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“Esta é a primeira consequência que sobrevém quando no mundo alguém deixa de mandar: que os demais, ao se rebelarem, ficam sem tarefa, sem programa de vida.” José Ortega y Gasset (Fonte: A Rebelião das Massas)
No seu artigo em alemão, que apareceu na versão print do DER SPIEGEL de 13.02.2012 (não está online nem em alemão, nem em inglês, apenas um comentário em inglês, cf. linka abaixo), o historiador e politólogo britânico que lecciona em Oxford, Timothy Garton Ash, afirma sob o título:
“Sozinhos eles não conseguem”
“No ano de 1953, Thomas Mann fez um discurso perante estudantes, no qual implorou que eles não deveriam aspirar a uma “Europa alemã” mas sim a uma Alemanha europeia. Esta fórmula foi repetida sem fim nos dias da reunificação alemã. Hoje, porém, vivemos uma variação que só poucos previram: uma Alemanha europeia numa Europa alemã....A Alemanha não pretendeu a liderança da Europa mas também está mal preparada para exercê-la....Que se chegou a isto, é a prova da lei histórica das consequências involuntárias...Até aqui, a Alemanha mostrou ser um líder prudente e não muito habilidoso. Para isso existem muitas razões. Em primeiro lugar a Alemanha não gosta de estar ao volante. Além disso, desconfia que todos os demais passageiros esperam dos alemães que paguem a gasolina, as refeições e – possivelmente – também as despesas da pernoita....Os alemães sentem se incómodos porque é recebido mal se eles lideram mesmo, mas também quando não lideram...os franceses adorariam liderar mas não podem; os alemães podem mas não querem (...)”
Para não esquecer: as causas – comportamento linear > introversão > egocentrismo > declínio – são conhecidas e os princípios de solução – viragem sóciocêntrica da UE para fora – também. Isto é uma verdade relativa que carece de “falsificação” no sentido de Popper. Neste contexto ainda a seguinte citação do saudoso Vergílio Ferreira:
“Uma verdade só é verdade quando levada às últimas consequências. Até lá não é uma verdade, é uma opinião.”
Por isso, a verdade acima referida, para deixar de ser uma mera opinião, terá que ser levada às “últimas consequências” para sabermos se é consistente ou se tem que ceder o lugar a uma verdade diversa e mais apta para resolver os nossos problemas. Por enquanto, alguns insistem em aplicar a verdade da troika – a qual certamente não vai funcionar. Mas também esta minha afirmação é “falsificável”.
AOS PATRIOTAS
AOS QUE SERVIRAM NAS FA
AOS QUE FIZERAM “GUERRAS NOSSAS” E AS DOS OUTROS
AOS CHEFES MILITARES
À GENTE DA MINHA TERRA
Esta carta pretende ser um “grito de alma”, embora não saiba se “ela” existe e, muito menos se tem a capacidade de gritar. Quero dizer com isto que não é, não pretende ser, uma carta de substância política. E assim mesmo, aqueles que se sentirem atingidos por ela dirão que tudo na vida é político. Será.
Mas a minha intenção, a que deixo aqui bem expressa, é que não seja.
Sou coronel do exército, na situação de reforma. Cumpri oito anos em África, ao serviço de quem nos mandava marchar depressa e em força (lembram-se?) e depois do mesmo abencerragem ter dito a camaradas mais velhos, que mourejavam no chamado Estado da Índia, e face à invasão indiana, que lutassem “até à última gota de sangue” (também se lembram disso?). Onde estavam, então, os agentes da função pública? Eu digo: na Metrópole, com as suas famílias, no aconchego dos seus lares. E estavam onde deviam estar, porque cada macaco no seu galho – os militares nos teatros de guerra; os civis na paz dos seus lares.
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A sociedade sempre foi assim estruturada: cada um com o seu estatuto, cada um com as suas devoções e vocações.
Falo de DIREITOS e DEVERES.
