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Veja aqui tudo sobre a cidade do sul da Alemanha que quer contratar trabalhadores Portugueses.

Há uma cidade na Alemanha que está a contratar portugueses e a oferecer-lhes ordenados de três mil euros. É no sul do país, chama-se Schwäbisch Hall, e a TVI foi conhecer, no local, este caso de prosperidade.
E-mail para enviar curriculum: schwaebischhall.arbeitgeber@arbeitsagentur.de
Fica a mais de 2 mil quilómetros de Lisboa e o aeroporto mais próximo é o de Estugarda, que fica a duas horas de carro ou de comboio.
É uma cidade pequena, mas com uma grande cintura industrial, e sofre de um mal que é comum às grandes economias: não têm quadros qualificados suficientes.
Para combater essa realidade, a câmara teve uma ideia original: se o desemprego afecta os países do sul da Europa porque não apostar em contratar nesses país? Portugal é um mercado de excelência para estas empresas, não só porque tem técnicos qualificados, como, para algumas, a língua é uma oportunidade. Para quem tem relações comerciais com Angola e o Brasil falar português até pode ser uma mais-valia.

Siga o link e leia tudo e veja também o vídeo!

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publicado às 22:26

 Enfim começam a ver a luz do dia os estudos que confirmam o que há muito se sabia. Há um enorme potencial de redução de custos na saúde que décadas de "circuito fechado" pelos interesses instalados sempre obviou à sua publicação.

"Uma análise ao mercado hospitalar revelou que os custos em excesso nos hospitais rondam os 804 milhões de euros e devem-se sobretudo aos internamentos, avança a agência Lusa." Em termos de despesas correntes em saúde, o peso dos hospitais é “considerável”, absorvendo metade dos custos totais (em 2010), sendo que destes, 59% dizem respeito aos custos com o internamento (em 2008).

O estudo aponta que “os cerca de 804 milhões de custos em excesso representam cerca de 34% dos custos do internamento hospitalar, cerca de 21% do total dos custos hospitalares e cerca de 10% dos custos do SNS”.

Para a avaliação da eficiência e dos custos, os investigadores identificaram quatro “áreas passíveis de melhoria”: complicações dos cuidados, readmissões, adequação dos cuidados e a prática de cesarianas."

E quanto aos Centros de saúde?

Uma análise aos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) apurou que estes gastam de forma diferente com pessoal, medicamentos e exames e que há custos potencialmente evitáveis que podem atingir os 900 milhões de euros, avança a agência Lusa. "

Como diz o outro é só fazer as contas ao desperdício : 804 milhões + 900 milhões = 1 704 milhões! Vamos admitir que os nossos políticos, gestores da saúde, médicos e outros profissionais estão mesmo interessados em meter as mãos ao trabalho e que conseguem metade daquele número. Mesmo assim, poupava-se 852 milhões de euros!

O desperdício pode matar o Serviço Nacional de Saúde!

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publicado às 19:57

"para usar uma expressão eufemística, Portugal não parece estar especialmente bem posicionado para ficar no lado vencedor da fronteira, numa altura em que esta guerra pela educação de qualidade parece estar a atingir momentos decisivos". (José Vegar - Público)

...de algum modo, parece que o que está a ser feito no mundo não existe entre nós...não discutimos porque é que a Suécia incentiva as escolas comunitárias, porque é que os estados Unidos e agora o Reino Unido insistem nas escolas "charter" ( entregues a professores, pais e poder local), porque razão a Finlândia dá tanta importância à formação de excelência de professores e os remunera de acordo...ou porque os pais alemães incentivam os filhos a leccionar cursos técnicos que vão permitir acesso a um posto de trabalho especializado.

Temos em Portugal um ensino básico e secundário uniforme e imóvel, resistente à avaliação racional e externa que, gera apenas alunos com conhecimentos médios e sobrevive deslocado do que se faz um pouco por todo o lado. Paralelamente temos uma oferta privada mais sólida e ambiciosa, acessível apenas aos que possuem capacidade financeira o que gera, desde muito cedo, uma clivagem social, económica e até geográfica entre uma minoria e a maioria...

