Um grupo de trabalhadores forçou a entrada nas instalações da empresa para entregar um protesto escrito. A luta está a passar para outro patamar. Esgotadas as greves que a maioria da população não vê com bons olhos, os trabalhadores procuram agora ser notícia.
"Os ânimos exaltaram-se entre os funcionários e a polícia, quando os manifestantes passaram uma faixa de protesto para entrar no edifício e entregarem um documento reivindicativo à administração. Segundo a Antena 1, os trabalhadores estavam concentrados à porta das instalações da administração da CP, em Lisboa. Forçando o cordão policial, passaram o portão de entrada das instalações e percorreram rapidamente o pátio que dá acesso à porta de entrada do edifício, gerando-se alguma confusão entre os manifestantes e a polícia, relatou a mesma rádio."
O PCP avisou e a CGTP também que o essencial da luta se travaria na "rua em forma de protesto".
A gente ouve e lê e não acredita! Manuela Ferreira Leite propõe que os hemodialisados com mais de setenta anos paguem os tratamentos. Ora a esmagadora maioria dos idosos com mais de setenta anos não têm dinheiro para pagar um serviço que tem que ser recebido todos os dias e até ao fim da vida.
Vamos com calma porque a proposta é tão insensível, tão absurda que nos deve fazer pensar. Sabe-se que há nos US uma discussão, há muitos anos, sobre aquilo a que se chama " tratamentos para prolongar a morte", no sentido que a maioria dos doentes que jazem nas camas dos hospitais com aquela idade, ou jovens com doenças terminais, nunca vão recuperar. Ora isto é insustentável!
Mas é muito diferente do que disse Ferreira Leite. A maioria dos hemodialisados conseguem ter uma vida minimamente aceitável não estão, de todo, numa situação "de morte prolongada" ou de "vida vegetativa". São doentes e não mais do que isso!
Outra questão, ainda mais detestável é Ferreira Leite aceitar que a diferença se faça pelo dinheiro que cada um tem. Um dos princípios mais nobres do Serviço Nacional de Saúde é "ser tendencialmente gratuito", principio que para mim quer dizer "ninguém fica sem tratamento por falta de dinheiro".
O SNS salva-se cortando no desperdício, utilizando equipamentos, instalações e recursos humanos com racionalidade. Não podemos ter dezenas de hospitais todos a oferecerem todos os serviços, temos que caminhar para a especialização e complementaridade da oferta.
Que morram, não é solução nenhuma, por amor de deus!
Maioria dos consumidores desconhece Pagamento dos aperitivos nos restaurantes não é obrigatório. Proprietários que não respeitem Lei incorrem em multa e até pena de prisão
Quando se senta na mesa de um restaurante e começa a consumir os «couverts», também conhecidos por aperitivos ou entradas disponíveis, saiba que não tem de os pagar.
O alerta foi feito esta terça-feira pelo presidente da Associação Portuguesa dos Direitos do Consumo (APDC), Mário Frota, que, em declarações à Agência Financeira, assumiu haver «uma ignorância das pessoas a esse respeito», pelo que «a maioria delas deixa passar, continuando a pagar».
O responsável adianta ainda que «o consumidor pode recusar pagar o couvert que habitualmente os restaurantes colocam na mesa dos clientes, sem ser pedido, mesmo que seja consumido».
Em geral, o «couvert» define-o a Lei, é «todo o conjunto de alimentos e aperitivos fornecidos antes do início da refeição, propriamente dita».
«Os proprietários dos estabelecimentos estão convencidos que, tratando-se de um uso de comércio, que esse uso tem força de Lei. Mas o que eles ignoram é que a lei do consumo destrói essa ideia porque tem normas em contrário», disse Mário Frota à AF.
Decreto_lei 24/96 (artº.9º.ponto 4)
O facto é que, no particular do direito à protecção dos interesses económicos do consumidor, a Lei 24/96, de 31 de Julho, ainda em vigor, estabelece imperativamente: «O consumidor não fica obrigado ao pagamento de bens ou serviços que não tenha prévia e expressamente encomendado ou solicitado, ou que não constitua cumprimento de contrato válido, não lhe cabendo, do mesmo modo, o encargo da sua devolução ou compensação, nem a responsabilidade pelo risco de perecimento ou deterioração da coisa.»
Daí que, em rigor, o «couvert» desde que não solicitado, tem de ser entendido como oferta sem que daí possa resultar a exigência de qualquer preço, antes se concebendo como uma gentileza da casa, algo de gracioso a que não corresponde eventual pagamento.
