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Amanhã faço greve

por Miguel Cardoso, em 21.03.12

 Abre o noticiário com a douta análise de um senhor-professor-doutor-raioqueoparta-catedrático-bem-na-vida dizendo que “fazer greve não adianta nem resolve nada”. Diz ele, lá do cimo, onde a lama não chega, para a ralé, que luta para se manter à tona cá em baixo. “Que não resolve”, “que não adianta”, “que prejudica o país”, “que são sempre os mesmos”, “que perdes um dia de salário”… Um dia de salário? Já perdeste MESES de salário e teimas em permanecer caladito a fingir de morto, à espera que a coisa se resolva por si só, como quando reinicias o computador cheio de fé que o vírus tenha desaparecido. O problema é que para a vida não há botão de reiniciar e a fé nem a chuva traz. O mal está no facto de pensares que o estado de coisas se muda logo no dia a seguir à greve. Não funciona assim, um dia de greve é apenas um passo num longo caminho para recuperar o que nos últimos anos te foi tirado. E sim, acredito nos direitos adquiridos. E sim, sei que de tanto te bombardearem a cabeça com o fim dos mesmos, já duvidas inclusive de que alguma vez os teres tido. Destruir é fácil, construir leva tempo. Infelizmente é assim. E que diabo, que mensagem estamos a passar à geração que se segue? Que responderemos aos nossos filhos quando nos perguntarem, daqui a uns anos, que fizemos nós para tentar contrariar este "fatalismo" a que nos votam e pretendem lhes deixemos em testamento? Nada filho, não consegui levantar o rabo do sofá. Nada filho, na altura um dia de salário pareceu-me muito. Nada filho, o teu pai é um banana e este é o exemplo que te dou, filho de banana, banana é. Amanhã faço greve. Irão acompanhar-me 10, 20, 50, não faço ideia (até faço), Na sexta-feira vou entrar de cabeça erguida no meu local de trabalho, com o peito inchado do dever cumprido, e haverá olhares postos no chão, e haverá desculpas coloridas... Eu vou de sorriso-amarelo-retributivo, que não adianta discutir com “cadáveres adiados que procriam”, mas o arreio, esse que levam, já não se consegue disfarçar, vê-se ao longe. Para a “trupe do não adianta”, boa sorte com a justificação aos filhos, força no ensaio frente ao espelho, para que pareça que acreditam mesmo no que dizem.

 

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publicado às 22:36

Por iniciativa do Sindicato dos MP foi aberto um inquérito-crime no DIAP às despesas pessoais dos ex-ministros do governo anterior. Deixando de lado a guerra surda que há muito opõe os agentes do Ministério Público aos políticos e vice versa, a questão que aqui interessa é saber se esta medida é ou não democraticamente defensável e se concorre para uma maior transparência.

Pessoalmente julgo que os governos têm que se sujeitar à separação de poderes como é próprio de um estado de direito e, assim sendo, se o Ministério Público considera ter elementos bastantes para abrir um inquérito crime, está no seu direito e até no seu dever de o fazer. Cabe agora aos investigados no inquérito usar todos as acções de defesa que o estado de direito põe à sua disposição.

Ficará sempre no ar que o nosso sistema Judicial se move por razões ideológicas e que estará a fazer política, mas pior seria se isso o tolhesse em vez de o fazer avançar.

Numa altura em que nos chegam através da comunicação social, diariamente, as declarações mais abrasivas feitas em tribunal, há como que uma atmosfera de "ajustar contas" que não é democrática. Enquanto outros processos dormem sossegados nas gavetas protegidas onde os aconchegaram. É, claro, que tudo isto vai colocar frente a frente não a verdade/mentira ou a Justiça/injustiça mas, mais uma vez, as convicções ideológicas de cada um.

Isso é que não é democrático e não enquadra num estado de direito!

 

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publicado às 22:32


OUVIR E FALAR -- I Tertúlia pela Democracia e Cidadania

por Rogério Costa Pereira, em 21.03.12

(clique na imagem para saber mais)

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publicado às 19:48

A interpretação de um gráfico é sempre bastante subjectiva. Neste quadro o Movimento para Defesa do SNS vê que os cidadãos recorrem menos às urgências. Claro que as Taxas Moderadoras  é para isso que servem, para refrear as chamadas falsas urgências que chegaram a atingir cerca de 60% do total. O Protocolo de Manchester ( prévia análise da gravidade dos casos) ajudou muito a descongestionar as urgências e a dar prioridade aos casos mais graves.
No entanto, não devemos esquecer que para uma pessoa que recorre às urgências, mesmo por uma simples constipação, o seu caso é sempre o mais grave de todos, resultado da ansiedade de quem se sente menos confortável do que habitualmente. Essa ansiedade é que é muito dificil de gerir.
Uma hipótese que me parece adequada seria isentar as pessoas que não têm um rendimento mínimo ( julgo que é o que se está a fazer), acima desse nível todos pagam Taxa Moderadora  proporcionalmente ao rendimento .
A isto acrescentava dois pressupostos óbvios mas importantes : ninguém ficará sem tratamento por razões financeiras ( ou por outra razão qualquer) e os titulares de Apólices de Seguro de Saúde activavam a sua apólice no SNS da mesma forma como activam quando recorrem a um hospital privado. Não podemos esquecer que são as Companhias de Seguro que saem beneficiadas, não são os doentes!

