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Este post foi escrito para o SIMplex, pelo que as referências "a este blogue" respeitam ao dito.
Entre as muitas coisas que Pacheco Pereira diz hoje, nesta sua coluna de opinião enxuta escrita para a Sábado (coisa que certamente faz pro bono), uma fez-me sorrir. É quando Pacheco Pereira fala dos blogues que “que varrem toda a internet política, ou seja dezenas de blogues, também quase em tempo real. Ou seja, estamos a falar de profissionais.” E fez-me sorrir porque tenho na memória alguém que fez algo tal e qual Pacheco Pereira o descreve: o próprio Pacheco Pereira, então ainda candidato oficioso a deputado.
Mas adiante, que a crónica de Pacheco Pereira é bem mais que isto. Depois de um primeiro parágrafo confuso e tão mal escrito que faz jus ao seu mote blogueiro - “...m'espanto às vezes, outras m'avergonho...” -, Pacheco Pereira pretende ensinar-nos como se descem escadas. No segundo e terceiro parágrafos temos o Pacheco Pereira que quer ficar na história como algo mais que o colega simpático de João Gonçalves. Num exercício plenamente conseguido de Politic is not my cup of tea, Pacheco Pereira traça, a linha grossa, as diferenças entre Politica e realpolitik, tentando ainda a distinção entre os bons e os maus praticantes desta última.
Mas em nenhuma enfia a Sócrates o pézinho. Para tal diabo em forma de gente, está reservada a área do “vale tudo” com direito a “departamento dos truques e o do spin”. Tricky Dicky Nixon que, de forma fundamentada e não meramente conclusiva, aparece pelo meio do conto (arre, que o homem é um soporífero com caneta), é-nos apresentado como «muito melhor Político e muito melhor “real político”» do que Sócrates. Neste momento faço de conta que o objectivo último de toda a crónica não era o achamento da expressão “real político”, coisa que, aliás, está mal pensada – o que não é fácil, tendo em conta que havia que traduzir e jogar com apenas duas palavras.
Depois do filósofo, do cientista político, começa a aparecer o provedor da blogosfera. E ei-la, a revelação: parece que a blogosfera já foi inocente e que hoje "é uma espécie de loca infecta pouco frequentável". Claro que, como aquando da questão dos 99%, também aqui Pacheco Pereira se coloca na parte asseada da blogosfera.
Confesso-vos o óbvio, não escrevo este post para falar do Pacheco Pereira filósofo, cientista politico ou provedor da blogosfera. O meu objectivo era mesmo chegar ao Pacheco Pereira ilusionista. Refiro-me ao à sentença «Soube-se esta semana que havia gente paga pelo PS em blogues “espontâneos“, e que foram ingénuos ao ponto de admitirem que o faziam profissionalmente, “até porque não iam votar PS…”». Pacheco Pereira refere-se ao CoisasGate, que eu já tentei explicar ao João Miranda, em entrevista concedida ontem. Esta semana soube-se a ponta dum corno, Pacheco, essa é que é essa.
O que esta semana se soube é que um autor do SIMplex admitiu publicamente que não ia votar PS. Tudo o resto são flores carnívoras e malcheirosas. Ninguém deste blogue admitiu que era pago para fazer o que quer que seja no âmbito da respectiva colaboração – estaria a mentir. Houve, efectivamente, um autor deste blogue que admitiu que não ia votar PS. E é só. Foi só isso, tudo o resto é resultado de quem escreve directamente da tal "espécie de loca infecta" de que o Pacheco Pereira fala. Olhe à volta e veja o que escorre por essas paredes.
Quanto ao tema do “art-director” profissional, a questão reduz-se a uma diferença que nem sequer é subtil. João Coisas é “art-director” profissional, mas não exerce a sua profissão neste blogue. No SIMplex, João Coisas limita-se a ser um colaborador como os outros que, queira Pacheco Pereira perceber – porque é mesmo assim -, não recebem um tostão para aqui se dedicarem. Ainda que nem sequer ache legitima a eventual pergunta que possa passar pelas mentes de alguns, não deixarei de lhe responder. Como é possível alguém que não vota PS colaborar com este blogue? Por dois motivos: um não o torno público, mas afianço que é despiciendo para a questão de fundo; o outro motivo tem a ver com o simples facto, espante-se e avergonhe-se, de o colaborador que diz não votar PS, apoiar o PS. Não vota, mas apoia. Apoia, mas não vota. Nem no PS, nem em ninguém. Parece-lhe tonto? Parece-lhes tonto? É mesmo para o lado que durmo melhor. Falo a verdade.
Não explicarei, embora as conheça, quais as razões que levam alguém que apoia um partido a não votar nele. E faço-o – melhor, não o faço - porque tais razões não carecem de publicidade e porque nem sequer são as minhas razões. Posso, no entanto, afiançar que nada têm a ver com as razões pelas quais Manuela Ferreira Leite se recusou durante tanto tempo a dizer se, nas últimas legislativas, votou ou não em Santana Lopes. Na altura também houve quem estranhasse a recusa, houve mesmo – dentro do PSD - quem se indignasse. Houve até quem ousasse tirar conclusões. Lembra-se, Pacheco Pereira? Sei que sim. Sei que sabe bem que às vezes existem razões publicamente inconfessáveis (algumas só porque sim, por nada de especial). Umas que toda a gente percebe – como aconteceu com a sua protegida, havia todo um futuro –, e outras que nem toda a gente percebe, alguns por uma questão de maldade, outros por uma questão de desconhecimento factual. Sei também, porque ainda tenho alguma esperança – sou um ingénuo -, que é capaz de perceber que há razões que às vezes são menos óbvias que uma chapada nas trombas.
Enfim, o Pacheco Pereira ilusionista - partindo de uma simples declaração de alguém que afirma não votar PS - faz pela vida e ganha o pão de cada dia e luta pelo pão dos dias que hão-de vir, discorrendo de forma aleijada sobre Realpolitik, truques e spin, Tricky Dicky, sobre 5 milhões de euros em cima da mesa, sobre loca infecta pouco frequentável e gente paga pelo PS em blogues “espontâneos“, de trolls anarquistas e de adolescentes imbecis, de reformados enraivecidos, de blogues profissionais. Ufa.
Pacheco Pereira ousa concluir o que pensa dar jeito ao partido pelo qual há-de ser eleito para deputado, cargo pelo qual será pago. E fá-lo numa revista onde, presumo, é pago com algo mais do que cheques FNAC. Ao Pacheco Pereira colunista choca-o, ainda que para isso assente em toda uma mentira, que haja blogues patrocinados. Já a mim choca-me o Pacheco Pereira. Choca-me o espaço mediático que ocupa e a forma como o faz – nesta altura quase em exclusividade temática.
Enfim, Pacheco Pereira, permita-me que termine adaptando as suas palavras finais: cuide-se que isto é Portugal, e já toda a gente sabe quem é Pacheco Pereira.
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