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"Um dos sinais de declínio político é a importância que o político atribui à adversidade da comunicação social. (...) A realidade virtual inexpressiva criada pela comunicação social em torno de um político ou de um partido é interiorizada por estes, acabando por consumi-los."
António Pinto Leite (Expresso – 29.01.2005)
Mais uma vez fui deitar uma vista de olhos às vozes críticas que reflectem o estado da sociedade alemã – e com ela o da sociedade europeia em geral. Um novo texto do colunista Georg Diez (SPIEGEL ONLINE) desta vez foca o contexto entre a celeuma em torno do Presidente Federal Alemão, Christian Wulff, e as “artes” de (des)governação da Chanceler Angela Merkel.
Como é óbvio, devido ao grande peso da Alemanha na UE, esse comportamento de Angela Merkel esvaziado de sentido, enfim o sistema ‘Merkozy’, afecta grandemente a União Europeia no seu todo – para mal. Repito: com a actual estratégia uma coisa a Sra. Merkel conseguirá de certeza: uma drástica mudança de paradigma. Isto em si seria altamente desejável e louvável se o caminho escolhido pela Sra. Merkel não fosse um caminho cheio de perigos que faz prever o pior. Como sabem, existe outro caminho incomparavelmente mais eficaz e seguro: o da conversão das actuais tensões destruidoras em forças que fomentem um novo crescimento genuíno.
Abaixo, passo a traduzir algumas passagens.
“Merkel embala a Alemanha
Conhece o ‘vácuo Merkel’ ? A chanceler esvaziou o ar a este país. Fechou-lhe o espírito. A perfídia dessa táctica é visível no caso
Wulff*. De repente criou-se a impressão de se tratar de um problema daqueles que querem diálogo e esclarecimento – os media.
Nuvens de pequenez sobre o país: não apenas os agentes políticos encolhem mas também o modo como se fala deles. Talvez devido à índole do escândalo, no fim todos se mancham com aquilo que censuram aos outros. Mas aqui já não se trata do comportamento escorregadiço de Christian Wulff. Trata-se, sim, do vácuo que a chanceler criou. Ela esvaziou o ar a este país. Ela fechou-lhe o espírito. Ela embalou-o com o seu silêncio. Ela pura e simplesmente negou-se ao diálogo, como desde há anos, de um modo empolgante. Ela é a Chanceler calada num país e num tempo em que a migração, imigração, demografia, energia, Europa, euro, o futuro da sociedade industrial, a índole do capitalismo, a forma como queremos conviver, colocam a todos nós e à política tão grandes questões. O vácuo é o seu instrumento de poder. Aqui ela consegue agir, aqui pode deixar dançar as suas marionetas...
...É como no carnaval, uma confusão total. Também isso é um resultado desse vácuo Merkel... (...)” http://www.spiegel.de/kultur/gesellschaft/0,1518,808914,00.html
Só tem acesso à profissão de professor os melhores. O modelo assenta na capacidade do professor de ensinar o aluno a raciocinar e relacionar saberes e experiências, e na descentralização, com os 450 municipios existentes serem responsáveis pelo ensino no seu território. E, claro, há um sistema de créditos que avalia os professores:
La educación básica, que es el campo en el que Finlandia destaca muy especialmente, se presta a través de los 450 municipios en que se divide el país, que están obligados a garantizar la enseñanza para todos los niños en edad escolar residentes en su territorio. Son los colegios los que fijan las acciones educativas concretas, y aunque las asociaciones de padres son escuchadas, señala Sippola, “tienen mucho menos peso que en España. Los profesores son figuras muy respetadas, y por eso los padres no suelen discutir sus decisiones educativas”.
El maestro de primero a sexto de básica ha de poseer una licenciatura que tenga la pedagogía como asignatura principal y que cuente con 300 créditos ECTS. El profesor de séptimo a noveno grado, el de Bachillerato, el de Formación Profesional y el profesor de educación han de ser licenciados que cuenten, además de con una titulación, con 60 créditos conseguidos a través de estudios de pedagogía y prácticas tuteladas.
En Formación Profesional, muy desarrollada en Finlandia (comprende 75 títulos básicos, que se obtienen en tres años y que permiten acceder a la universidad), los profesores se forman en cinco escuelas especiales adjuntas a escuelas superiores profesionales. En ellas han de especializarse en estudios de pedagogía y realizar un periodo de práctica docente. El objetivo de la formación es que los estudiantes puedan adquirir herramientas útiles para orientarse en un mercado laboral cambiante.
Este modelo, que lleva implantado desde los años 70, es el que ha llevado a Finlandia a convertirse en una referencia educativa a nivel mundial.
