Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




Exemplo prático

por Francisco Clamote, em 01.03.12
Tendo em conta toda a encenação feita por Alberto João Jardim, no seguimento da descoberta do "buraco"  nas contas públicas da Região Autónoma da Madeira,  o convite endereçado ao dito cujo para ser um dos mandatários da recandidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, só pode ser encarado como altamente surpreendente. 
Soube-se hoje, no entanto, que há, pelo menos, mais dois mil milhões de razões para a surpresa ser maior ainda. Com efeito, sabe-se agora que a dívida global da região da Madeira que, segundo o antes anunciado pelos governos da Madeira e da República, andaria pelos 6328 milhões de euros no final de Junho passado, vai ultrapassar a barreira dos 8000 milhões.
Mas tudo tem, afinal, a sua explicação e, neste caso, é o próprio Alberto João quem se prontificou a apresentá-la: “É uma altura de unidade partidária e foi por essa razão que eu aceitei ser o mandatário do líder nacional do partido”. 
Perante isto e se nos recordarmos que Alberto João não vai ter que pagar, até ao final do seu actual mandato, nem um tostão do empréstimo concedido pelo governo presidido por Passos para cobrir as loucuras do líder da Madeira, será ainda preciso explicar como funciona uma pandilha?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:35


Caramba, o homem é um génio

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.12
cavaco fisga.jpeg

Segundo Cavaco Silva, para criar emprego é preciso...wait for it...wait for it...CRESCIMENTO! Nunca me tinha ocorrido tal coisa. Realmente, são necessários muitos anos de estudo dedicado para chegar a tão brilhante conclusão.
Obrigado, senhor professor. Agora sim, vamos a eles! Construir auto-estradas, abater árvores de fruto, betão em cima de betão, dar cabo da agricultura. Subsidiar, subsidiar, subsidiar. Em suma, crescer. É isto, não é?, PÁ! Tudo como vexa nos vem ensinando desde os idos de 80.
E vergonha na cara? Já se ganhava, não?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:28


Asshole' exhibition? Where else?

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.12
Enganaste-te redondamente, Luís. Essa cena é na Assembleia da República. Todos dias (in)úteis, em plenário e em comissão. Às vezes, tem exibições intra-temáticas a que dão o nome de Inquéritos Parlamentares, sempre tão proveitosos para a res publica.
Bastava teres ido lá pelo cheiro, que a merda é muita e os flatos constantes. Ainda assim, e talvez isso te tenha confundido os sentidos, há por lá uns poucos gajos de luvas que cheiram menos mal e boicotam os objectivos e princípios fundadores da exposição.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 21:03

PS: estas fotos foram publicadas na imprensa como estando em exposição. É possível haver troca da instituição. Apresento o meu pedido de desculpas.

 

Que comentário merece uma  exposição na Fundação Serralves apoiada pelo Estado que tem como título "olho do cú" ? Esta exposição já esteve no Museu do Chiado pelo que parece estarmos perante uma obra de arte, de outra forma mal se compreenderia que duas instituições de relevo lhe tenham dado guarida.

Que um "artista" se lembre de tirar fotos ao anús acho que ninguém tem nada com isso mas então deveria guardá-las para si. Muito menos se compreende que tal "arte" seja apoiada pelo Estado. Quantos artistas não conseguem uma oportunidade  de expor as suas obras ? Quais são os critérios no uso dos dinheiros públicos?

Se aqui andasse o dinheiro do próprio e não o dinheiro de todos nós esta exposição não se fazia.

E, como as fotos são próprias para serem mostradas em tão selectos lugares mal iria se a PEGADA se fizesse rogada...

