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I TERTÚLIA PELA DEMOCRACIA E CIDADANIA: Fundão, 31 de Março de 2012

OUVIR E FALAR - Ciclo de Tertúlias pela Democracia e Cidadania

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publicado às 22:33

O político light recuperado

por Miguel Cardoso, em 06.03.12

 

A propósito da “literatura light”, escreve Silvina Rodrigues Lopes, ensaísta a quem valeria a pena dedicar mais atenção: “É preciso impedir que a banalidade que aparece hoje consensualmente como literatura não se assuma em breve um direito de exclusividade” (in Literatura, Defesa do Atrito). Substituamos “literatura” por “políticos”. Haverá com certeza políticos para além disto, deste resto, fundo de tacho, políticos para além da náusea das ideias prontamente descartáveis, da contradição e da falta de substância, do “aqui e agora” e do futuro logo se verá tão caro ao “político light”. Vemo-nos confinados à espectacularização que esteriliza, “relegando o humano para o mais triste da vida animal  -  a domesticação” (idem). Arquitecta-se uma imagem e dizem-nos “esta é a tua vida”, “olha para aqui”, “a felicidade é isto”. Ficção. Vivemos num mundo ininteligível ao “político light”, que vive em função do espectáculo e para quem o espectáculo é tudo quanto há, monstro que a comunicação social ajuda a perpetuar. Assim deverá ser para nós, resignados consumidores de espectáculo.

Falta-nos a “estratégia de saída” da fantasia. Fabricou-se uma espécie de insidiosa realidade televisiva que diluiu a fronteira entre real e espectáculo (já alertava Guy Debord) e à qual temos de nos curvar. Se ao político-filósofo de Platão coube outrora conduzir os demais no caminho da virtude e do saber, é agora o mesmo que nos empurra para as trevas ou nos fecha numa redoma ficcional, como em The Truman Show de Peter Weir.

Percamos a ingenuidade, apesar dos aparatosos números de equilibrismo e ilusionismo, o pão continuará a faltar. Antes que o “político light” nos devore ou nos convença de que o caminho da felicidade passa por nos devorarmos uns aos outros, antecipemo-nos e comamo-lo já. 

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publicado às 21:25

Como sabemos todos ( se sabemos) vamos ser presenteados com o corte dos subsídios de Férias e Natal, o que quer dizer que vamos receber menos que o ano passado. Acontece que as taxas de IRS não foram actualizadas, pelo que nos vão reter na fonte, o mesmo que no ano passado mas sobre uma base salarial menor. Levantada a questão, dizem-nos agora que seremos ressarcidos em 2013 do imposto que vamos pagar a mais este ano .

É um empréstimo ao estado, sem juros e sem condições!

Isto dá uma ideia de até onde pode ir a relação que se está a estabelecer entre as finanças e o cidadão. Já tivemos notícia das penhoras que caem sem piedade sobre as pessoas que não conseguem pagar os seus empréstimos e, agora, fazem-nos credores do estado.

Um dia destes estamos naquela posição do "come e não bufes" que não é, propriamente, uma relação legítima num estado de direito.

Temos  que meter os pés à parede!

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publicado às 20:00

“Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém.” Alvin Toffler

Vi, adorei e enviei o vídeo publicitário com o título “Estoril” (ver link abaixo) ao meu grupo-alvo alemão. Algumas das reacções espontâneas recebidas

“Adorei o vídeo, aqueceu-me o coração” (empresária alemã)

e

“Estou a sentir saudades de Portugal e logo que tenha tempo,

lá estarei de volta” (dono – retirado – de uma organização turística internacional)

 corroboraram a minha ideia de que o país, isto é, a “montra” da sua “loja”,  está muito bem apresentado.

Todavia, existem outros aspectos que precisam de ser focados. Como é óbvio, a vida económica das sociedades não pode apenas consistir em “lojas” onde – com relativa passividade - donos e vendedora(e)s  se encontram à espera de clientes. Tem que haver também uma parte activa e industrial que dá cartas lá fora.