Estamos entrar no oitavo ano de governo de Frente Ampla (coligação de socialista, comunistas, tupamaros e sociais democratas) e no terceiro ano de do segundo período de um governo que mudou o nosso país e continua firmemente o caminho das transformações sociais, algumas das quais estão-se no bom caminho e outras estão-se a concretizar.
Para facilitar a integração escolar das crianças mais pobres, foi distribuído gratuitamente a cada aluno do primário um portátil*.
Continuam a ser surpreendentes os avanços em matéria de economia de um governo que teve início em março de 2005 e que se deparou com um país que vinha de uma das maiores crise da sua história.
Os uruguaios deparavam-se com uma situação que não prognosticava qualquer futuro: o Uruguai estava com um endividamento nunca visto, a dívida era superior a 110% do PIB, o endividamento ao FMI era de 2 mil milhões de dólares, com toda a pressão que isso acarreta; apenas um terço dos gasto do Estado destinavam-se ás políticas sociais.
Num país com 3 milhões de habitantes, havia 1 milhão de pobres (35%), o desemprego era de 14% e a inflação rondava os 40% ao ano, metade das crianças eram pobres, algumas chegaram ao extremo de ter de comer relva...
Podíamos citar mais números e dados, e encher páginas inteiras deste semanário (Acción Informativa) lembrando como se vivia nessa altura no Uruguai. Mas para além das de algumas coisas que ainda podem ser melhoradas no que diz respeito à gestão, o país continua a diminuir o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, melhorando a distribuição da riqueza.
É interessante recordar alguns avanços concretos.
No ano passado, pela primeira vez nas últimas décadas, começaram a regressar mais uruguaios de que a emigrar; a dívida com o FMI foi suspensa desde há três anos e foi renegociada, melhorando os prazos de pagamento, oxigenando assim habilmente a nossa economia; estamos em pleno processo de desdólarização da nossa dívida, passando a mesma para a nossa moeda, o que permite avançar no sentido de ter uma dívida soberana.
Quase 45% dos gastos do Estado destinam-se ás políticas sociais; houve uma grande redução da pobreza (14%), estamos agora com meio milhão de pobres; o desemprego continua a diminuir, estamos hoje com 5,5% de desempregados; todos os sectores da economia recuperaram a perda salarial ocorrido nos últimos 7 anos; a inflação média nos últimos 7 anos passou para 7,1%; o salário mínimo quase triplicou (passou de 2 000 pesos para 7 500 pesos) e pensa-se que poderá atingir no fim da legislatura 10 000 pesos, ou seja cinco vezes mais desde que a Frente Ampla chegou ao poder.
Seguiremos esta linha, aprofundando cada vez mais as transformações da nossa sociedade. O Uruguai fez uma muito boa escolha na eleição de outubro de 2009.
Tradução de Octopus de um texto do Prof. Gustavo Guerreiro, Presidente da Junta do Movimento de Participação Popular de Tacuarambó (Uruguai).
Publicado no semanário "Acción Informativa" (13 a 19 de Janeiro de 2012)
*Actualmente o Uruguai é um dos países com maior PIB per capita da América do Sul, o primeiro em qualidade de vida/desenvolvimento humano, o segundo menos corrupto, o primeiro a legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo, o primeiro a permitir a adopção gay, foi o primeiro país do mundo a oferecer um portátil a cada criança do ensino primário, o ensino é gratuito até ao superior, a taxa de analfabetismo é praticamente nula.
A professora pergunta aos seus alunos :
- Se existem 5 passarinhos num ramo e vocês atirarem e matarem um, quantos sobram ?
- Nenhum - responde o Joãozinho.
A professora fica surpresa com a resposta :
- Nenhum ?
- Claro... com o barulho do tiro todos levantam voo !
- Bem, não era essa a resposta que eu esperava, mas gosto da tua maneira de pensar !
Cartroga vem dizer no Expresso, em extensa entrevista, que não é militante do PSD. Mas o Público até mostra como Marques Mendes em 2005, agitou ao país em transe, 33 novos membros que tinham aderido ao partido. E, preto no branco lá vem o nome de Eduardo Catroga.
Aqui está um exemplo, como os cientistas que, recentemente, descobriram que os neurónios se reduzem a partir dos 45 anos, têm toda a razão, pois não vamos acreditar que Catroga mente "com todos os dentes". Mas também quem tem esquecimentos destes dificilmente "tem o valor de mercado" que o leva a ganhar um vencimento milionário em cima de uma pensão milionária.
Ramalho Eanes no seu segundo mandato de Presidente da República viu-lhe enviada uma Lei congeminada contra si, "impedindo que o Presidente da República acumulasse o vencimento à sua pensão correspondente à sua carreira como militar". De imediato a aprovou, dando assim uma chapada de luva branca no videirismo e no salve-se quem puder que é o modo de estar da maioria dos políticos.
