Não percebo o timing da polémica criada com esta história da ida da Jerónimo Martins para a Holanda. Apenas porque só agora se soube (deste caso, em concreto)? É que a origem da controvérsia já leva semanas. A empresa, obediente, limitou-se a fazer o que o Governo então mandou. Emigrou! Para quem não percebeu a gravidade do que então foi dito, e ainda que não haja entre este caso e o "conselho" dado pelo Governo um nexo de causalidade, fica a amostra do que pode acontecer à economia real face à cambada de desbocados que nos "governa". Talvez o Luis Montenegro deva ser chamado ao próximo Conselho de Ministros para explicar àquela malta umas coisitas sobre o valor de certos silêncios. Isto, se não houver por lá outros pedreiros de serviço.
Aí está um bom exemplo. Os quadros da STCP, em caso de privatização da empresa querem-na comprar. É assim, fazer acontecer as coisas em vez de estar à espera que os outros paguem!Não querem ser funcionários querem ser empresários! Há esperança!
"Os quadros da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) apresentaram ao conselho de administração da transportadora uma proposta para adquirir a empresa, caso o Estado opte pela privatização. Os trabalhadores aguardam agora uma reunião com a tutela dos transportes. "
Os trabalhadores tomam conta da empresa e ficamos com a empresa entregue a gente que trabalha para si mesma, mexe as mãos, deixa-se de greves e de exigências impossíveis de satisfazer.
Querem melhor exemplo de gente capaz e responsável? O estado não é bem substituído por quem trabalha no que é seu e que sabe que colhe os frutos do seu labor? Oxalá se repita muitas vezes!
Descobriram agora? Há quem diga que não compra mais nada no Pingo Doce, quero ver o que vão fazer com o resto, pois se estão lá todas fora...
O Louçã desta vez tem razão:
"No momento que estamos a viver em Portugal, é uma prova de que os donos da economia do país preferem a mesquinhez à responsabilidade", considerou.
"Eu estou à espera de ver se o ministro das Finanças diz alguma palavra sobre o que aconteceu com a Jerónimo Martins, quando aconteceu com a Sonae não disse nada, quando aconteceu com as outras empresas não disseram nada, 19 das 20 empresas do PSI20, ou seja, das maiores empresas portuguesas, já estão registadas na Holanda, o que eu ouvi, nas vésperas da passagem do ano, foi o ministro da Economia a dizer que acabamos o ano muito bem", ironizou.
É bom ter oposição e viver em democracia, já havia aí gente a dizer que este caso era virgem, nem sequer sabiam ou faziam de conta que não sabiam que mesmo nas empresas públicas ou onde o estado participa, há accionistas que não pagam impostos por estarem sediados na Holanda.
O Ensaio “Compreender a Dívida Pública”, condensado num curto filme (aprox. 10 minutos) e divulgado ontem por Luis Moreira na Pegada é um documento fundamental para a compreensão da realidade actual, não só das finanças públicas, mas de toda a questão de tomada do poder nas nações europeias por um cartel financeiro, servido por ‘marionetas’ políticas.
A estratégia de poder resume-se a quatro fases – que em Portugal são linearmente visíveis: ......Na “fase zero”, os monetaristas liberais erigiram a máxima "menos Estado, melhor Estado"; ......No primeiro passo, serviram-se dessa tese de minimalização do Estado, para reduzir a pó - destruir - o Estado-Nação (a Pátria feita de território e povo, que é origem e destino da soberania); ......O segundo passo foi a execução do sujo embuste: o Estado-Nação foi destruído para dar lugar ao Estado-Burocrata, uma máquina de poder que o capital ganancioso usa para se locupletar, como se os meios do Estado-Nação (nomeadamente dinheiro e forças armadas) fossem capital próprio. ......Na fase final, o terceiro e conclusivo passo, deu-se a consolidação: um poderoso cartel financeiro serve-se de políticos sem carácter nem escrúpulos para usar em seu benefício (e como coisa privada e sua) a soberania que por natureza e definição pertence ao Estado-Nação. Gera uma enorme crise económica e financeira, assalta os poderes constituídos nas nações acusando-os de incompetentes como se a crise fosse devida a eles - e impõe governos fantoches, constituídos por gente que não é mais que serventuária desse capital que a suborna... para depois agir em nome da crise e como se esta não tivesse acontecido antes.
