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Sogra só há uma

por Rogério Costa Pereira, em 30.03.09

Até agora, quando um(a) tipo(a) se casava, já sabia que no “e para o mal”, como em “para o bem e para o mal, na saúde e na doença, estava implícita a cruel realidade de que nem o divórcio acabava com as sogras. Efectivamente, a afinidade não cessava pela dissolução do casamento, o que queria significar que, de divórcio em divórcio, as podíamos ir coleccionando. E às respectivas línguas.


Disse “não cessava” e, mesmo sabendo que é impossível alguém estar a ler um texto que ainda não terminei - muito menos publiquei, senti-vos tremer. A teoria do caos virou lei e o meu monitor abanou.


Pois é verdade, argutos e ora abandonados leitores, com a entrada em vigor da Lei n.º 61/2008, de 31 de Outubro aka "a que altera o regime jurídico do divórcio", acabou-se a papa-doce. Agora, recambiada a(o) noiva(o) para casa da mãe vai-se a sogra embora também (notem a rima à Quim Barreiros). Rectius, ressalvados os casos de viuvez, sogra passa a só haver uma: a actual e mais nenhuma. Digo “ressalvados os casos de viuvez” porque o legislador, ó negro humor, achou por bem que, em caso de dissolução do casamento por morte, o(a) viúvo(a) mantenha o direito à sogra, que é coisa que faz sempre jeito.


Feita a exposição, eis a arma do crime. Duas singelas e aparentemente inocentes palavras: “por morte”! A redacção do artigo 1585º do Código Civil, “A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco e não cessa pela dissolução do casamento”, ostenta agora o crudelíssimo apendículo “por morte”, enfiado logo depois do “casamento”.


Lamento, meus caros, restam-vos os cromos e as caricas.


 


PS - Adoro a minha sogra (já escrevi, querida!, está bem assim?).

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publicado às 18:54


Não sei se alguém reparou...

por Rogério Costa Pereira, em 27.03.09

Como ainda ninguém falou do assunto, custa-me ser eu o primeiro a levantar a questão, mas a verdade é que, podendo estar enganado (e se for o caso peço desculpa), deu-me a sensação, fiquei mesmo com a forte impressão, que o árbitro da final da taça da liga, senhor cujo nome agora não me recordo, errou ao assinalar aquela grande penalidade contra o Sporting. Vi agora as imagens pela primeira vez (ainda não as tinha apanhado porque estranhamente nenhum telejornal as passou até à exaustão) e tenho quase quase a certeza. Estranho como ninguém reparou nem trouxe o assunto à baila. Deve ser o tal do fair-play, ou essa modernice de achar que errar é humano. Estamos a ficar mais civilizados, essa é que é essa.

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publicado às 23:44


O homem errado no lugar errado

por Rogério Costa Pereira, em 27.03.09

Salvo erro, nunca por aqui falei de Marinho Pinto e da forma como este conduz os destinos da Ordem dos Advogados. Salvo erro, porque é natural que alguma vez a resistência tenha pecado por escassa e a caneta tenha acabado por pingar - tantas foram as ocasiões em que me apeteceu dizer algo sobre quem, em demasiadas ocasiões, não conseguiu ficar calado em situações em que tal se impunha; não perdendo de vista que, goste-se ou não (eu não gosto e espero que Marinho Pinto também não), sempre que aquele homem fala, fala também o Bastonário da Ordem dos Advogados.


Tenho de Marinho Pinto a imagem de um homem de metralhadora a disparar em todas as direcções. Com tantos tiros dados, alguns hão-de acertar o alvo – questão de probabilidade estatística (imaginem-se de G3 naquelas barraquinhas de tiro aos patos - é inevitável que alguns tiros saiam certeiros). Nestas rajadas mediáticas a que o Bastonário é dado, acaba pois por ser natural que, mais do que uma vez, todos nós tenhamos concordado com as opiniões manifestadas (o tipo de caudal torna impossível que tal não aconteça).


Porém, no reverso da medalha vê-se a porca a torcer o rabo. Por mais que o Bastonário acerte, os danos causados pelos inúmeros tiros ao lado, tiros na água se quisermos mudar de jogo, são demasiados para poderem ser desculpados ou, ao menos, vistos como colaterais necessários a um fim que justifica os meios.


