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A difícil arte de ser maior

por Miguel Cardoso, em 11.03.12

 A propósito de uma troca de argumentos com dois dependentes religiosos à porta de minha casa, lembrei-me de um texto de Immanuel Kant que costumo atirar de chofre ao cérebro adolescente no início do ano lectivo a pretexto do que é fazer Filosofia (o como vem um pouco mais tarde).

Sirvo-me de Kant contra essa mania ou necessidade que tem o homem de encontrar um messias de verdade em riste. Contra essa miserável tendência que o homem tem de encontrar quem lhe diga o que pensar e o que fazer. Contra essa tendência de ficar à espera de quem avança e criticar o modo de andar daquele que se decide a fazê-lo, que assim não, que não adianta, se ao menos fosse de outra forma, se calhasse noutro dia, se… Aí ninguém me parava, eeeepá, porque em chegando-me a mostarda ao nariz eu faço e aconteço, que a mim ninguém me cala! Onde é que eles estão? Onde? Quantos são? Para quando? Eeeepá, nesse dia tenho aquela coisa combinada.

Sobre esta propensão para ser menor e gostar, bem melhor do que eu, Kant:

“lluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria, se a sua causa não residir na carência de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo, sem a guia de outrem. Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo.

A preguiça e a cobardia são as causas de os homens em tão grande parte, após a natureza os ter há muito libertado do controlo alheio, continuarem, todavia, de bom grado menores durante toda a vida; e também de a outros se tornar tão fácil assumir-se como seus tutores. É tão cómodo ser menor. Se eu tiver um livro que tem entendimento por mim, um director espiritual que em vez de mim tem consciência moral, um médico que por mim decide da dieta, etc., então não preciso de eu próprio me esforçar. Não me é forçoso pensar, quando posso simplesmente pagar; outros empreenderão por mim essa tarefa aborrecida. Porque a imensa maioria dos homens (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem à maioridade difícil e também muito perigosa é que os tutores de bom grado tomaram a seu cargo a superintendência deles. Depois de terem, primeiro, embrutecido os seus animais domésticos e evitado cuidadosamente que estas criaturas pacíficas ousassem dar um passo para fora da carroça em que as encerraram, mostram-lhes em seguida o perigo que as ameaça, se tentarem andar sozinhas. Ora, este perigo não é assim tão grande, pois acabariam por aprender muito bem a andar. Só que um tal exemplo intimida e, em geral, gera pavor perante todas as tentativas ulteriores.

É, pois, difícil a cada homem desprender-se da menoridade que para ele se tomou quase uma natureza. Até lhe ganhou amor e é por agora realmente incapaz de se servir do seu próprio entendimento, porque nunca se lhe permitiu fazer semelhante tentativa. Preceitos e fórmulas, instrumentos mecânicos do uso racional, ou antes, do mau uso dos seus dons naturais são os grilhões de uma menoridade perpétua. Mesmo quem deles se soltasse só daria um salto inseguro sobre o mais pequeno fosso, porque não está habituado ao movimento livre. São, pois, muito poucos apenas os que conseguiram mediante a transformação do seu espírito arrancar-se à menoridade e encetar então um andamento seguro.

Mas é perfeitamente possível que um público a si mesmo se esclareça. Mais ainda, é quase inevitável, se para tal lhe for concedida a liberdade. (…) Por meio de uma revolução talvez se possa levar a cabo a queda do despotismo pessoal e da opressão gananciosa ou dominadora, mas nunca uma verdadeira reforma do modo de pensar. Novos preconceitos, justamente com os antigos, servirão de rédeas à grande massa destituída de pensamento.

Mas, para esta ilustração, nada mais se exige do que a liberdade; e, claro está, a mais inofensiva entre tudo o que se pode chamar liberdade, a saber, a de fazer um uso público da sua razão em todos os elementos. Agora, porém, de todos os lados ouço gritar: não raciocines! Diz o oficial: não raciocines, mas faz exercícios! Diz o funcionário de Finanças: não raciocines, paga! E o clérigo: não raciocines, acredita! Por toda a parte se depara com a restrição da liberdade.”

 ENTÃO COMO É?