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publicado às 19:00

a partir de um texto de Francisco Jaime Quesado

...passados 20 anos Portugal é um país de de auto-estradas com menos coesão territorial e crescentes desigualdades sociais numa Europa em grande indefinição de identidade. Em tempo de crise financeira impõe-se mais do que nunca um choque operacional que conduza a mudanças claras e necessárias: desactivação das actividades económicas sem valor, aposta maciça na formação/educação que produza quadros reconhecidos pelos mercados, fixação de investimentos e talentos nas regiões mais desfavorecidas, criação de um contexto competitivo moderno voltado para a criatividade das pessoas e a qualidade de vida das pessoas.

O QREN ajuda a alavancar esta mudança que queremos para o nosso país, mas passados três anos são ainda muito tímidos os sinais de concretização dessa mudança. É por isso que a aposta para o futuro tem que ser a marca desta nova fase. Um sinal na aposta nas políticas do conhecimento, centradas em territórios  inteligentes e aposta em trabalhadores criativos.

Em tempo de grande crise é preciso desenvolver modelos de rápida absorção das verbas disponíveis mas não a qualquer preço!

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publicado às 17:30


Greve Geral

por Luis Moreira, em 21.03.12

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publicado às 17:00


ENCONTRO DUM VERSO

por Adriano Pacheco, em 21.03.12

Na luz dum verso te vejo

navegar

Nos sons das palavras

afagas o rosto

Nas mãos fechadas aqueces

o tom

E atrás dos montes deixas

o sol-posto

 

Esgueira-se assim o sol

doutro dia                                                                                                

Cai a noite na renda do luar

Procuro-te na penumbra

perdida

E encontro o vazio do teu lugar

 

Lembro-te na nesga do sol

brilhante

Luz dum olhar distante

Guardo na mão que agarro

A luz do verso que te amarro

 

De quantos sois já me libertei

Mas foi na luz que te encontrei

 

 

 

 

 

 

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publicado às 16:00


No dia mundial da poesia - Natália Correia

por Luis Moreira, em 21.03.12

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publicado às 14:00


Catroga não tem nada de avô cantigas

por Luis Moreira, em 21.03.12

Quando escreveu o programa de governo do PSD queria a máxima concorrência agora que ganha muito e sai cedo já diz que sim mas também. A habitual coerência dos líderes deste país que dançam conforme a música que melhor lhes aproveita.

O ex-ministro das Finanças de Cavaco disse ainda que é preciso definir o que são “rendas excessivas”, admitindo que “existem outras em vários sectores da economia nacional, fruto de políticas erradas durante muitos e muitos anos”.

Mas enquanto relator do programa de governo do PSD para as últimas eleições, o então braço-direito de Pedro Passos Coelho protagonizava uma posição muito diferente. Juntamente com o agora secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, preconizava uma “nova política energética que seja mais equilibrada e direccionada para a resolução dos problemas actuais das empresas, das famílias e do país no seu conjunto”.

Ficou tudo resumido a um salário milionário!

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publicado às 13:00


E se de repente surgissem mais 100 pardais?

por Rogério Costa Pereira, em 21.03.12
pardal e pomba.jpg

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publicado às 12:24


Assassino de Toulouse cercado

por Luis Moreira, em 21.03.12

O homem de 24 anos de origem magrebina está cercado em casa onde se barricou. Foi através da internet que foi identificado depois de ter feito um contacto com uma das suas vítimas militares.

Reafirma que o motiva vingar as crianças palestinianas e que pertence à AL Qaeda. O governante explicou que o jovem tem nacionalidade francesa, reside em Toulouse e viajou anteriormente para o Afeganistão e Paquistão, "tendo laços com pessoas do salafismo e jihadismo".

Mais um psicopata que assassina crianças inocentes o que justifica com actos também eles pouco abonatórios

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publicado às 11:55


A adesão à greve geral não vai ser geral...

por Luis Moreira, em 21.03.12

Os trabalhadores sabem que os efeitos não são nenhuns, que haverá perdas de salários, que os prejudicados são os trabalhadores que não têm condições de fazer greve e os desempregados. Os mais pobres!