Um mundo de desigualdade de oportunidades que persiste face às lutas ideológicas sempre presentes entre um ministério monstro e uns sindicatos paralisados há décadas!

É tempo de mudar de seguir as boas práticas, de ter a humildade de aprender com quem obtem resultados! Fazer da escola um "ascensor social" de excelência e não um factor de persistência na desigualdade.

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publicado às 19:00


antes zenit que na (d) ir

por Maria do Sol, em 15.02.12

 

 

Boa sorte, também daqui

 

[Não sei colocar imagens aqui, por isso remeto para a casa de família :)))]

 

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publicado às 17:44

Um crime sem perdão se o governo não perceber que a autonomia das Universidades é fundamental para fazer avançar os projectos internacionais a que se candidatam.

Num comunicado enviado hoje às redacções, o IST alerta que não é só a actividade científica que está em risco mas também a “prestação de serviços por um período indeterminado”. “Este bloqueio, que é irrazoável para instituições do ensino superior com significativa actividade geradora de receitas próprias, poderá implicar que o IST perca milhões de euros” e contribuir “para a fuga de talentos e a degradação do tecido científico nacional”, lê-se no comunicado.

Se o medo é que as Universidades ultrapassem o que está orçamentado então que se responsabilizem os seus responsáveis. Maior liberdade, maior responsabilidade! O que não pode ser feito é tirar gás a uma das actividades que melhores resultados tem obtido, com prémios, menções e publicações em todo o mundo e com jovens cientistas a serem disputados pelas melhoras universidades e centros de investigação. Um dos bons resultados que o governo anterior deixou é, exactamente, este. Excelente investigação e ciência!

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publicado às 16:30

 

 Este texto é de Isabel do Carmo (médica). E tem toda a razão.

O primeiro-ministro anunciou que íamos empobrecer, com aquele desígnio de falar "verdade", que consiste na banalização do mal, para que nos resignemos mais suavemente. Ao lado, uma espécie de contabilista a nível nacional diz-nos, como é hábito nos contabilistas, que as contas são difíceis de perceber, mas que os números são crus. Os agiotas batem à porta e eles afinal até são amigos dos agiotas. Que não tivéssemos caído na asneira de empenhar os brincos, os anéis e as pulseiras para comprar a máquina de lavar alemã. E agora as jóias não valem nada. Mas o vendedor prometeu-nos que... Não interessa.

Vamos empobrecer. Já vivi num país assim. Um país onde os "remediados" só compravam fruta para as crianças e os pomares estavam rodeados de muros encimados por vidros de garrafa partidos, onde as crianças mais pobres se espetavam, se tentassem ir às árvores. Um país onde se ia ao talho comprar um bife que se pedia "mais tenrinho" para os mais pequenos, onde convinha que o peixe não cheirasse "a fénico". Não, não era a "alimentação mediterrânica", nos meios industriais e no interior isolado, era a sobrevivência.

Na terra onde nasci, os operários corticeiros, quando adoeciam ou deixavam de trabalhar vinham para a rua pedir esmola (como é que vão fazer agora os desempregados de "longa" duração, ou seja, ao fim de um ano e meio?). Nessa mesma terra deambulavam também pela rua os operários e operárias que o sempre branqueado Alfredo da Silva e seus descendentes punham na rua nos "balões" ("Olha, hoje houve um ' balão' na Cuf, coitados!"). Nesse país, os pobres espreitavam pelos portões da quinta dos Patiño e de outros, para ver "como é que elas iam vestidas".

Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante o parto e após o parto. Mas havia a "obra das Mães" e fazia-se anualmente "o berço" nos liceus femininos onde se colocavam camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias pobres bem- comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela Igreja).

