Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Hoje andei perto de vós, nas deambulações partidárias, mas não pude ficar, por razões verdadeiramente inadiáveis. Espero e desejo estar na próxima Tertúlia, enquanto agradeço aos organizadores que se tenham disponibilizado a emprestar-me a sua voz.
A vossa iniciativa fazia falta. Em Portugal discute-se pouco a política e as políticas. Há mesmo resquícios de uma cultura bafienta segundo a qual a discussão gera a divisão e não as melhores soluções. Tenho, por princípio a visão oposta e, na actual conjuntura, creio que é mais necessário que nunca tê-la.
Desde o fim do PREC houve um grande desígnio nacional que uniu a larga maioria dos portugueses, no sentido de aproximar-nos da Europa e de fazer da convergência europeia o nosso caminho. Os resultados até hoje foram largamente positivos, mas chegámos ao ponto do caminho em que os espinhos são mais visíveis do que as rosas. E devemos perguntar-nos como queremos estar na Europa, que queremos para ela e que queremos para Portugal nela.
Pessoalmente, a minha utopia europeia é federalista. Gostava de poder votar algures contra Merkozy, mas não posso. Sei também que, com Merkozy, Portugal terá pouca margem para seguir um rumo muito diferente do actual. Mas tem alguma.
A federação europeia em que eu gostaria de viver seria radicalmente democrática, não parando a democracia à porta do mundo do trabalho e não a remetendo para os lugares institucionais dos órgãos de soberania. Mas o mundo também não caminha nesse sentido. Pode parecer-vos um raciocínio muito de “velha social-democracia europeia”, mas continuo a acreditar que a força dos sindicatos é a melhor garantia de avanço da igualdade em sociedades que mantêm a economia capitalista como modo primeiro de produção e distribuição de recursos. Infelizmente não há muitas razões para estar optimista quanto ao que vai acontecer entre nós ao mundo sindical nos próximos anos.
Portugal deve preocupar-nos. Porque os portugueses parecem resignados com a terapia de choque liberal que embrulha em recuos sociais e em recuos nos serviços públicos uma soução austerativista para a crise. Na terapia que estamos a seguir quase tudo está errado. É certo que acabará, a médio prazo, por ter resultados. Mas fá-lo-á à custa de muito sofrimento social desnecessário.
Essa resignação e esse sofrimento social têm que ser contrariados pela acção dos movimentos cívicos. Claro que os partidos têm um papel insubstituível, mas não é único. Teremos que mobilizar forças para dizer que há outras soluções para a crise mundial e para a sua variante portuguesa. Teremos que criar uma rede de pensamento crítico. Teremos que prosseguir e aprofundar o debate.
Para o fazer é necessário criar uma corrente de debate. É o que aqui estais a fazer. É aquilo que me proponho fazer convosco se assim quiserem. Neste momento pouco importa saber quanto concordaremos nas propostas alternativas. Basta que tenhamos em cmum o sentimento que elas são necessárias.
Melhor democracia será obra de mais cidadania e mais cidadania será resultado de falar mais e ouvir melhor. Eu estou à escuta. A escutar-vos como cidadão interessado na defesa radical da democracia em todas as esferas da vida e com vontade de ser uma voz a falar convosco nos debates que agora iniciais.
Boa tertúlia e força, que o futuro não está pré-determinado nem tem proprietário.
Outras Intervenções já publicadas: Abertura I, Abertura II, Estrela Serrano, Heloísa Apolónia, José Reis Santos
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Saudações da temporada, eu sou David e sou um hack...
MARTINS HACKERS have special cash HACKED ATM CARDS...
I wanna say a very big thank you to dr agbadudu fo...
Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...
God is great i never thought i could ever get loan...
I am Edwin Roberto and a construction engineer by ...