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O negócio é para os bancos. "Schäuble & Cie salvaram os credores, não os gregos. São os bancos, as companhias de seguros e os fundos de pensões na Alemanha, na França e na Grã-Bretanha quem lucrará com isso. Em caso de falência [grega], teriam perdido tudo. [...] Os credores privados, que, segundo Schäuble deveriam também ter prestado garantias, são, na verdade, muito favorecidos. É um belo negócio para os credores, um péssimo negócio para a Europa."

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publicado às 23:13

O que é que haverá de comum entre personalidades tão diferentes como Pedro Santana Lopes, Jorge Bacelar Gouveia, José António Saraiva e Henrique Monteiro? Face aos jornais das últimas semanas, a resposta é muito simples: todos defendem o Acordo Ortográfico, todos discordam das posições que tenho sustentado, todos, pelos vistos, entraram em alerta vermelho com os textos publicados no Jornal de Angola, e todos evitam tomar posição sobre questões que são essenciais.
A primeira dessas questões é a da entrada em vigor do AO. Toda a gente sabe que, não tendo sido ratificado pelas Repúblicas Populares de Angola e de Moçambique, ele não entrou em vigor.
A ratificação é o acto pelo qual um estado adverte a comunidade internacional de que se considera obrigado nos termos do tratado que subscreveu juntamente com outros estados. No que a este caso interessa, o tratado entra em vigor na ordem jurídica internacional logo que ratificado por todos os estados signatários. A partir do momento em que entre em vigor na ordem jurídica internacional, essa convenção será recebida na ordem jurídica interna do estado signatário. Antes, não pode sê-lo.
Não estando em vigor na ordem jurídica internacional, nem ele nem, por identidade de razão, o bizarro segundo protocolo modificativo, uma vez que também não foi ratificado por aqueles estados, o AO não está nem pode estar em vigor na ordem jurídica portuguesa.
Nenhuma das individualidades referidas toma posição quanto a este ponto.
Ora, sem o AO estar em vigor, a solução é muito simples: continua a vigorar a ortografia que se pretendia alterar. Como estamos num estado de Direito, a solução é só essa e mais nenhuma. E a lei deve ser cumprida por todos.
A segunda questão prende-se com a exigência, feita pelo próprio AO (art.º 2.º), de um vocabulário ortográfico comum, elaborado com a participação de instituições e órgãos competentes dos estados signatários. Não existe. Qualquer outro vocabulário que se pretenda adoptar, seja ele qual for, será uma fraude grosseira ao próprio acordo...
A resolução do Conselho de Ministros do Governo Sócrates (n.º 8/2011, de 25 de Janeiro) raia os contornos de um caso de polícia correccional: produz uma distorção ignóbil da verdade ao afirmar, no preâmbulo, que adopta "o Vocabulário Ortográfico do Português, produzido em conformidade com o Acordo Ortográfico". É falso.
Nenhuma das individualidades referidas toma posição quanto a este ponto.
Mesmo que entendessem que o AO está em vigor, uma coisa é certa: nenhum entendimento, nenhum diploma, nenhum sofisma político ou jurídico pode dar existência àquilo que não existe.
Sendo assim, e não se podendo aplicar o AO por falta de um pressuposto essencial à sua aplicabilidade, continua em vigor a ortografia que se pretendia alterar por via dele. Como estamos num estado de Direito, a solução é só essa e mais nenhuma. E a lei deve ser cumprida por todos.
O grande problema é portanto o de que cumprir o Acordo Ortográfico, no presente estado de coisas do nosso estado de Direito, implica não o aplicar! Ou, dizendo por outras palavras, fazer de conta que se aplica o AO é violá-lo pura e simplesmente, na sua letra e no seu espírito...
Nenhuma das individualidades referidas toma posição quanto a esta situação paradoxal de que, certamente, tiveram a argúcia de se aperceber.
De resto, há muitas outras questões que têm sido levantadas, mas que as mesmas individualidades se dispensam de considerar, mostrando uma suficiência assaz discutível em relação a assuntos que não estudaram e de que, pelos vistos, percebem pouco. Não as abordaremos para já, mas elas não perdem pela demora. Diga-se apenas que nem mesmo o Brasil aceita a carnavalização da grafia que está a ser praticada em Portugal!
Acrescento que estou um tanto ou quanto farto de ter de voltar a estas coisas com alguma frequência. Mas tenho mais apego à minha língua do que a muitos outros interesses pessoais. E voltarei ao assunto as vezes que for preciso.
Para já, trata-se de instar quatro pessoas que considero e com quem tenho uma relação cordial, a que respondam aos pontos que levantei e aproveitem para ponderar as judiciosas considerações que sobre o assunto o Jornal de Angola tem publicado. Não perdem nada com o exercício.