Num futuro próximo, «pode ser que se assista à inversão do cenário se as pessoas começarem a reivindicar os seus direitos, caso contrário, pode haver problemas, se os proprietários negarem os direitos dos consumidores».
«Adivinhem o que se quer dizer com "não me pelo pelo pelo de quem para para desistir"? Na rejeitada e antiga grafia escreve-se: "não me pélo pelo pêlo de quem pára para desistir"» [O acordo (h)ortográfico, Bagão Félix]
Neste deserto houve gente. E riqueza. Neste deserto nasceu água. Quase toda a água do país que foi sempre longínquo. A água que fez o longe ser menos longe - para o país longínquo vir matar a sede. E voltar a ser longínquo. Neste deserto houve gente. Quase toda a gente que construíu o país longínquo. A gente que o país longínquo veio buscar - para construir mais longínquo o país sempre longínquo. Houve riqueza. Quase toda a riqueza que o país longínquo veio buscar. Na água e no vento e na gente. O país longínquo somou para si a água. Multiplicou para si a riqueza. Nunca dividiu - e o resto deu gente. Neste deserto ficou gente. O resto da divisão que o país longínquo nunca fez.
O fotógrafo nasceu em pátria pobre - e o professor emigrou para o desterro da capital. Os olhos do fotógrafo e o coração do professor quase morreram, na árida bruma do que a sós sentiram, no postiço frio que nem viram, mas nas saudades da riqueza da sua pátria pobre. E as mãos de coração vazio e olhos cheios puseram os pés de regresso. Para o mestre desemigrar e o artista voltar a nascer. Para prestar tributo ao solo que deu todas as somas e todas as multiplicações. Para ser prova real da subtracção que deu erro - e encontrar o resto zero da divisão que nunca houve. Para ensinar, pela escrita da sua película, que nesta terra de deserto está a pátria da riqueza. E para que conste. Que nesta terra há gente.
Ainda os investimentos dos proprietários dos restaurantes, para acomodar a lei do tabaco, não foram pagos e já estão na calha novas mudanças. Muitos dos restaurantes fizeram obras para dividir o espaço entre fumadores e não fumadores, outros construíram esplanadas ou espaços fora do restaurante.Mas como há poucos problemas para resolver inventa-se nova lei. Não se pode fumar à porta do restaurante!
"O maior estudo realizado em Portugal sobre o impacte da lei do tabaco no sector da restauração e similares aponta para necessidade de tornar a legislação ainda mais restritiva, acabando de vez com o fumo naquele tipo de estabelecimentos. E traz uma novidade - a indicação de que a proibição deve estender-se às áreas circundantes de bares, restaurantes, cafés e discotecas. "Basta estar uma pessoa a fumar do lado de fora, junto à porta de um bar, para aumentar o nível de exposição ao fumo de quem está no interior", explica a coordenadora da equipa de investigação, Fátima Reis. "
Com esta falta de estratégia que leva a mudanças constantes ninguém se entende. E , para mais agora que as receitas dos restaurantes caíram cerca de 40%.
O Ministro das Finanças diz que não vão ser necessárias novas medidas, o Presidente do Banco de Portugal diz o contrário. "O Boletim de Inverno do Banco de Portugal alerta que as pensões poderão acarretar “medidas de consolidação adicionais”.E ainda: "Tendo em conta que, durante o período de consolidação, só as exportações contribuirão positivamente para o crescimento, o abrandamento da procura externa afecta a consistência do programa de ajustamento e é mesmo um dos maiores riscos para as metas acordadas com a ‘troika'."
É, claro, que quando uma coisa pode correr mal, corre mesmo e, na economia, é sempre melhor contar com o pior, muito principalmente em situações críticas.
Ontem a queda do PIB era de 2,2, hoje já é de 3,1 o que obriga a refazer, novamente, todas as contas: menos impostos arrecadados, mais desemprego, mais esforço da Segurança Social. Com estas divergências todas podemos dormir descansados..
Goya :Em 30 de março de 1746 nasce no pequeno povoado de Fuendetodos, em Zaragoza, Francisco de Goya, sexto filho do casamento de José Goya - artesão e mestre dourador - e Engracia Lucientes, de família pertencente à pequena nobreza aragonesa. Após seu nascimento na casa dos avós maternos, Goya vive a primeira parte da vida - cerca de 30 anos - em Zaragoza. Ali começa seus primeiros estudos, inicia sua formação pictórica (como aprendiz no ateliê do pintor José Luzán) e faz seus primeiros projetos artísticos.
