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Repor a verdade histórica - a bem da Nação

por António Leal Salvado, em 12.02.12

A Pegada deu já (17:59 h. de hoje) eco da revelação feita pelo Inimigo Público, acerca do reajustamento do calendário pascal:

“"A Última Ceia a uma quinta-feira é coisa de garoto mimado e irresponsável que chula os pais e o Estado. Acabou-se a Sexta-Feira Santa e a Última Ceia passa a lanche ajantarado no sábado até às 23 horas, no máximo. Domingo de Páscoa passa a ser o dia do julgamento, paixão, crucificação, morte, sepultura e ressurreição. Também Jesus Cristo tem de deixar de ser piegas!”, revelou Passos Coelho.»
[Por João Henrique, http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1533338]

 

Impõe-se, no entanto, uma ligeira correcção: Não está completamente bem informado o Inimigo Público. O farsola tem um estudo de historiadores da Goldman Sachs com dados actualizados: Cristo, afinal, nasceu de uma orgia carnavalesca - e do mistério da sua concepção sabe-se agora que a Virgem foi fecundada, gerou, pariu, educou e viu morrer o seu divino filho e logo de seguida foi levada ao céu pelos anjos nesse mesmo dia de Carnaval, um domingo (a terça-feira era uma treta inventada por uns romanos a quem os pais davam quadrigas de luxo desde miúdos e que no império dos césares ficaram conhecidos por rascorum pueri.
Glorioso e fatídico domingo aquele, em que ocorreu esse místico dia de carnaval-concepção-natal-páscoa-ascenção - o domingo que, por isso, é o verdadeiro dia do Corpo de Deus.

O farsola concluíu - ou seja, os troikistoriadores mandaram-no perceber - que é esse sagrado e glorificado domingo o genuíno, verdadeiro e insubstituível dia da Mãe, do Pai e dos Namorados.

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publicado às 23:23

Está à discussão no Parlamento o "pacotão" das medidas adicionais de austeridade. Há manifestações violentas com vários edificios a arder. A coligação no poder, chefiado por um tecnocrata ex- Goldman Sachs treme com várias demissões.

Pacotão legislativo:

O plano refere um corte do salário mínimo em 22%, cortes nos pensionistas num montante de 300 milhões de euros por ano, bem como cortes nas despesas militares e de saúde. Curiosamente, o documento não refere o montante do segundo plano de resgate. O número que foi falado na cimeira europeia aponta para €130 mil milhões, mas há quem afirme que haverá que adicionar mais €15 mil milhões para a recapitalização dos bancos gregos depois da reestruturação parcial da dívida ser concluída com a troca de títulos e um "corte de cabelo" (hair cut) no seu valor atual.

Sindicato da polícia declara membros da Troika criminosos

O PASOK - que governou o país desde o final de 2009 até à sua substituição em novembro de 2011 pelo governo de coligação chefiado por Lucas Papademos - e a Nova Democracia - que em finais de 2009 deixou a Grécia à beira da bancarrota - reuniram sábado os seus estados-maiores para decidir o voto no domingo. Vários deputados do PASOK resignaram aos seus lugares parlamentares, mas não se sabe ainda a extensão do grupo de dissidentes, afirma o jornal Kathimerini. E 13 deputados da Nova Democracia declararam ir votar contra o pacote, segundo o jornal ProtoThema.

Entretanto, o sindicato de polícia declarou os membros da troika como criminosos. E rumores de um golpe de estado em germinação percorreram Atenas lançados por alguns diplomatas ocidentais.

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publicado às 22:45


Piegas #2

por Rogério Costa Pereira, em 12.02.12
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publicado às 22:16


Piegas #1

por Rogério Costa Pereira, em 12.02.12
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publicado às 22:14


bi tate

por Maria do Sol, em 12.02.12

1) Estava eu curiosa para saber os números, os oito e oitenta que costumam dizer dos participantes nas manifestações. Cedo foi publicado o oitenta (trezentos mil) mas, até agora, quanto ao oito nem um pio. Não tenho uma interpretação benévola da omissão. Parece-me que, como é jogo para não correr de feição, não se vai a jogo. Como fazia o gordinho dono da bola quando amuava porque não lha passavam, agarram-se à bola e ficam em casa. É que só se compete com quem se reconhece como igual e o pessoal deste governo é pessoal de superior casta regeneradora, uns predestinados que não se vão pôr a medir forças com o comum dos mortais, muito menos daqueles mortais mesmo comuns, que vão para a rua desfilar todos juntos. A competição é uma força demasiado socializadora para esta gente, porque para competir precisa-se dos demais, ninguém compete sozinho. Esta é gente não competitiva, que o que quer é deixar de competir quanto antes e, por isso, procura a todo o custo subjugar rapidamente tudo e todos que não sejam iguais a eles próprios, nem que tenha de lhes chamar piegas e de lhes por macaquinhos no sotão por não serem perfeitos, perfeitos e viveram melhor do que os avós que dividiam uma sardinha, quando havia...