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publicado às 22:00


Piegas, senhor primeiro-ministro?

por Rogério Costa Pereira, em 22.02.12

«Piegas é quem fala grosso para baixo, mas fininho para cima.» Miguel Tiago, PCP.

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publicado às 21:13

Para quem pensava que eu vinha aqui descascar no homem deixo música, chamo atenção para o homem da bateria, e sugiro a leitura disto.

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publicado às 20:57

As agências de rating que andaram a dar notações que se mostraram desastrosas, que sem a a sua intervenção muito do que aconteceu não teria acontecido, passam incólumes?

«Os bancos, os reguladores, os auditores e os governos já foram responsabilizadas pelas suas ações. Exceto as Agências de Notação. Ora, como nota este trabalho, quase se tornaram uma espécie de 'regulador suplente'. E, friso, de todos os agentes culposos ou negligentes da crise de 2008, os notadores (triple A!) de produtos tóxicos saíram, até hoje, misteriosamente incólumes», escreve Paulo Portas que propõe uma discussão sobre a questão «que atravessa a legislação» que se aplica ao setor financeiro."

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publicado às 20:23

SPIEGEL ONLINE, 02/21/2012

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Averting the Next Greece: Portugal Needs More Money To Stay Afloat

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With its massive austerity measures, Portugal has become the poster child of the troika of the EU, ECB and IMF. But the country is still stuck in a deep recession and it is unclear how it will return to growth. It may need to rely on European loans for years to come.

By Christoph Pauly

You can download the complete article over the Internet at the following

URL: http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,816024,00.html

“Um pecado tem sempre como consequência outro pecado.” Fonte: Prikei Avot, Ben Azai

Ontem li o artigo de fundo do SPIEGEL 8/2012 sobre Portugal – 3 páginas! – em alemão e verifiquei que o mesmo, apesar das críticas, é bastante objectivo e equilibrado. O artigo até reza que o caso de Portugal não é comparável com o da Grécia porque Portugal, ao contrário do que acontece com a Grécia, além de infraestruturas capazes tem indústrias competitivas.

O artigo corrobora a minha visão de que nem sempre são os “marrões” que mais tentam agradar aos professores, os melhor sucedidos na vida profissional prática. De facto, apesar de ficar claro que se deve obedecer amplamente às imposições bastante mecanicistas da troika, existe sempre um resto de liberdade de movimentos e criatividade que pode e deve ser aproveitado – aberta ou “subversivamente” – para saír da recessão e criar crescimento – o objectivo principal. O facto das coisas terem ido para o torto apesar das “indústrias competitivas”, significa: Portugal tem “soldados” mas não tem um “general”. Por outras palavras: o país deverá identificar um grupo-alvo no mundo, ao qual, de acordo com os seus próprios pontos fortes, pode servir melhor que outros. Lançar indústrias à toa, porventura subsidiadas pela UE, não basta, tem de haver uma conjugação dos esforços direccionada para as necessidades mais ‘candentes’ de um determinado grupo-alvo. Sob este desígnio, todo o resto agrupa-se em volta, criando-se uma economía imbatível dentro da sua órbita.

Neste contexto ainda uma breve observação sobre o caso grego. O Presidente do conceituado Ifo-Institut für Wirtschaftsforschung (Munique), Prof. Dr. Hans-Werner Sinn, com o qual me encontro em contacto há anos, disse numa entrevista em SPIEGEL ONLINE**:

“(...) Deveriam dar-lhes (à Grécia) o dinheiro para lhes facilitar a saída da União Monetária. O estado grego, com o dinheiro poderia nacionalizar os bancos, evitando o colapso do estado. Com todas as turbulências que uma saída dessas provovca, o estado e os bancos  devem continuar a funcionar (...).

