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Aproveitem a onda

por Rogério Costa Pereira, em 04.03.12
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publicado às 22:48

Para impedir o desenvolvimento do programa nuclear militar do Irão os US não hesitarão em atacar o Irão em conjunto com Israel.

"O Presidente dos Estados Unidos afirmou hoje que não hesitará em atacar o Irão para o impedir de fabricar armas nucleares, mas advertiu que "falar demasiado de guerra" só ajuda o regime e faz aumentar o preço do petróleo.

Barack Obama, que discursava no principal ‘lobby' pró-Israel dos Estados Unidos, sublinhou que o Irão ainda pode escolher a via diplomática para resolver o conflito em torno do seu controverso programa nuclear."

Israel tem repetido que fará um ataque unilateral se não for acompanhado pelos US.

Entretanto, vêm a lume as discordâncias entre as duas figuras cimeiras do regime Iraniano o que poderá indicar que as pressões externas podem estar a fracturar a coesão interna do país.

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publicado às 21:44

Quem precisa do Estado para fazer referendos? Um movimento civil não esteve com aquelas e vai de distribuir uma urna por bairro em Madrid e levar as populações a votar. Democracia participativa é isto. Depois pegam nos resultados e enviam-na ao governo e à Assembleia .

Más de 300 urnas repartidas por distintos barrios y municipios de Madrid recogerán la votación popular organizada por una plataforma con ayuda del movimiento 15-M sobre la privatización del agua potable en la región.

E, há aqui uma grande diferença em relação às petições, as pessoas votam livremente e até lá colocam o nome porque não há razões para ter medo, em democracia não há razões para ter medo, enquanto houver um advogado disponível para recorrermos à Justiça. E uma comunicação social que seja independente para gritar para a rua!

Aqui está uma boa ideia para a Tertúlia da PEGADA em Março no Fundão.

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publicado às 20:00


O Estado (nós) pagou 4,4 milhões de euros à Lusoponte (onde se farta de suar Ferreira do Amaral) como compensação pela isenção de portagens na ponte 25 de Abril no mês de Agosto, apesar de no ano passado esta não se ter verificado (esqueceram-se) e a empresa ter arrecadado as respectivas receitas. O Governo (do austero Passos) defende que respeitou o contrato assinado (afinal há direitos adquiridos) e que este será brevemente (à escala portuguesa) renegociado para levar em conta o fim da isenção das portagens em Agosto. António José Seguro está indignado (segurem-no).