 

2) Pelos vistos é piegas quem não é todo modernaço e fura-vidas, quem não é avesso a celebrações configuradas pela cultura, quem não fala sete línguas e não anda a aprender mandarim, quem já teve dores de cabeça e dúvidas regulares, muito mais quem perturba a sua elegante eficácia com filhos com sarampo ou varicela.  Se a palavra piegas é o menos, podendo só revelar um léxico pobre ou um paternalismo didáctico dispensável, preocupante mesmo é ele acreditar no seu modo prafrentex e achar que qualquer comportamento que aí não se enquadre só pode ser o resultado de uma mândria pessoal cuidadosamente preparada, muito estimada e estrategicamente usada por cada um. Haja resistência para pensamento tão raso, que mais parece uma avioneta desgovernada a ver se acerta numa pista improvisada para entender a pluralidade de condições da vida de cada um.

 

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publicado às 22:07

O ridículo da imbecilidade faz-nos pena dos coitados infelizes que a protagonizam. Já o escrevi, mais abaixo.
Quando a imbecilidade joga o destino de gerações de uma nação como se fosse um jogo de tirar macacos do nariz para colar bolinhas do tampo da mesa-de-escola, aí já a coisa é mais séria. Dizer "Tragicomédia" seria figura de estilo. 'Tragifarsa', como já por aí vi escrito, aproxima-se mais - mas é brando.

Estrela Serrano faz, no Vai e Vem, um flash post de arguta observação (foto acima). Mas acho-lhe trocado o sujeito da frase. Não é de Portugal que se trata, em bom rigor - quem assume a cagarolice do exame não é este país. Bem pelo contrário, a cagunfa é de quem está contra a lusa pátria. A tramar-nos e nós a vermos.

Anda a Natureza (mais que a História) ao contrário, que nos momentos em que uma nação precisa de estadistas com conhecimento sólido, estratégia sábia, soluções corajosas - é precisamente quando a História lhe ensina que espíritos como os de D. João II, Churchill ou Schumann não são passíveis de arremedo nem se adquirem nos manuais dos mercados. Mas desse paradoxo da Natureza falaremos noutro ensejo.

O que aqui vem ao caso é a propriedade da parábola. O colegial com caixinha-de-óculos, dentolas proeminentes e beiço descaído que Estrela Serrano vê à porta da sala de exame, atirou-me aos olhos da memória outro personagem - que, salvo o devido respeito pela brilhante crónica inspiradora, 'cola' mais no(s) cromo(s) que ambos vislumbramos a borrar-se de miúfa. É o meu saudoso Farrusco, rafeiro que a compaixão me trouxe da rua e depois a rua me levou por debaixo do rodado de um camião.

O Farrusco era diferente destes personagens farsolas, farsolófilos e farsolómanos. Não era fiel a quem lhe pagasse, era leal a quem defendia - e defendia mesmo quem nele confiava. E era inteligente, autêntico, confiável. Mas assemelhava-se àqueles no temor dos correctivos que lhe eram aplicados quando não correspondia ao assobio do dono. Quando fazia asneiras, curvava-se, sabendo que lhe iam amouchar o focinho para levar com o jornal no lombo.
Esse o ponto de comparação. 

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publicado às 21:00


Uma economia para as pessoas, diz Louçã

por Luis Moreira, em 12.02.12

Louçã não desarma.

"O único reajustamento de que precisamos é de correr com os agiotas", considerou, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Vinhais, em Trás-os-Montes, em que defendeu que "não é possível continuar a pagar à pirataria financeira juros incomportáveis que criam mais dívida por cada dia que passa".

Para Louçã, "o reajustamento que a democracia precisa é recuperarmos a Europa para os europeus, a economia para as pessoas e as prioridades para o emprego e isso é o que é necessário no nosso País".