 (Immanuel KANT, in Resposta à pergunta: “Que é o Iluminismo?”, tradução de Artur Morão)

 Imagem

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publicado às 23:26


Fukushima, um ano

por rui david, em 11.03.12

Passou um ano sobre a catástrofe no Japão.

O país tenta hoje lidar com a destruição causada pelo tsunami, de entre cujas consequências avultam a necessidade de processamento de uma quantidade de detritos gerados que só não é inconcebível porque infelizmente é bem real e a alteração das características dos solos costeiros pela invasão de água salgada que impede, para já, a sua utilização na agricultura, para além da necessidade de reconstrução de inúmeras infra-estruturas.

Um dos danos colaterais causados pelo tsunami foi a destruição da central nuclear de Fukushima.

Tanto quanto se sabe, a situação nessa central está alegadamente "estabilizada", mas as contaminações radioactivas nas regiões limítrofes ainda mantém dezenas de milhares de pessoas afastadas das suas casas, situação que, provavelmente se manterá por décadas.

A industria nuclear japonesa foi ferida de morte neste processo. O Governo e a opinião pública acordaram para décadas de prepotência, ocultação de dados e pressão sobre as entidades reguladoras, por parte dos operadores energéticos.

Dos 54 reactores existentes, apenas dois se encontram neste momento em funcionamento.

Daqui não veio, por paradoxal que se pudesse pensar, nenhum problema excessivamente grave.

Com a evidência do desastre a poucos quilómetros de distância, a sociedade japonesa adaptou-se à nova realidade, sem excessivos dramatismos e sem necessidade de adaptações catastróficas do seu modo de vida, o Japão mostrou que é possível a um país, ainda que dependente dessa energia, adaptar-se à sua ausência.

Para comemorar a triste efeméride, a AlJazeera publicou vários artigos sobre o tema.

Um deles, um lamentável artigo do cientista nuclear inglês Martin Freer, atribui a generalizada desconfiança no nuclear que se seguiu, em todo o mundo, ao desastre de Fukushima, ao "desconhecimento" e mereceu-me um comentário, o mais brando de que fui capaz, que reproduzo, com pedidos de desculpa pela redacção tosca mas foi escrita a quente e pouco e insuficientemente editada:

"I find this article misleading.
Not that I object the need of a careful and rational assessment of nuclear energy, on the contrary.
If, one day, mankind will be able to tame the atom in order to tape on its energy, safely and cheaply that will be great! In order to do so, governments and private sector should keep on funding research on pure research and technological related fields.
The problem is not "nuclear energy" in itself, is the industry of selling nuclear power as it has worked during the past 50 years until today.
The problem, in fact, is that the widespread discussion, consciencialization, and knowledge concerning nuclear energy should have happened BEFORE the nuclear "revolution" and not just now, when that industry suffered (and imposed to unwilling and unsuspecting victims) serious blows materially and in credibility.
When this "solution" was imposed to the peoples all over the world (namely the farmers near Daiichi, the Chernobyl locals and Prypiat idealists), I doubt that these people were "objectively" informed about the "misconceptions"... or if they shouldn't have cared more or if this would have made a big difference now.
Moreover, some of the problems that the nuclear industry is going through right now, derive form the fact that only recently has people (namely public officials) started to challenge the myths of "cheap energy" and assess its hidden collateral finantial costs. See what is happening in England and France and elsewhere.
To say that "Some experts even argue that we may need a degree of radioactivity to stimulate our immune systems" in the context of discussing the future of the nuclear energy, and precisely at a time when thousands had to be evacuated from their homes, can only be a joke...."

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publicado às 20:56

Dez dias após o lançamento do Energia Portugal, 760 pessoas já tinham apresentado a sua candidatura. Iniciativa do Expresso, EDP, CGD e SAGE. A ideia é apresentar os dez melhores projectos a investidores dispostos a escutar a sua ideia de negócio. Se a sua ideia for boa decerto que a não deixarão escapar.  Leia tudo em www.energiadeportugal.com

A prova que não falta gente com capacidade empresarial em portugal é este número muito interessante de candidaturas já apresentadas, em apenas dez dias.

Avance com a sua! Não seja piegas!