Desde logo, desconheço o fim, a finalidade, os reais objectivos de Marinho Pinto, ignoro completamente, e francamente até ao fim do mandato nem quero saber, se tem uma agenda própria, supra ou lateral ao cargo que detém - nem quero ir por aí. O que me incomoda deveras é ver o Bastonário, que também é o meu, a fazer supostas revelações bombásticas no Boletim da Ordem, ali abordando temas completamente estranhos aos desígnios da Ordem, que nada a favorecem, e que caberiam melhor em páginas de jornais sensacionalistas – veja-se, a este propósito, o título da capa de Abril que ao lado reproduzo: “CASO FREEPORT – Carta anónima que incriminou Sócrates foi combinada com a PJ”. Como exemplo e para que melhor se entenda o que era e para que serve o dito Boletim, pegue-se nas edições de Março-Abril, Maio-Julho e Agosto-Outubro de 2005 (na altura a peridicidade era bimestral) e vejam-se as chamadas de primeira página: respectivamente, “Novo Estatuto – Novas regras profissionais – Entrevista com António Vitorino”, “Férias Judiciais – Entrevista com Mário Raposo” e “A Reforma do Estágio – Entrevista com Rui Medeiros”. A aparente nova missão do Boletim não passa, claramente, de um equívoco de monta.


Como apropriada ilustração de tudo o que acabo de dizer, veja-se o caso do mais recente artigo de Marinho Pinto, que dá título à já referida edição de Abril, artigo que se diz ser de opinião, quando manifestamente não o é – se bem o li e entendi, ali são revelados factos que em muito extravasam o conceito de mera opinião. O artigo de Marinho Pinto consubstancia-se numa espécie de artigo de jornalismo de investigação a la Felícia Cabrita, ainda que em sentido inverso.


Independentemente da bondade da investigação e da fidedignidade dos factos ali tratados e relatados (sobre os quais não me pronunciarei), custa-me demasiado ver o Bastonário a assinar um artigo onde, para além de se abordar de forma crítica um processo judicial pendente,  se refere, nomeadamente, que «a ideia da carta “anónima” parece ter surgido num contexto de encontros e reuniões entre inspectores da PJ, jornalistas e figuras políticas ligadas ao PSD e ao CDS» e que «Papel importante nessa reuniões parece ter tido também um individuo de nome José Maria Belo, que costumava ir à caça com Elias Torrão, já que terá sido por seu intermédio que este inspector da PJ organizou os encontros com Armando Carneiro, Vítor Norinha e Miguel Almeida» [meus sublinhados].


“Parece”, “parece”, “terá sido”?


Dores à parte, e as minhas são pouco mais que irrelevantes, termino como faz Marinho Pinto no artigo que faria melhor figura noutra publicação e assinado por outro indivíduo: «Uma coisa é certa: este tipo de situações não prestigia a justiça e, sobretudo, não dignifica o Estado de Direito Democrático nem as suas instituições mais relevantes». Mutatis mutandis…


A Ordem dos Advogados ainda é uma instituição relevante do Estado de Direito Democrático e artigos deste cariz nada fazem pela sua preservação como tal. Sinto-me particularmente à vontade para escrever e assinar este post porque também eu aposto na existência de uma campanha negra contra Sócrates.


A razão deste desabafo é manifestamente outra.

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publicado às 17:53


Mas que bela taça, onde é que a arranjaram?

por Rogério Costa Pereira, em 23.03.09

Antes de mais, peço desculpa à Fernanda por me intrometer no pelouro que, por voto de braço no ar, decidimos que neste blogue passaria a ser ocupado exclusivamente por ela – refiro-me, claro, ao do futebol.


Depois, à laia de declaração de interesses, convém dizer que sou sportinguista. E daqueles que não se importa de ver o clube ganhar pela vantagem mínima, mesmo que o golo seja marcado pelo árbitro, em fora de jogo e 10 minutos depois de esgotados os descontos (e, se necessário for, empunhando uma latinha de gás pimenta, para afugentar os defesas contrários mais intrometidos).


Dito isto, vamos aos factos.


O Sporting perdeu uma final por causa de um erro crasso de um árbitro. Lucílio Baptista, o árbitro em questão, de forma mais clara do que a que lhe seria  exigida, foi à televisão assumir o erro. Se pensava acalmar os ânimos dos exaltados, mal andou. Exaltaram-se ainda mais, os exaltados. Que o irradiem, diz este, que o empalhem e o levem para o museu do Sporting, vocifera aquele.