O militar é diferente (não estou a dizer que seja melhor ou que seja pior) do civil. O funcionário dos correios é pago e integrado numa estrutura sócio-laboral que lhe exige o dever de estampilhar cartas, entre outras coisas. É uma função nobre, mas não põe com isso a vida em risco na defesa dos seus concidadãos. Ele espera que alguém o faça. Seria bonito se amanhã o MD desse a seguinte ordem: os funcionários das finanças vão embarcar para o Kosovo numa task - force da NATO. Era o fim da picada! E porquê, se são funcionários públicos como insistem que os militares o são? Porque o DEVER de defender a Nação, directa ou indirectamente, compete cumprir aos militares, não a eles. Nesse aspecto são cidadãos muito diferentes. Nenhum ministro, nenhum cirurgião, professor ou jurista jura dar a vida pela Pátria, no acto em que assume as suas funções. E está certo pois há quem o faça por eles – são os militares. Somos todos bons cidadãos, todos de uma grande nobreza, patriotas insignes, mas somos DIFERENTES.
Compreendendo isto, é fácil dar-se mais um passo para se compreender que no domínio dos DIREITOS, a igualdade já não se põe. Para que se assumam os mais altos propósitos na defesa da soberania nacional, sejam internos ou externos, há que aguardar que a Nação reconheça, de um modo especial, a natureza única e inconfundível desses propósitos. DEVERES e DIREITOS não se opõem – complementam-se ou são sucedâneos uns dos outros: são dois pratos de uma mesma balança: se os deveres são menores, os direitos serão menores; se os deveres são maiores, os direitos serão maiores. Isto não são contas aritméticas nem de merceeiro; são contas da ética, dos compromissos do Estado, do bom senso e fruto da razão.
Os militares e os civis têm de ser vistos assim, porque se assim não for, tudo cairá por terra, porque o “chão” da lógica desabará.
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Seria uma sociedade desorganizada, sem rei nem roque, ao dispor de oportunismos circunstanciais. Enquanto os militares foram “piões” dos colonizadores e da política colonial que ceifou e devastou milhares de portugueses e africanos; enquanto estiveram ao serviço de uma casta política que deles se serviu como instrumentos pendulares dos seus fantásticos desígnios de dominação e poder, foram tidos e tratados como um grupo social de servidores do Estado com um estatuto próprio, no qual os DEVERES e os DIREITOS eram avaliados com pesos e medidas diferentes de todo o restante aparelho do Estado. Esse tempo acabou com a implantação da Democracia.
Mas a memória dos sacrifícios, dos mortos, feridos e estropiados, das famílias sofridas e destroçadas, tudo isso permanece vivo, sangrando, na alma dos portugueses de bem. Razão porque o estatuto militar deveria permanecer incólume, digno e merecedor de um respeito que só a demência dos que não sabem o que andam a fazer neste mundo, pretende desfigurar.
Onde quer que hajam Forças Armadas, não vejo onde elas possam estar, nos tempos que correm, mais esquecidas e quase acintosamente marginalizadas ,do que as Forças Armadas portuguesas.
E porquê? Porque não há dinheiro e para o pouco que há, existem outras prioridades. Assim, Forças Armadas para quê? Acabe-se com elas que são um estorvo para o erário nacional - diz-se à boca cheia nos meios de comunicação social. A esses tipos, punha-lhes uma farda em cima e mandava-os “gozar umas férias” nas secas montanhas do Afeganistão.
O general Pedro Pezarat Correia afirmou, no dia 8 de Fevereiro deste ano, num programa da SIC, com a verve clarividente e o desassombro que todos lhe reconhecemos, o seguinte: “Se as FA não estão cá a fazer nada, acabe-se com elas – mas assumam essa decisão de uma vez por todas”.
Se é preciso reestruturá-las, reorganizá-las, reobjectivá-las, que se reestruturem, que se reorganizem, que se reobjectivem, mas que se assuma esse propósito definitivamente. O que se anda a fazer com elas, desfazendo-as
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aos pedaços, ao sabor da vontade dos ministérios e dos ministros que vão passando, é, no mínimo, de uma tremenda injustiça.