O líder bloquista considerou ainda que "quem está a olhar para a Grécia, que está a viver a ferro e fogo uma política de despedimentos e de destruição da economia, já sabe o que são os reajustamentos da troika".

"O reajustamento da troika é mais dívida com mais miséria e, em Portugal, nós já temos um quarto das pessoas à beira da miséria", acrescentou."

Estamos todos de acordo não sabemos é como se chega lá!

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publicado às 19:04

«Depois de ter acabado com o Corpo de Deus, 15 de Agosto, 5 de Outubro, 1 de Dezembro e de não ter dado tolerância de ponto aos funcionários públicos no Carnaval, Passos Coelho prepara uma pequena alteração ao ano litúrgico, nomeadamente a Semana Santa, de forma a obter uma versão da Páscoa mais adaptada a um país que quer ser mais competitivo.
“A Última Ceia a uma quinta-feira é coisa de garoto mimado e irresponsável que chula os pais e o Estado. Acabou-se a Sexta-Feira Santa e a Última Ceia passa a lanche ajantarado no sábado até às 23 horas, no máximo. Domingo de Páscoa passa a ser o dia do julgamento, paixão, crucificação, morte, sepultura e ressurreição. Também Jesus Cristo tem de deixar de ser piegas!”, revelou Passos Coelho.»
[Por João Henrique, http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1533338]

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publicado às 17:59


MAR SERRA E BRISA

por Adriano Pacheco, em 12.02.12

 

Solta-se a brisa e o mar rebenta

Solta-se areia em bancos

de espuma

Solta-se a manhã de cinzenta

bruma

E na crista da onda tudo se esfuma

 

Solta-se o brado numa onda

de fúria

Solta-se uma vaga nebulosa

E um olhar vago se descuida

Numa face condoída

A crista da onda vitoriosa

 

Assim se rasga novo espanto

Na cor do céu contemplativo

No rosto aberto vem encanto

Entre céu e mar fica o sentido

 

Nada mais cabe neste horizonte

Apenas mar, serra, vale e monte

 

 

 

 

 

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publicado às 17:00

«Cuando un ministro agacha la cerviz y solícito rinde cuentas ante un comisario europeo de lo que va a aprobar el Gobierno de su país, está humillando a ese gobierno y a sus ciudadanos. Así se comportó el jueves el responsable de Lehman Brothers en la Península Ibérica hasta su quiebra, hoy reconvertido en ministro de España. "Mañana aprobamos la reforma del mercado laboral, vas a ver que será extremadamente agresiva". Nos quedaremos sin saber cuánto de bochorno había en la contestación del titular de asuntos económicos de la Comisión Europea: "Eso sería fantástico. Ok, ok".
Cuando una ministra, que dice valorar el dialogo social, comunica por teléfono (minutos antes de comenzar el Consejo de Ministros) el contenido de esta reforma, no solo desprecia el derecho de información y consulta que asiste a los sindicatos, también los está intentando humillar y, con ellos, a los trabajadores que representan.
Desconfían de la responsabilidad de los trabajadores y sus sindicatos
Dos actitudes: una diligente, la otra displicente. Mucho nos tememos que sean el haz y el envés de este gobierno. Debería añadirse una tercera: una actitud laxa ante la verdad. Si se afirma, como se ha hecho en la comparecencia tras el Consejo de Ministros, que "se respetaran los derechos adquiridos de los trabajadores en materia de indemnización de 45 días por año", no se está diciendo la verdad.
La primera entidad financiera de nuestro país tuvo, de enero a septiembre de 2011, un beneficio atribuido de 5.303 millones de euros, que supuso un descenso del 13%. Ha sido una disminución persistente de su nivel de ingresos o ventas, como establece la reforma. ¿Considera el Gobierno que es justo social y económicamente que se haga uso de las facultades discrecionales que ha otorgado al empresario?
El Gobierno, con esta reforma laboral, no sólo se desdice de lo que afirmaba hace pocos meses en la oposición: "Lo que necesita España no es facilitar el despido, no es fomentar la salida, sino la contratación". Lo peor es que parece estar actuando bajo el efecto de un doble síndrome: el de considerarse una administración intervenida de hecho y, otro más preocupante, el que le lleva a desconfiar de la responsabilidad y el compromiso de los trabajadores y sus sindicatos.
Si el presidente del Gobierno reconoce que, pese a hacer una política como Dios manda, el paro aumentará en 2012 y previsiblemente en 2013, ¿puede explicarnos en qué va a contribuir esta urgente reforma a evitar la destrucción de más puestos de trabajo? ¿Cómo facilitando y abaratando el despido lograremos crearlos?
Llamamos a la responsabilidad. A la sensatez del Gobierno y de los empresarios. Su obligación es dar seguridad a los trabajadores ante la crisis. Despidiendo más barato a los padres y contratando en precario a los hijos, sólo ahondarán en el temor y la frustración de nuestra sociedad.»
[CÁNDIDO MÉNDEZ, http://m.publico.es/421589]