Com efeito, indicando tudo que todas as ajudas monetárias do mundo não conseguem salvar uma Grécia que ainda tem “o rei dentro da barriga”, acredito que face à revolta do povo grego que dificulta às mudanças necessárias, será melhor permitir que o país “conheça a verdade” - a qual a “libertará” *. O país, que certamente ficará dentro da União Europeia, tal como muitos outros parceiros sem o euro, não se afundará, continuará com o apoio da UE e depois de ter aprendido a lição, sairá fortalecido da crise, nem a fénix das cinzas.

Quanto a Portugal faço votos que consiga dar a volta por cima às coisas, evitando o pior. Tenho a certeza que com uma mudança drástica de estratégia – forte e feio! – isto será possível.

* “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. A Bíblia Sagrada, João 8, 32

** http://www.spiegel.de/wirtschaft/soziales/0,1518,816291,00.html

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publicado às 18:00


Angola o novo destino dos jovens portugueses

por Luis Moreira, em 22.02.12

Portugal está doente, Angola em grande forma. Com as suas reservas de diamantes e as suas jazidas de petróleo – as maiores da África subsariana, depois da Nigéria –, o país vive com 14% de crescimento do PIB, em média, desde 2003. No ano anterior, em 2002, os angolanos descobriram a paz após quase 40 anos de guerra ininterrupta.

Tudo tem de ser reconstruído. São precisos engenheiros de pontes e de estradas, especialistas em telecomunicações, consultores financeiros, etc., se possível, lusófonos. É uma dádiva para os portugueses, ligados àquele país por uma língua comum: quadros e jovens licenciados portugueses, desempregados ou em busca de aventura, partem para África.

São, sobretudo, o dinheiro fácil e os bons salários que motivam os candidatos. Um engenheiro recém-licenciado ou um jornalista com três anos de experiência que, em Portugal, podiam aspirar a 1000 euros de salário mensal, recebem 3000 euros em Angola e, na maior parte das vezes, é a empresa que os contrata que lhes dá, ainda, casa e comida. Carlos Cardim é diretor de uma agência de publicidade, instalada há cinco anos na capital, Luanda. “Tenho a impressão de viver no Portugal dos anos 1980, quando começaram a chover os fundos da Comissão Europeia.”

Estes emigrantes privilegiados vivem em grande estilo: moradias luxuosas, carros com motorista, segurança pessoal, noites festivas. “Há aqui um lado Far West, é divertido”, diz João, um consultor de marketing instalado no sul de Angola desde 2007. “Portugal é o país que se deve evitar, neste momento.”

Reverso da medalha

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publicado às 17:00


A ERVA MOLHADA

por Adriano Pacheco, em 22.02.12

Paira o cheiro da erva molhada

Pela encosta do soalheiro

No cume do monte cimeiro

Solta-se um fogo que arde

E nos olhos vai caindo a tarde

 

Soltam-se os dias e o tempo passa

Num espaço leve e sereno

Assim a vida se vai gastando

Mas como, onde e quando

Se o cantinho é tão pequeno?

 

Minha terra minha doce lonjura

Meu espaço de breve lembrança

Longe, tão longe, ficou a criança

Perto, tão perto se estende

brancura

Bordada pelo fumo da distância

 

Verde, tão verde breve ficaste

Num tempo em que tudo mudou

Tudo mas tudo se esfumou

Na mente e na gente que criaste

 

 

 

 

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publicado às 16:00


Os especuladores estarão a fazer isto?

por Luis Moreira, em 22.02.12

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publicado às 15:00


Toca a esfolar reformados !

