"Os acontecimentos podem passar do impossível ao inevitável sem pararem no provável", Tocqueville. Assim como aqui chegámos, daqui sairemos. Da noite para o dia, é assim que tudo é. "É" de ser; "É" de acontecer. Agora não é, agora já é. Como que num piscar-de-olhos. Vivo, Morto; Oprimido, Opressor; Morto, Vivo. Santo-e-Senha e passa-se da Situação à Revolução. Sem parar no provável mas passando por lá, esse sítio essencial à passagem mas onde não se passa da cepa torta. Ela, a impossível, há-de passar sem parar; inevitável. Como sempre tem passado, que o mundo roda como sempre rodou. Embora para nós, enfiados neste pode-ser-ou-não-ser -- no provável, pois -- nos possa parecer impossível. Não é! Nunca o foi, não ia começar agora. Mas não é como o vento, há que soprar. Soprar.
Talvez a UGT, ao decidir jogar como jogou a sua cartada mais importante desde que existe, tenha prestado um relevante serviço aos portugueses: demonstrar, claro, clarinho e preto no branco, que não é uma verdadeira união de sindicatos, mas uma força aliada dos piores inimigos dos trabalhadores que lutam, os trabalhadores que se rendem (que quase sempre significa que se vendem).
A cidadãos interessados e livres-pensadores com sensibilidade social e ideossincrasia de esquerda, este oportunismo da associação de João Proença (aproveitamento da firmeza da CGTP para se apresentar como uma confederação de 'prestígio' e portanto útil a quem se queira associar - mas na verdade fazendo o jogo do adversário e da pior forma) para esses cidadãos, dizia, o dia de hoje ficará sendo a data em que se tornou claro que em Portugal só há uma linha verdadeiramente sindical: a da CGTP. Concorde-se ou não - e eu tenho sido muito discordante - da actuação da 'Intersindical', da forma como por vezes veste a roupagem de um partido político, do modo como interage com o PCP, goste-se ou não, a verdade é a verdade. E é o que está à vista, depois deste acordo com que hoje o capital conservador conseguiu sair da reunião com soluções mais nefastas para o operariado do que aquelas que propunha.
Anda aí uma guerrilha entre dois companheiros do mesmo partido (PSD) e vizinhos. Um é o Presidente da Câmara de Gaia o outro Presidente da Câmara do Porto. O Luis Felipe quer concorrer à Câmara do Porto, agora que está em fim de mandato. Mas falta aqui o pormaior que muda tudo do avesso. É que o "espírito da Lei" quer dizer, "fim de mandato" no mesmo "território" não fim de mandato enquanto Autarca. Logo, Luis Felipe Menezes pode concorrer à Câmara do Porto!
O Ministro Miguel Relvas já veio dizer que "o espírito do legislador foi sempre que a limitação seria sobre o território e não sobre a função" e, pronto, cá está, "o espírito" é o mesmo de sempre. Manterem-se e sobreviverem na política e não darem a oportunidade a outros, mais novos, quiçá mais capazes, com modelos de Gestão Autárquica mais modernos.
Que a limitação de mandatos tivesse como objectivo impedir a eternização dos "bonzos" políticos e arejar e renovar a política, era objectivo bem entendível, agora que fosse para o Luis Felipe Menezes atravessar a ponte da Arrábida é que para mim é incompreensível.
E, no Alentejo, por exemplo, a limitação dos mandatos "vai de roda" e ficam os mesmos? E no Minho vai o "vira" com os mesmos?
São eles que fazem as Leis para si próprios que podemos nós esperar?
Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego : Embora a análise se faça nas medidas que de alguma forma afectam os trabalhadores, a verdade é que o Compromisso abarca muitos mais temas que pode consultar seguindo o link.
1 - ìndice
2- Introdução
3-Políticas Económicas
4-Políticas activas de Emprego e Formação Profissional
5- Legislação Laboral, Subsídio de Desemprego e Relações de Trabalho
Assim ao correr da pena: internacionalização da economia, QREN, PRODER, POVT, PROMar, Empreendorismo e Inovação, Financiamento das Empresas, PME Crescimento, PME Investimento, Financiamento à Agricultura e Pescas, Seguro de Crédito à Exportação, Sistema de Gestão de Risco,...Reforma da Administração Pública, Funções do Estado, Gestão dos Recursos Humanos do Estado, Reforma da Justiça, Sector Empresarial do Estado, IVA Caixa, Reabilitação Urbana...
Trata-se de um Documento de Estratégia Governamental que todos nós e a Comunicação Social em particular reduz às férias, feriados e pontes.