Neste sentido, gostaria de lembar o que escrevi sobre este tema no meu artigo

 “A aventura alemã das empresas de construção civil portuguesas – Sobre as causas e consequências de

uma internacionalização de empresas estrategicamente mal compreendida e concebida”

(Jornal de Notícias 10-13.09.96):

 

 

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publicado às 17:49


Ateu

por Luís Grave Rodrigues, em 06.03.12

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publicado às 16:52


O vento que não sentiste

por Adriano Pacheco, em 06.03.12

 Fui água tumultuosa no teu rio

Em hora de maré vazante

Fui a tremura do teu frio

Quando o Inverno esmorecia

E a água descia... descia

 

Como onda quebrada na areia

Em noite de luz apagada

Dobrei os joelhos, perdido

 

Cheirei a maresia

Na fímbria da madrugada

Quando a água sumia... sumia

 

Depois fui tempestade de vento

Num dia de muito frio

Transbordei o teu rio

 

Envolto de serras que subiste

Contornei as fazes de brio

Depois fui vento que não sentiste

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publicado às 16:00


Patrocínios, imagem e conjecturas

por Francisco Clamote, em 06.03.12
Por muito "altos" que tenham sido os patrocínios, exigidos, pedidos, ou oferecidos ao Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) para a realização do seu Congresso, eles não pagam, seguramente, a factura que esses patrocínios representam em termos de perda de credibilidade da própria magistratura do Ministério Público (Mº Pº). Mesmo que tais patrocínios não venham a pôr em causa, em concreto, a independência dos magistrados, nem de um só que seja, não é essa a mensagem que passa para a opinião pública. E se a imagem da magistratura do Mº Pº já não era boa, a atitude do SMMP não contribuiu em nada para a melhorar. Muito pelo contrário, o que aliás, vem na linha da actuação do SMMP que, sob a direcção do senhor Palma, tudo tem feito para a degradar, através, designadamente, dos constantes ataques de natureza política, dirigidos, quer à hierarquia do Mº Pº (que se mantêm) quer contra o Governo legítimo do país (que cessaram subitamente após a entrada em funções do actual governo).
A este propósito não deixa de ser estranho verificar que a sintonia actualmente existente entre o governo e a direcção do senhor Palma atingiu uma dimensão nunca vista, a ponto de se poder dizer que o SMMP passou a ser uma espécie de secção do partido da ministra da Justiça, precisamente numa altura em que os magistrados do Mº Pº sofrem às mãos deste governo, tal como os demais funcionários públicos, a par dos pensionistas, a imposição de sacrifícios também nunca vistos.
Como reparo que o senhor Palma se prepara para abandonar a presidência do SMMP, tendo já escolhido um "digno" sucessor, receio bem, até porque o seu discurso no Congresso permite essa leitura, que ele se esteja a preparar para mais altos voos, uma vez que se aproxima o final do mandato do actual Procurador-Geral da República. Isto tendo em conta a espécie de conúbio vigente entre SMMP e a ministra da Justiça. Esta hipótese já me assusta enquanto tal. Se ela viesse a concretizar-se estaríamos perante um verdadeiro escândalo e um autêntico ultraje infligido às instituições da República, porque, para não ir mais longe, a personagem não tem estatura para tão alto cargo. Espero que tal hipótese não venha a concretizar-se, mas lá que tenho medo, tenho.

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publicado às 14:43

Depois de vários órgãos de comunicação social terem noticiado que a gestão dos fundos comunitários passaria da tutela de Álvaro Santos Pereira para a do ministro das Finanças, o primeiro-ministro esclareceu na madrugada de domingo que a coordenação do QREN se manterá no Ministério da Economia, mas que Vítor Gaspar terá uma palavra decisiva sobre a reafetação dos fundos.

"Cabe ao ministro [de Estado e] das Finanças uma palavra muito relevante, para não dizer decisiva, sobre a forma como a reafetação" dos fundos comunitários "deve ser feita", mas "toda a execução continua como é evidente nas mãos dos ministérios setoriais e toda a coordenação dessa tarefa permanece nas mãos do Ministério da Economia", afirmou então Pedro Passos Coelho.

