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Um dia, com mais calma, voltarei a este tema. Para já, de uma forma simples, diria apenas que o que escrevi a propósito do meu entendimento acerca do voto decorre, em certa medida, da constatação que faço, como tanta gente, da crise das ideologias políticas que sustentam o discurso que nos chega aos ouvidos por parte de quem nos é dado a escolher como candidato, quer em eleições unipessoais, quer em eleições partidárias.
Se não consigo votar sem qualquer emocionalidade envolta nesse acto tão recentemetente conquistado, também me é terrivelmente difícil votar em quem se apresente sem qualquer definição ideológica.
A estafada frase "são todos iguais" não diz apenas respeito à desconfiança quanto à credibilidade ética dos políticos, mas também à indefinição ideológica dos mesmos, à diluição de fronteiras entre os Partidos, à conviccção que pulula por aí de que, no essencial, à parte dos Partidos das franjas do sistema, todos fariam essencialmente o mesmo, ou, naquilo que fariam de diferente, a diferença residiria nas pessoas concretas que para ali estão e não nas ideologias que as sustentam ou que as mesmas sustentam.
Como disse no início, um dia voltarei a este tema, mas nunca votarei em alguém que tem por coisa boa não se definir como pessoa de esquerda ou de direita.
Depois da alergia aos feelings dos black-não-sei-das quantas, acabo de me detectar um ódio de dar pontapés no céu da boca a uma coisa que tem som de traque de elefante depois de uma feijoada. Entretanto, e há males que vêm por bem, a expressão "mete a vuvuzela no cu" tem um colorido demasiado saboroso para ser enjeitada.
http://eleicoes2009.info/author/carlos-s
O dos tempos que correm: «Em suma, a agenda de esquerda é coerente. Fragmentando a sociedade, somos cada vez mais dominados pelo Estado. Mas quem for verdadeiramente adepto da liberdade, no seu sentido cristão, tem de se insurgir para revogar os diplomas socráticos de ataque à noção convencional de família, o quanto antes. Estamos fartos de ser atacados pelos progressistas da treta.» (sem link, obviamente)
E não, ainda não desci aos mails.
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Temo sempre aquela pergunta "sabes quem morreu?" e os segundos em branco que se lhe seguem. A revelação de hoje doeu-me particularmente. Morreu João Aguiar. Hoje foi-se o Navegador Solitário, o do retorno às coisas simples.
Com a morte. Hoje levei com a morte. E bateu-me mal, assim de uma forma estranha – não foi dor, como acontece quando me morrem pessoas próximas; não foi sensação de vazio, nada semelhante. Foi uma espécie de empurrão ao mesmo tempo pelas costas e pela frente. Dado à velocidade da luz - que nem saí do mesmo sítio. Tipo acorda pá, qualquer dia és tu. Podias ter sido tu. Não te lembras deste?, quem diria que o ceifava neste dia? Deu-me para aqui, podia-me ter dado para aí. Estás a ver como isto é? Espécie de banca francesa – a fortuna que sai dum corno.
Claro que a mandei para a puta que a pariu, que tenho um filho que aprendeu agora a andar e corre para mim quando chego da labuta e diz papá-papá-pápa. E dá-me abraços e beijos e dá-me sorrisos. Era o que mais faltava, que fosse comigo – não estou para aturar abusos idiotas de idiotas; e deixei-lhe isso bem claro.
Mas, confesso, foi só garganta – ainda os tenho bem apertadinhos. Podia mesmo ter sido. Esta cena da morte é um bocado pim-pam-pum e um gajo às vezes anda de gavetas desarrumadas e de repente dói-lhe uma unha e não é nada não é nada – é só uma unha. Vou amanhã ver disso, hoje tenho mais que fazer. E vai-se a ver e valia a pena ter ido mais cedo, que com estas idades a coisa depois foi sempre galopante. E tão novo, e o caralho. Não aguentou o galope, essa é que é essa.
Mas porquê este desatino todo com esta morte? Esta morte de hoje. Todos os dias morre gente conhecida, mais ou menos velha, mais ou menos amiga, mais ou menos próxima. Francamente, não faço ideia. Sei que me sinto agoniado. E que agora que escrevi isto ainda me sinto pior. E não devia ser para isso que um gajo escreve, para depois se sentir pior. Agonia por agonia bembondam as que provoca ouvir todos os dias a senhora de foice ao ombro. Aos berros de pim-pam-pum.
Pim-pam-pum.
Para além de ser um Ian McEwan puro, o que é o mesmo que dizer que é um livro tão bom que até dói, Solar tem o final mais fabuloso da história da literatura (ok, posso estar a exagerar um bocadinho). Não me refiro ao final-substância, apenas, mas à forma como este está enredado no final-forma, obrigando-nos a ler a coisa uns pares de vezes. Não conto mais para não estragar nada, não tenho jeito para falar de coisas sem me referir à substância das ditas. Acrescento apenas que no livro temos o episódio "ai-que-vontade-de-mijar" mais hilariante de sempre. É Ian McEwan no seu melhor.
*Solar, no original.
...e desta caixa de comentários em torno da citação de valupi: não me chega, certamente, que um homem seja democrata para votar nele. Tenho por risível que em 2010 o critério de escolha de alguns esteja situado num pressuposto que deveria ser igual a estar-se vivo. Já passou o tempo em que bato a palmas a alguém apenas por esse alguém ser - imagine-se - crente no sistema que lhe permite ser ou não ser candidato. Sei que há gente pouco ou nada democrática por aí, mas o ponto é que ser-se o básico dos básicos, portanto democrata, não me chega.
Depois, como qualquer pessoa, sei quem são os inimigos daquilo em que acredito, daquilo por que me bato. Isso não me chega para votar cegamente em quem se apresente contra esses cidadãos. Porque quem se apresente assim, se não for digno da minha adesão convicta, não tem o meu voto. Não sei fechar os olhos, como recomendava Cunhal, e pôr uma cruz no mal menor. E não sei fazer isso por uma razão simples: o meu voto é isso mesmo: meu. Custou a muita gente conquistar essa coisa de me dirigir a uma urna e votar com convicção, de forma pessoal e intransmissível, em quem ou em que Partido entender. Não concebo o voto, o meu voto, funcionalizado a uma estratégia, desligado de qualquer emocionalidade, cego a convicções políticas e ideológicas. Não vendo, não trespasso e não prostituo o meu voto. É assim mesmo: é meu. Não voto útil, portanto, ninguém escraviza o meu voto, pois ainda hoje me ecoa a frase que ouvi quando era pequena e que decidi manter pela vida fora, concretamente nestes momentos de escolha: o voto útil só é útil para quem o recebe. Não votarei em Manuel Alegre.
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
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