E tudo porque não pediu desculpa ao Sporting! Say what? Ó alminhas, e o rabinho limpo com água de rosas? Quantas vezes já viram um árbitro assumir um erro da forma como este o fez? O mais próximo foi mesmo o Jorge Coroado, quando admitiu publicamente uma azia que o afrontou depois de um Chaves - Sporting. Lucílio não pediu desculpa, é certo, nem tinha de o fazer. Não sabendo desenhar, o que às vezes facilita as coisas, vou explicar devagarinho. Se Lucílio Baptista pedisse desculpa, para além de estar a invadir território alheio, estava a tirar a taça ao Benfica, que a ganhou legitimamente em campo, e a colocá-la na terra de ninguém. Legitimamente?, perguntarão. Claro que sim, que o futebol também é feito disto, de erros crassos, melhor, o futebol só é feito disto: de homens que se enganam – árbitros que julgam mal os lances, defesas que dão pontapés no ar, médios que passam a bola ao adversário, avançados que atiram a bola ao poste. Feito de auto-golos, de equipas que em cinco pénaltis falham três. E até de treinadores que se enganam quase sempre - embora esses pareçam ser de uma espécie mais rara. Assim que verifiquei a influência que a grande penalidade mal assinalada teve no resultado do jogo, cumpri o meu papel de dama ofendida - e por aqui fiz um post onde exibi as fotos do malvisto lance e do meu novo herói, perito no lançamento, ao melhor estilo enfiem-na no cu, da medalha.


A verdade é que hoje, e por causa daquele invulgar assumir de erro, nenhum benfiquista se me dirigiu - houve mesmo um, posso jurá-lo, que baixou os olhos à minha passagem. Para a estória fica a taça na montra benfiquista, mas que todos sabemos ser nossa – sem o ser! (não me esqueci do “legitimamente”, esta coisa do futebol é que é ciência complicada). Fica o erro de um homem que merece todo o respeito pelo que ontem fez e pela clareza (e coragem!) com que veio assumir que errou.


E, melhor que tudo, fica-me o mel do mel de sabor a fel na boca dos vencedores – nós sabemos que eles sabem que nós sabemos que eles sabem. É mais que suficiente, e vale pela taça, o gozo que me dá imaginar a cara dos benfiquistas, daqui a muitos muitos anos, a responder à pergunta que titula este post. Exibam-na em condições, portanto, e por certo o vosso museu contará com um inusitado aumento de visitas idas do lado de cá da segunda circular.

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publicado às 16:33


É oficial...

por Rogério Costa Pereira, em 22.03.09


 


... sou de esquerda. De uma certa, é certo, mas de esquerda - essa já ninguém mo tira!

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publicado às 00:44


Jogo limpo

por Rogério Costa Pereira, em 22.03.09

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publicado às 00:18


Para recordar e não repetir

por Rogério Costa Pereira, em 20.03.09

 


Já tinha ouvido falar, mas ainda não tinha tido oportunidade de ver o dito. Trata-se, supostamente, de um spot publicitário que pretende demonstrar que a Antena 1 acompanha o ouvinte de forma íntima, personalizada e passo a passo.


"- Ó Rui, não vale a pena ir por aí, está cortada a rua.


- Não acredito, outro acidente, Eduarda?


- Não, é uma manifestação.


- E desta vez é contra quê?


- Pelos visto é contra si, Rui


- SIm, contra mim... [género tá bem, tá, como se isso fosse possível]


- Pois, contra quem quer chegar a horas."


Registo o ar de gozo do ouvinte quando pergunta "E desta vez é contra quê?", o tom assertivo da locutora quando sentencia, ao melhor estilo são-outra-vez-os-maus que, "pelos vistos", a manifestação é contra aquele ouvinte e contra quem quer chegar a horas.


 


Para ficar pelo mínimo, direi apenas que é lamentável que uma rádio pública se promova despromovendo um dos pilares essenciais do Estado de Direito. Ainda que assim não fosse, admitir-se-ia (ainda que foleiro) o tom intimista da locutora, não se desse o caso de esse tom intimista tocar sem ser de leve algum dirigismo professoral, inadmissível em coisas destas.