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publicado às 18:23


Uma "remodelação" por linhas tortas

por Francisco Clamote, em 04.03.12
Duvido que ainda haja aí alguém, com dois dedos de testa, incluindo os muitos que aplaudiram a constituição do governo "mínimo" que Passos/Coelho andou a congeminar durante uns meses, que continue a considerar como uma boa solução a concentração no ministério da Economia e do Emprego,  entregue à responsabilidade de Álvaro dos Santos Pereira, sectores tão diferentes como a economia, o emprego, os transportes e a energia e de juntar num mesmo ministério,  entregue  a Assunção Cristas, a gestão da agricultura, do mar, do ambiente e do ordenamento do território, pois para tal concentração não se encontra nem lógica, nem justificação. E também não creio que alguém considere ainda que as individualidades escolhidas seriam as pessoas indicadas para arcar com tamanha responsabilidade, pois é óbvio que Santos Pereira, sendo um académico, não tinha, no entanto, qualquer experiência de gestão compatível com as exigências requeridas pelo super-ministério, nem, expatriado que era, tinha grande contacto com a realidade do país e que Assunção Cristas, para além de não ter experiência de gestão, também não tinha, nem tem, qualquer preparação em relação às áreas que tutela. 
Que tenhamos, em consequência, vindo a assistir à transformação dos dois super-ministros em alvos fáceis de risota, não espanta ninguém: Álvaro dos Santos Pereira, em termos de imagem, passa por ser o ministro da bandeirinhas e dos pastéis de nata e Assunção Cristas é a ministra das gravatas, ou antes, da ausência delas. Culpa de um e doutra, sem dúvida, já que a imagem que se lhes colou é fruto de iniciativas de um e de outra,  mas a responsabilidade maior é, sem dúvida, de quem concebeu uma estrutura de governo não funcional e de quem escolheu aquelas pessoas: Passos/Coelho, obviamente. Este, que não é tão burro quanto isso, já se apercebeu que meteu o pé na argola e que o governo por ele engendrado não tem modos de funcionar. Todavia, como tem mais de teimoso do que de burro, não dá a mão a torcer e em vez de proceder a uma reestruturação da orgânica do governo e, em consequência, a uma remodelação, anda, por caminhos ínvios, a levar a cabo uma remodelação encapotada traduzida, para já, na constituição de equipas ou grupos de trabalho a quem é entregue a responsabilidade por sectores integrados no âmbito da competência do ministro Álvaro dos Santos Pereira. É o que se passa com o acompanhamento das privatizações, as renegociações da parcerias público-privadas, a reestruturação do sector empresarial do Estado e a coordenação do programa de emprego jovem atribuída a Relvas (este sim um super-ministro que toca em tudo) e o mais que adiante se verá. O ministro da Economia e do Emprego, por este andar, qualquer dia mais não faz do que passear-se pelos corredores. O ministério de Assunção Cristas, até agora, ainda não sofreu qualquer esvaziamento, mas não é, seguramente, porque esteja a funcionar. Não é preciso ter grande  imaginação para supor que tal se deve apenas e só ao facto de  Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros em parte incerta e líder  do CDS, não estar pelos ajustes.
Não se vê que linha de pensamento ou que estratégica está na base desta remodelação encoberta, tão avulsas e descoordenadas são as medidas tomadas. O que mais parece é que é tão só fruto da teimosia e da burrice e como tal é de esperar que venha a dar maus resultados. Aliás, já está a dar: a última reunião do Conselho de Ministros, ao que conta a comunicação social, transformou-se numa barafunda, com o ministro Álvaro dos Santos Pereira a contestar, com o apoio de vários ministros, a transferência da gestão dos fundos do QREN para a tutela do ministro Gaspar. Para já e por aqui fazem-se votos para que a próxima reunião não termine à batatada.
No meio de toda esta confusão só não compreendo como é que Álvaro dos Santos Pereira, perante tantas e reiteradas desautorizações e provas de falta de confiança, ainda não tomou ele a iniciativa de bater com a porta. Não imaginava, depois de assistir às suas aguerridas intervenções no Parlamento, que tivesse tão "boa boca". Porventura é só mais um que é forte com quem está na mó de baixo e que é fraco em relação a quem está na mó de cima. Há por cá muita gente dessa estirpe.

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publicado às 18:13


Cresce na Europa uma frente contra a austeridade

por Luis Moreira, em 04.03.12

Mesmo pela boca de um técnico do FMI se à austeridade somarmos mais austeridade não vamos lá. É preciso reanimar a economia e travar o desemprego, começam a ouvir-se vozes cada vez mais perto da dupla Merkozy.

"Uma crise de crescimento"

As advertências neste sentido têm-se multiplicado. Doze países, incluindo Itália, Espanha, Holanda, Reino Unido e Polónia, pedem para que se reoriente a política económica defendida pela dupla Merkel-Sarkozy. "A crise que estamos a enfrentar é uma crise de crescimento", alegam numa carta escrita por iniciativa de Mario Monti, primeiro-ministro italiano.

Mas, no espírito dos doze signatários desta carta, o remédio passa por uma maior liberalização, pela reforma do mercado de trabalho em cada um dos Estados e por uma maior abertura comercial do continente. O que não corresponde verdadeiramente às soluções preconizadas pela esquerda francesa.

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publicado às 18:00


Um exemplo de produtividade

por Luis Moreira, em 04.03.12

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publicado às 16:58

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publicado às 14:20


Parte da receita

por Rogério Costa Pereira, em 04.03.12
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publicado às 13:56


O tabaco mata - e a Troika?

por Rogério Costa Pereira, em 04.03.12
«O director da Faculdade de Medicina do Porto, Agostinho Marques, admitiu hoje, em declarações à Antena 1, que o aumento da mortalidade registada em fevereiro poderá estar relacionado com as limitações materiais dos grupos de risco para se protegerem contra o surto de gripe.

