as pessoas mais indicadas para isso por não inspirarem confiança. Todos terão medo de se agarrarem à corda porque acham que os dois lingrinhas não têm força nos braços.
Dieter Dellinger
Mas só se o governo estimular a economia. Este ano afunda 3,3%, para o ano andará pelos 0% e a partir de 2014 poderá crescer para os 2% e anos seguintes. Mas é tudo ainda muito nebuloso. A reboque das exportações as boas notícias vêem dos Estados Unidos onde a economia está em processo de aceleração consistente, que arrastará as restantes economias, especialmente as dos países europeus.
Mas não se vê que o governo tenha estabelecido essa prioridade continuando a canalizar dinheiro para os bancos que o não fazem chegar à economia.
As receitas das privatizações são uma boa ajuda mas não parece que sejam suficientes e a sua aplicação na amortização da dívida com juros mais altos pode ser uma tentação.
Nos últimos dias avolumaram-se as suspeitas que nem tudo está claro nas contas do estado e a ser assim podem vir aí mais ajustes com a consequente encolha da procura interna. Ora isto não ajuda em nada a economia. E, mesmo com estas previsões algo positivas a verdade é que o flagelo do desemprego veio para ficar pois a criação de emprego só se faz acima dos 2% de crescimento da economia.
Há quem diga que com o estreitamento das relações comerciais com a China e o Brasil as nossas exportações vão dar um salto muito significativo. Portugal terá passado a ser uma economia a jogar no mercado global.
Um pouco de esperança não faz mal a ninguém!
Manuel Gargaleiro :Pintor abstrato e ceramista, Manuel Cargaleiro nasceu em Vila Velha do Ródão (Castelo Branco), à margem direita do rio Tejo, no ano de 1927. Em 1957 foi contemplado com bolsa de estudo proporcionada pelo Instituto de Arte Contemporânea e, no ano seguinte, recebeu igual prêmio da Fundação Gulbenkian, o que lhe permitiu aperfeiçoar-se no exterior. Sobre ele, escreve Fernando de Pamplona:
«A sua pintura é, por vezes, compartimentada, alveolar, com reminiscências de azulejos na luz bruxuleante, talvez até certo ponto influenciada por [Maria Helena] Vieira da Silva, mas sem nada perder da sua originalidade»:
.
A medida de boquear as reformas antecipadas e, sobretudo, o "estilo" como é imposta não é nem uma mera golpada nem (oh Meu Deus!) uma medida que preserve o emprego de quem o tem.
É uma medida humilhante, traiçoeira, que revela uma feroz desconfiança e antagonismo relativamente a quem trabalha e que é digna de um regime ditatorial.
É uma medida salazarista.
É uma medida que evidencia, como nenhuma outra até agora, a natureza perversa desta seita que os portugueses elegeram.
E é totalmente absurdo achar-se que "reforça o emprego" de quem quer que seja.
Em primeiro lugar, porque graças às medidas que têm vindo a ser tomadas, o Governo, ou quem quer que seja, têm hoje, quase que se diria os incentivos para despedir sem qualquer justificação ou custos.
Em segundo lugar, porque o emprego a que hipoteticamente a sua ausência daria lugar seria um emprego precário e desprotegido que se tivesse efeito nos números do desemprego seria de mera cosmética.
Em terceiro lugar por uma razão de evidência quase lapalissiana: porque era o regime em vigor até agora, e foi com ele em vigor que se chegaram aos números do desemprego. Isto é, o seu impacto, nessa matéria, é zero.
Talvez para realçar o carácter de comentador político independente de Marques Mendes, o Público on line titula hoje que ele "acusa" (wow, nada menos do que "acusa"...) o Governo.
Mas o problema de Marques Mendes com o Governo não é nem a má fé das medidas arbitrárias e humilhantes anunciadas de surpresa, como o bloqueio das reformas antecipadas (um dia destes aparece de surpresa uma "polícia solidária" qualquer com correntes para amarrar as pernas das pessoas às das mesas de trabalho), nem as mentiras descaradas (infelizmente há hoje uma proliferação de memórias documentais que dificultam o spin de afirmações factuais registadas), acerca de assuntos com impacto directo na vida de centenas de milhares de pessoas. O problema de Marques Mendes é com a "desastrosa comunicação" do Governo.
De forma mais polida, já Ricardo Costa dissera o mesmo num comentário televisivo, o que mostra que nem tudo está fora de tom em termos de afinação comunicacional.
Escondeu o diploma para impedir que os interessados aproveitassem os oito dias entra a aprovação e a publicação e apresentassem o seu pedido de reforma antecipada. É o que se pode chamar uma "golpada". As pessoas tinham direito a exercer essa possibilidade enquanto o anterior diploma estava em vigor.
Sabemos todos que a situação das contas da Segurança Social vão de mal a pior, mas também sabemos que o desemprego vai nos 15% e que entre os jovens vai nos 35%. Ora este diploma vai reforçar o emprego de quem o tem e dificultar o acesso ao emprego de quem está desempregado.
Prefere ter as contas da Segurança Social menos más a melhorar a situação de quem está desempregado!
E é o governo que está a fazer todas estas opções!
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
No dia 6 de Abril de 1971 morreu, em Nova Iorque, o compositor russo Igor Stravinsky, que foi considerado pela revista “Time” uma das cem pessoas mais influentes do séc. XX. Tinha nascido em Oranienbaum, no dia 17 de Junho de 1882. Filho de um cantor da ópera imperial de São Petersburgo, aos vinte anos estudou com o compositor Rimsky-Korsakov. Em 1910, compôs o ballet Pássaro de Fogo – o primeiro de uma série encomendada pelo Ballet Russo, e obteve imediato sucesso. A partir daí, outras obras para ballet lhe seriam solicitadas. Mas foi com a célebre “A Sagração da Primavera”, em 1913, que o seu nome entraria mesmo para a história da música universal. A apresentação da obra causou escândalo devido às dissonâncias, à assimetria e alternância de ritmos. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, mudou-se para a Suíça. De 1920 a 1939, Stravinsky viveu na França.
Na década de 1930, em menos de dois anos, perdeu a filha mais nova e a mulher, ambas vítimas de tuberculose. Pouco tempo depois, perdeu também a mãe. Desgostoso, buscou novos ares. Com o início da Segunda Guerra Mundial, Stravinski foi viver para os Estados Unidos. Desembarcou no país em Setembro de 1939 e tornou-se cidadão norte-americano em 1945. Em 1963, resolveu visitar a sua pátria e foi recebido com carinho pelos fãs e homenageado pelo governo soviético. O compositor continuou a trabalhar até os oitenta anos.
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