A abrangência do documento justifica a participação e o acordo da UGT e é , claramente, um compromisso que a não ser aprovado colocaria o país numa situação ingovernável. Acresce que muitas destas medidas foram acomodadas no acordo da TROIKA e mal se perceberia se o PS e a sua mais próxima central sindical não aprovassem tal documento.
Hoje em dia, a democracia é assim como uma espécie de religião. No caso português, foi-nos impingida há trinta e tal anos. A grande maioria dos portugueses acreditou nela. E muito bem. Mas não tardou muito que a democracia deixasse de o ser, na verdadeira acepção da palavra. A pouco e pouco foi-se degradando, mas os portugueses continuaram a acreditar nela. E pior, continuaram a acreditar que viviam em democracia. Acreditar em democracia é uma coisa. Mas acreditar que vivemos em democracia é outra completamente diferente. No tempo do fascismo havia muita gente que acreditava em democracia, mas ninguém acreditava que vivíamos numa. Conquistámo-la em 1974 mas esquecemo-nos que temos que a reconquistar diariamente, senão perdemo-la. Pode manter o nome, mas a prática é outra conversa. A palavra democracia, de origem grega, significa “governo do povo” (Demos=povo - Kratein=governo). Se alguém acredita que, em Portugal, temos um governo do povo, decerto vive na lua. O simples facto de podermos votar sempre que há eleições não significa que vivemos em democracia. Neste país, grande parte das pessoas nem sequer sabe os nomes ou conhece as caras daqueles que as vão representar. A única pessoa cujo nome aparece no boletim de voto e que é escolhida de acordo com os votos é o Presidente da República. E este, nas últimas eleições, foi eleito por vinte e tal por cento dos votantes. E foi assim que passou a ser o representante de todos os portugueses. Este sistema está feito por partidos e para partidos. Devia ser do povo e para o povo. Isso é que é democracia. O sistema representativo e parlamentar ou semiparlamentar, que se apodera do nome da democracia, limita o poder dos cidadãos ao simples direito de votar, ou seja, a nada. É o único direito que o povo tem e, mesmo esse, é condicionado pelos mais diversos factores que, em muitos casos, se resumem à necessidade de arranjar emprego (para si próprio ou para um familiar) e a promessas eleitorais que raramente são cumpridas. Não podemos considerar democrático um sistema em que os políticos e governantes mentem constantemente, enriquecem à custa do povo, prometem e não cumprem, não são responsabilizados pela má gestão do dinheiro dos contribuintes, um sistema em que o ordenado mínimo e grande parte das pensões são miseráveis. Enquanto isto acontecer, a democracia não passa de um sistema em que os eleitores têm a liberdade de escolher os seus próprios ditadores. Não passa de um mito. De uma religião em que os deuses são os partidos e os crentes são os seus militantes. Não passamos de escravos modernos, crendo poder votar e livremente escolher quem decidirá o nosso futuro. E quando, logo após as eleições, chegamos à conclusão que fomos enganados, podemos barafustar, espernear e até ameaçar. Não temos poder para mudar nada. E andamos nisto até ao dia das eleições seguintes. E nesse dia lá vamos nós, todos contentes e orgulhosos, exercer o nosso único direito democrático. E, espantosamente, votamos nos mesmos ou nos outros, que, afinal, são os mesmos! E, como são os mesmos, fica tudo na mesma. Só mudam os “boys”, que foi para esses que votámos. E assim tem acontecido connosco há mais de trinta anos e, com outros países, ainda há mais tempo. A nossa democracia é um “bluff”. A oposição já não existe. Os principais partidos políticos estão de acordo no essencial: manter este tipo de sociedade, em que os mercados e os senhores do grande capital é que mandam. Nenhum dos partidos políticos com acesso ao poder põe isso em causa. Tudo isto, nem remotamente, tem a ver com democracia. Escolher entre o Sr. Feliz e o Sr. Contente ou entre Monsieur Dupont e Monsieur Dupond nunca será uma verdadeira escolha. Vivemos numa ditadura económica.
“A esperança não é a convicção de que as coisas vão dar certo, mas a certeza de que as coisas têm sentido, como quer que venham a terminar.” Václav Havel
O MNE da República Tcheca, Karel Schwarzenberg, através do seu chefe de gabinete, mandou agradecer o meu mail que lhe tinha escrito a título de comentário à sua recente entrevista em DER SPIEGEL: “Temos de nos afastar da Europa das mentes pequenas!”