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publicado às 20:00


Pegadas

por António Filipe, em 11.03.12

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publicado às 19:29

No dia 11 de março de 2004, a cidade de Madrid foi abalada pelo maior ato terrorista da História de Espanha. Entre as 7h40 e as 7h50 da manhã rebentaram dez bombas em diversos comboios da rede dos arredores de Madrid.

A sentença da audiência nacional atribuiu a autoria a membros de células e grupos terroristas de tipo yihadista. Poucas semanas depois do atentado, a Polícia localizou vários membros do comando terrorista num apartamento em Leganés, que, quando perceberam que estavam cercados, se suicidaram fazendo explodir a casa onde se encontravam entrincheirados.

No atentado faleceram 191 pessoas e mais de 1.800 ficaram feridas. A zona mais afetada foi a estação de Atocha.

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publicado às 18:00

"Charter schools" : ..

Uma Charter Schools é uma escola pública independente que opera independentemente da Direcção Distrital do Ministério da Educação. Com efeito, uma charter school é uma escola pública. Um grupo de pessoas - educadores, pais, líderes comunitários, empreendedores na área da educação ou outros - escrevem um plano descrevendo os princípios gerais , gestão da escola, e as necessidades financeiras. Se o estado aprovar a carta - proposta, o estado financia na base de cada aluno ...

Os proponentes acreditam que as charter schools oferecem aos alunos oportunidades de educação centradas no aluno e maiores opções educacionais para as suas crianças.. Os operadores têm assim, incentivos para criar escolas que ofereçam melhores serviços para os estudantes. E as charters ao imporem, para si mesmas, standards de comportamento muito elevados, inspiram as outras escolas a procurarem atingir os caminhos da qualidade, trabalhando mais e com maior responsabilidade ...

Nós cá em Portugal ainda andamos atrás dos sindicatos e dos burocratas do ministério que centralizam forças nas discussões políticas e profissionais, esquecendo a escola e os alunos. Como se fosse possível gerir com êxito milhares de escolas todas diferentes, 1,6 milhões de alunos e 200 mil professores e funcionários..

Tudo à distância !

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publicado às 16:32

O sector cervejeiro é responsável, directa e indirectamente, por 75 mil postos de trabalho, por uma contribuição de 1,1 mil milhões de euros para o PIB e pelo pagamento de 900 milhões de euros de receitas fiscais ou sociais. Há 1.100 empresas fornecedoras, mais de 90 mil empresas clientes e 30% da produção é exportada. Vendas em 50 países e com ligações à agricultura, restauração, distribuição e sector vidreiro.

Tem um superavit em relação ao exterior de 200 milhões de euros.

Não precisa de ajudas do estado, nem de fundos perdidos, nem de indemnizações que todos pagamos e opera em mercados de livre concorrência. Os trabalhadores são bem tratados, não há greves que prejudicam, sistematicamente, os trabalhadores mais pobres. Cria postos de trabalho e riqueza!

Quando os contribuintes perceberem isto o país dará um grande salto em frente.

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publicado às 15:59


Limpar Portugal 2012 - 24 de Março

por Luis Moreira, em 11.03.12

Limpar Portugal:

Na primeira edição do Limpar Portugal, realizada em 2010, a coordenação das atividades foi feita a nível nacional e daí nasceu a AMO Portugal -- Associação Mãos à Obra Portugal. Estiveram inscritas cerca de 100 mil pessoas voluntárias que recolheram 70 mil toneladas de resíduos em todo o país, no dia 20 de março.

No entanto, a má prática ambiental continua, pois, como exemplificou Paulo Torres, quase metade dos locais onde foram feitas limpezas em Braga há dois anos estão sujos.

O "Mãos à Obra! Limpar Portugal 2012" conta com a acção de voluntários na organização e na coordenação e espera-se a adesão massiva na sua execução, a 24 de Março de 2012.
Este evento pretende, essencialmente, promover a educação ambiental e reflectir sobre a problemática do lixo, do desperdício, do ciclo dos materiais e do crescimento sustentável, por intermédio da iniciativa de limpar as florestas, removendo todo o lixo depositado indevidamente nos espaços verdes.
Para este efeito a "AMO Portugal" lançou um desafio a todos os voluntários criativos para apresentação de projectos de criação de um cartaz original para a promoção da actividade de limpeza das florestas e espaços verdes do nosso País, "Mãos à Obra! Limpar Portugal 2012", integrada na iniciativa "Let's do It! World Cleanup 2012".