Mais tarde, desconfortado com tamanha injustiça, recorreu para os Tribunais que lhe deram razão e obrigaram o estado a entregar-lhe cerca de um milhão e trezentos mil euros importância que não aceitou. Mais uma vez uma chapada de luva branca nestes gananciosos que acumulam vencimentos e várias pensões enquanto arrotam, entre dois whiskies, a austeridade e a sua preocupação com os pobrezinhos.
São estes exemplos de ética que muita falta fazem ao país, olhamos em volta e só vemos ganância e despesismo!
Não sei dos teus aposentos
Senhora por que sopras tanto?
É a angústia dos teus lamentos
Azedume dos teus ventos
Ou lampejos do teu encanto?
Vento, sorte, sina e destino
Amor firme e verdadeiro
Tudo em ti tem o mesmo
fado
Canto soalheiro, sol dourado
Tudo se conjuga no mesmo
tempo
E são rajadas do mesmo vento
Senhora por que me esperas
No vale da tua fertilidade
Cruzas-te no meu caminho
Sabendo que sofro sozinho
Doença de eterna saudade
Com certeza que a inovação é fruto da investigação e esta da iniciativa das empresas privadas e dos cidadãos. Este exemplo, como muitos outros felizmente, mostra bem que o Estado se deve afastar das actividades empresariais e interessar-se por tudo o que só ao estado compete fazer:
Tudo começou nos anos 80 com um pequeno núcleo de engenheiros de uma empresa privada portuguesa, constituído por jovens licenciados de universidades nacionais, especializados em electrónica e telecomunicações, que abraçaram o desafio de desenvolver produtos nacionais de alta tecnologia, invertendo a política de aquisições no estrangeiro.
A opção conduziu a uma consolidação e evolução tecnológicas que permitiram que a EID desenvolvesse competências, internacionalmente reconhecidas, no domínio das comunicações militares.
“Assim, começou uma estreita e duradoura cooperação com as Forças Armadas portuguesas, que se revelaria de crucial importância no futuro da empresa”, recordam os seus responsáveis.
A EID foi fundada em 1983 e o seu primeiro projecto esteve ligado ao desenvolvimento de rádio-faróis para a Marinha Portuguesa, que vieram a ser instalados em vários locais da costa portuguesa. O sucesso do programa levou ao desenvolvimento de transmissores de alta frequência, que marcaram a transição para a tecnologia de estado sólido em amplificação de rádio frequência. O segundo passo, uma estreia nacional, foi a incorporação de microprocessadores nos seus produtos, nomeadamente num sistema de controlo de uma fábrica de rações, num receptor de comunicações e nos quadros de teleindicação para estações de caminhos-de-ferro...
E, muitos outros projectos que viram a luz do dia numa pequena empresa Portuguesa e singram no mercado global .
Pode eliminar o cancro numa única sessão, mesmo com o tumor já espalhado. É indolor e tem menos custos que a radiotrapia convencional. O equipamento vai chegar à FundaçãoChampalimaud ainda este ano.
Uma radioterapia que pode eliminar o cancro numa única sessão, mesmo com o tumor já espalhado, estará em breve disponível em Portugal, através de uma máquina quase única no mundo que ficará instalada na Fundação Champalimaud .
O equipamento, que a Fundação receberá ainda este ano, permitirá fazer radioterapia de dose única, tratamento que requer um elevado nível de precisão e que poderá ser feito em poucos minutos e sem qualquer toxicidade para o doente, segundo explicou em entrevista agência Lusa o oncologista Carlo Greco
"É o mais avançado equipamento no mundo. Será absolutamente único em Portugal e, na Europa, há muito poucos. Mas a máquina que chegará em dezembro vai ser equipada com ferramentas especiais que a tornam única no mundo", afirma o diretor da área do cancro da Fundação Champalimaud.
Carlo Greco, que considera o cancro como um dos piores problemas sociais da atualidade. Mas frisa que a taxa de sucesso nos tratamentos tem melhorado de ano para ano.
Esta técnica de radioterapia de dose única, disponível para tratamento no final do primeiro trimestre de 2012, vem permitir tratar muitos dos casos de cancro com metástases, sobretudo os menos disseminados.
Trata-se de uma radioterapia por imagem guiada, em que se faz uma TAC e o tratamento em simultâneo, que exige um elevado nível de precisão para que a dose única seja aplicada no local adequado e se torne suficiente.
"Já testámos este equipamento e esta técnica na Universidade de Pisa, em Itália, e os resultados foram surpreendentes. Tem é de ser administrada uma dose suficientemente forte para erradicar o tumor. E já provámos que funciona em qualquer tipo de cancro, mesmo num dos mais resistentes à quimio ou radioterapia, como o do rim", explicou Carlo Greco.