Ao ministro, que além do meu esboço estratégico NEW DEAL e a respectiva carta à Chanceler Merkel também recebeu a minha “Carta aberta à Chanceler da República Federal da Alemanha, Dra. Angela Merkel”, escrevi entre outras coisas:
“(...) Actualmente aconselho aos meus amigos portugueses que se juntem com outros pequenos parceiros da UE para juntos inicicarem em Bruxelas um debate sobre uma radical mudança de estratégia da UE e a sua consequente orientação para fora (...)”
Face à presumível receptividade do teor do meu mail da parte do MNE checo, não é de excluir de todo que a minha proposta estratégica sobre a resolução da crise europeia tenha caído em chão fértil, tendo lugar uma iniciativa conjunta dos pequenos parceiros da UE em Bruxelas. Isto antes que aqueles países que ainda se encontram em fila de espera para o abismo, também sejam vitimados pela (des)governação da Sra. Merkel.
A UGT acabou por assinar o acordo que representa o "maior retrocesso" nos direitos dos trabalhadores, como diz Carvalho da Silva. E bem. Duvido é que se lhe possa chamar acordo, porque nem a UGT é um parceiro, a menos que parceiro seja sinónimo de cúmplice, nem o documento é algo diferente dum ultimato vindo da parte do governo e do patronato e que a UGT se limitou a subscrever.
É verdade que, da proposta inicial, o governo deixou a cair a meia hora extra de trabalho diário. Só que tal sucedeu não devido a exigências da UGT, mas sim porque o patronato sempre declarou preferir a criação de uma bolsa de horas anual. Meia hora extra diária, ou mais, já o patronato a tem à borla, sempre que lhe convém, pois no actual estado de submissão do trabalhadores, estes dificilmente se atrevem a recusar as exigências do patronato. Este queria a bolsa e teve-a.
Deve dizer-se que, em boa verdade, a assinatura do documento por parte UGT não altera a natureza do documento que mais não é que uma imposição do governo e dos patrões. Infelizmente, para a UGT, a sua assinatura só vem provar que ela não passa dum parceiro-cúmplice para todas as ocasiões. Mesmo quando estão em causa as mais gravosas medidas impostas aos trabalhadores, medidas que vão, reconhece-o o Àlvaro para lá do que estava acordado no memorando da "troika".
Tenho que dar razão à CGTP. "«O que acontece é que de facto é que não tendo Portugal possibilidade de diminuir e desvalorizar a moeda, o que está a acontecer é que estamos a desvalorizar o valor do trabalho. Agora, o problema é que isso é muito feito muito à conta dos trabalhadores e eu aí, tenho de dar razão à CGTP porque é muito feito à conta dos trabalhadores, seja funcionários públicos, seja por trabalhadores à conta de outrem», disse.
É um facto, embora as medidas em si sejam razoáveis e fundamentais para assegurar níveis de competitividade que possam sustentar um bom nível de vida, mas é verdade que quem está a suportar o grosso da austeridade é a classe média e os trabalhadores. Também gostaria de ver uma contribuição mais activa e visivel das empresas e do Estado.
Diz o economista Daniel Bessa : "É um bom princípio", salientou ainda o economista, lembrando que "no meu tempo as coisas seguiam sempre no sentido de mais férias e mais flexibilidade". A existência de um banco de horas por trabalhador de 150 horas, "é bem mais importante para a melhoria da competitividade do País", acrescentou.
Este acordo protege quem trabalha e não quem abusa, gozando mais férias que os colegas, utilizando sistematicamente as pontes ...menos quatro feriados e mais flexibilização, ao estilo do que há muito se faz na Auto Europa. Que se saiba nesta empresa (onde há acordos sistemáticos) todos trabalham e ganham segundo a produtividade,é uma das fábricas mais fiáveis a nível do grupo , paga bem mais que a maioria das empresas nacionais
Estas mudanças protegem quem se dedica ao trabalho? Fazem a diferença entre quem trabalha e quem anda a aproveitar-se das pontes, das férias, do fundo de desemprego? Se, sim, estou de acordo. É preciso proteger, não quem é relapso em relação aos seus deveres, mas quem tem mérito e dedicação.
Hoje campeia o igualitarismo, são todos iguais, o bom e o mau. Isto é profundamente injusto para quem é dedicado.
Estas mudanças irão incentivar o mérito, a produtividade, tornar mais objectivas as avaliações individuais e, principalmente, acabar com os abusos de muitos.
Diz Rangel e bem! As nomeações para a EDP e para as Águas de Portugal deram a machadada final no que restava da esperança. Já ninguém acredita que este governo, no que toca aos compadrios, seja diferentes dos anteriores e, isso, na presente situação, é muito grave.