Abocanharam-lhes o “estatuto” e disseram: agora são todos iguais. Se os juízes não são promovidos (e deveriam), que os militares também o não sejam; se se congela a carreira dos professores, que os capitães envelheçam em capitães; se a assistência médico-medicamentosa está num caos, que também seja caótica para os militares. E mesmo que haja vontade de fazer alguma coisa pelos militares, tal não é possível porque o orçamento o não permite.
O MD, ontem na TV, repetiu essa ladainha umas vinte vezes. Ninguém nos diz o que se faz ao dinheiro que vai saindo dos nossos bolsos, dizem-nos apenas que não há e pronto – nós, povo, cidadãos comuns, que já fomos militares ou que iremos sê-lo, ouvimos, engolimos e calamos. Tal como eles querem.
Afinal, digam-nos, não são estes os democratas que nós pusemos no poder? Eles e os pais deles e os avós deles? Pois então, o que se poderia esperar?
Virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Eles tomaram conta de tudo – das finanças, da economia, da fome, da miséria, dos militares, da própria democracia. Não há voto que os tire de lá. Instalaram-se e pronto.
Passam a vida em viagens estéreis, em almoços e jantaradas, deslocam-se em brutas limusines, com brutos motoristas, gastando o que ainda há para gastar.
É um encanto vê-los no enlevo encantador das suas poses e das suas mensagens, próprias de quem não tem dúvidas sobre nada, falando ao povo, que somos nós – não eles, seguramente – dos sacrifícios e dos penosos cortes subsidiários, da vida mísera que vai escorregando pela ladeira dos “IVAS”, para que eles paguem as dívidas, que alguém fez sem que alguma vez o soubéssemos. Eles querem a “austeridade” dos outros, a “doença” dos outros, a “fome” dos outros, em nome da coesão nacional. E gerem bem tudo isso porque a eles nada lhes falta, do bem-bom da vida repimpada.
E os militares onde ficam, onde estão? Numa voz solitária de alguém que nada teme, numa carta desassombrada - da qual o MD, qual criança medrosa e
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assustada, diz que não, que não é para ele, que é para os outros ministros, e di-lo como quem a manda para o lixo - militares do Quadro Permanente que já deram tudo o que tinham para dar ao país, disseram ao senhor MD o que pensam da situação. Mas esses militares, coronéis e de outros postos, não são representativos das FA – diz ele, o MD. São restos imprestáveis, lixo.
Meus caros, com esta gente, pode ser que venha para aí mais um submarino, mais uns carritos blindados de terceira geração para brincarmos aos soldados. Pode ser. Mas arrancar as FA das cinzas em que caíram, seremos loucos se crermos nisso. Vamos esperar para ver.
Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira. E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise - , a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções. Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido". Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo: tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende. Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que os séculos de repressão nem sonharam: pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso. Diz-se que esta caixa mudou o Mundo. Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas. Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria A pobre da Fátima Lopes só ganha 1290 euros por dia. Brincando com miséria dos outros, pobre povo português, sem alternativas, mas miseravelmente felizes.
PS: enviado por mail (veja aqui o original por Daniel Oliveira: http://aeiou.expresso.pt/a-caixa-que-adormeceu-o-mundo=f606716)
De silêncio em silêncio
Chego ao murmúrio das águas
Ao som que deixou brado
Às serras vales e fragas
Num tempo morno acabado
Longe do tempo segue a brisa
Em busca das vagas do sonho
São luzes de vagos sinais
Vêm de perto ou de longe
E perdem-se nos vendavais
Perto bem perto soa o clarim
Dum tempo já acabado
Mas o murmúrio do riacho
Lembra-me o som doutro lado
De silêncio em silêncio
Lentos, vazios, caminhamos
Sem sabermos… para onde vamos
Passos Coelho foi esta manhã apupado quando visitava a feira do Queijo em Gouveia. É a segunda vez, a primeira foi em Matosinhos. É necessário que o Primeiro Ministro tire as ilações devidas, se é verdade que há sempre politiquice e nem tudo é espontâneo, também é verdade que as manifestações só medram em terreno fértil e, esse, é da responsabilidade do governo.