 


Adenda: igualmente lamentável é o aproveitamento político que alguns blogues (os do costume) estão a fazer da situação, "revelando", ao melhor estilo vocês-sabem-do-que-é-que-eu-estou-falar, que a locutora do spot (Eduarda Maio) é autora duma biografia do PM.

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publicado às 15:22


When I Snap My Fingers ...

por Rogério Costa Pereira, em 13.03.09
de pressa...

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publicado às 22:52


Eis o Sporting!

por Rogério Costa Pereira, em 12.03.09

Começa a ser música de elevador ouvir dizer que o Sporting tem uma das melhores de escolas de formação da Europa. Pessoal e institucionalmente, não concordo. O principal problema do Sporting está precisamente na formação. Os casos avolumam-se de ano para ano. Os jogadores das escolas chegam à equipa principal, dão dois toques a direito na bola, salta-lhes uma primeira página de jornal em cima e ei-los a anunciar ao mundo que querem zarpar e que o clube não lhes pode cortar as pernas (outros, imagino, temem pelo cabelo).


Lembro-me de aqui há uns anos o então recém-empossado presidente, Dias da Cunha, vindo de outras paragens e habituado a defender outras damas, ter, por tropeço de língua, dito Entreposto em vez de Sporting. Não podia tal engano ter sido mais premonitório. É que hoje o Sporting não passa disso mesmo: um entreposto, um mero depósito de jogadores, onde estes permitem que os deixem estar certo tempo, antes de arranjarem teta mais suculenta.


Quando anunciam que a equipa do Sporting vai jogar com seis ou sete jogadores da cantera, logo imagino que alguém armou uma equipa com seis ou sete fraldosos ainda a cheirar a leite e que ainda por cima parecem dispostos a ir terminar o desmamo noutras paragens. Daí o problema do clube ser a formação, ou a falta dela. Alguém que acabou de vir do Cascalheira FC, onde esteve emprestado pelo Sporting, chega à equipa principal e tem como referências miúdos um ou dois anos mais velhos - longe vão os tempos onde estes putos baixavam os olhos e tratavam por senhor os jogadores mais velhos. Ainda para mais o Sporting paga o preço de estes putos de hoje serem realmente bons de bola – para chegarem àquele patamar deixaram para trás centenas de outros que almejavam igual destino. Ou seja, não só têm poucas referências internas, como não aceitam conselhos dos poucos que lhos podiam dar – ora se eles são já o produto final de uma rigorosa selecção.


Estes os factos, portanto.


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publicado às 18:06


Um lenço branco com 103 anos

por Rogério Costa Pereira, em 10.03.09

Mais calmo, e com mais calma, vos falarei de que como deixámos voltámos a de ser 13 à mesa.


 


Este dedico-o a outra causa - exactamente a que me tira a calma. Tenho 36 anos de vida e 103 de Sportinguista. Daqui a 100 anos restarão os 12:1 de hoje - não os campeonatos que entretanto se ganharem, efémeros símbolos de conquistas que mudam de braços no ano seguinte.


Do que hoje aconteceu jamais me esquecerei. Jamais se esquecerão. Esta foi para além da memória dos homens. Assim sendo, estou certo, qualquer homem saberá o que fazer perante o eventual contributo de leão que tenha dado para a concretização de tamanha ignomínia.


Paulo Bento não será excepção.

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publicado às 23:31


De bem com Deus e com o diabo

por Rogério Costa Pereira, em 08.03.09

Não avança como independente porque não pode - "a lei não permite". Certo é que, como hoje referiu João Pereira Coutinho na tvi24, ele tem outras alternativas. Tipo formar um partido (uhhh)  - transformar o mítico milhão de votos em algo votável era gajo para ser uma hipótese. Poeticamente demasiado arriscado? Confortável e giro é continuar a dar uma no cravo e outra na ferradura [Que falta que aqui faz a disciplina de um comité central].


Em suma, este movimento à laia de cavalo de Tróia em que se transformaram Alegre e os seus 4 ou 5 apaniguados é, no mínimo, malcriado e abusivo. Cómodo, mas abusivo - e malcriado. A propósito, há milhões de votos e milhões de votos. No caso, e como bem saberá Manuel Alegre, o famigerado milhão de votos, noutros contextos (legislativas não são presidenciais - e aquelas presidenciais), é coisa para se reduzir, vai-se a ver, a um rato parido por uma montanha  - cem mil ou menos.