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:30


Quocientes

por Francisco Clamote, em 01.03.12
QI, na versão de Ferreira Fernandes, hoje, no DN:
"Há dias, Eduardo Catroga disse uma coisa extraordinária. Tendo sido escolhido para presidente da EDP, explicou a decisão, assim: "Eu era um candidato natural". Na mesma altura, estando eu em Angola, li num jornal local a entrevista também extraordinária de um empresário. Perguntado sobre qual a refeição mais cara que teve, o empresário respondeu: "Ainda há dias, num almoço em Amesterdão, uma garrafa de vinho custou-me 1500 dólares." Qualquer candidata a Miss Mundo saberia dizer que se tivesse esse maço de notas dá-lo-ia a um hospital pediátrico... O despudor do empresário angolano era de quem ignora tudo da política (isto é, da relação de cada um com a gente à volta) a ponto de acirrar os que têm muito pouco e justamente se ofendem com a arrogância dos poderosos. O caso de Catroga é politicamente parecido. Em Portugal há escândalos recorrentes com o termo "boys". Daí as nomeações, que deveriam ser sempre na base da competência (o que é o caso Catroga/EDP), exigirem também discrição política. Ora alguém achar-se "candidato natural para a presidência da EDP" é um estardalhaço desnecessário e arrogante que não pode senão excitar indignações. Recorro ao imaginativo falar luandense para mostrar que ninguém se deixa enganar. Por lá se explica o que leva alguém a conseguir um alto cargo: "Esse tem um grande QI!" E não, não se referem a Quociente de Inteligência, mas sim a ter um grande e poderoso Quem Indicou."
(Bold meu)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:53


O manicómio burocrático Estatal

por Luis Moreira, em 01.03.12

Um exemplo: o licenciamento de unidades de aquacultura:

O processo começa com um pedido de autorização para instalação, dirigido à Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura, ao qual, na generalidade dos casos, terá de seguir um processo de avaliação de Impacto Ambiental (AIA).

No processo de autorização para instalação são ouvidas dezena e meia de entidades, nomeadamente, o Instituto Hidrográfico, a Direcçã- Geral de Faróis, a Capitania do Porto, a D.G. das Pescas e Aquicultura, o Ipimar, a entidade administrativa do domínio público, o IC-B, a D.G.de Veterinária, o Delegado de Saúde, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional e a autarquia.

Todas com poder de veto sobre o projecto.

Olhe, eu fico por aqui, porque o processo nem sequer vai a meio. Acredita, que na prática alguém tem paciência para isto?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:00


A25A - apresentação de livro

por Luis Moreira, em 01.03.12

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:00


As vozes dos partidos

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.12
Mas quais vozes?
A voz do centrão não permite vozes dissonantes. Com esta espécie de líderes, também a voz do PS se limita a ser a voz do dono. O mesmo dono do PSD e do PP. Por mais que outras meritórias vozes se rebelem, internamente, a escolha de Seguro definiu este rumo para um partido que já foi gente. O homem tenta passar entre os pingos de chuva e aparece no genuflexório destes tempos como o sonho de oposição para qualquer Governo com necessidades autoritárias.
Não há espaço para vozes nos partidos. E, acaso alguém a tente levantar, logo outro alguém tratará de lha tapar ou, caso não se trate de barão ou visconde, limitar-se-á a pô-lo em "mute".
A verdade é que nada disto é novo. Vamos a Camilo, vamos a Eça, Ramalho, está lá tudo. Temos tendência a repetir os erros, século após século. Haja pois quem fale e quem oiça cá fora. A política tem de voltar ao berço, às Praças. Falo do quê? Daquela parede cinzenta que todos teimam em não acreditar que pode ter outra cor.
Volto aos partidos. No que respeita ao Bloco e ao PC: são o Bloco e o PC. Nada mais a acrescentar. Entregar-lhes o poder seria algo equivalente a dar/levar uma injecção na testa. De resto, esses não têm, hoje por hoje, voz. Berram tão alto que o ouvido humano não alcança. O PC, aliás, no casulo em que se enfiou perde uma oportunidade de ouro de ser alguém. Muito teria a colher na esquerda com dois dedos de testa que se afasta da berraria insuportável do Bloco e do insuportável silêncio do PS.
É o que temos, enfim. E, sejamos francos, tamanho tem sido o imobilismo, é o que merecemos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:24


Massacre do Osso da Baleia - lembram-se disto?

por Luis Moreira, em 01.03.12

Uma praia ali para os lados de Leiria, um pai tresloucado matou a mulher e a filha e mais cinco pessoas. Escapou a outra filha  por lhe ter pedido para não a matar. O homem cumpriu pena de prisão e a última vez que se falou nele é que estaria a viver em Londres.

Foi um acontecimento terrível que afectou muita gente psicologicamente.

Tudo aconteceu na noite de 1 para 2 de Março de 1987, na Praia do Osso da Baleia (Pombal) e na Amieira (Marinha Grande) quando Vítor Jorge, contínuo numa agência bancária e fotógrafo de casamentos e baptizados nas horas vagas, assassinou a tiro e à pancada naquela praia cinco pessoas que tinham participado numa festa de anos na Guia, Pombal.