O aumento do número de mortes em fevereiro, relativamente ao período homólogo do ano passado, tinha suscitado uma primeira explicação por parte do director-geral da Saúde, Francisco George: "Estamos perante um padrão esperado quando circulam estas estirpes do vírus da gripe associadas às semanas frias do ano".

Também segundo Agostinho Marques, "houve um pico de gripe e a gripe é determinante no aumento de mortalidade de pessoas de idade". Até aqui, a explicação do pneumologista e director da Faculdade de Medicina do Porto nada acrescenta à de Francisco George. Mas depois vem o ponto mais melindroso.

"As pessoas não ligam o aquecimento"
Com efeito, Agostinho Marques observa que "o mês de Fevereiro teve um frio excepcional numa época de crise económica em que as pessoas não ligam o aquecimento". Ao impedir um uso adequado dos sistemas de aquecimento, a falta de dinheiro terá, assim, agravado as consequências da gripe, sobretudo no caso de pessoas idosas.

A este factor social agravante da mortalidade, acresce segundo Agostinho Marques um outro, menos determinado pela conjuntura: "Num país que tem uma cobertura vacinal relativamente baixa, há um número muito grande de pessoas de idade que ainda não fazem vacina da gripe".

Na entrevista à Antena 1, Agostinho Marques sustenta também: "As pessoas de idade que morreriam durante este inverno em grande parte terão morrido durante o mês de fevereiro". Se assim for, será expectável para as próximas semanas uma baixa da mortalidade em relação ao período homólogo dos anos anteriores.

O tabaco mata - e a Troika?
O vínculo entre os indicadores da saúde e o agravamento da crise económica não é novo nem se verifica apenas em Portugal. A conjugação de factores como a gripe e as limitações ao aquecimento não é, por outro lado, a única manifestação desse vínculo.

Segundo um estudo do sociólogo David Stuckler recentemente publicado na revista médica britânica The Lancet, a Grécia registou em 2010 um aumento de 24 por cento nos internamentos hospitalares em relação ao ano anterior. E, em 2009, registou um aumento de pelo menos 17 por cento no número de suicídos em relação a 2007. E, dois anos depois, em 2011, esse aumento atingiu os 40 por cento em relação a 2010.

O suicídio é. aliás, um dos indicadores mais sensíveis que ligam a crise económica e a saúde pública. Segundo Cinthia Briseño, em DER SPIEGEL, a crise económica japonesa traduziu-se em 1999 num acréscimo de 30.000 suicídios. No final da década seguinte, uma equipa de sociólogos britânicos investigou o comportamento deste indicador no contexto de várias crises económicas entre 1970 e 2007, chegando à conclusão categórica: "Há uma ligação linear entre a taxa de suicídios e o PIB".

Uma hipótese de trabalho que até aqui não foi, que se saiba, explorada pelos responsáveis da saúde pública em Portugal foi a que liga o aumento da taxa de mortalidade às dificuldades crescentes dos utentes para recorrerem ao Serviço Nacional de Saúde.

Ao contrário de Portugal, essas dificuldades não se manifestam no caso grego através de um aumento de taxas moderadoras. E, no entanto, também na Grécia a política de austeridade tem atingido duramente a prestação de cuidados médicos, com um corte de 40 por cento na respectiva despesa. Finalmente, na Grécia esses cortes não se traduzem numa cobrança de taxas moderadoras, e sim numa degradação dos serviços prestados, que desencorajam os utentes e os afastam do SNS.»

[RTP - Notícias]

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publicado às 13:46

Com avenças milionárias de empresas públicas, financiamentos de bancos amigos com administradores colocados pelos próprios, influência empresarial e política e ligações à maçonaria e às secretas.

Falhou o controlo da TVI mas comprou um jornal, teve acesso a informação privilegiada contratando vários espiões bem como vários políticos com ligações ao PS e PSD.