Na terra onde nasci e vivi, o hospital estava entregue à Misericórdia. Nesse, como em todos os das Misericórdias, o provedor decidia em absoluto os desígnios do hospital. Era um senhor rural e arcaico, vestido de samarra, evidentemente não médico, que escolhia no catálogo os aparelhos de fisioterapia, contratava as religiosas e os médicos, atendia os pedidos dos administrativos ("Ó senhor provedor, preciso de comprar sapatos para o meu filho"). As pessoas iam à "Caixa", que dependia do regime de trabalho (ainda hoje quase 40 anos depois muitos pensam que é assim), iam aos hospitais e pagavam de acordo com o escalão. E tudo dependia da Assistência. O nome diz tudo. Andavam desdentadas, os abcessos dentários transformavam-se em grandes massas destinadas a operação e a serem focos de septicemia, as listas de cirurgia eram arbitrárias. As enfermarias dos hospitais estavam cheias de doentes com cirroses provocadas por muito vinho e pouca proteína. E generalizadamente o vinho era barato e uma "boa zurrapa".

E todos por todo o lado pediam "um jeitinho", "um empenhozinho", "um padrinho", "depois dou-lhe qualquer coisinha", "olhe que no Natal não me esqueço de si" e procuravam "conhecer lá alguém".

Na província, alguns, poucos, tinham acesso às primeiras letras (e últimas) através de regentes escolares, que elas próprias só tinham a quarta classe. Também na província não havia livrarias (abençoadas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), nem teatro, nem cinema.

Aos meninos e meninas dos poucos liceus (aquilo é que eram elites!) era recomendado não se darem com os das escolas técnicas. E a uma rapariga do liceu caía muito mal namorar alguém dessa outra casta. Para tratar uma mulher havia um léxico hierárquico: você, ó; tiazinha; senhora (Maria); dona; senhora dona e... supremo desígnio - Madame.

Os funcionários públicos eram tratados depreciativamente por "mangas-de-alpaca" porque usavam duas meias mangas com elásticos no punho e no cotovelo a proteger as mangas do casaco.

Eu vivi nesse país e não gostei. E com tudo isto, só falei de pobreza, não falei de ditadura. É que uma casa bem com a outra. A pobreza generalizada e prolongada necessita de ditadura. Seja em África, seja na América Latina dos anos 60 e 70 do século XX, seja na China, seja na Birmânia, seja em Portugal

 

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publicado às 15:00


Piruças?!

por Rogério Costa Pereira, em 15.02.12

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publicado às 13:50


Pinto Monteiro, Beirão, Provedor do Povo...

por Ana Paula Fitas, em 15.02.12

(Escrevi este texto ontem para o A Nossa Candeia mas, pensei que valia a pena republicá-lo aqui)

 

No meio da selva ou, se preferirem!, da floresta legislativa portuguesa onde há sempre caminhos que contornam a realidade, em nome de um relativismo absoluto permitido pelo quase indefinido número de recursos de que as decisões são objecto e por essa espécie de instrumento protector do indefensável que é a prescrição de crimes em casos de "colarinho branco" e afins, é reconfortante ouvir Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República. Afirmando que o exercício do cargo é efectivamente um "acto solitário", disso não nos restam dúvidas se pensarmos que foi o próprio quem assumiu que, em Portugal, o segredo de justiça é uma fraude. Sendo incontornável que, apesar do muito que está por fazer, foi sob o seu mandato que mais casos de corrupção foram julgados (banqueiros, bancários, políticos, dirigentes desportivos, autarcas e por aí adiante), Pinto Monteiro foi hoje igual a si próprio: um homem de corpo inteiro, íntegro, democrata, verdadeiro e capaz de assumir as insuficiências do sistema judicial português e as deficiências do seu aparelho legislativo (relembrem-se as afirmações e decisões do PGR em casos como o das escutas ilegais e o da violência nas escolas) . Comove-me sempre ouvir pessoas honestas, conscientes das dificuldades intrínsecas da teia em que se movem, no esforço de exercer com dignidade o exercício das funções públicas de que são investidas - nomeadamente quando o fazem, podendo chegar ao final de "cabeça levantada", cientes de que fizeram o melhor do que de melhor se pode fazer em nome do interesse colectivo da sociedade e dos cidadãos... e se muito se pode sempre especular sobre o exercício de responsabilidades desta natureza, a verdade é que a opinião pública pensa sempre que o acesso ao poder significa liberdade de actuação. Não significa! A única liberdade de que se usufrui é a que resulta do exercício das funções nos termos da lei e a que resulta da capacidade de não ceder aos múltiplos interesses instalados, pela persistência na confiança da sua própria solidão e da sua capacidade de gerir os processos com prudência, inteligência e a ética indispensável à dignidade conceptualmente inerente ao sentido do dever público! - mesmo quando se está perante interlocutores que se investem de porte e vestes intimidatórias e se presumem capazes de criar ou destruir a imagem de pessoas insuspeitas.