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publicado às 14:00

A orgânica inicial deste governo tinha (tem) dois problemas enormes: O super ministério da Economia e o super ministério da Agricultura e Pescas. O super da economial passou a normal, embora ainda com muitas e importantes  pastas. Foi assim que se esvaziou em parte o super Álvaro:O ministro da Economia perde, assim, a tutela da reprogramação e reafectação dos fundos comunitários, e apesar de continuar vê a sua posição mais fragilizada. Primeiro perdeu a diplomacia económica, que começou por estar nas mãos de Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, mas que acaba por ser repartida com Passos Coelho, que preside ao Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia. Depois foi preterido a favor de António Borges, que foi chamado para a coordenar o programa de privatizações e de negociação das PPP que antes eram geridos no Terreiro do Paço, nunca chegando a estar nas mãos do ministro da Economia. E por fim por Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares que chamou a si a coordenação do grupo de trabalho para propor medidas para o desemprego jovem.

O erro quanto a mim foi a fasquia inicial!

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publicado às 13:00

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam.
Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito.
Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam.
Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se?   O que estão lá a fazer?   Aliás, o qe estão lá a fazer?
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" e "ascensão" se escreve com "s"?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome.
Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç".
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som.
Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s".
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar.
Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z".
Simples não é?
Se o som é "s", escreve-se sempre com s.
Se o som é "z" escreve-se sempre com "z".
Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q".
Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras.
Nada de "k".
Não pensem qe me esqesi do som "ch".
O som "ch" pasa a ser reprezentado pela letra "x".
Alguém dix "csix" para dezinar o "x"?
Ninguém, pois não?

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publicado às 11:00


Pintores e Quadros famosos - Vieira da Silva -

por Luis Moreira, em 06.03.12

Vieira da Silva . O casal instala-se no Rio de Janeiro. No Brasil não é ainda possível um artista viver dos quadros que pinta. Para além do mais, são artistas que não estão inseridos nas correntes figurativas tão em voga do Brasil. E depois há os críticos, que nada ajudam a que o público visite as exposições dos novos artistas.

Arpad Szenes decide dedicar-se ao retrato, mais tarde ao ensino artístico. Sempre dá para sobreviver. Vieira da Silva pinta cerâmica, azulejos. Tentam algumas exposições, mas a participação não é animadora.. É tudo tão diferente da Europa... Fazem alguns amigos. Entre eles estão Murilo Mendes e Cecília Meireles. Desta última há-de fazer um retrato.

Da Europa continuam a chegar as noticias da guerra. Vieira da Silva tem momentos de tristeza. Pensa no que se passa . Imagina o que não vê, lembra-se das outras guerras e das leituras do Apocalipse. Quando lhe são contadas as experiências vividas, Vieira da Silva decide pintar "O Desastre". É a realidade de guerra. Não são momentos fáceis de viver. Para atenuar, vem a encomenda de um painel de azulejos para Escola Agrícola do Distrito Federal, Rio de Janeiro. "Quilómetro 44" é o titulo.

Entretanto, Ardenquin, pintor uruguaio, envia fotografias de telas de Vieira da Silva ao seu amigo e também pintor - Torres Garcia. O artigo que este escreve na revista Alfar é de tal forma favorável que Vieira da Silva sente um novo ânimo.

 

As cidades

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publicado às 10:00

Os trabalhadores da Soflusa estão contra a racionalização da oferta, menos carreiras, estão muito preocupados com os utentes que têm que se levantar mais cedo.

Estes mesmos trabalhadores, para além das greves frequentes, também param toda a actividade para fazerem um plenário. Que prejudica gravemente quem trabalha em Lisboa e mora na outra banda, que já pagou a mensalidade e a quem ninguém pergunta nada.

Seria normal que fossem os utentes, que já pagaram o bilhete, a protestarem, mas não é isso que  acontece, os trabalhadores tomam as dores dos passageiros ( se é que há dores).

Se houvesse uma sã concorrência e se os postos de trabalho estivessem dependentes das receitas (não me digam que as receitas não sofrem cortes, isso é admitir um roubo) os trabalhadores estariam preocupados em assegurar o seu trabalho. É para isso que lhes pagam, não é para andarem preocupados com a gestão da empresa que é da exclusiva competência da administração da empresa.