Usa a Caixa Geral de Depósitos para controlar o BCP que se torna o seu maior financiador e o sistema de remuneração de Mexia na EDP foi elaborado por um dos seus accionistas, enquanto Mexia usa os cordelinhos para colocar a CGD na administração do BCP.

Leia o Nicolau Santos no expresso, não vai acreditar!

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publicado às 12:42


Bem aventurado unanimismo

por rui david, em 04.03.12

Afinal não eram só o Sócrates e o Ceaucescu. Contra toda a expectativa, o resultado das eleições para a presidência de um partido plural e democrático como o PSD, foram 95,5% de votos para o líder.

Com a vantagem de no caso do PSD não haver o perigo de o líder "secar" ideologicamente o partido.

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publicado às 11:24


Não se pode fazer do bem - estar uma festa

por Luis Moreira, em 04.03.12

O Ocidente tem pessoas que não lutam por nada, que acham que o bem - estar é um bem adquirido.

" Nesses países do Sul europeu, de raiz católica, onde as pessoas parecem ter medo do poder. Onde o poder está associado à ideia do divino, do bem, do inquestionável. É assim que pensa Luis Sepúlveda. E, por isso, o escritor chileno que mora em Espanha não se admiraria se esses três homens, os da troika, propusessem a Portugal a venda dos Açores ou da Madeira. Tal como um dia, em 2003, o governo argentino se preparou para ceder a Patagónia aos Estados Unidos."

O medo, sempre o medo do poder !

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publicado às 11:00

Vieira da Silva

Em 1935 Vieira da Silva adoece com icterícia . A doença ataca-a de forma violenta, obrigando-a a permanecer de cama. Não lhe é fácil estar parada. È desta época a tela "O Quarto dos Azulejos". Ao tema português do azulejo, junta-se uma nova forma de representação do espaço. Às vezes a doença descobre outros caminhos...

Em Portugal, António Pedro, o encenador e escritor, prepara a primeira exposição. É necessário vir para cá, e sempre ajuda ao restabelecimento. Para além do mais, em Lisboa, tem também um atelier, na casa que mãe comprara anos antes.

A estadia prolonga-se por algum tempo o que permite a Vieira da Silva e Arpad Szenes realizarem um exposição no seu atelier.

De regresso a Paris volta a expôr. Entretanto, por encomenda, faz cópias de Braque e de Matisse, para projectos de tapeçarias. O casal vai agora viver no Boulevard Saint-Jacques. Não ficarão lá por muito tempo.

Conséquenses Contractoires

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publicado às 10:00


Stairway to Heaven

por rui david, em 04.03.12

 Numa entrevista ao LeMonde, Paul Krugman considera que nos próximos 5 anos, os salários dos países periféricos da Europa deveriam descer cerca de 20% em relação aos alemães.

(Pour restaurer la compétitivité en Europe, il faudrait que, disons d'ici les cinq prochaines années, les salaires baissent, dans les pays européens moins compétitifs, de 20 % par rapport à l'Allemagne. Avec un peu d'inflation, cet ajustement est plus facile à réaliser (en laissant filer les prix sans faire grimper les salaires en conséquence).)

Não se trata de cortar directamente nos salários, mas de congelá-los, permitindo uma inflação da ordem dos 4%.

Ainda que isto seja significativamente diferente do que foi papagueado nos media portugueses que deram a notícia de forma ambígua de forma a deixar no ar a sugestão de que se propunham cortes salariais directos, a questão que se me coloca é a seguinte: saberá o krug man, qual é já hoje, (qual era, antes da crise) a proporção entre os salários e o conjunto dos benefícios sociais de um trabalhador português e de um trabalhador alemão? E dada essa discrepância será possível falar seriamente numa união política?

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publicado às 09:48

O Acordo Ortográfico é uma barafunda muito bem organizada. Há acordo mas segundo o Graça Moura não surte efeito enquanto o processo não tiver sido reconhecido por todos os países envolvidos.

Passos Coelho, na Assembleia da República disse que o acordo "será cumprido" fórmula suficientemente vaga para lá caber tudo.

O Secretário de Estado da Educação diz que cada qual faz como quer e que em 2012 não é obrigatório. Os professores de Português já não sabem o que fazer depois de terem dito aos alunos que se escreveria segundo o acordo.