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publicado às 13:48


entrevista de Pinto Monteiro

por Maria do Sol, em 15.02.12

Entrevista de Pinto Monteiro à sic. Ou me engano muito ou há por aí quem esteja a sentir um sobressaltozinho cívico, isto se não estiver já completamente embotado.

 

 

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publicado às 12:56

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publicado às 12:52


¿A Dónde Vamos?

por Rogério Costa Pereira, em 15.02.12

via Taller Filosófico Sociológico

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publicado às 12:32


SNS - Compra centralizada de medicamentos

por Luis Moreira, em 15.02.12

Agora digam-me porque é que esta medida ( que todos os grandes grupos privados já implementaram há décadas) não está implementada no Serviço Nacional de Saúde?

Comprar grandes quantidades ao mesmo fornecedor tem um efeito de redução dos custos na área fabril da ordem dos 30%. A que se acrescenta a redução nas entregas que podem ser efectuadas por duas ou três vezes por ano em vez das múltiplas entregas de pequenas quantidades. Se juntar a isto a possibilidade de vender a granel ( sem caixinhas...) a redução no custo vai para os 50%. Num custo que é o maior de todos na actividade da saúde! Isto manteve-se ano após ano  porque há muitas quintas e quintais, cada um compra ao "seu" fornecedor...

Se lhe juntarmos ainda, o aumento de consumo dos genéricos que lá fora anda pelos 50% e aqui pelos 25%, calcule-se os milhões que se poupam!

Vai haver rapaziada a chamar a isto " economicismo!" Sempre que se levanta uma pedra encontram-se milhões em desperdício, medidas há muito testadas que, teimosamente, as corporações que abocanharam o "negócio"  não largam nem ao pontapé. No outro dia vimos aqui a subutilização dos blocos operatórios que anda pelos 47%. E a rede de saúde de cuidados primários que deveriam ser  concedidos nos centros de saúde e que ficam muitíssimos mais baratos se forem fornecidos nos hospitais...

Ou se acaba com o desperdício que décadas de irresponsabilidade de boys e girls foram plantando no SNS ou damos cabo da maior conquista da democracia.

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publicado às 12:00

Com a falência viria o incumprimento com os credores da dívida que  seria depois resgatada com o fundo criado para esse efeito. Isto possibilitaria que o dinheiro assim disponivel fosse encaminhado para o arranque da economia.

A austeridade ( o que não quer dizer que as reformas estruturais não sejam feitas) está a pesar sobre a sociedade com um cortejo de problemas sociais que levam à indignação e afunda a economia.

O jornalista defende que os líderes europeus deveriam deixar a Grécia e Portugal entrar em incumprimento, recorrendo depois ao fundo de resgate europeu. Esta, defende o jornalista, seria a condição necessária para ajudar estes países e evitar o contágio para outros países do euro. O colunista do Financial Times, Wolfgang Münchau, compara Portugal à Grécia, defendendo que os dois países deveriam entrar em falência, mas sem abandonar a moeda única.

Para o jornalista alemão, os líderes europeus deveriam reconhecer o “estado desolado” em que se encontram os dois países e deixar ambos entrar em default dentro da união monetária. Seria depois necessário usar o fundo de resgate do euro – suficientemente reforçado – para ajudar esses dois países e, ao mesmo tempo, criar uma barreira de protecção para os restantes, de modo a impedir o risco de contágio.
“Tudo isto será muito caro. Mas ignorar a realidade durante os próximos dois anos será ruinoso”, avisa.

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publicado às 11:00

cabeça

Museu Amadeo de Souza-Cardoso, outrora Biblioteca - Museu Municipal de Amarante, foi fundado, em 1947, pelo Dr. Albano Sardoeira, visando reunir materiais respeitantes à História Local e lembrar artistas e escritores nascidos em Amarante: António Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Acácio Lino, Manuel Monterroso, 0 Abade de Jazente, António Cândido, Teixeira de Pascoaes, Augusto Casimiro, Alfredo Brochado, Ilídio Sardoeira, Agustina Bessa Luís, Alexandre Pinheiro Torres...