por Francisco Clamote, em 22.02.12
Não há a mínima dúvida de que este (des)governo tem tratado os reformados e pensionistas com particular "carinho":
Tal como aos funcionários públicos fica-lhes com os subsídios de férias e de Natal;
Suportam, como os demais cidadãos,  os aumentos de preços  e pagam, em geral,  os mesmos impostos, o que é justo. Digo em geral, porque há uns tantos que são forçados a suportar uma sobretaxa que pode ir até 50% sobre o que exceda determinados  montantes, sobretaxa que, no entanto, não incide sobre os rendimentos de pessoas, como Catroga, que auferem muitas centenas de milhares ou mesmo milhões de euros por ano, o que já não é nada justo.
E, agora, como última manifestação de "carinho", até nas tabelas de retenção do IRS são discriminados. Enquanto para cálculo da retenção em relação aos funcionários públicos apenas se consideram, e muito justamente, as 12 mensalidades que vão receber, a tabela de retenção relativamente às pensões não só tem em conta as 12 mensalidades que os reformados e pensionistas irão receber (irão mesmo?) mas também as duas referentes aos subsídios de que foram esbulhados. 
Isto é o cúmulo da roubalheira. Onde é que já se viu pagar impostos sobre rendimentos que não se recebem? 
Perante isto, não sei mesmo a que extremos de "carinho" é que a "troika" Coelho, Gaspar & Portas é capaz  de chegar. É verdade que exterminar todos os reformados está fora de questão até porque  existe o Tribunal Penal Internacional (TPI) e Portugal aceitou a sua jurisdição.  A   "troika" Coelho, Gaspar & Portas não poderá, por isso, ir muito além do  "Esfolem-nos", se bem que aos titulares de pensões mais baixas já nem reste a pele.

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publicado às 13:49


America's Got Talent

por n, em 22.02.12

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publicado às 13:08


Os fretes entre a banca e o estado

por Luis Moreira, em 22.02.12

Os grandes investimentos dos Estado com a envolvência dos bancos custa-nos trinta mil milhões que é quanto a banca tenta agora receber. Este dinheiro devia ser canalisado para a economia, para as milhares de Pequenas e Médias Empresas.

Estava-se então nos anos 90, ainda muito perto da adesão de Portugal à Comunidade Europeia, em 86, com os mercados inundados de fundos. António Barreto, sociólogo e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, disse que “portámo-nos como novo ricos”, para explicar o nível de endividamento de Portugal, sobretudo nos últimos tempos. “A partir de certa altura, foi-se percebendo que Portugal não tinha os recursos suficientes para a vida que estava a fazer, sobretudo para os projectos, e começou a empurrar e a acumular dívida para a geração seguinte. Isto é válido, a meu ver, a partir de meados dos anos noventa. Começou-se a gastar por conta do que se ia crescer nos 20 anos seguintes. Simplesmente, não crescemos!”

O Estado e o parque das empresas públicas absorvem uma parte desproporcionada dos fundos disponiveis deixando sem apoio as trezentas mil Pequenas e Médias Empresas que garantem 80% do emprego e 60% das exportações!

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publicado às 13:00

Ultimamente algumas das coisas que mais me tem despertado a curiosidade tem sido o relacionamento da sociedade portuguesa com o ouro e as fortunas que estão adormecidas nas caves e armazens dos Museus portugueses que na sua maioria têm muito valor e nenhum ou pouco interesse para a nossa cultura. Sabia que existe um Museu que está fechado há 5 anos e que no entanto continua a ter nos seus quadros 4 funcionários...todos administrativos? Sabia que existe um Museu que mudou para umas instalações novinhas em folha, tão mal localizadas, tão mal publicitadas que desde que abriu há mais de um ano, o unico visitante fui eu? Sabia que existe um Museu que a colecção que tem armazenada na cave é 1000 vezes mais valiosa e importante para a cultura portuguesa do que aquela que tem em exposição? Sabia que as peças esquecidas nas catacumbas, no universo de todos os museus portugueses e que pouca ou nenhuma relação têm com a nossa cultura, vendidas com critério e profissionalismo poderiam ser um excelente arranque para a nossa debilitada economia? Sabia que alguns directores de museus considera o museu onde trabalha com se fosse seu e algumas das peças até já estão em sua casa? Sabia que existem pequenos roubos e até grandes roubos organizados a partir de dentro dos proprios Museus? Sabia que uma importante colecção de documentos sobre Moçambique foi deitada para o lixo pela mulher a dias de um Museu? Sabia que uma das mais importantes peças de Cristal feitas em Portugal foi oferecida a um Museu e que ainda está em casa do dono, porque passados 10 anos ainda ninguem a foi buscar?... o melhor é ficar por aqui para não começar a falar nos bens da igreja...