Passos não pode ser mais "Merkel" do que Merkel, já há mais do que sinais que podemos esperar dos outros países europeus ajuda no que diz respeito à intensidade da austeridade e ao prolongamento do prazo, dois factores que aliviam em muito a pressão sobre os cidadãos. E, não é vergonha nenhuma, pelo contrário, é a prova que o governo na altura própria fez o que tinha a fazer.
Mas, e daqui lanço o aviso, aceitar o aliviar da pressão não é sinónimo de largar as reformas estruturais, de deixar de atacar o desperdício, de melhorar o estado e de relançar as Pequenas e Médias empresas, de reforçar o apoio às empresas exportadoras, de melhorar a eficiência do "mix " da energia, de optimizar a oferta dos transportes, de responsabilizar escolas e hospitais, de tornar célere a Justiça...
Passos Coelho avançou para os manifestantes e tentou falar com eles, não conseguiu os seus intentos, mas espera-se que explique melhor o que está a fazer, que não diga uma coisa e o ministro Relvas outra...
Entre a "visão" marinada em Hayek do professor Cantiga Esteves difundida obsessivamente pela TV e a falta de vergonha de João Vieira Pereira em aceitar que Vítor Gaspar é o novo cromo na colecção "heróis de Portugal", no Expresso, outras explicações plausíveis para a crise, surgem.
Por exemplo, uma baseada nos ciclos astrológicos proposta pelo presciente blog argentino "Contacto con lo Divino":
Agora está mau porque Plutão está em Capricórnio e é sabido as chatices que isto atrai, mas nada está perdido, porque daqui a uma década, com Plutão a entrar em Aquário, chegará uma nova ordem internacional.
Bom ou mau? Basta estudar mais Astrologia, mas tudo indica que será finalmente a famosa Era do Aquário de peace and love já anunciada há quase 50 anos no musical "Hair".
Dez aninhos. Basta esperar dez aninhos e estaremos em casa.
...é dos gestores públicos, não dos trabalhadores. Prejuízos incrivelmente altos! Eu digo que, antes de tudo, a culpa é da natureza da empresa pública. Ninguém manda e ninguém tem culpa. Os gestores não sabem, os trabalhadores são os menos culpados, os políticos são os principais culpados e os sindicatos andam a fazer de conta que se pode "oferecer a lua".
Leiam o que pensam os portugueses : Runaldinho (seguir utilizador), 9 pontos (Bem Escrito), hoje às 14:24 Os administradores das empresas públicas não estavam minimamente preocupados com as orientações do governo cessante e provavelmente também deste. Uns porque sabiam que se iam embora, outros porque sabem que à primeira oportunidade este despacha-os em 3 tempos. para quê tanta maçada, se a vida é tão curta e este "bem bom" dura tão pouco tempo.
Basta percebermos como tudo isto funcionava, caso alguém ainda tivesse duvidas, coisa do qual eu não acredito, pois senão, alguém deu fé de que:
"Existia um saco azul para pagar a ministros de Sócrates, avançando que as verbas secretas esticavam salários para 10 mil euros.
De acordo com o diário, Sócrates usava cartões de crédito e fundo de maneio para «despesas sem rasto», a antiga ministra da Cultura Gabriela Canavilhas «tinha um plafond de cinco mil euros» e na Justiça «todo o ministério estava nos 4 mil». Os juízes admitem queixa-crime contra gabinetes que não entreguem documentos."
Por aqui se constata a deriva deste país e como pode alguém ser responsável por um ministério ou uma empresa pública se a sua única preocupação é sacar o máximo no mínimo espaço de tempo.
Desiludido... (seguir utilizador), 4 pontos (Bem Escrito), hoje às 13:56
Levanta-te, oh ilustre alma lusitana!
Protesta, revolta-te, que a hora é de luta.
De esganar o vampiro filho da puta,
Que promete, te mente e te engana.
Acorda! Besta obediente e insana.
Manada apática e de gente estulta.
Que sem conhecer a sua força bruta,
Aguenta tanto ladrão, tanto sacana.