Instalado no Convento Dominicano de S. Gonçalo de Amarante, construção empreendida ao longo dos sécs. XVI-XVIII, o Museu foi progressivamente ocupando alguns desses espaços, sucessivamente qualificados até ao projecto revalorizador de arquitectura, de 1980, de sentido moderno, do arquitecto Alcino Soutinho, com a reconstituição dos dois claustros, desvirtuados pela demolição do corpo que os separava, realizada em meados do século XIX.

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publicado às 10:00


E a China depois de ter tudo vende a quem?

por Luis Moreira, em 15.02.12

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publicado às 09:00

Com uma taxa de desemprego que atingiu os 13,6%, Portugal é agora o 3º país com maior número de população activa desempregada.,, acrece ao facto um PIB que persiste em tendência de quebra e o aumento de uma carga fiscal avassaladora. Por isso, apesar da justa decisão de não aumentar o IRS aos funcionários públicos cuja penalização ultrapassou já os limites do razoável, o facto é que a nova regra sobre a mobilidade de quem desempenha funções públicas constitui um precedente para o aumento do desemprego e da crise social porque o afastamento compulsivo da residência familiar destes trabalhadores conduzirá a um aumento de despesas que grande parte não terá condições para enfrentar. Assim, as medidas de austeridade aplicadas indiscriminadamente começam, de forma inquestionável, a revelar, cada vez mais, a gravidade dos seus efeitos secundários, com sequelas perigosas para a sanidade de um tecido social cada vez mais fragilizado... porque a austeridade, o aumento da carga fiscal e a liberalização radical das regras laborais podem ter sucesso em economias onde o poder de compra, o consumo, a taxa de emprego e o nível de vida são realidades que se situam muito acima dos indicadores de razoabilidade mas, em países onde o consumo desce assustadoramente em sentido inverso à vertiginosa subida do desemprego, a receita só pode conduzir ao agravamento social da existência individual, familiar e colectiva dos cidadãos... Torna-se por isso urgente reconhecer que a União Europeia optou por um caminho que se encaminha cega, firme e hirta, para onde a Grécia já se encontra... e todos os europeus sentem e sabem que, por tudo isto,  temos, à porta, um futuro de pobreza e violência cujo preço a História cobrará aos seus responsáveis.

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publicado às 08:19

 

 

 É tão depressa noite neste bairro
Nenhum outro porém senhor administrador
goza de tão eficiente serviço de sol
Ainda não há muito ele parecia
domiciliado e residente ao fim da rua
O senhor não calcula todo o dia
que festa de luz proporcionou a todos
Nunca vi e já tenho os meus anos
lavar a gente as mãos no sol como hoje
Donas de casa vieram encher de sol
cântaros alguidares e mais vasos domésticos
Nunca em tantos pés
assim humildemente brilhou
Orientou diz-se até os olhos das crianças
para a escola e pôs reflexos novos
nas míseras vidraças lá do fundo

Há quem diga que o sol foi longe demais
Algum dos pobres desta freguesia
apanhou-o na faca misturou-o no pão
Chegaram a tratá-lo por vizinho
Por este andar... Foi uma autêntica loucura
O astro-rei tornado acessível a todos
ele que ninguém habitualmente saudava
Sempre o mesmo indiferente
espectáculo de luz sobre os nossos cuidados
Íamos vínhamos entrávamos não víamos
aquela persistência rubra. Ousaria
alguém deixar um só daqueles raios
atravessar-lhe a vida iluminar-lhe as penas?