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publicado às 12:00


A grande venda relâmpago na Europa

por Luis Moreira, em 22.02.12

Todos precisam de dinheiro e todos seguem o mesmo caminho. Vender os activos do estado!

Estas medidas desesperadas podem parecer ambiciosas quando tudo corre bem – mas, neste momento, as coisas não estão a correr bem. E, se toda a gente puser coisas à venda ao mesmo tempo, os preços tendem a baixar. A Grécia, por exemplo, angariou apenas 180 milhões da sua meta declarada de 50 mil milhões de euros.

No entanto, não deverá haver falta de compradores. A China procura investir a sua riqueza em tudo e mais alguma coisa que haja por esse mundo e os governos do Médio Oriente continuam a tentar gastar os proventos do petróleo.

É difícil saber se devemos sentir-nos animados ou deprimidos perante esta perspetiva. Por um lado, qualquer coisa que possa acelerar o alívio das nossas dívidas deve ser bem-vinda. Por outro, uma vez vendidas, as pratas da família continuam vendidas. À medida que as nossas economias vão sendo gradualmente marginalizadas pela China e pela Índia, aumenta o perigo de as coisas nunca mais voltarem a ser o que eram dantes.

A Grécia, a Itália, a Irlanda, a Espanha, Portugal estão todos a venderem os anéis...ficam os dedos?

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publicado às 11:00


Pintores e Quadros famosos - José Malhoa - Fado

por Luis Moreira, em 22.02.12
Fado
José Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha onde existe o Museu com o seu nome, dentro de um dos mais belos parques do país.

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publicado às 10:00

Cerca de mil trabalhadores já assinaram o acordo de rescisão do contrato "em paz social" como diz o secretário de Estado dos transportes. E vêm aí as fusões e a racionalização da oferta como não pode deixar de ser. Em 2011 foram 1 900 trabalhadores que negociaram a rescisão.

"Sérgio Monteiro disse que o número de rescisões nas empresas públicas de transportes vai depender da avaliação que será feita pelas novas administrações, que resultarão da fusão do Metropolitano de Lisboa com a Carris, da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) com o Metro do Porto e da Transtejo com a Soflusa."

Também foi anunciado que os empréstimos destas empresas obtidos junto da banca serão assumidos pelo Estado como, também, não poderia deixar de ser, pois quem pagaria o "serviço público" e o respectivo desperdício se não os contribuintes?

Entretanto, cheira-me que a "paz social" está a ser comprada com a solução dos inquéritos disciplinares aos trabalhadores. Tudo na paz do Senhor, como é habitual cá na terra!

Entretanto, soube-se, que as mordomias que se praticam nestas empresas de transportes estão muito para além das dos outros trabalhadores! Sim, esses que mais greves fazem!

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publicado às 09:00


Poesia ao nascer do dia - Marquesa de Alorna

por Luis Moreira, em 22.02.12

D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, Marquesa de Alorna (1750-1839) nasceu em Lisboa. Tendo o seu pai sido preso, acusado de participar no atentado ao rei D. José, Leonor, de oito anos, entrou com sua irmã para o convento de Chelas, vindo somente a sair após a morte do Marquês de Pombal. Casou com o Conde de Oeynhausen e viajou por Viena, Berlim e Londres. Enviuvou aos 43 anos de idade, vivendo com algumas dificuldades económicas, dificuldades estas que não a impediram de se dedicar à literatura. Adoptou na Arcádia o nome de Alcipe. Traduziu a Arte Poética de Horácio e o Ensaio sobre a Crítica de Pope. É considerada uma poetisa pré-romântica. As suas obras foram publicadas em 1844 em seis volumes com o título genérico de Obras Poéticas.

Bibliografia: Clara Rocha, As Máscaras de Narciso, p. 95. Marquês de Ávila e de Bolama, A Marquesa de Alorna, Lisboa, 1916. João Jardim de Vilhena, A 4ª Marquesa de Alorna (Alcipe), Coimbra, 1931. Hernâni Cidade, prefácio a Poesias e Inéditos, Sá da Costa, Lisboa, 1941.