Está na hora deste povo vir p’ra rua
E tratar de pôr um fim nesta modorra
Que a verdade está, bem nua e crua
Cumpriste e pagaste a tua parte. Porra!
De uma dívida que se sabe não ser tua
Mas dos que te têm roubado á tripa forra
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/empresas-publicas-com-prejuizos-de-15-mil-milhoes-de-euros=f705414#ixzz1mmSEmbA8
Claro que isto sempre foi e continua a ser assim!Tudo é "serviço público", custe o que custar, com desperdícios manhosos em que vale tudo, emprego para a vida, vencimento certo, não há avaliação de desempenho, não há responsabilidade de ninguém. Como podem as empresas públicas serem bem geridas e darem resultados razoáveis e sustentáveis? Não podem, obviamente!
Se um de nós tiver uma maleita e for a um hospital e se essa maleita não for grave, podendo ser tratada num centro de saúde, estamos a falar em termos de custos de :
Hospital: investimento inicial : 15 milhões de euros : 200 camas - cerca de 1 000 pessoas entre médicos, enfermeiros e funcionários
Centro de saúde : investimento inicial : 1,5 milhões de euros - cerca de 20/30 pessoas entre médicos, enfermeiros e funcionários
No primeiro caso, no hospital, como se vê comparando os custos em presença, o custo/hora dedicado a um doente no hospital é cerca de dez vezes superior ao custo/hora no Centro de saúde.
Assim, completando a rede de cuidados primários que cuida dos doentes sem problemas graves, filtrando para os hospitais os doentes mais graves e que precisam mesmo de cuidados mais especializados, poupar-se-iam 10% dos custos totais em saúde ( excluindo o custo dos medicamentos).
Ficamos a saber há poucos dias que o potencial de redução de custos nos hospitais é de 900 milhões de euros e que nos Centros de saúde é de 804 milhões de euros ( 1 704 milhões).
Se a isto juntarmos a Central de Compras e a expansão dos medicamentos genéricos, que pode ir até aos 50% na redução dos custos, temos uma reforma e uma poupança verdadeiramente notáveis. É com estas medidas e políticas que podemos salvar o Serviço Nacional de Saúde. Não é com o imobilismo e as frases feitas de "destruição do SNS" que fazemos o que é preciso fazer!
Correia de Campos foi cilindrado por defender e tentar implementar políticas como esta que em termos simples aqui deixo!
“Tentaram-me com a lisonja, que não suporto, e ameaçaram-me com o ostracismo, que não temo”. Pedro Mexia.
Desvio a cortina, olho pela janela, vejo a rua, encontra-se deserta, quase que esmagada pela brutalidade da noite que agora assenta sobre ela, algo de tão pesado que seria impossível de a atravessar. Sentem-se os passos dados, os beijos e os olhares trocados, os sorrisos mal amanhados, as vergonhas, os risos de ir ás lágrimas, os gritos das crianças, ouvem-se ainda as palavras deixadas no ar pelos outros
Antes que pudesse explicar tudo aquilo que imaginava que tivesse invadido durante o dia aquela rua, ligaram-se as luzes, primeiro laranjas e lentamente passando a amarelas, uma a uma, fazendo um caminho, daqueles que fazemos com os dedos bem apontados ao céu, para tentar encontrar algum caminho, alguma regressão que nos trace uma recta para nos orientarmos.
Olho mais abaixo, senta-se um homem, já de alguma idade, provavelmente mendigo, numas escadas agora já sem uso. Acabei por ficar farto de me empoleirar no caixilho e de tanto olhar. Fechei a janela, desci as escadas, fui aproveitar a solidão da rua, enquanto o lusco-fusco perdurava quase infinitamente ouvi então o assobiar do homem das escadas, enquanto, de olhos fechados, percorria a pedra fria, devagar, com os dedos, já marcados pelo tempo, pelo trabalho e pelo cigarro, como se dançassem, orgulhosamente sós.
Acabei por chegar ao fim da rua, mas nunca ao fim desta história, que, tal como o lusco-fusco, perdura infinitamente, até acabar sem ninguém sequer se aperceber que começou.