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publicado às 17:00


Há domingos assim...

por Ariel, em 12.02.12
Boulez, Handel, Water Music, perfeito para uma tarde cheia de sol

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publicado às 16:21


Outras pegadas (VII)

por Francisco Clamote, em 12.02.12

 Pintassilgo * (Carduelis carduelis L.)

Ave da família Fringilidae, residente e nidificante em Portugal. Comum a muito comum.

*Outras designações vulgares:Milheira-galante; Pinta-cardeira;

Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante";

(Mais informação: aqui e aqui)

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publicado às 16:00

Tempos atrás, por mero acaso, descobri o documentário É Dreda ser Angolano da autoria da Família Fazuma. Uma pequena pérola sobre Angola que logo tratei de adquirir. Foi "neste mambo tipo documentário" que descobri o "pensólogo" Shunnoz Fiel dos Santos. Descreve a realidade angolana, mas podia ser a nossa: "Eu quero viver, eu vou beijar o cú de quem?"

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publicado às 15:33


Textos & Pretextos, nº 15

por António Leal Salvado, em 12.02.12

Centro de Estudos Comparatistas, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

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publicado às 15:30

Uma em cada 4 crianças portuguesas é pobre e atendendo à subida do risco de pobreza no nosso país, em função do aumento do preço dos alimentos, o cenário tende a piorar (Ler Aqui)... até quando? Depois da luta pela erradicação do trabalho infantil, a que futuro estão a ser condenadas as famílias e, consequentemente, as crianças, cuja utilização, como mão-de-obra, decorre da necessidade de concorrer para ajudar à sobrevivência familiar?... depois de escrever o que se pode Ler Aqui, de pensar no extraordinário número de pessoas que ontem desceu ao Terreiro do Paço/Terreiro do Povo, de assistir à persistente gestão danosa da União Europeia que tão bem conhecemos das alegadas "medidas de austeridade" e de não se vislumbrarem no horizonte alterações qualitativas capazes de devolver a dignidade às condições de vida dos cidadãos, compreendem-se melhor os riscos da globalização... 

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publicado às 13:40


Uma voz fantástica que se calou para sempre

por Luis Moreira, em 12.02.12

Whitney Houston foi ainda a primeira artista a colocar sete “singles” consecutivos no topo das vendas, segundo a imprensa especializada. Entre as suas canções mais conhecidas figuram “How Will I Know”, "I'm Every Woman" e “Saving all My Love for You”.

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publicado às 13:00


Os sindicalistas são uns exagerados

por Luis Moreira, em 12.02.12

Mas pronto, há que compreender, muita gente, muita indignação, muito entusiasmo...

Mas vamos lá às continhas ( desculpem é da profissão) :A Praça do Comércio, também conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m).

Ora num metro quadrado cabem quantas pessoas ? Quatro? cinco?

36 000 m2 x 4 = 144 000  pessoas

36 000 m2x5 = 180 000  pessoas

OK, vamos lá meter mais 20 000 pessoas que andam ali pelas cercanias, nas ruas adjacentes. Total = 200 000 pessoas!

Continua a ser muito grande e, a importância da manifestação nem sequer se mede pela multidão, mede-se mais pelas razões  que a motiva e que no caso são muito fortes. Aliás, quem lá faz espectáculos e vende bilhetes e tem que ter lugar para as pessoas que pagaram bilhete não mete lá mais que 150 000 pessoas.

Vem  isto a propósito de quê? Nestes momentos de emoções exarcebadas há que falar com a almofada primeiro embora, repito, tenha sido uma enorme manifestação que deve fazer pensar os governantes quanto aos limites da paciência. É que na Grécia são bem menos nas ruas mas são bem mais agressivos!