Paul Klee nasceu em 18 de dezembro de 1879 em Münchenbuchsee, perto de Berna, na Suíça.
Quando garoto, adorava ouvir os contos de fadas de sua avó, muitos dos quais ela mesma ilustrava. Logo se interessou por desenhar e pintar - mas sempre fantasia, nunca a partir da natureza. A morte de sua avó, quando ele tinha apenas cinco anos de idade, foi um golpe triste; sentiu-se "abandonado, um artista órfão".
Klee desenhava constantemente - em geral trabalhos fantásticos e satíricos nas margens de seus livros de exercícios. Nas férias, começava a desenhar paisagens a lápis com esmerada exatidão e sombreado sutil.
Em setembro de 1898, beirando os 19 anos, ele partiu para Munique para estudar arte. Apresentou-se na Academia, mas foi aconselhado a freqüentar primeiro um escola de arte particular. Klee juntou à escola Knirr e produziu vários nus e retratos. Conheceu Lily Stumpf, uma pianista, no outono de 1899, e suas afeições tornaram-se arraigadas. No entanto, só se casariam alguns anos depois.
Tudo começa porque " Bernardo Bairrão era administrador-executivo da TVI e publicamente contrário à privatização da RTP". Lembram-se dele o que foi convidado para o governo e desconvidado no dia seguinte? O que deu origem a estas guerras de aventais é o aparecimento de mais um operador no mercado. Tudo pode ser visto como um ajuste de contas entre a Ongoing e o Expresso ( as bruxas do Mário Crespo dizem que talvez não...)
Cá está o Estado metido até ao pescoço em mais um negócio, este com "secretas" e tudo à mistura, maçons e "maçonas", segredos passados para os jornais, mails pessoais, papel timbrado ...
E, eu a imaginar rituais, aventais e esquadros, compassos e gente séria e importante a reunir para analisar os grandes problemas do Universo!
Parece que há aí um livro do José Adelino Maltês "Dicionário da Simbiose" que desnuda a maçonaria em oitocentas páginas. É que temo que o estado ainda não tenha privatizado aquela barbearia que nacionalizou nos anos 70...
Cobalto nos faróis
Cobalto nos faróis
no azulado zinco dos cabelos
no calor ampliado das axilas
nas vértebras arando o pavimento
O contacto cruzado e celular dos ouvidos no
vácuo
a esfera de sangue nivelada à distância dos
poentes da terra
o impossível fixo das marés
o mar
e a lua vazia de folhas e animais
O movimento do suor no ar
o cansaço nos troncos e no sol
a terra
o fumo os ascensores os incêndios
a suspensão dos astros sobre a noite
O nível do cobalto a construir a morte nas
vertentes
a penumbra das rectas
os arbustos fechados no quadrante dos pulsos
golpeados
a sede o espaço o pânico
a mobilização do horizonte
no patamar do vento da cidade
Afinal, não foram os cartões dos partidos (PSD e CDS), como dizem por aí as más línguas, que ditaram a escolha dos novos membros do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, nem, muito menos a competência dos "artistas", como andou para aí a gaguejar o primeiro-ministro Coelho. A escolha foi pela cara. Quem o garante é Catroga, o indicado presidente do dito cujo Conselho, que deve ser a pessoa melhor informada sobre o assunto, dado ter sido a cara escolhida para presidir. “Eram caras que os chineses conheciam” diz ele, que, todavia, não percebe a escolha de Celeste Cardona.
Ora nada mais simples. Pois não está à vista que foi através do lançamento da moeda ao ar? Cara ou coroa? Saiu cara: a cara dela. Assim o ditou a Deusa da Fortuna que "os chineses" muito prezam e que retribuiu a gentileza para não estragar o arranjinho.
(imagem daqui)
No dia 15 de Janeiro de 2005 morreu Victoria de los Ángeles, uma das mais destacadas sopranos do séc. XX. Tinha nascido em Barcelona, Espanha, no dia 1 de Novembro de 1923. Cantou pela primeira vez em público em 1945 e, em 1947, recebeu o 1º Prémio numa competição internacional em Genéve que lhe abriu a portas da fama. Paris ouviu-a em 1949 e Salzburgo em 1950. Seguiu-se o Covent Garden, em Londres, no papel de “Mimi”, da ópera "La Bohéme", de Puccini.
Foi uma extraordinária “Carmen” da ópera de Bizet. Dedicou-se, longos anos, a dar concertos. Cantou no Scala de Milão e no Metropolitan Opera de Nova Iorque e, depois de uma carreira de sucesso, deu a derradeira récita em 1979. Recitais pelo mundo inteiro deram-lhe imensa fama. Em 1991 a Espanha atribuiu-lhe o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes. Retirou-se da vida artística em 1994.
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