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publicado às 09:00


Poesia ao nascer do dia - Herberto Helder

por Luis Moreira, em 06.03.12

Com uma pêra, dou-lhe um nome de erro
entre mim e tudo, na mão, amadureço
enquanto ela se torna propícia,
amarela ao influxo do vento de estrela para estrela.
O sangue da mão ensombra a fruta na sua volta
de átomos, abala
imagem, arquitectura.
E o espaço que isto cria: a noite
aparece no ar. E dura, leve, tersa, curva,
a linha
do fogo entrecruza
os pontos paralelos: a pêra desde o esplendor,
a mão desde
o equilíbrio, os centros
do sistema geral do corpo, o buraco negro.
Morro?
Escrevo apenas, e o hausto aspira
dedos e pêra, enigma e sentido, ordem, peso, o papel onde assenta
a constelação do mundo com esse buraco
negro e as palavras em torno.
No instante extremo de
desaparecerem.
Se morro, é por exemplo.

Herbertohelder
Do Mundo
Assírio & Alvim, 1994

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publicado às 08:00

'Childe Harold's Pilgrimage', canto I, XVIII

«Poor, paltry slaves! yet born midst noblest scenes
Why, Nature, waste thy wonders on such men?
Lo! Cintra's glorious Eden intervenes
In variegated maze of mount and glen.
Ah me! what hand can pencil guide, or pen,
To follow half on which the eye dilates
Through views more dazzling unto mortal ken
Than those whereof such things the bard relates,
Who to the awe-struck world unlocked Elysium's gates?»

Lord Byron

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publicado às 01:17


Foi lá apenas ditar para o auricular, aposto

por Rogério Costa Pereira, em 06.03.12
Leio no Económico:
20:18
Gaspar "tirou um dia de férias" mas foi chamado a São Bento
21:35
Gaspar não reuniu com o primeiro-ministro

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publicado às 00:44


Sair da zona de conforto...

por Ariel, em 06.03.12

Na Suíça, em Londres, no Luxemburgo há emigrantes portugueses a dormir na rua, a passar fome. É a emigração como desígnio nacional,  apontado pelo secretário Mestre acolitado pelo Relvas e incentivado por Passos Coelho. Serão aqueles que não fizeram uma boa aplicação dos seus recursos, quando havia mais  não  pensaram em ficar com algum de lado para os tempos em que há menos, como repreendeu o Primeiro Ministro na Bolsa de Turismo de Lisboa.

 

Perceberam? aprendam que esta iluminária felizmente não dura sempre.

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publicado às 00:02

No dia 6 de Março de 1924 nasceu em Maryville, estado de Missouri, a maestrina americana Sarah Caldwell, que cresceu em Fayetteville, no Arkansas. Aos 10 anos apareceu em público, pela primeira vez, a tocar violino e aos 14 terminou o liceu. Licenciou-se, em 1944, pela Universidade de Hendrix e frequentou a Universidade de Arkansas e o Conservatório de Música de Nova Inglaterra. Em 1952, mudou-se para Boston, onde chefiou a Oficina de Ópera da Universidade e, em 1957, fundou a Companhia de Ópera de Boston.
Em 1976, Sarah Caldwell tornou-se na primeira mulher a dirigir o Metropolitan Opera de Nova Iorque. Dirigiu, também, a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, a Orquestra Sinfónica de Pitsburgo e a Orquestra Sinfónica de Boston. Em 1981 dirigiu uma produção não musical, no Lincoln Center, da peça Macbeth, de Shakespeare. Em 1996 recebeu a Medalha Nacional das Artes. Faleceu com 82 anos, no dia 23 de Março de 2006, no Centro Médico de Portland.


1º andamento do Concerto Brandeburguês nº 2, de Johann Sebastian Bach
Violino: Vladimir Omeltchenko
Orquestra Sinfónica de Ekaterinburg
Maestrina: Sarah Caldwell

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publicado às 00:01


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