O concurso para professores vai ter novas regras.:
O Ministério da Educação anunciou hoje que mandou aos sindicatos a proposta de um novo regulamento de recrutamento de professores, com o qual pretende acelerar a substituição de professore e gerir melhor os recursos humanos.
A proposta, que começará a ser discutida no final do mês, prevê que um professor contratado que tenha horário incompleto possa preenchê-lo até 22 horas semanais se a escola em que dá aulas precise, por falta de outro professor doente ou de baixa.
O Ministério quer equiparar os professores de escolas privadas com contrato de associação aos de escolas públicas, dando-lhes acesso à primeira prioridade e aplicando "o princípio de igualdade por prestarem também serviço público de Educação.
Claro que, Mário Nogueira, já diz que é preciso é haver concurso e anual...isto é, manter tudo como sempre esteve!
A verdade é que à direita do PSD e à esquerda do PS há um feroz conservadorismo, dizem e propõem o que já diziam e propunham há trinta anos, nada mexe, nada muda...
Não é por acaso que os cidadãos votam como votam, ano após ano.
Quando um ramo de doze badaladas
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
"A mulher perdeu muito do valor que tinha. Tem muito valor num sentido mas noutro… Um país depende muito, muito das mães, pois é ela que forma os filhos. Não há melhor educadora que a mãe”
"O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa sim, mas que tenham de trabalhar de manhã até à noite, creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar como vai ter tempo para formar”
Convém não olhar para estas declarações como se de arqueologia se tratasse. Um homem da envergadura deste Cardeal sabe muito bem o que diz. Estamos a viver um tempo de grandes alterações e de retrocesso do modelo social construído ao longo do últimos cinquenta anos. Com o país com uma taxa de desemprego histórica de 14%, estas declarações não são só desprezíveis, são também perigosas. Um dia destes vamos ouvir esta gente insinuar que é necessário redireccionar os parcos recursos do país com a educação das mulheres. Para ficarem em casa a educar os filhos basta o curso de formação feminina, com o benefício acrescido de deixarem de contribuir as estatísticas do desemprego.
No dia 19 de Fevereiro de 1986, faleceu, no Rio de Janeiro, o compositor brasileiro Francisco Mignone, uma importante referência da música erudita do Brasil. Tinha nascido em São Paulo, no dia 3 de Setembro de 1897, filho de pais italianos recém-chegados ao Brasil. Iniciou os estudos de piano aos dez anos e, muito jovem, iniciou uma carreira musical cujas primeiras escolhas se centraram na música popular. A partir dos 13 anos, começou a apresentar-se como flautista e pianista em pequenas orquestras. Os seus estudos académicos em São Paulo foram continuados em Milão, para onde viajou em 1920. Durante algum tempo, compôs obras eruditas, assinando o seu próprio nome, e obras populares com o pseudónimo de “Chico Bororó”. A sua obra musical inclui numerosas canções, obras para piano, óperas, um ballet e obras de cunho nacionalista. Particular destaque têm as suas inúmeras valsas para piano, que levaram o seu amigo Manuel Bandeira a chamá-lo “o rei da valsa”. Compôs, ainda, várias obras para trios, quartetos e outros conjuntos instrumentais.
Em Milão, escreveu a sua primeira ópera, “O Contratador de Diamantes”. A primeira audição da “Congada”, uma peça orquestral dessa ópera, deu-se em 1924, no Rio de Janeiro, sob a batuta de Richard Strauss, com a Orquestra Filarmónica de Viena. Francisco Mignone regressou de Milão em 1929, fixando-se primeiro em São Paulo e, a partir de 1933, no Rio de Janeiro, onde foi professor no Instituto Nacional de Música. As décadas de 1930/1940 vêem surgir algumas das suas mais representativas obras: a “Sinfonia do Trabalho”, o “Maracatu do Chico-Rei”, “Festa das Igrejas” e “Leilão”. Fundamental é a sua obra vocal, com ou sem instrumentos, como o atestam as seis Missas e a oratória “Alegrias de Nossa Senhora”, com texto de Cecília Meireles.
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