Lembram-se da visita do Papa que deu lá uma missa? Nessa altura a Igreja católica também dizia que havia 200 000 pessoas a assistir à missa! Se fosse assim nem ajoelhar podiam!

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publicado às 12:00


O fidalgo falido

por Luis Moreira, em 12.02.12

O Presidente da Comissão Europeia criticou o facto de Portugal fazer negócios com Angola. Mas se a UE não tem dinheiro, onde podem ir financiar-se os países europeus? Onde há dinheiro. E a Alemanha não faz o mesmo?

Vejamos: é condenável um país-membro procurar financiamento fora da União? De maneira nenhuma. Primeiro porque a União tem as portas abertas ao exterior. Segundo porque a União tem falta de capital. Sendo assim, só resta a Portugal (e outros países) procurar capital onde ele existe, para financiar projectos comuns ou para vender activos: em Angola, no Brasil, na China, na Índia (ainda para mais com dois destes espaços temos uma convivência de séculos e língua comuns…). Porque sem capital não há desenvolvimento económico.
Antes de falar Martin Schulz devia, também, ter meditado noutro pormenor: nem o seu próprio país recusa oportunidades de negócio no exterior. Na China, na Índia, no Brasil, em Angola (e até em sítios pouco recomendáveis). É por estas e por outras que a União se parece cada vez mais com uma aristocracia decadente: tem os bolsos vazios, mas age como se fosse um clube de ricos."

"Negociar com Angola é o declínio". Mas nós temos lá muitos milhares de portugueses não podemos nem devemos virar-lhes as costas.

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publicado às 11:00


Pintores e Quadros famosos - Almada Negreiros

por Luis Moreira, em 12.02.12
                                                                                          Autoretrato em grupo

José Sobral de Almada Negreiros, artista plástico e escritor, nasceu em 1893 em São Tomé e Príncipe, onde o pai era administrador do concelho da cidade. Estudou no colégio jesuíta de Campolide, para onde entrou em 1900, aos sete anos de idade, após a morte prematura da mãe, em 1896, e a partida definitiva do pai para Paris nesse mesmo ano. Aí realizou os jornais manuscritos "República", "Mundo" e "Pátria". Após o encerramento do colégio, frequentou entre 1910 e 1911, o liceu de Coimbra, de onde passou para a Escola Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Em 1915, integrado no grupo "Orpheu", centrou a sua polémica ideológica numa crítica cerrada a uma geração e a um país que se deixava representar por uma figura como Júlio Dantas. Mostrando se convicto de que «Portugal há de abrir os olhos um dia», lançou, em 1917, um "Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX", precavendo as contra a «decadência nacional», em que a «indiferença absorveu o patriotismo».

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publicado às 10:00


Aeroporto Low Cost para Lisboa - Portela + 1

por Luis Moreira, em 12.02.12

Veja aqui os vídeos com as diversas hipóteses. Alverca, Montijo, Sintra, Cascais...

As companhias de aviação são low cost porque entre outras coisas nos deixam a uns quilómetros de distância da cidade . Mas vale a pena, porque serve o Turismo Lisboeta e os congressos internacionais. Uma das companhias já informou que prefere o aeroporto de Sintra mas parece que não tem muito por onde se estender. O aeroporto de Alverca tem os mesmos canais de aproximação à pista que o aeroporto da Portela pelo que a capacidade de tráfego não pode crescer muito. Mas tem o caminho de ferro a 50 metros.  O do Montijo ( que seria substituído pelo novo a construir) parece que leva vantagem. Bons acessos ( ponte Vasco da Gama) e perto do centro de Lisboa. Cascais fica a trinta quilómetros...

Vamos ter aeroporto na Portela para muitos anos e bons!