E, estes, estarão de acordo?

"Contactado pela agência Lusa sobre estas declarações, o gabinete do SEC indicou na quarta-feira que Francisco José Viegas "tem tido um papel pedagógico nas suas declarações sobre o AO, no sentido de explicar e clarificar quais as possibilidades em aberto para a ortografia a adoptar em Portugal, no período que antecede a entrada em vigor do AO em 2015, e seguindo a redacção do mesmo acordo".

Declarações que motivaram estranheza por parte do linguista brasileiro Godofredo de Oliveira Neto, que participou na Comissão responsável pelas negociações do Novo Acordo Ortográfico.

Em declarações à Lusa, Oliveira Neto afirmou: "É estranho. O período de adaptação vai até Dezembro deste ano e Portugal já passou por todos os trâmites jurídicos e políticos. Uma coisa é a concordância, porque há discordâncias também no Brasil, mas outra coisa seria querer rever as regras".

O professor catedrático português, Carlos Reis, apoiante do Acordo Ortográfico (AO), afirmou que não se opõe a "ajustamentos pontuais" no documento, mas sublinhou que "um Estado sério e responsável deve cumprir aquilo a que se comprometeu".

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publicado às 09:00

Quando eu um dia decisivamente voltar a face
daquelas coisas que só de perfil contemplei
quem procurará nelas as linhas do teu rosto?
Quem dará o teu nome a todas as ruas
que encontrar no coração e na cidade?
Quem te porá como fruto nas árvores ou como paisagem
no brilho de olhos lavados nas quatro estações?
Quando toda a alegria for clandestina
alguém te dobrará em cada esquina?

Ruy Belo, in "Aquele Grande Rio Eufrates"

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publicado às 08:00

No dia 4 de Março de 1678 nasceu, em Veneza, o compositor italiano Antonio Vivaldi. O pai era barbeiro mas era, também, um talentoso violinista. Ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo.
Em 1703, Vivaldi tornou-se padre. Chamavam-lhe “il prete rosso” (o padre vermelho) por ser sacerdote e ter o cabelo ruivo. Um ano depois de ter sido ordenado, foi dispensado de celebrar missa, devido à sua saúde fragilizada. Aparentemente sofria de asma. Vivaldi voltou-se, então, para o ensino de violino num orfanato de raparigas, em Veneza, chamado “Ospedale della Pietà”. Pouco tempo após o seu início nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima. Compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e música sacra.
No orfanato, desempenhou diversos cargos, interrompidos apenas pelas suas muitas viagens e, em 1713, tornou-se responsável pelas actividades musicais da instituição. António Vivaldi foi realmente um compositor prolífico: compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. Apesar de os seus detractores o acusarem de fabricar música como quem fabrica pão, foi na sua época muito admirado pelo público e pelos peritos, entre os quais Johann Sebastian Bach. É sobretudo conhecido popularmente como autor dos concertos para violino e orquestra “As quatro estações”.
Em 1705 foi publicada a primeira colecção dos trabalhos de Vivaldi. Muitos outros se lhe seguiram. Tal como aconteceu com tantos compositores da época, Vivaldi, terminou a sua vida na pobreza. Faleceu em Viena, no dia 28 de Julho de 1741. Foi-lhe dada uma sepultura anónima, de pobre. No seu funeral foi cantada a missa de Requiem, na qual o jovem Joseph Haydn terá cantado, no coro.
Mas umas décadas após a sua morte a sua música caiu no esquecimento. O estilo genuinamente barroco de Vivaldi não resistiu à ‘coqueluche’ do classicismo. A maior parte do seu repertório só foi descoberta na primeira metade do século XX, em Turim e Génova, e publicada na segunda metade. Hoje é recordado por todos os públicos e tocado por todas as orquestras – e não só as suas “4 Estações”…


“Primavera” de “As 4 Estações”, de Vivaldi
Concerto no Jardim Botânico do País de Gales
Academy of St Martin in the Fields
Violino: Julia Fischer

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publicado às 00:01


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