É claro que, para conservar essa usurpação, a quadrilha que assaltou a Pátria tem necessidade de manter a Nação sob opressão. Corta-lhe regalias, impõe-lhe tributos e cargas, sufoca a sua capacidade de autonomia e de participação no jogo económico. Como que por ironia, para fazer este miserável e hediondo saque, a quadrilha usa a voz de poder dos seus subornados para apregoar que faz tudo isso para “democratizar a economia”. Como diria Mestre Gil, “assim se fazem as cousas”…
Ligações dos directores das "secretas" a grupos de pressão instalados na sociedade portuguesa nomeadamente a Maçonaria foram apagadas de relatório de uma deputada no âmbito de um inquérito.
O PSD encarregou-se de, entre o primeiro relatório e o segundo, o que viu a luz do dia, fazer desaparecer a denúncia de, em Comissão na Assembleia da República à porta fechada, se terem detectado interesses com vista a ocupar lugares de poder incluindo nas próprias "secretas". Grupos de pressão nomeadamente a Maçonaria. Ainda se denunciaram fugas de informação para uma empresa privada a Ongoing e o acesso ílicito aos registos telefónicos do jornalista Nuno Simas.
Desapareceu o que dava razão de existir ao relatório!
Também se compreende que tenham desaparecido pois se os denunciados são grupos de pressão, não é senhores deputados?
O Presidente da bancada do PSD é "irmão" do desaparecido no relatório, dá tudo certinho como Deus com os anjos. O PS já veio perguntar a que são devidas estas alterações pois como é óbvio nada sabe sobre a Maçonaria nem sobre as "secretas".
Muito se tem falado do "desaparecimento" do ministro Paulo Portas. Convém, no entanto, notar que Portas não é caso único neste governo. Muito pelo contrário, ministros "desaparecidos" é coisa que não falta no governo do primeiro-ministro Coelho, a começar em Assunção Cristas e a acabar no "Álvaro".
Este anda de tal forma "desaparecido" que sendo ele, supostamente, o responsável pelo ministério da Economia, da Energia, and so on, não foi havido nem achado sobre a venda aos chineses da Three Gorges da participação do Estado na EDP.
Será que tanto "desaparecimento" é mau? Uma vez mais diria eu que muito pelo contrário. De facto, para o governo, a inoperância de tantos responsáveis ministeriais é a melhor forma de alcançar o proclamado desígnio do "empobrecimento" que, quanto mais depressa for atingido, mais rápido poderá começar a ser ultrapassado. Não alinho, por isso, no coro dos que antecipam para breve o reenvio do ministro "Álvaro" para o frio de Vancouver. A ineficácia do Álvaro e do seu ministério é uma peça fundamental para o governo alcançar aquele objectivo.
E para o vulgar cidadão, cada vez mais pobre e farto de ouvir o primeiro-ministro em tudo quanto é sítio e o seu alter ego, o ministro Relvas, sobre tudo e mais alguma coisa, será que não era preferível que "desaparecessem" todos eles?
Após algumas reduções efectuadas nos últimos dois anos, uma portaria define hoje que "os medicamentos passam a ser mais baratos para os utentes e a margem de lucro das farmácias e dos distribuidores diminui".
O preço dos genéricos" devem ser reduzidos até o valor correspondente a 50% do preço máximo, administrativamente fixado, do medicamento de referência com igual dosagem e na mesma forma farmacêutica".