Mas hoje o sol
morreu como qualquer de nós
Ficou tão triste a gente destes sítios
Nunca foi tão depressa noite neste bairro

Ruy Belo, in "Aquele Grande Rio Eufrates"
Tema(s): Quotidiano 

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publicado às 08:00


diversos #6

por António Leal Salvado, em 15.02.12

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publicado às 01:00


A troika e a recuperação dos dois activos sobrantes

por António Leal Salvado, em 15.02.12

Cocó e Ranheta
Diz a notícia que, no dia dos namorados, se encontraram Pedro José Coelho e António Passos Seguro.
Lisonjeira onomástica, para a nova geração da parelha que na minha infância se apresentava como Vasquito e Anhuca e na dos meus filhos acudia por Croquete e Batatinha.

e Facada
Marc Faber, analista de investimentos empresariais americano, ganhou notoriedade com o seu célebre relatório:
"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00. Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Wal-Mart, o dinheiro vai para a China. Se gastarmos em gasolina, vai para os árabes. Se comprarmos um computador, vai para a Índia. Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala. Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou o Japão. Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan. E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.
O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com o que resta de produção americana: prostitutas e cerveja.”
Faber foi o decisivo conselheiro do FMI para o agravamento dos impostos em Portugal, baseado na teoria de que essas duas sobrantes parcelas do consumo americano estão agora a fugir para Portugal.
É que descobriu que a Budweiser foi comprada pela Unicer – e que os jotinhas farsolas que (se) governam em São Bento recebem tudo o resto, de mesada das mães.

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publicado às 00:55


Gaba-te cesta...

por Ariel, em 15.02.12

 Portuguese do it better

 

 

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publicado às 00:02


Mikhail Glinka – O “pai” da música russa

por António Filipe, em 15.02.12

No dia 15 de Fevereiro de 1857, morreu, em Berlim, o compositor Mikhail Ivanovich Glinka, nascido a 1 de Junho de 1804, em Novospasskoye, na Rússia. Foi o primeiro compositor russo a ser reconhecido fora do seu país e é, geralmente, considerado o “pai” da música russa. O seu trabalho teve grande influência nos compatriotas que se lhe seguiram, sendo de sublinhar que inspirou o grupo de compositores que se celebrizou como “Grupo dos Cinco” a unirem-se na criação de música baseada na cultura russa, donde resultou a fundação da Escola Nacionalista Russa.
A sua formação musical foi bastante irregular. Só veio a sistematizá-la a partir de 1828, quando, por motivo de saúde, viajou para a Itália. Durante os três anos que passou em terra italiana, amadureceu o seu antigo projecto de criar uma música nacional russa. De passagem por Berlim foi fortemente estimulado pelo exemplo de Weber, que havia criado uma ópera caracteristicamente alemã.
De volta à Rússia, em pouco tempo compõe a ópera “A vida pelo czar”, cujo enredo se passa durante a guerra russo-polaca de 1635. A ópera obtém um sucesso triunfal. Os seus coros e danças autenticamente populares e o patriotismo do libreto assinalam o começo de uma escola musical genuinamente russa. Animado pelo sucesso, Glinka escreve outra ópera, “Russlan e Ludmila”, baseada no poema homónimo de Alexander Pushkin. Desta vez utiliza o orientalismo procedente das regiões fronteiriças com a Ásia. Apesar do interesse exótico e da estrutura operística mais sólida, a obra foi menos aplaudida que “A vida pelo czar”, que até hoje é muito representada na Rússia, sob o título de Ivan Sussanin. Compôs a “Canção Patriótica”, que foi postumamente usada como o hino da Rússia durante os anos de 1991 a 2000, que, apesar de ser uma canção conhecida e aprovada pelo povo, actualmente é considerada pelos russos que viveram no período pós-soviético como uma melodia que faz lembrar os "desastrosos" anos em que Boris Ieltsin estivera no poder, sendo vulgarmente chamada “Canção da Oligarquia”.
Em 1852, Glinka visitou Paris, onde passou dois anos vivendo serenamente e fazendo visitas frequentes aos jardins botânico e zoológico. Depois, mudou-se para Berlim, onde, cinco meses depois, morreu repentinamente, depois de uma constipação. Foi sepultado em Berlim, mas, alguns meses mais tarde, o seu corpo foi levado para S. Petersburgo e enterrado no cemitério do Mosteiro Alexander Nevsky.


Abertura da ópera “Russlan e Ludmilla”, de Glinka
Orquestra do Teatro Mariinsky
Maestro: Valery Gergiev

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