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publicado às 14:00

A frase, algo enrolada, é do assessor de Relvas & Gaspar para as cantorias, um tal de Passos de Coelho. Ainda em resposta a Jerónimo de Sousa, afiança o láparo ser: "é a primeira vez que ouço uma afirmação desta natureza e o senhor deputado se a repetir, se a repetir, deixo aqui desde já de antemão o meu vivo repúdio por esse jogo político".

Mais uma vez o jotinha anda distraído, que de há três semanas para cá não se tem dito outra coisa, que frio e gripes não são coisas novas neste país. Obviamente, o Governo, com os seus dilectos empobrecimento e austeridade, é responsável por grande parte dessas mortes. É que, jotinha, o pessoal não tem dinheiro para se aquecer, para ir ao médico. Estou certo que o dinheiro que o teu secretário do teu estado dos transportes pagou indevidamente à Lusoponte teria evitado grande parte das mortes pelas quais o Governo Relvas & Gaspar é responsável.

Fico, pois, disponível para o teu "vivo repúdio", que é para o lado que me deito melhor. E, jotinha, não se trata de "jogo político". O pessoal está mesmo a morrer em barda, jotinha. De fome e de frio. Por causa das políticas dos teus donos.

Bem podes limpar as mãos à parede.

jotinha.

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publicado às 11:55

Diz a  Ministra da Saúde do anterior governo, Ana Jorge. Um alerta avisado num país onde as corporações tomam como seu o que é pago pelas populações.

Os Serviços da Saúde são para a população e não para os médicos, como as escolas são para os alunos e não para os professores, e a Justiça é para a população e não para os agentes judiciários, a Administração Pública é para a população e não para os funcionários públicos...

E as empresas públicas são para fornecer serviço público e não para serem pasto de reinvindicações desajustadas.

Isto que parece tão natural e que não devia ser necessário lembrar, é uma das condições essenciais para que o país sai da situação em que sempre esteve. Pobre e injusto!

Ana Jorge que é hoje médica num hospital público, sabe bem do que fala, não se coíbe de apontar o dedo à sua classe profissional, não o faz de espírito leve, como se compreende, merece toda a credibilidade mas mostra bem, como é necessário mudar mentalidades e reforçar responsabilidades.

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publicado às 11:00

Graça Morais :Nasci numa aldeia onde não havia electricidade. Na cozinha havia candeias e candeeiros a petróleo; quando íamos para a sala, levávamos o candeeiro a petróleo, quando íamos para o quarto, outro candeeiro. Tudo fazia sombras. O meu avô tinha oito filhos, a minha mãe tinha seis filhos, a família era muito grande, com mais tios que entravam. Os serões eram feitos à lareira, como em quase todas as casas transmontanas, sobretudo nas de lavoura. E contavam sempre histórias terríveis, de lobisomens, de bruxas. Ao mesmo tempo, a guerra, que ainda estava muito presente. Nasci em 1948. A minha mãe casou em 1945. Havia pessoas que falavam da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Civil de Espanha.

Tempo de cerejas e papoilas

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publicado às 10:00


Douro Azul - investimentos de 50 M até 2014

por Luis Moreira, em 11.03.12

Uma empresa que nasceu pela mão de um empreendedor que investe mesmo num período tão dificil.

"O presidente da Douro Azul diz que "para além dos dois navios, vamos investir um milhão de euros na compra de quatro autocarros, mais 1,4 milhões na renovação de um edifício na baixa do Porto para fazer um centro de acolhimento para quem nos visita e ainda comprar um novo helicóptero para diversificar o negócio". A estes, acrescenta o gestor "há ainda que somar mais dois navios-hotel, dois barcos rabelos e mais autocarros, estes últimos em 2014".

E com este investimento dá trabalho ao estaleiro, à construção civil e a todos os fornecedores que trabalham com esta empresa de sucesso!É destas empresas e destes investimentos que o país precisa. Para quando a devida admiração pelos empreendores ?