Claro que as corporações que durante décadas impuseram a sua vontade não estão nada contentes, vem aí o dilúvio, a exportação paralela torna-se mais atractiva e podem acontecer rupturas do mercado deixando os doentes sem acesso ao tratamento, blá, blá...como se o que se está a fazer agora em Portugal não funcione há pelo menos 30 anos nos países mais ricos e com mais força negocial.
Afrontadas as corporações, quem ganha é o Serviço Nacional de Saúde! É assim que se defende o SNS baixando drasticamente a factura do medicamento para os níveis aceitáveis e mais que experimentados.
Se os mercados funcionassem como deve ser, isto é, procurando o bem da Humanidade, este projecto teria uma forte prioridade. Mas como, apesar dos resultados em teste terem confirmado a capacidade de cura, é ainda preciso entrar na fase seguinte que é a produção industrial e isso exige investimento...
Comparado com os custos daqueles estádios de futebol que não servem para nada é uma gota de água, mas a verdade é que os jovens investigadores até oferecem em troca uma parte da empresa que criaram para atrair o dinheiro necessário.
"Se se provar que há um benefício, a European Medicins Agency (EMA) concede autorização de comercialização no espaço europeu e depois é possível pedir o equivalente nos Estados Unidos. Feitas as contas, a Cell2B procura alguém que invista oito milhões de euros no ensaio. "Em troca vendemos uma percentagem da empresa. Quando esta tiver receitas ou for vendida, o valor é dividido pelos accionistas", explica Daniela, apesar de aberta a outras possibilidades de financiamento."
Marc Chagall :Chagall nasceu em 7 de julho de 1887 em uma família pobre em Pestkovatik, uma vila na província ocidental da Rússia czarista que é agora a independente Bielo-Rússia. Poucos anos depois, os Shagals mudaram-se para uma cidade próxima, Vitebsk, que se tornou um dos principais marcos nos quadros de seu filho. O mais velho dos nove filhos, Moshe Shagal - nome mais tarde transformado para o francês como Marc Chagall - cresceu na atmosfera fechada de uma comunidade judia da Europa Oriental que ainda era sujeita a perseguições e a ferozes explosões de violência oficial e não-oficial.
Acordai! Acordai, homens que dormis A embalar a dor Dos silêncios vis! Vinde, no clamor Das almas viris, Arrancar a flor Que dorme na raíz!
Acordai! Acordai, raios e tufões Que dormis no ar E nas multidões! Vinde incendiar De astros e canções As pedras e o mar, O mundo e os corações...
Acordai! Acendei, de almas e de sóis, Este mar sem cais, Nem luz de faróis! E acordai, depois Das lutas finais, Os nossos heróis Que dormem nos covais.
No dia 3 de Janeiro de 1917 nasceu em Juvisy-sur-Orge o maestro, compositor e pedagogo francês Pierre Dervaux. Estudou contraponto, harmonia e piano no Conservatório de Paris. Entre 1947 e 1953 foi maestro principal da Opéra-Comique e, de 1956 a 1972, desempenhou o mesmo cargo na Ópera de Paris, onde dirigiu a estreia do “Diálogo das Carmelitas”, de Poulenc. Foi, também vice-presidente dos Concertos Pasdeloup, presidente e maestro principal dos Concertos Colónia, director musical dos Países do Loire e da Orquestra Sinfónica do Quebeque.
Como professor, Dervaux ensinou na Escola Normal de Música de Paris e no Conservatório de Música do Quebeque. Foi presidente do júri no concurso internacional de maestros, de Besançon. Como compositor, escreveu duas sinfonias, dois concertos, um quarteto para cordas, um trio e várias canções. Foi-lhe atribuída a Legião de Honra e a Ordem Nacional de Mérito. Pierre Dervaux morreu no dia 20 de Fevereiro de 1992.
2º Andamento da Sinfonia nº 4, “Italiana”, de Mendelssohn Orquestra Filarmónica de Hamburgo Maestro: Pierre Dervaux