Depois dirigiu-se para casa, na Amieira, atraíndo a mulher e uma filha para um pinhal, onde as matou à facada. Uma das vítimas da praia do Osso da Baleia foi uma empregada de limpeza no Hospital Universitário de Coimbra, de seu nome Leonor Tomás, com quem mantinha uma relação afetiva.

Ao massacre escaparam a filha mais nova e um filho de Vítor Jorge, tendo a rapariga, já ferida, suplicado ao pai que não a matasse. Este, cansado e emocionalmente desgastado, deixou-a fugir.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:00


Léxico e propaganda

por Francisco Clamote, em 01.03.12
Excerto de mais um excelente texto de José Vítor Malheiros publicado anteontem na edição impressa do "Público" (sem link), com o título "O Léxico autorizado":
"(...) Uma grande parte da política passa por criar e tentar impor na arena social, na imprensa, no debate político, determinadas visões do mundo - determinadas narrativas -, como bem sabem os mestres da propaganda. Mas essas narrativas são construídas por palavras e, quando determinados termos se impõem, há narrativas que se organizam quase naturalmente à sua volta.
Tomemos a "ajuda". "Ajuda" é uma coisa boa. Todos gostamos de ajudar, todos gostamos de ser ajudados. Não é fácil criar uma narrativa onde o mau da fita é alguém que "ajuda". Quem ajuda é, forçosamente, nosso amigo.
E como apareceu a expressão "ajuda financeira"? De facto, aquilo que designamos por "ajuda financeira" é, simplesmente, um empréstimo. E empréstimo é não só uma expressão mais correcta como mais neutra. Sabemos isso porque há empréstimos que nos aliviam e outros que nos entalam. É possível criar narrativas diferentes à volta da expressão "empréstimo". Posso dizer "aquele empréstimo permitiu-lhe salvar a empresa" ou "o que o levou à falência foi aquele empréstimo". Posso dizer que o "empréstimo negociado com a troika tem um juro usurário", mas já não o posso dizer se lhe chamar "ajuda". As palavras não deixam. Um "resgate" também é uma coisa boa. Salva-nos. Não é possível dizer nada de mau de quem nos resgata. (...)"
***
Curiosamente, na mesma data, referi-me, noutro local, a exemplos de uso das palavras para criar narrativas que, não correspondendo à realidade, têm a virtualidade de a esconder. Referia-me, na altura, ao ministro Gaspar (das Finanças) e ao ministro Álvaro (da Economia). Depois disso, o secretário Moedas voltou a usar da mesma técnica. Disse ele (Moedas) que a economia portuguesa se está a "ajustar rapidamente". "Ajustar", como diria o José Vítor Malheiros, é uma coisa boa. Quem é que não gosta que as coisas se ajustem? Porém, se Moedas dissesse que "a economia portuguesa está a contrair-se mais do que o previsto", como acontece na realidade,  já seria, como é evidente, uma coisa má.  
Isto só para dizer que os actuais governantes podem não saber como fazer crescer a economia; podem não conseguir conquistar a confiança dos mercados, mas de propaganda sabem eles. Muito. O país, nós todos, é que não ganhamos nada com isso. Só perdemos em ter estes "artistas"como governantes.
PQP! (Leia-se: Pois que partam)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:29


BPN - zangam-se as comadres...

por Luis Moreira, em 01.03.12
O PS desconfia da privatização. O PSD desconfia da nacionalização. Talvez se saiba alguma coisa no meio da discussão.
A nacionalização sem análise prévia levou o estado a meter milhões em buracos sucessivos. Deixou de lado a SNL com os activos que valem milhões.
O PSD quer vender por 40 milhões o que custou ao estado muitíssimo mais. É o mal menor?
Entretanto o processo crime contra os anteriores accionistas e gestores não anda. Só Oliveira e Costa é pouco.

off-topic ou nem por isso (e aproveitando a boleia do sapo): 

OUVIR E FALAR - Ciclo de Tertúlias pela Democracia e Cidadania (clique para saber mais e aderir)

http://www.facebook.com/groups/ciclodetertulias/

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:00


Bordel na Mouraria ( safe house)

por Luis Moreira, em 01.03.12

A ideia da Câmara de Lisboa é aproveitar um dos muitos prédios devolutos para instalar um bordel por forma a tirar da rua as mulheres que se dedicam à prostituição na zona do Martim Moniz. Completamente de acordo, a segurança e a higiene agradecem!