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publicado às 09:00

 Estou mais perto de ti porque te amo.
Os meus beijos nascem já na tua boca.
Não poderei escrever teu nome com palavras.
Tu estás em toda a parte e enlouqueces-me.

Canto os teus olhos mas não sei do teu rosto.
Quero a tua boca aberta em minha boca.
E amo-te como se nunca te tivesse amado
porque tu estás em mim mas ausente de mim.

Nesta noite sei apenas dos teus gestos
e procuro o teu corpo para além dos meus dedos.
Trago as mãos distantes do teu peito.

Sim, tu estás em toda a parte. Em toda a parte.
Tão por dentro de mim. Tão ausente de mim.
E eu estou perto de ti porque te amo.

Joaquim Pessoa, in 'Os Olhos de Isa'
Tema(s): Amor  Ler outros poemas de Joaquim Pessoa 

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publicado às 08:00


Saramago, a saudade aperta (nunca mais é muito tempo)

por Rogério Costa Pereira, em 11.03.12

 

 

[lamentavelmente, não sei quem é o autor do excelente "retrato"]

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publicado às 03:36


Pena de Morte

por Luís Grave Rodrigues, em 11.03.12

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publicado às 01:10


Septolete cartão: para veres o que é bom para tosse

por Rogério Costa Pereira, em 11.03.12

Vamos por pontos, as pastilhas em causa são as melhores pastilhas do mercado e não será este infeliz (e hilariante) episódio que me fará deixar de as comprar. Assim a voz me doa. Comprei-as numa farmácia, em cujos serviços confio plenamente, e assevero que o farmacêutico ficou tão estupefacto quanto eu, quando lhe fui devolver o cartão. Aparentemente, calhou-me um erro de casting, que o restante lote vem em forma de pastilhas tradicionais. 

Para quê este post, então? Por dois motivos. Por mera curiosiodade, que estou em pulgas para saber como raio se deu tal fenómeno. A palavra, pois, à Krka Farmacêutica. Nada mais farei além deste post, mas aguardo serenamente uma explicação para esta vaca a voar que me irrompeu pela casa adentro. Por outro lado, shit happens e tal mas isto não pode voltar a acontecer.

Nota: O cartão aparentava ser de boa qualidade, mas não trazia bula.  

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publicado às 00:11

No dia 11 de Março de 1921 nasceu, em Mar del Plata, na Argentina, o bandoneonista e compositor Astor Piazzolla que, sendo um grande inovador da música e do tango, transferiu este género musical dos clubes e boites de Buenos Aires para auditórios de concerto. Aos treze anos foi para Nova Iorque, onde foi escolhido para um papel no filme “El Dia Que Me Quieres”, em que Carlos Gardel era o protagonista. Quando regressou à Argentina, tocou na famosa banda de Anibal Troilo. Aquando da morte de Troilo, em 1975, Piazzolla compôs o tema Suite Troileana. Devido à situação política na Argentina, partiu para Paris, em 1970. Em 1976, forma o Quinteto Tango Nuevo. Nesse mesmo ano recebeu uma bolsa de estudos para continuar a sua instrução com Nadia Boulanger, em Paris. Boulanger encorajou-o a dedicar-se exclusivamente ao tango.
O tango de Piazzolla não é só música de dança. Tem influências do jazz e da música clássica e é mais apropriado para grandes auditórios do que para salões de dança. Estabeleceu uma nova linguagem para o tango e quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era, de facto, tango, respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. E durante os anos que até hoje decorreram, tem sido a música que mais se associa à capital argentina. Para além de composições para concerto e música para mais de quarenta filmes, Piazzolla compôs numerosas obras mais curtas que muitos não classificam como tango.
Astor Piazzolla morreu no dia 4 de Julho de 1992, em Buenos Aires, depois de muitos problemas cardíacos. Deixou uma discografia invejável, tendo gravado com grandes músicos internacionais. Algumas das suas composições mais famosas, como "Libertango" e "Adios Nonino", fazem parte do repertório de orquestras de todo o mundo.


Adios Nonino, de Astor Piazzolla
Orquestra Sinfónica da Rádio de Colónia
Bandoneon: Astor Piazzola

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publicado às 00:01


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