Não é democrático, é salazarento é nojento segundo alguns, que os maçons tenham a obrigação de declararem essa condição, se integrarem um governo ou a Assembleia da Republica. A verdade é que os ritos maçónicos impõem a obediência e a solidariedade entre "irmãos". Mas ser governante ou deputado também obriga a "jurar cumprir a constituição".
Como é lógico há aqui uma contradição insanável. Ou é leal para com a Constituição ou obedece à hierarquia maçónica. Veja-se o exemplo do Dr. Arnault que, quando lançou o Serviço Nacional de Saúde, afirmou publicamente que tinha colhido primeiro a aprovação da sua loja maçónica e, só depois, da Assembleia da República. Ou num registo menos grave, que deu a conhecer a lei primeiro aos seus ""irmãos" e só depois a deu a conhecer aos seus colegas deputados!
Pode manter-se a equidistância? Tenho muitas dúvidas!
Depois, como lembra Rangel, no Público, não deixa de ser irónico que a maçonaria, que foi das forças que mais contribuiu para a "secularização" do estado, separando o estado da religião, tenha tomado o mesmo ascendente sobre o estado que ajudou a ser laico!
Isto só prova um principio muito antigo mas sempre presente: quem toma o poder exerce-o!
A gratidão da macieira e a amnésia do gato nunca pautaram o curso dos meus dias. Fiquem onde estão! foi a minha ordem para a macieira e para o gato, anda bem exteriores ao meu fraco por eles.
Salvei-os(e salvei-me!)de uma fábula cuja moral necessariamente devia ser eu,o parlante amigo de macieiras e conhecidos de gatos.
Dá um certo desconforto malbaratar assim amigos em dois reinos da natureza. Mas também dá liberdade.
Há uma gente que desponta do outro lado do vale. Está a correr para cá. São os meus semelhantes. Com eles vou desentender-me(mais que certo!), mas a ideia que deles faço é ainda um laço.
O nome de Eduardo Catroga veio de novo à baila a propósito da sua nomeação como presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, onde vai auferir anualmente mais de 600 mil euros. Mas se veio à baila, não foi pelas melhores razões. Antes pelo contrário. De facto, depois da famosa tirada sobre os "pêlos púbicos" e duns quantos dislates proferidos antes das últimas legislativas, considerados tão prejudiciais aos interesses do PSD que alguma alma caridosa teve a bondade de o aconselhar a passar uma temporada no Brasil antes que os danos causados ao partido se tornassem irreversíveis, eis que o cavalheiro retoma a senda do disparate e logo em dose dupla. O homem, modestíssimo, não só não tem pejo em considerar-se como "um candidato natural" àquele lugar, como se não houvesse ninguém mais competente, como vai mais longe e termina com esta enormidade digna de figurar numa antologia do dislate: “50% do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais ganhar, maior é a receita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as políticas sociais”. Não sei o que mais admirar: se a tolice da afirmação em si; se o facto de ela partir de alguém que é economista e já foi ministro das Finanças. Seguindo o pensamento do nosso homem não sei mesmo por que razão o governo de Passos não aumentou já o salário mínimo nacional para 600 mil euros anuais. A crer em Catroga, dinheiro não faltaria para "as políticas sociais". E não só, acho eu. Ora, não obstante as muitas parvoíces que Catroga tem vindo a proferir, ainda há por aí uns quantos plumitivos que acham que o homem é competente. E a verdade é que eu até estou disposto a dar-lhes razão. De facto, não será fácil encontrar alguém mais competente do que ele a ponto de o conseguir bater em matéria de disparates.
No dia 11 de Janeiro de 1875 nasceu em Kiev, na Rússia, o compositor, de ascendência alemã, Reinhold Glière. Entrou para a escola de música de Kiev em 1891 e, em 1894, deu entrada no Conservatório de Moscovo, onde estudou com Sergei Taneyev, Ippolitov-Ivanov e Anton Arensky, entre outros. Graduou-se em 1900, tendo composto uma ópera num só acto, com a qual ganhou uma medalha de ouro em composição. Entre 1905 e 1908 estudou direcção de orquestra em Berlim. Em 1913 foi nomeado professor na escola de música de Kiev que, pouco tempo depois, ascendeu à categoria de Conservatório. Um ano mais tarde, foi nomeado director daquela instituição. Em 1920 ocupou o cargo de professor do Conservatório de Moscovo. Entre os seus alunos figuram Prokofiev, Myaskovsky e Khachaturian. Glière é reconhecido por ter incorporado música folclórica da Rússia, Ucrânia e países vizinhos em várias das suas composições. O seu primeiro sucesso como compositor foi o Poema Sinfónico “As Sirenes”, escrito em 1908. Morreu em Moscovo no dia 23 de Junho de 1956.