As associações que propõem a criação do bordel são a Obra Social das Irmãs Oblatas e do Grupo Português de Activistas sobre Tratamento do VIH-SIDA.

Não se percebe que as mulheres ( as mais humildes) andem na rua à chuva ao sol e ao vento dos "apetites" dos proxenetas, enquanto as casas finas guardam as meninas prendadas que se prostituem. As mesmas que depois aparecem, dobradas as 2h da madrugada, nos lugares de estilo da noite.

Até na prostituição há umas que são mais iguais que outras!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:43


No país das maravilhas

por Ariel, em 01.03.12

Lê-se e não se acredita.

 

"400 funcionários da câmara de Setúbal terão de devolver perto de um milhão de euros relativos a aumentos salariais decorrentes de alterações de posição remuneratória por opção gestionária referentes aos anos de 2009 e 2010."

[...]

"Há casos de trabalhadores em que os aumentos foram superiores a 150 euros por mês. Os valores recebidos, alguns deles com efeitos retroactivos, ascendem em alguns casos a perto de cinco mil euros."

 

Quem são estes gestores autárquicos  que parecem aliar a demagogia à incompetência, mas não são capazes de parar um momento para pensar e perceber que  alguma coisa não ía  bater certo nesta história? Cinco mil euros de retroactivos pagos por uma autarquia, quando o país atravessa graves constrangimentos financeiros?

 

" para a IGAL, o ponto não se podia traduzir numa menção de “Bom

 

Lá diz o ditado, quem conta um conto acrescenta um ponto....

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:31


Pintores e Quadros famosos - Vieira da Silva -

por Luis Moreira, em 01.03.12

Maria Helena Vieira da Silva :Lisboa, 1908, dia de Santo António, o padroeiro da cidade. O diplomata Marcos Vieira da Silva é pai pela primeira vez. Sua mulher, Maria da Graça, teve uma filha a quem é dado nome de Maria Helena Vieira da Silva. Não terá a companhia do pai por muitos anos.

Maria Helena tem cerca de dois anos quando parte com a família e a sua preceptora para a Suíça. Não se trata de missão diplomática. O pai sofre da doença que muitos vitima no reino de Portugal - a tuberculose; e a Suíça tem bons ares, bons sanatórios – é a esperança de uma cura. Para Maria Helena será a neve, as montanhas, a tranquilidade de uma infância. Mas não por muito tempo. Em Fevereiro de 1911 o pai morre. É uma perda que não se esquece.

A família regressa a Lisboa. Instala-se na casa do avô materno. Homem de ideais republicanos e editor, director do jornal "O Século". Tudo é agora diferente. À serenidade da Suíça contrapõe-se a agitação que se vive em Portugal.

Lisboa é uma cidade de convulsões. A República tinha sido implantada no ano anterior, e nem a todos agrada. Os movimentos políticos são muitos. As ideias estão ainda em ebulição.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:00

O BCE já vai na segunda operação de injeção de dinheiro nos bancos. Qual é a vantagem para a economia real?

Para já os bancos substituem empréstimos a curto prazo por créditos a três anos mantendo ou baixando as taxas de juro. Uma belíssima oportunidade de fazer lucros imediatos. E, as PMEs ?

"Financiamento à economia foi prioridade da segunda LTRO
Mario Draghi disse na última conferência de imprensa que sobretudo esta segunda operação de cedência de liquidez a longo prazo seria um apoio para as pequenas empresas. Pelo menos à escala do euro, a ambição de Draghi poderá ser conseguida. Os dados de Janeiro do BCE sobre a circulação de moeda (M3) e sobre os empréstimos ao sector privado já mostraram alguns sinais de que o primeiro leilão já teve efeitos positivos discerníveis na economia real. Em Portugal, esse particular torna-se mais complexo porque, por força do esforço de desalavancagem a que a banca nacional está obrigada, os efeitos poderão ser limitados. Em concreto, a banca comprometeu-se a ter um rácio de transformação (depósitos vs crédito) de 120% até 2014. Nesta altura, em média, esse rácio ronda os 140%, o que significa que a banca terá de angariar mais depósitos e conceder menos créditos a empresas e famílias.
"Estas operações não resolvem os problemas estruturais ou de solvência que existem na Zona Euro, mas dão realmente aos investidores uma indicação de que o BCE está mais disposto a apoiar o sistema financeiro

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 09:00


Erguendo as mãos em gestos recolhidos,
Todos brocados fúlgidos, hieráticos,
Em ti andam bailando os meus sentidos...