Quem vai aderir são novamente os trabalhadores dos transportes numa reincidência que vai levar a profundas reformas no sector. O país não pode estar à disposição das greves dos transportes públicos.

"Estatisticamente, nos regimes democráticos, existe menor adesão a greves em tempos de crise porque as pessoas sabem que não pode ter efeitos", explicou ao Diário Económico o politólogo António Costa Pinto. Opinião partilhada pelo sociólogo , Elísio Estanque: "Não acredito numa grande adesão. Mesmo que ainda não se veja a luz ao fundo do túnel, as pessoas querem acreditar que ela virá e, por isso, "fazem cálculos sobre o impacto da perda de um dia de salário", sabendo à partida que as medidas de austeridade não vão acabar" com a contestação. "Há uma incorporação fatalista e uma mentalização de que a austeridade neste momento é irreversível", explica o investigador do Instituto de Ciências Sociais de Coimbra.

Claro que no fim do dia os sindicatos dirão que estiveram em greve o dobro dos trabalhadores e o governo dirá o inverso, mas o que poderá levar à greve geral é a indignação, quando as pessoas se aperceberem que os sacrifícios não valeram a pena. É cedo para isso, pese o discurso de Arménio Carlos e seus camaradas!

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publicado às 11:00

Com personalidade vincada, Paula Rego é conhecida pelos seus olhos profundos e pela forma peculiar como estes observam o mundo. Tem enorme capacidade de dissecar e criticar, retratando muito bem a realidade e as questões que considera prementes. Pinta a guerra, o aborto, mas também a metamorfose da obra homónima de Kafka, ou as mulheres de “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queirós. A sua obra tem uma “força extraordinária” e, ainda por cima, frisa Mário Matos Ribeiro, produtor de moda, “cria ambientes tão banais, tão caseiros, que se torna perturbadora”. A maneira quase infantil de se expressar – tanto na pintura como na oralidade – faz de Paula Rego uma personagem intrigante, a quem ninguém fica indiferente. Em certos momentos, tem uma perturbante doçura. Noutros, uma assustadora agressividade. Mas os seus quadros são belos, como tudo o que é indomável.

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publicado às 10:00

Procurei cerca de trinta "top ten" para escolher um em que o nosso país estivesse no "podium". Cidades mais limpas, rios mais compridos, maior esperança de vida, mais nascimentos, mais suicídios, mais milionários...

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publicado às 09:00

 — Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.

— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.

Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.   

Miguel Torga, in 'Diário XII'
Tema(s): Liberdade  Ler outros poemas de Miguel Torga 

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publicado às 08:00


O Equilíbrio do Corpo Humano

por Luís Grave Rodrigues, em 21.03.12

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publicado às 00:05

 

"Subir o IVA na restauração corre o risco de ser uma medida completamente estúpida"

 

[não serei eu que o vou contrariar...]

 

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publicado às 00:02

No dia 21 de Março de 1685 nasceu, em Eisenach, o organista e compositor alemão Johann Sebastian Bach. Embora pouco reconhecido na altura em que viveu tornou-se num dos mais famosos compositores da história da música ocidental. Só se tornou conhecido depois de Felix Mendelssohn, já no séc. XIX, ter divulgado a sua obra, até então bastante esquecida. Posteriormente, Hans von Bülow faz referência a Bach como um dos "três bês da música", sendo os outros dois Beethoven e Brahms, e considera “O Cravo Bem Temperado” como o Antigo Testamento da Música.
Uma das grandes características de Bach é o domínio de complexos e engenhosos contrapontos, como demonstra em obras como “O Cravo Bem Temperado” e “A Arte da Fuga”. Entre as obras corais de Bach destacam-se a “Paixão segundo São Mateus” e a “Paixão segundo São João”, escritas para as cerimónias de Sexta-feira Santa, e a “Oratório de Natal”, um conjunto de seis cantatas para uso na época do Natal.
Em 1708, Bach foi nomeado organista da Corte e, em 1714, director de orquestra na corte do duque Wilhelm Ernst, em Weimar. De 1717 a 1723, foi mestre de capela na corte do príncipe Leopoldo. A partir de 1723 e até à sua morte, foi Director Musical na igreja luterana de São Tomás, em Leipzig.
Depois de uma fracassada operação aos olhos, Bach foi ficando cego até perder totalmente a visão. Actualmente crê-se que a sua cegueira foi originada por diabetes. Johann Sebastian Bach morreu, em Leipzig, no dia 28 de Julho de 1750.


“Wachet Auf" da Cantata BWV 140, de Johann Sebastian Bach
Royal Philharmonic Orchestra
Maestro: Andrew Litton

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publicado às 00:01


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