O Diário Económico propõe-me — e aos restantes leitores, claro — que escolha
o pior ministro deste governo. Sem grandes surpresas, verifiquei que me encontro numa minoria ridícula, o anedótico Relvas relega o meu favorito para o 10º lugar. Vamos por isto em pratos limpos: o meu favorito é o cavalo.
Que fique bem claro que não estou a fazer campanha pelo quadrúpede. Acontece apenas que Passos Coelho conseguiu realizar o sonho dum imperador romano louco. Vivemos hoje em dia as consequências de
termos sido/nos termos (assinale a sua preferência) brindado com a geração de políticos mais medíocre, desde que Calígula nomeou o seu cavalo senador.
Incitatus Gaspar é o ministro mais poderoso deste governo; os nossos maiores latinos teriam abreviado para
cônsul.
É pouco relevante que outro senador — no sentido mais clássico — tenha recentemente
posto a boca no trombone. O que Christopher Mahoney escreveu, desnuda a progenitura incestuosa da tal "fadinha da confiança" que o nosso cônsul adora. Existe muito sumo nas palavras daquele "senador" da Moody's, mas isso fica para depois. Neste momento, constato apenas que estamos a ser vítimas de várias gerações de sargentos-instrutores prussianos.
Durante décadas, quando um recruta atarantado dizia "...penso que...", o sargento-instrutor berrava-lhes aos ouvidos
"Lassen sie Pferde denken!" ("deixem o 'pensar' para os cavalos!"). Disciplinados, os recrutas obedeceram e hoje somos governados por bestas.
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