E os meus olhos serenos, enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos,
Dolorosos, tristíssimos, extáticos,
São letras de poemas nunca lidos...

As magnólias abertas dos meus dedos
São mistérios, são filtros, são enredos
Que pecados d´amor trazem de rastros...

E a minha boca, a rútila manhã,
Na Via Láctea, lírica, pagã,
A rir desfolha as pétalas dos astros!..

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=1580#ixzz1non9id9c
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 08:00


Frédéric Chopin – O "Segundo Mozart"

por António Filipe, em 01.03.12

No dia 1 de Março de 1810, na aldeia de Żelazowa Wola, Ducado de Varsóvia, nasceu Frédéric Chopin. Filho de mãe polaca e de pai francês expatriado é considerado um dos maiores pianistas e compositores do período romântico. Recebeu as suas primeiras aulas de piano da sua irmã mais velha, Ludwika, e foi, posteriormente, ensinado pela mãe. O seu talento musical manifestou-se imediatamente, ganhando, em Varsóvia, a reputação de "segundo Mozart". Aos sete anos já era autor de duas polacas para piano. Apareceu pela primeira vez em público, como pianista, aos oito anos de idade.
Aclamado na sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos deixou a Polónia para sempre. Mudou-se para Paris e lá viveu uma importante parte da sua curta vida. Chopin estava a caminho de Paris quando recebeu a notícia de que tinha fracassado o levantamento de 1830, pela restauração da independência da Polónia. Regressar ao seu adorado país tornou-se uma ideia distante, se não impossível.
Na capital francesa, fez carreira como intérprete, professor e compositor e adoptou a versão francesa dada ao seu nome, Frédéric-François Chopin. O seu nome polaco era Federico Chopino. De 1837 a 1847 teve uma relação turbulenta com a escritora francesa George Sand.
Foi, na sua época, muito reconhecido como pianista, mas o séc. XIX não deu a devida atenção às suas composições. Antes dele, houvera as sonatas e os concertos de Beethoven e, depois, sucederam-lhe as imponentes obras para piano de Brahms e outros pós-românticos. Generalizou-se a opinião de que Chopin tinha sido um compositor de peças para piano bonitas mas triviais, utilizadas como música de salão. Mas o séc. XX fez a justiça de reconhecer a sua música como expansora do universo harmónico e formal. A sua força, brilho e poesia tornaram-se uma verdadeira adoração para os mais notáveis pianistas.
Chopin continua a ser uma das grandes, senão a maior, de todas as referências da música de piano. Célebre e apreciado pelo grande público, sobretudo por causa dos seus Nocturnos, é também preferido dos estudiosos e intérpretes, a propósito dos seus complexos e completos estudos para piano. Um dos mais exaustivos e consagrados cultores da grande música de Chopin foi o pianista Arthur Rubinstein.
Sempre com a saúde frágil, Chopin morreu no dia 17 de Outubro de 1849, em Paris, com apenas 39 anos, vítima de tuberculose. No seu funeral, a que assistiram cerca de 3 mil pessoas, junto ao túmulo, foi tocada uma versão instrumental da célebre “Marcha Fúnebre”.


1º andamento do Concerto nº 2, op. 21, de Chopin
Piano: Arthur Rubinstein
Orquestra Sinfónica de Londres
Maestro: André Previn

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:01


página facebook da pegadatwitter da pegadaemail da pegada



Comentários recentes

  • mariamemenez

    BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • Endre

    Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...

  • DAVID

    Saudações da temporada, eu sou David e sou um hack...

  • Welty Jeffrey

    MARTINS HACKERS have special cash HACKED ATM CARDS...

  • sandra

    I wanna say a very big thank you to dr agbadudu fo...

  • DAVID

    Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...

  • Maria

    God is great i never thought i could ever get loan...

  • edwin roberto

    I am Edwin Roberto and a construction engineer by ...


Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2011
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2010
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2009
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2008
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D

Pesquisar

Pesquisar no Blog  



subscrever feeds