Outras páginas sobre o autor:

Esperanças de um vão contentamento,
por meu mal tantos anos conservadas,
é tempo de perder-vos, já que ousadas
abusastes de um longo sofrimento.

Fugi; cá ficará meu pensamento
meditando nas horas malogradas,
e das tristes, presentes e passadas,
farei para as futuras argumento.

Já não me iludirá um doce engano,
que trocarei ligeiras fantasias
em pesadas razões do desengano.

E tu, sacra Virtude, que anuncias,
a quem te logra, o gosto soberano,
vem dominar o resto dos meus dias.

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publicado às 08:00


Se não quer sair da lista dos vivos, adoeça!

por Francisco Clamote, em 22.02.12

Contrariando os avisos já deixados, alhures, por mais de uma vez (Pela sua saúde não adoeça!) venho hoje recomendar precisamente o contrário. De facto, é de toda conveniência que, em cada  três anos, adoeçamos, pelo menos, uma vez que seja. Recomendação que se deixa a quem não queira ser riscado da lista dos vivos. 

Não acredita ? Ora veja: os utentes que não recorram a um centro de saúde durante três anos consecutivos vão ser expurgados das listas. 
Há, de facto, gente muito estúpida! Cada dia que passa mais me convenço que este governo não passa duma Comissão Liquidatária.

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publicado às 01:40


Quarta-feira de Cinzas

por Ariel, em 22.02.12

 

                    O combate entre o Carnaval e a Quaresma, de Pieter Brueghel, o Velho

"Em algumas empresas existem contratos colectivos de trabalho que estão a ser salvaguardados."

 É no que dá ainda não conhecer os vícios dos indígenas, mais esta mania  de celebrarem contratos colectivos de trabalho...

"Quanto às autarquias não é a mim que me cabe responder a essa questão"

 Ora, ide mas é chatear o Relvas, cochichou ele com um sorriso maroto para os seus botões.

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publicado às 00:02


João de Sousa Carvalho – Compositor português

por António Filipe, em 22.02.12

No dia 22 de Fevereiro de 1745, nasceu, em Estremoz, o compositor João de Sousa Carvalho, uma das figuras mais relevantes da música portuguesa da segunda metade do séc. XVIII, destacando-se sobretudo no campo da ópera e da música religiosa. Depois de iniciar os estudos no Colégio dos Santos Reis em Vila Viçosa, ingressou no Conservatório de Santo Onofre a Capuana, em Nápoles, a expensas do rei D. José I, grande impulsionador da actividade operática na corte portuguesa. De regresso a Portugal ocupou o lugar de professor de contraponto e, mais tarde, de Mestre do Seminário da Patriarcal, onde viria a ter como alunos alguns destacados compositores da geração seguinte (António Leal Moreira, Marcos Portugal e João José Baldi, entre outros). Em 1778 sucedeu ao napolitano David Perez como professor de música dos Infantes e como compositor oficial da corte.
À semelhança da maior parte dos seus contemporâneos, Sousa Carvalho repartiu a sua actividade entre a música religiosa e a música dramática, usando em ambos os géneros uma linguagem estética muito semelhante. No domínio sacro, chegaram até nós 17 obras em manuscritos autógrafos, das quais fazem parte sete missas, três Te Deum, três salmos, um motete e a oratória “Isaco figura del Redentore”. A sua produção dramática inclui cinco óperas e dez serenatas, um género semi-operático, de dimensões reduzidas, que se executava em versão de concerto.
Grande parte da sua obra carece ainda de divulgação e estudo, mas pode dizer-se que, em geral, ela encontra fortes pontos de contacto com as tendências estéticas do pós-barroco, em especial com o chamado estilo galante, caracterizando-se por uma harmonia relativamente simples e uma fecunda inspiração melódica.
Sousa Carvalho morreu no Alentejo, em 1798.


Dueto da ópera "L'Amore Industrioso", de Sousa Carvalho
Agrupamento Americantiga
Maestro: Ricardo Bernardes
Solistas: Silvina Sadoly e Pablo Pollitzer

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publicado às 00:01


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