Em suma, o PS parece estupidamente refém de um fantasma - uma releitura d' O Príncipe era capaz de vir a propósito.

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publicado às 01:21


Brevemente...

por Rogério Costa Pereira, em 07.03.09

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publicado às 23:55


"Funtastic life" personalizado*

por Rogério Costa Pereira, em 06.03.09



* troquei pelo "Caça e Pesca" .

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publicado às 23:22


Que coisa linda de nome

por Rogério Costa Pereira, em 04.03.09

Já compraste o "i" ? Tem o "i"? Olha lá, querida, onde é que o garoto pôs o "i" ? Dê-me um Camel e o "i".

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publicado às 15:03


Vacas com asas e outras cenas assim estranhas

por Rogério Costa Pereira, em 03.03.09

Recebi um hoje um telegrama (é verdade, um telegrama) de um senhor que habita numa casa que em tempos tive o azar de tomar de renda - coisa cheia de humidades, bolores e fungos vários e que, em virtude dessa tamanha insalubridade, em boa hora acabei por abandonar.


 


E dirigia-me uma série de palavras, o cavalheiro em causa, fulano de boa pinta cheio de conhecimentos e de uma inteligência e sagacidade que sempre me tomam de espanto. Que ao olhar pela janela virada a poente da casa que em má hora fora minha tinha visto uma vaca com asas. E cor-de-rosa. E a voar. E que por tetas levava torneiras de madeira rústica, indiciando que não era leite o que no respectivo ventre albergava. Dizia-me isto tudo, o senhor, quando de repente acrescentou: e olhe (faculto-vos o discurso directo), encontrei cá por casa uns escritos seus, coisas que deixou em gavetas esquecidas, aquelas do armário do tecto da cozinha, mesmo atrás da porta que dá para a sala, e aquela que está debaixo da sanita, e lembrei-me de lhe pedir se os posso publicar, assim duma forma que eu cá sei, juntamente com outras letras que outros ex-inquilinos e antigos proprietários, veja-se a coincidência, deixaram nas mesmíssimas gavetas. Como os deixou para ali, esquecidos ou lembrados, acrescentava ele, presumi que pudesse ser mesmo para isso, para que eu lhes possa dar o uso que bem entender.


 


Achei tão estranha e fabulosa a parte do pedido (já sou eu outra vez) que acabei por lhe responder apenas à questão da vaca, coisa bem mais corriqueira. Que sim, que quando lá vivi também a tinha visto muitas vezes, só que da janela virada a nascente - terá agora mudado de rumo. Certamente por uma questão prática.

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publicado às 18:51


Questões candentes no canal de "notícias" da TVI

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.09

Pude ver a Manuela Moura Guedes, a Constança Cunha e Sá, e o senhor desta, de frente. De forma injusta, o mau, "ele", não me permitiu ver o se o meu amigo João Paulo Pedrosa estava com o dedo no nariz ou não.

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publicado às 02:15


"Quem diz é quem é!" ou "Populismo à séria!"

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.09

"Manuel Fino devolveu os 62 milhões de euros que recebeu a mais? Quem são os parasitas?" Anacleto Louçã



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publicado às 01:52


A sorte grande e a terminação

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.09


Convinha que fosse alguém do Causa Nossa. Ana voos-da-CIA Gomes era gajo para ser demasiado arriscado. Restou a terminação.

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publicado às 01:08


A vichyssoise do regime

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.09


Feito à base de alho-porro, cebola, batata, natas e caldo de galinha, eis que o irmão uterino do PP acaba a primária e se estreia no ciclo. Mixórdia incongruente de caldos também eles mal paridos, populista e demagógico ao vómito, oposicionistas crónicos - e pensados para nada mais, o Bloco Estrela faz hoje dez anos. Não os felicito, desejo-lhes, a bem da democracia, um PRD rápido.

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publicado às 00:16


o pai auLsente

por Rogério Costa Pereira, em 01.03.09

Miranda, repeat after me: Arnaut. A-R-N-A-U-T. Se fosse Arnault teríamos o Serviço Nacional de SaúLde.

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publicado às 00:10


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