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A fuga da sede de empresas para os países onde se pagam menos impostos é uma consequência bem conhecida do agravamento dos impostos no país de origem. Nós todos ficamos chocados quando sabemos que alguém tomou essa decisão, mas a verdade é que até os portugueses do interior vão a Espanha encher os depósitos de gasolina para pagar menos. Como se sabe, grande parte do preço dos combustíveis são impostos. Os cidadãos também fogem aos impostos como se vê por este exemplo bem simples.
O planeamento fiscal a maior parte das vezes é utilizado para encontrar "saídas" na Lei, não é para conseguir optimizar as benesses que a Lei concede. Neste caso o planeamento fiscal é perfeitamente legítimo e não merece críticas.
Enquanto tivermos fiscalidades, entre países,  com diferenças profundas, estas "fugas" não serão nunca travadas pelo "patriotismo", só acredita nisso quem está distraído e, ainda para mais, quando os accionistas consideram que os impostos que pagam são malbaratados pelo Estado.
Muitos de nós já se atirou aos bancos por pagarem menos de metade de taxa de IRC (imposto sobre o rendimento colectivo) da que é paga pelas outras empresas nacionais. Como os banqueiros dizem, e bem, a taxa nominal é a mesma, o que eles não dizem é que a taxa real ( a que efectivamente pagam) resulta do facto de muitas das operações que concorrem para o resultado serem realizadas em território estrangeiro ou em off shores.(isentas de IRC)
A maioria das grandes empresas portuguesas, incluindo as participadas estatais, têm sede em países estrangeiros onde a taxação é mais favorável.
A Jerónimo Martins para lutar com os seus concorrentes em pé de igualdade teria mais tarde ou cedo que tomar esta decisão.
É assim e não há nada a fazer!
PS: veja aqui este texto muito completo sobre "planeamento fiscal"

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publicado às 23:45


7 comentários

De António Filipe a 03.01.2012 às 00:14

Vivemos num mundo do "cada um desenrasca-se". Não posso culpar seja quem for (empresas ou cidadãos) por ir procurar no estrangeiro aquilo que não tem no seu próprio país. Culpo sim, os governos que não proporcionam aos seus cidadãos e empresas condições para fazerem a sua vida no próprio país. Enquanto tivermos governantes que, à primeira oportunidade, também se "desenrascam", como podemos pensar em ser patriotas? Vivemos ou não numa sociedade em que os mercados imperam? Os chineses vêm para Portugal, os portugueses vão para a Holanda e os holandeses vão para outro sítio qualquer onde lhe ofereçam melhores condições. É a lei dos mercados. Não podemos ter sol na eira e chuva no nabal.

De Luis Moreira a 03.01.2012 às 00:27

Infelizmente é o que temos mas isto nada tem a ver com patriotismo! Mandam os mercados, os accionistas a concorrência, enfim...

De António Filipe a 03.01.2012 às 00:45

Mandam todos menos o povo, que é quem, em democracia, devia mandar.

De Francisco Clamote a 03.01.2012 às 01:26

Luís, se calhar, em tese geral, tem razão. Mas, neste caso, há um pormenor que, do meu ponto de vista faz, senão toda, pelo menos, alguma diferença. E a diferença está em que o dono do Pingo Doce, Alexandre Soares dos Santos, andou por aí a pregar moral aos outros, por conta de Cavaco, para este se manter no poder e por conta da direita para esta alcançar o poder. A moral dele, pelos vistos, só se dirige aos outros. Em casa dele dispensa-a. O fulano até pode não ser menos "patriota" que tantos outros nababos, mas não há dúvida que faz um excelente papel como hipócrita, espécie que francamente abomino. Pingo Doce, para mim, já era.

De Luis Moreira a 03.01.2012 às 02:56

Eu nunca acreditei que neste particular ele fosse melhor que os outros.Mas é verdade que ele deu sempre uma imagem de homem comprometido com o seu país. Mas o dinheiro fala sempre mais alto.

De j a 03.01.2012 às 10:39

o homem é um merceeiro mas não é burro. até eu mudava, tendo em conta o esbulho que fazem aos meus rendimentos para sustentar políticas suicídas de PPP e companhia...

De Luis Moreira a 03.01.2012 às 11:13

E, como é que ele se aguenta com uma diferença de 23% de IVA? É que ele compra sem IVA (isento nas off shores ou mais baixo) e vende com IVA. O preço dele nunca seria competitivo. Os estados deixam e introduzem grandes perturbações.

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