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publicado às 09:00


Poesia ao nascer do dia - Almada Negreiros

por Luis Moreira, em 12.02.12

Ruinas Pandeiros rôtos e côxas táças de crystal aos pés da muralha.
Heras como Romeus, Julietas as ameias. E o vento toca, em bandolins distantes, surdinas finas de princezas mortas.
Poeiras adormecidas, netas fidalgas de minuetes de mãos esguias e de cabelleiras embranquecidas.
Aquellas ameias cingiram uma noite peccados sem fim; e ainda guardam os segredos dos mudos beijos de muitas noites. E a lua velhinha todas as noites réza a chorar: Era uma vez em tempo antigo um castello de nobres naquelle lugar... E a lua, a contar, pára um instante - tem mêdo do frio dos subterraneos.
Ouvem-se na sala que já nem existe, compassos de danças e rizinhos de sêdas.
Aquellas ruinas são o tumulo sagrado de um beijo adormecido - cartas lacradas com ligas azues de fechos de oiro e armas reais e lizes.
Pobres velhinhas da côr do luar, sem terço nem nada, e sempre a rezar...
Noites de insonia com as galés no mar e a alma nas galés.
Archeiros amordaçados na noite em que o côche era de volta ao palacio pela tapada d'El-rei. Grande caçada na floresta--galgos brancos e Amazonas negras. Cavalleiros vermêlhos e trombêtas de oiro no cimo dos outeiros em busca de dois que faltam.
Uma gondola, ao largo, e um pagem nas areias de lanterna erguida dizendo pela briza o aviso da noite.
O sapato d'Ella desatou-se nas areias, e fôram calça-lo nas furnas onde ninguem vê. Nas areias ficaram as pègadas de um par que se beija.
Noticias da guerra - choros lá dentro, e crépes no brazão. Ardem cirios, serpentinas. Ha mãos postas entre as flôres.
E a torre morêna canta, molenga, dôze vezes a mesma dôr.

Almada Negreiros, in 'Frisos - Revista Orpheu nº1' Tema(s): Ruínas  Ler outros poemas de José Sobral de Almada Negreiros 

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publicado às 08:00


Crescer? Como?

por Francisco Clamote, em 12.02.12
Daniel Oliveira termina um dos seus artigos de opinião hoje publicados no "Expresso", com o título de "Piegas", com este recado deixado a Passos Coelho: "Cresça e apareça".
O recado endereçado a alguém que, no dizer do articulista, tem "falta de vida", faria, em princípio, todo o sentido. Só que, neste caso, o visado não pode dar seguimento à recomendação. De facto, como é que se pode fazer crescer um "anão" a quem, ainda por cima, falta "densidade", na feliz expressão usada por Pedro Adão e Silva, em artigo de opinião publicado no mesmo semanário?

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publicado às 01:06


diversos #3

por António Leal Salvado, em 12.02.12

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publicado às 01:00

No dia 12 de Fevereiro de 1890, morreu, no Cairo, o maestro, pianista e compositor alemão Hans von Bülow. Tinha nascido a 8 de Janeiro de 1830, em Dresden, na Alemanha. Virtuoso pianista, foi um dos mais famosos maestros do século XIX. Entre 1887 e 1892 foi director artístico e maestro titular da Filarmónica de Berlim. Em 1848 entrou para a Universidade de Leipzig para estudar Direito, porém, ao assistir a uma representação da ópera Lohengrin, de Richard Wagner, dirigida por Liszt, decidiu tornar-se músico profissional. Foi para Zurique, e encontrou Wagner, de quem recebeu conselhos essenciais sobre direcção de orquestra. Entre 1851 e 1853 estudou piano com Franz Liszt, em Weimar. No período de 1855 e 1864 ocupou a cátedra principal de piano no Conservatório Stern em Berlim e, em 1867, assumiu a direcção do Conservatório da Baviera.
Bülow, que construíra fama como pianista e também como maestro, veio a ser o solista na primeira execução do Concerto nº 1 para piano e orquestra de Tchaikovsky, em 1875, em Boston. Em apenas dois anos apresentou 139 concertos, apenas nos Estados Unidos. Como compositor, é mais conhecido pelas suas paráfrases e transcrições de óperas de Gluck, Verdi, e Wagner, incluindo a primeira transcrição para piano da ópera “Tristão e Isolda”, de Wagner. É de sua autoria a conhecida frase: "Os três grandes ‘Bs’ da música", fazendo referência a Bach, Beethoven e Brahms.
A partir de 1890 a sua saúde física e mental começou a deteriorar-se, devido a um tumor do nervo cervical radicular. Esperando uma melhoria na sua saúde, viajou para o Egipto em 1894, tendo vindo a falecer, no Cairo, poucos dias depois da chegada.


Abertura da ópera “Tannhäuser”, de Wagner
Arranjos para piano a 4 mãos de Hans von Bülow
Piano: Katrijn Simoens e John Gevaert

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publicado às 00:01


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