Porque o povo que vai suportar medidas duríssimas tem que acreditar que vale a pena, mas após esta semana horrível deixou de acreditar. É o pior que poderia ter acontecido a este governo que revelou uma insensibilidade muito grande em relação à maioria da população que já vê o seu nível de vida baixar todos os dias.
"Paulo Rangel diz que o "caso das nomeações caiu francamente mal na opinião pública e publicada", o social-democrata aponta este caso como a gota de água, mas lembra que "havia já o embalo anterior do incómodo e da perplexidade pelo affair da loja Mozart e pelo surto maçónico que aparentemente atingiu as estruturas do PSD (e do CDS)".
Estes dois casos destruiram grande parte da credibilidade do governo!
Governo quer deixar cair a segunda fase e passar para a última etapa, que deverá chegar em Novembro.
O Governo vai deixar cair a segunda fase das compensações por despedimento e passar directamente para a terceira, ainda que não antecipe prazos, sabe o Diário Económico. Esta foi uma das medidas discutidas ontem entre parceiros para o acordo tripartido. No entanto, importa salientar que a proposta pode ter sido alterada durante a reunião de concertação social, que se prolongou noite dentro. Conheça as medidas que estavam na mesa.
1 - Indemnizações só descem em Novembro
2 - Cortes alargados a casos de justa causa pelo trabalhador .
3 - Fundo no final do ano
4 - Menos Férias só a partir de 2013
5 - ‘Pontes' podem implicar fecho da empresa ou perda de salário
Roy Lichtenstein nasceu em 27 de outubro de 1923 na cidade de Nova Iorque, numa família de classe média, seu pai trabalhava como corretor de imóveis. Freqüenta uma escola secundária privada em Nova Iorque, onde a arte não fazia parte da grade educacional.
Começa a pintar em casa e desenha por livre vontade. Em sua adolescência desperta o interesse pelo jazz e assiste a concertos no Apollo Theater, no Harlem e em vários clubes de jazz na Rua 52, o que o leva a pintar retratos de músicos, muitas vezes tocando os seus instrumentos. Observa Pablo Picasso em busca de inspiração.
Whaam - 1963
Magna sobre tela 172,7 x 406,4 cm
No verão de 1939, freqüenta aulas de arte no Art Students League (Liga dos Estudantes de Arte), dirigido por Reginald Marsh, desenha a partir de modelos ou de cenas e vistas de Nova Iorque: Coney lsland, Carnaval, Lutas de Boxe...
Conclui os estudos na escola superior, em 1940, com o sério propósito de continuar a estudar para se tornar artista. Devido à ênfase regional colocada pela Art Students League, Lichtenstein não sente qualquer necessidade de permanecer em Nova Iorque e ingressa na School of Fine Arts (Escola de Belas-Artes), da Ohio State University (Universidade do Estado de Ohio) uma das poucas, instituições que dá cursos e licenciaturas em belas artes.
Azuis os montes que estão longe param. De eles a mim o vário campo ao vento, à brisa, Ou verde ou amarelo ou variegado, Ondula incertamente. Débil como uma haste de papoila Me suporta o momento. Nada quero. Que pesa o escrúpulo do pensamento Na balança da vida? Como os campos, e vário, e como eles, Exterior a mim, me entrego, filho Ignorado do Caos e da Noite Às férias em que existo.
"Oh Lord, ooh, You are so big, so absolutely huge. Gosh, we're all really impressed down here, I can tell You. Forgive us, Oh Lord, for this, our dreadful toadying, and barefaced flattery. But You are so strong and, well, just so super. Fantastic. Amen." ["The Meaning of Life", Monty Python -- tirei a parte das repetições da congregação]
No dia 17 de Janeiro de 1751 morreu Tomaso Albinoni, compositor italiano do período barroco. Tinha nascido em Veneza, a 8 de Junho de 1671. Embora no seu tempo fosse famoso como compositor de óperas, hoje em dia é mais conhecido pela sua música instrumental. Uma grande parte das obras de Albinoni ficou perdida, na segunda guerra mundial, quando a Biblioteca Estatal da Saxónia foi destruída, durante o bombardeamento de Dresden, em Fevereiro de 1945. Foi um dos primeiros compositores a escrever concertos para violino solo. A sua música instrumental atraiu a atenção de Johann Sebastian Bach, que escreveu pelo menos duas fugas sobre temas de Albinoni. O “Adagio em sol menor”, que é uma das obras mais gravados do período barroco, é uma reconstrução feita, já em 1958, por Remo Giazotto, a partir de fragmentos que foram encontrados nas ruínas da biblioteca de Dresden.
Adagio em sol menor, para violino, cordas e órgão, de Albinoni